‘O agro está triste, mas é hora de seguir adiante’, diz Tereza Cristina


Ex-ministra da Agricultura, senadora eleita pelo Mato Grosso do Sul avalia que Bolsonaro assumirá papel de líder da direita e da oposição a Lula

Por André Borges

BRASÍLIA - Principal voz do agronegócio no governo Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que é hora de o setor “se organizar e seguir adiante”. Senadora eleita pelo PP no Mato Grosso do Sul, ela afirma que o bloqueio das estradas após as eleições foi espontâneo, e não organizado pelo setor, como tem sido dito nas redes sociais.

Em sua primeira entrevista após o segundo turno, Tereza Cristina, que é deputada federal pelo segundo mandato, lamentou a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 30 de outubro para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse o presidente deve liderar a oposição a partir do ano que vem, unificando seu capital político da direita. Leia a entrevista.

O agronegócio está financiando as manifestações que acontecem nas estradas do País?

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De jeito nenhum. O que está ocorrendo nas estradas é resultado da indignação das pessoas. Foi uma coisa espontânea das pessoas, de alguns produtores, mas não tem a participação de nenhuma associação, nenhuma instituição, não foi organizado. O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante.

Como a senhora tem visto a postura do presidente Bolsonaro em relação a essas manifestações?

Eu acho que o presidente saiu destas eleições com um capital político enorme, foram mais de 58 milhões de votos. O agro está do lado dele, mas agora é hora se organizar, de acalmar os ânimos. O que viemos foi uma eleição de dois projetos, foi um plebiscito entre a direita e a esquerda. Passada a eleição, é momento de ter equilíbrio para seguir adiante.

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A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que o presidente Jair Bolsonaro poderá liderar a direita na oposição ao governo Lula. Foto: Isac Nóbrega/PR

Qual vai ser o papel do presidente Bolsonaro a partir do ano que vem?

O presidente vai liderar o movimento de direita no País. Ele pode não ter ganho a eleição, mas ocupará essa posição, com toda certeza. É ele quem vai liderar esse movimento.

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Como a bancada do agronegócio vai se posicionar em relação ao governo Lula? Como seria lidar com um Ministério da Agricultura comandado por Simone Tebet, por exemplo, que está cotada para assumir a pasta?

Numa democracia, mesmo sendo oposição, temos de estar abertos a dialogar, para trabalhar pelo setor. O Brasil precisa do agro, independentemente de quem estiver à frente do governo. É um setor moderno, sustentável. Seja o governo que for, tem de entender a importância disso. Evoluímos muito no agro durante o governo Bolsonaro, temos hoje uma posição de destaque interna e externamente.

A senhora é cotada para concorrer à presidência do Senado no ano que vem. Como encara essa possibilidade?

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Acredito que é cedo para falar disso, mas recebo essa afirmação com muita honra. Sou grata pela minha eleição para o Senado, é muita satisfação. Fora isso, tudo o mais será uma negociação que vai se dar agora. Essa bola ainda vai ser jogada.

Mas a senhora vai se candidatar à presidência do Senado?

Não posso dizer isso. Qualquer decisão depende do partido, de muitas negociações que ainda vão ocorrer.

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O agronegócio tem projetos prioritários para serem votados no Congresso e havia apreensão sobre essas votações com uma eventual vitória de Lula, que se confirmou. Como fica o andamento dessas pautas?

Temos uma bancada do agronegócio para organizar as pautas que lhe são caras, e que podem vir a ter um viés diferente do que se previa. Tudo começará a ser tratado imediatamente. Vamos tratar disso de perto. É importante que elas sejam colocadas. Temos o compromisso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de pautar esses projetos depois das eleições. O projeto do autocontrole (dos produtos agrícolas), por exemplo, é muito bom e deve ser aprovado. Temos também os projetos do licenciamento ambiental e da regularização fundiária. O tempo é curto, mas se tivermos um bom entendimento, é possível avançarmos nestas aprovações ainda neste ano. A Comissão de Agricultura está movimentada. Nesta próxima semana, já vamos começar a discutir o orçamento para o Ministério da Agricultura e os programas prioritários, vamos convocar a reunião já a partir da próxima segunda-feira.

BRASÍLIA - Principal voz do agronegócio no governo Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que é hora de o setor “se organizar e seguir adiante”. Senadora eleita pelo PP no Mato Grosso do Sul, ela afirma que o bloqueio das estradas após as eleições foi espontâneo, e não organizado pelo setor, como tem sido dito nas redes sociais.

Em sua primeira entrevista após o segundo turno, Tereza Cristina, que é deputada federal pelo segundo mandato, lamentou a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 30 de outubro para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse o presidente deve liderar a oposição a partir do ano que vem, unificando seu capital político da direita. Leia a entrevista.

O agronegócio está financiando as manifestações que acontecem nas estradas do País?

De jeito nenhum. O que está ocorrendo nas estradas é resultado da indignação das pessoas. Foi uma coisa espontânea das pessoas, de alguns produtores, mas não tem a participação de nenhuma associação, nenhuma instituição, não foi organizado. O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante.

Como a senhora tem visto a postura do presidente Bolsonaro em relação a essas manifestações?

Eu acho que o presidente saiu destas eleições com um capital político enorme, foram mais de 58 milhões de votos. O agro está do lado dele, mas agora é hora se organizar, de acalmar os ânimos. O que viemos foi uma eleição de dois projetos, foi um plebiscito entre a direita e a esquerda. Passada a eleição, é momento de ter equilíbrio para seguir adiante.

A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que o presidente Jair Bolsonaro poderá liderar a direita na oposição ao governo Lula. Foto: Isac Nóbrega/PR

Qual vai ser o papel do presidente Bolsonaro a partir do ano que vem?

O presidente vai liderar o movimento de direita no País. Ele pode não ter ganho a eleição, mas ocupará essa posição, com toda certeza. É ele quem vai liderar esse movimento.

Como a bancada do agronegócio vai se posicionar em relação ao governo Lula? Como seria lidar com um Ministério da Agricultura comandado por Simone Tebet, por exemplo, que está cotada para assumir a pasta?

Numa democracia, mesmo sendo oposição, temos de estar abertos a dialogar, para trabalhar pelo setor. O Brasil precisa do agro, independentemente de quem estiver à frente do governo. É um setor moderno, sustentável. Seja o governo que for, tem de entender a importância disso. Evoluímos muito no agro durante o governo Bolsonaro, temos hoje uma posição de destaque interna e externamente.

A senhora é cotada para concorrer à presidência do Senado no ano que vