Nunes reforça campanha na periferia e se une a Bolsonaro na reta final do segundo turno


Nos últimos dias de campanha, prefeito vai destacar obras e programas realizados por sua administração e expor diferenças de perfil em relação a Guilherme Boulos (PSOL-SP)

Por Bianca Gomes e Pedro Augusto Figueiredo

Na última semana de campanha, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) reservará um dia inteiro para compromissos eleitorais ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem esteve distante no primeiro turno. Nunes também pretende ter uma maior presença nas periferias da cidade, onde o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com quem disputa a Prefeitura de São Paulo, tenta angariar eleitores com o apoio do presidente Lula (PT).

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo Estadão e pela Record Foto: Werther Santana/Estadao
continua após a publicidade

Na semana passada, Nunes cancelou praticamente todos os compromissos de campanha para lidar com os efeitos do apagão que atingiu 3,1 milhões de imóveis na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Boulos trouxe a crise para o centro da campanha, afirmando que o prefeito não realizou a manutenção adequada das árvores da capital, o que agravou os danos causados pela chuva.

A agenda com o ex-presidente Jair Bolsonaro, marcada para esta terça-feira, 22, foi articulada pelo advogado Fabio Wajngarten, um dos principais interlocutores entre Bolsonaro e a campanha de Ricardo Nunes.

continua após a publicidade

O ex-presidente participará de três compromissos ao lado do prefeito, começando por um almoço em uma churrascaria no Morumbi que promete reunir mais de 400 pessoas. Além de Bolsonaro e do prefeito Ricardo Nunes, estão confirmados nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), o ex-presidente Michel Temer, o presidente do PSD e secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL) e Paulo Bilinsky (PL), e o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), candidato a vice na chapa de Nunes por indicação de Bolsonaro.

De acordo com pessoas envolvidas na organização do evento, o almoço deverá reunir uma ampla gama de convidados, incluindo vereadores eleitos, empresários de diferentes setores, além de médicos, advogados e outras figuras influentes. Segundo um aliado de Bolsonaro, o objetivo do evento é “pavimentar a derrocada da esquerda” na maior cidade do País e celebrar a construção de uma grande aliança em torno do nome de Nunes.

A presença de Bolsonaro na reta final da campanha não foi resultado de uma estratégia deliberada, e sim uma questão de compatibilidade com a agenda do ex-presidente. Nas últimas semanas, Bolsonaro percorreu diferentes estados do País para impulsionar a candidatura de aliados que disputam o segundo turno.

continua após a publicidade

Depois do almoço, Bolsonaro deve gravar um podcast ao lado do prefeito e do governador Tarcísio de Freitas. À noite, os três participam de um culto com o pastor Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra.

A participação de Bolsonaro na campanha de Nunes contrasta com o primeiro turno, quando a relação entre os dois foi marcada por idas e vindas, com o ex-presidente, em certos momentos, flertando com a candidatura do ex-coach Pablo Marçal (PRTB). De um lado, aliados de Nunes criticam a postura ambígua de Bolsonaro; por outro, correligionários do ex-presidente afirmam que o prefeito tentou escondê-lo durante a campanha.

Reta final terá foco na periferia

continua após a publicidade

A campanha de Nunes planeja retomar a forte presença nas periferias da cidade nesta reta final, estratégia que vinha sendo adotada nos últimos dias, mas que foi interrompida em razão das chuvas.

“Nós perdemos o Ricardo por uma semana por causa da gestão e da questão Enel, mas ele é prefeito e tem que cuidar da cidade mesmo. Agora, a ideia é retomar. Vamos fazer uma agenda forte nas periferias e nos bairros para dar visibilidade e peso à campanha”, disse Baleia Rossi, coordenador da campanha do prefeito.

Após a ameaça de nova tempestade não se concretizar, Nunes retomou as agendas eleitorais e foi a dois cultos evangélicos no domingo, 20, caminhou pelo Jardim Myrna, bairro da zona Sul, e almoçou no Centro de Tradições Nordestinas no Limão, na zona Norte. No sábado, ele já havia comparecido a uma missa celebrada pelo padre Marcelo Rossi no Santuário Santa Mãe de Deus, localizado no Jardim Umuarama.

continua após a publicidade

O eleitorado das periferias é o principal campo de batalha entre Nunes e Boulos. O prefeito lidera nas pesquisas entre os paulistanos que ganham até dois salários mínimos por mês e tem apoio de uma parcela de eleitores que votaram no presidente Lula em 2022. Boulos aposta justamente nesse segmento para reduzir a diferença em relação ao prefeito.

A aposta de Nunes para conquistar esse eleitorado é destacar obras e programas realizados por sua administração e passar a mensagem de que ele tem experiência de gestão em contraponto a Boulos, que nunca ocupou cargo no Executivo — este ponto foi bem recebido pelos eleitores na pesquisa qualitativa realizada pela campanha do emedebista durante o debate de sábado, 19, promovido pelo Estadão e pela Record.

Segundo integrantes da campanha do prefeito, os programas do horário eleitoral na próxima semana devem continuar destacando as realizações da gestão de Ricardo Nunes. A equipe também se prepara para o que chamam de “laudos do Marçal”, uma possível investida de Boulos na reta final da campanha em busca de um fato novo que possa alterar o cenário eleitoral.

continua após a publicidade

Em paralelo, o prefeito também quer mostrar a diferença de perfil em relação a Boulos: enquanto ele afirma ser um candidato de centro, com posições conservadoras sobre costumes e apoiado pela direita, o adversário é descrito como um radical que moderou suas posições em razão das eleições.

Nunes baterá na tecla de que a moderação de Boulos em temas como a descriminalização das drogas e legalização do aborto é artificial e que o psolista defendeu posições progressistas sobre esses assuntos ao longo de sua vida.

O candidato do PSOL tem dito que o prefeito quer inculcar medo no eleitorado, a exemplo do que ocorreu com com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de. “Por que para você quem luta junto com família sem teto é extremista e quem dá tiro pra cima em porta de boate é moderado e bom cidadão?”, disse Boulos no debate de sábado, em referência a uma denúncia contra Nunes ocorrida em 1996.

Na última semana de campanha, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) reservará um dia inteiro para compromissos eleitorais ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem esteve distante no primeiro turno. Nunes também pretende ter uma maior presença nas periferias da cidade, onde o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com quem disputa a Prefeitura de São Paulo, tenta angariar eleitores com o apoio do presidente Lula (PT).

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo Estadão e pela Record Foto: Werther Santana/Estadao

Na semana passada, Nunes cancelou praticamente todos os compromissos de campanha para lidar com os efeitos do apagão que atingiu 3,1 milhões de imóveis na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Boulos trouxe a crise para o centro da campanha, afirmando que o prefeito não realizou a manutenção adequada das árvores da capital, o que agravou os danos causados pela chuva.

A agenda com o ex-presidente Jair Bolsonaro, marcada para esta terça-feira, 22, foi articulada pelo advogado Fabio Wajngarten, um dos principais interlocutores entre Bolsonaro e a campanha de Ricardo Nunes.

O ex-presidente participará de três compromissos ao lado do prefeito, começando por um almoço em uma churrascaria no Morumbi que promete reunir mais de 400 pessoas. Além de Bolsonaro e do prefeito Ricardo Nunes, estão confirmados nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), o ex-presidente Michel Temer, o presidente do PSD e secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL) e Paulo Bilinsky (PL), e o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), candidato a vice na chapa de Nunes por indicação de Bolsonaro.

De acordo com pessoas envolvidas na organização do evento, o almoço deverá reunir uma ampla gama de convidados, incluindo vereadores eleitos, empresários de diferentes setores, além de médicos, advogados e outras figuras influentes. Segundo um aliado de Bolsonaro, o objetivo do evento é “pavimentar a derrocada da esquerda” na maior cidade do País e celebrar a construção de uma grande aliança em torno do nome de Nunes.

A presença de Bolsonaro na reta final da campanha não foi resultado de uma estratégia deliberada, e sim uma questão de compatibilidade com a agenda do ex-presidente. Nas últimas semanas, Bolsonaro percorreu diferentes estados do País para impulsionar a candidatura de aliados que disputam o segundo turno.

Depois do almoço, Bolsonaro deve gravar um podcast ao lado do prefeito e do governador Tarcísio de Freitas. À noite, os três participam de um culto com o pastor Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra.

A participação de Bolsonaro na campanha de Nunes contrasta com o primeiro turno, quando a relação entre os dois foi marcada por idas e vindas, com o ex-presidente, em certos momentos, flertando com a candidatura do ex-coach Pablo Marçal (PRTB). De um lado, aliados de Nunes criticam a postura ambígua de Bolsonaro; por outro, correligionários do ex-presidente afirmam que o prefeito tentou escondê-lo durante a campanha.

Reta final terá foco na periferia

A campanha de Nunes planeja retomar a forte presença nas periferias da cidade nesta reta final, estratégia que vinha sendo adotada nos últimos dias, mas que foi interrompida em razão das chuvas.

“Nós perdemos o Ricardo por uma semana por causa da gestão e da questão Enel, mas ele é prefeito e tem que cuidar da cidade mesmo. Agora, a ideia é retomar. Vamos fazer uma agenda forte nas periferias e nos bairros para dar visibilidade e peso à campanha”, disse Baleia Rossi, coordenador da campanha do prefeito.

Após a ameaça de nova tempestade não se concretizar, Nunes retomou as agendas eleitorais e foi a dois cultos evangélicos no domingo, 20, caminhou pelo Jardim Myrna, bairro da zona Sul, e almoçou no Centro de Tradições Nordestinas no Limão, na zona Norte. No sábado, ele já havia comparecido a uma missa celebrada pelo padre Marcelo Rossi no Santuário Santa Mãe de Deus, localizado no Jardim Umuarama.

O eleitorado das periferias é o principal campo de batalha entre Nunes e Boulos. O prefeito lidera nas pesquisas entre os paulistanos que ganham até dois salários mínimos por mês e tem apoio de uma parcela de eleitores que votaram no presidente Lula em 2022. Boulos aposta justamente nesse segmento para reduzir a diferença em relação ao prefeito.

A aposta de Nunes para conquistar esse eleitorado é destacar obras e programas realizados por sua administração e passar a mensagem de que ele tem experiência de gestão em contraponto a Boulos, que nunca ocupou cargo no Executivo — este ponto foi bem recebido pelos eleitores na pesquisa qualitativa realizada pela campanha do emedebista durante o debate de sábado, 19, promovido pelo Estadão e pela Record.

Segundo integrantes da campanha do prefeito, os programas do horário eleitoral na próxima semana devem continuar destacando as realizações da gestão de Ricardo Nunes. A equipe também se prepara para o que chamam de “laudos do Marçal”, uma possível investida de Boulos na reta final da campanha em busca de um fato novo que possa alterar o cenário eleitoral.

Em paralelo, o prefeito também quer mostrar a diferença de perfil em relação a Boulos: enquanto ele afirma ser um candidato de centro, com posições conservadoras sobre costumes e apoiado pela direita, o adversário é descrito como um radical que moderou suas posições em razão das eleições.

Nunes baterá na tecla de que a moderação de Boulos em temas como a descriminalização das drogas e legalização do aborto é artificial e que o psolista defendeu posições progressistas sobre esses assuntos ao longo de sua vida.

O candidato do PSOL tem dito que o prefeito quer inculcar medo no eleitorado, a exemplo do que ocorreu com com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de. “Por que para você quem luta junto com família sem teto é extremista e quem dá tiro pra cima em porta de boate é moderado e bom cidadão?”, disse Boulos no debate de sábado, em referência a uma denúncia contra Nunes ocorrida em 1996.

Na última semana de campanha, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) reservará um dia inteiro para compromissos eleitorais ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem esteve distante no primeiro turno. Nunes também pretende ter uma maior presença nas periferias da cidade, onde o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com quem disputa a Prefeitura de São Paulo, tenta angariar eleitores com o apoio do presidente Lula (PT).

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo Estadão e pela Record Foto: Werther Santana/Estadao

Na semana passada, Nunes cancelou praticamente todos os compromissos de campanha para lidar com os efeitos do apagão que atingiu 3,1 milhões de imóveis na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Boulos trouxe a crise para o centro da campanha, afirmando que o prefeito não realizou a manutenção adequada das árvores da capital, o que agravou os danos causados pela chuva.

A agenda com o ex-presidente Jair Bolsonaro, marcada para esta terça-feira, 22, foi articulada pelo advogado Fabio Wajngarten, um dos principais interlocutores entre Bolsonaro e a campanha de Ricardo Nunes.

O ex-presidente participará de três compromissos ao lado do prefeito, começando por um almoço em uma churrascaria no Morumbi que promete reunir mais de 400 pessoas. Além de Bolsonaro e do prefeito Ricardo Nunes, estão confirmados nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), o ex-presidente Michel Temer, o presidente do PSD e secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL) e Paulo Bilinsky (PL), e o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), candidato a vice na chapa de Nunes por indicação de Bolsonaro.

De acordo com pessoas envolvidas na organização do evento, o almoço deverá reunir uma ampla gama de convidados, incluindo vereadores eleitos, empresários de diferentes setores, além de médicos, advogados e outras figuras influentes. Segundo um aliado de Bolsonaro, o objetivo do evento é “pavimentar a derrocada da esquerda” na maior cidade do País e celebrar a construção de uma grande aliança em torno do nome de Nunes.

A presença de Bolsonaro na reta final da campanha não foi resultado de uma estratégia deliberada, e sim uma questão de compatibilidade com a agenda do ex-presidente. Nas últimas semanas, Bolsonaro percorreu diferentes estados do País para impulsionar a candidatura de aliados que disputam o segundo turno.

Depois do almoço, Bolsonaro deve gravar um podcast ao lado do prefeito e do governador Tarcísio de Freitas. À noite, os três participam de um culto com o pastor Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra.

A participação de Bolsonaro na campanha de Nunes contrasta com o primeiro turno, quando a relação entre os dois foi marcada por idas e vindas, com o ex-presidente, em certos momentos, flertando com a candidatura do ex-coach Pablo Marçal (PRTB). De um lado, aliados de Nunes criticam a postura ambígua de Bolsonaro; por outro, correligionários do ex-presidente afirmam que o prefeito tentou escondê-lo durante a campanha.

Reta final terá foco na periferia

A campanha de Nunes planeja retomar a forte presença nas periferias da cidade nesta reta final, estratégia que vinha sendo adotada nos últimos dias, mas que foi interrompida em razão das chuvas.

“Nós perdemos o Ricardo por uma semana por causa da gestão e da questão Enel, mas ele é prefeito e tem que cuidar da cidade mesmo. Agora, a ideia é retomar. Vamos fazer uma agenda forte nas periferias e nos bairros para dar visibilidade e peso à campanha”, disse Baleia Rossi, coordenador da campanha do prefeito.

Após a ameaça de nova tempestade não se concretizar, Nunes retomou as agendas eleitorais e foi a dois cultos evangélicos no domingo, 20, caminhou pelo Jardim Myrna, bairro da zona Sul, e almoçou no Centro de Tradições Nordestinas no Limão, na zona Norte. No sábado, ele já havia comparecido a uma missa celebrada pelo padre Marcelo Rossi no Santuário Santa Mãe de Deus, localizado no Jardim Umuarama.

O eleitorado das periferias é o principal campo de batalha entre Nunes e Boulos. O prefeito lidera nas pesquisas entre os paulistanos que ganham até dois salários mínimos por mês e tem apoio de uma parcela de eleitores que votaram no presidente Lula em 2022. Boulos aposta justamente nesse segmento para reduzir a diferença em relação ao prefeito.

A aposta de Nunes para conquistar esse eleitorado é destacar obras e programas realizados por sua administração e passar a mensagem de que ele tem experiência de gestão em contraponto a Boulos, que nunca ocupou cargo no Executivo — este ponto foi bem recebido pelos eleitores na pesquisa qualitativa realizada pela campanha do emedebista durante o debate de sábado, 19, promovido pelo Estadão e pela Record.

Segundo integrantes da campanha do prefeito, os programas do horário eleitoral na próxima semana devem continuar destacando as realizações da gestão de Ricardo Nunes. A equipe também se prepara para o que chamam de “laudos do Marçal”, uma possível investida de Boulos na reta final da campanha em busca de um fato novo que possa alterar o cenário eleitoral.

Em paralelo, o prefeito também quer mostrar a diferença de perfil em relação a Boulos: enquanto ele afirma ser um candidato de centro, com posições conservadoras sobre costumes e apoiado pela direita, o adversário é descrito como um radical que moderou suas posições em razão das eleições.

Nunes baterá na tecla de que a moderação de Boulos em temas como a descriminalização das drogas e legalização do aborto é artificial e que o psolista defendeu posições progressistas sobre esses assuntos ao longo de sua vida.

O candidato do PSOL tem dito que o prefeito quer inculcar medo no eleitorado, a exemplo do que ocorreu com com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de. “Por que para você quem luta junto com família sem teto é extremista e quem dá tiro pra cima em porta de boate é moderado e bom cidadão?”, disse Boulos no debate de sábado, em referência a uma denúncia contra Nunes ocorrida em 1996.

Na última semana de campanha, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) reservará um dia inteiro para compromissos eleitorais ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem esteve distante no primeiro turno. Nunes também pretende ter uma maior presença nas periferias da cidade, onde o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com quem disputa a Prefeitura de São Paulo, tenta angariar eleitores com o apoio do presidente Lula (PT).

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo Estadão e pela Record Foto: Werther Santana/Estadao

Na semana passada, Nunes cancelou praticamente todos os compromissos de campanha para lidar com os efeitos do apagão que atingiu 3,1 milhões de imóveis na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Boulos trouxe a crise para o centro da campanha, afirmando que o prefeito não realizou a manutenção adequada das árvores da capital, o que agravou os danos causados pela chuva.

A agenda com o ex-presidente Jair Bolsonaro, marcada para esta terça-feira, 22, foi articulada pelo advogado Fabio Wajngarten, um dos principais interlocutores entre Bolsonaro e a campanha de Ricardo Nunes.

O ex-presidente participará de três compromissos ao lado do prefeito, começando por um almoço em uma churrascaria no Morumbi que promete reunir mais de 400 pessoas. Além de Bolsonaro e do prefeito Ricardo Nunes, estão confirmados nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), o ex-presidente Michel Temer, o presidente do PSD e secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL) e Paulo Bilinsky (PL), e o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), candidato a vice na chapa de Nunes por indicação de Bolsonaro.

De acordo com pessoas envolvidas na organização do evento, o almoço deverá reunir uma ampla gama de convidados, incluindo vereadores eleitos, empresários de diferentes setores, além de médicos, advogados e outras figuras influentes. Segundo um aliado de Bolsonaro, o objetivo do evento é “pavimentar a derrocada da esquerda” na maior cidade do País e celebrar a construção de uma grande aliança em torno do nome de Nunes.

A presença de Bolsonaro na reta final da campanha não foi resultado de uma estratégia deliberada, e sim uma questão de compatibilidade com a agenda do ex-presidente. Nas últimas semanas, Bolsonaro percorreu diferentes estados do País para impulsionar a candidatura de aliados que disputam o segundo turno.

Depois do almoço, Bolsonaro deve gravar um podcast ao lado do prefeito e do governador Tarcísio de Freitas. À noite, os três participam de um culto com o pastor Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra.

A participação de Bolsonaro na campanha de Nunes contrasta com o primeiro turno, quando a relação entre os dois foi marcada por idas e vindas, com o ex-presidente, em certos momentos, flertando com a candidatura do ex-coach Pablo Marçal (PRTB). De um lado, aliados de Nunes criticam a postura ambígua de Bolsonaro; por outro, correligionários do ex-presidente afirmam que o prefeito tentou escondê-lo durante a campanha.

Reta final terá foco na periferia

A campanha de Nunes planeja retomar a forte presença nas periferias da cidade nesta reta final, estratégia que vinha sendo adotada nos últimos dias, mas que foi interrompida em razão das chuvas.

“Nós perdemos o Ricardo por uma semana por causa da gestão e da questão Enel, mas ele é prefeito e tem que cuidar da cidade mesmo. Agora, a ideia é retomar. Vamos fazer uma agenda forte nas periferias e nos bairros para dar visibilidade e peso à campanha”, disse Baleia Rossi, coordenador da campanha do prefeito.

Após a ameaça de nova tempestade não se concretizar, Nunes retomou as agendas eleitorais e foi a dois cultos evangélicos no domingo, 20, caminhou pelo Jardim Myrna, bairro da zona Sul, e almoçou no Centro de Tradições Nordestinas no Limão, na zona Norte. No sábado, ele já havia comparecido a uma missa celebrada pelo padre Marcelo Rossi no Santuário Santa Mãe de Deus, localizado no Jardim Umuarama.

O eleitorado das periferias é o principal campo de batalha entre Nunes e Boulos. O prefeito lidera nas pesquisas entre os paulistanos que ganham até dois salários mínimos por mês e tem apoio de uma parcela de eleitores que votaram no presidente Lula em 2022. Boulos aposta justamente nesse segmento para reduzir a diferença em relação ao prefeito.

A aposta de Nunes para conquistar esse eleitorado é destacar obras e programas realizados por sua administração e passar a mensagem de que ele tem experiência de gestão em contraponto a Boulos, que nunca ocupou cargo no Executivo — este ponto foi bem recebido pelos eleitores na pesquisa qualitativa realizada pela campanha do emedebista durante o debate de sábado, 19, promovido pelo Estadão e pela Record.

Segundo integrantes da campanha do prefeito, os programas do horário eleitoral na próxima semana devem continuar destacando as realizações da gestão de Ricardo Nunes. A equipe também se prepara para o que chamam de “laudos do Marçal”, uma possível investida de Boulos na reta final da campanha em busca de um fato novo que possa alterar o cenário eleitoral.

Em paralelo, o prefeito também quer mostrar a diferença de perfil em relação a Boulos: enquanto ele afirma ser um candidato de centro, com posições conservadoras sobre costumes e apoiado pela direita, o adversário é descrito como um radical que moderou suas posições em razão das eleições.

Nunes baterá na tecla de que a moderação de Boulos em temas como a descriminalização das drogas e legalização do aborto é artificial e que o psolista defendeu posições progressistas sobre esses assuntos ao longo de sua vida.

O candidato do PSOL tem dito que o prefeito quer inculcar medo no eleitorado, a exemplo do que ocorreu com com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de. “Por que para você quem luta junto com família sem teto é extremista e quem dá tiro pra cima em porta de boate é moderado e bom cidadão?”, disse Boulos no debate de sábado, em referência a uma denúncia contra Nunes ocorrida em 1996.

Na última semana de campanha, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) reservará um dia inteiro para compromissos eleitorais ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem esteve distante no primeiro turno. Nunes também pretende ter uma maior presença nas periferias da cidade, onde o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com quem disputa a Prefeitura de São Paulo, tenta angariar eleitores com o apoio do presidente Lula (PT).

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo Estadão e pela Record Foto: Werther Santana/Estadao

Na semana passada, Nunes cancelou praticamente todos os compromissos de campanha para lidar com os efeitos do apagão que atingiu 3,1 milhões de imóveis na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Boulos trouxe a crise para o centro da campanha, afirmando que o prefeito não realizou a manutenção adequada das árvores da capital, o que agravou os danos causados pela chuva.

A agenda com o ex-presidente Jair Bolsonaro, marcada para esta terça-feira, 22, foi articulada pelo advogado Fabio Wajngarten, um dos principais interlocutores entre Bolsonaro e a campanha de Ricardo Nunes.

O ex-presidente participará de três compromissos ao lado do prefeito, começando por um almoço em uma churrascaria no Morumbi que promete reunir mais de 400 pessoas. Além de Bolsonaro e do prefeito Ricardo Nunes, estão confirmados nomes como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), o ex-presidente Michel Temer, o presidente do PSD e secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL) e Paulo Bilinsky (PL), e o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), candidato a vice na chapa de Nunes por indicação de Bolsonaro.

De acordo com pessoas envolvidas na organização do evento, o almoço deverá reunir uma ampla gama de convidados, incluindo vereadores eleitos, empresários de diferentes setores, além de médicos, advogados e outras figuras influentes. Segundo um aliado de Bolsonaro, o objetivo do evento é “pavimentar a derrocada da esquerda” na maior cidade do País e celebrar a construção de uma grande aliança em torno do nome de Nunes.

A presença de Bolsonaro na reta final da campanha não foi resultado de uma estratégia deliberada, e sim uma questão de compatibilidade com a agenda do ex-presidente. Nas últimas semanas, Bolsonaro percorreu diferentes estados do País para impulsionar a candidatura de aliados que disputam o segundo turno.

Depois do almoço, Bolsonaro deve gravar um podcast ao lado do prefeito e do governador Tarcísio de Freitas. À noite, os três participam de um culto com o pastor Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra.

A participação de Bolsonaro na campanha de Nunes contrasta com o primeiro turno, quando a relação entre os dois foi marcada por idas e vindas, com o ex-presidente, em certos momentos, flertando com a candidatura do ex-coach Pablo Marçal (PRTB). De um lado, aliados de Nunes criticam a postura ambígua de Bolsonaro; por outro, correligionários do ex-presidente afirmam que o prefeito tentou escondê-lo durante a campanha.

Reta final terá foco na periferia

A campanha de Nunes planeja retomar a forte presença nas periferias da cidade nesta reta final, estratégia que vinha sendo adotada nos últimos dias, mas que foi interrompida em razão das chuvas.

“Nós perdemos o Ricardo por uma semana por causa da gestão e da questão Enel, mas ele é prefeito e tem que cuidar da cidade mesmo. Agora, a ideia é retomar. Vamos fazer uma agenda forte nas periferias e nos bairros para dar visibilidade e peso à campanha”, disse Baleia Rossi, coordenador da campanha do prefeito.

Após a ameaça de nova tempestade não se concretizar, Nunes retomou as agendas eleitorais e foi a dois cultos evangélicos no domingo, 20, caminhou pelo Jardim Myrna, bairro da zona Sul, e almoçou no Centro de Tradições Nordestinas no Limão, na zona Norte. No sábado, ele já havia comparecido a uma missa celebrada pelo padre Marcelo Rossi no Santuário Santa Mãe de Deus, localizado no Jardim Umuarama.

O eleitorado das periferias é o principal campo de batalha entre Nunes e Boulos. O prefeito lidera nas pesquisas entre os paulistanos que ganham até dois salários mínimos por mês e tem apoio de uma parcela de eleitores que votaram no presidente Lula em 2022. Boulos aposta justamente nesse segmento para reduzir a diferença em relação ao prefeito.

A aposta de Nunes para conquistar esse eleitorado é destacar obras e programas realizados por sua administração e passar a mensagem de que ele tem experiência de gestão em contraponto a Boulos, que nunca ocupou cargo no Executivo — este ponto foi bem recebido pelos eleitores na pesquisa qualitativa realizada pela campanha do emedebista durante o debate de sábado, 19, promovido pelo Estadão e pela Record.

Segundo integrantes da campanha do prefeito, os programas do horário eleitoral na próxima semana devem continuar destacando as realizações da gestão de Ricardo Nunes. A equipe também se prepara para o que chamam de “laudos do Marçal”, uma possível investida de Boulos na reta final da campanha em busca de um fato novo que possa alterar o cenário eleitoral.

Em paralelo, o prefeito também quer mostrar a diferença de perfil em relação a Boulos: enquanto ele afirma ser um candidato de centro, com posições conservadoras sobre costumes e apoiado pela direita, o adversário é descrito como um radical que moderou suas posições em razão das eleições.

Nunes baterá na tecla de que a moderação de Boulos em temas como a descriminalização das drogas e legalização do aborto é artificial e que o psolista defendeu posições progressistas sobre esses assuntos ao longo de sua vida.

O candidato do PSOL tem dito que o prefeito quer inculcar medo no eleitorado, a exemplo do que ocorreu com com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de. “Por que para você quem luta junto com família sem teto é extremista e quem dá tiro pra cima em porta de boate é moderado e bom cidadão?”, disse Boulos no debate de sábado, em referência a uma denúncia contra Nunes ocorrida em 1996.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.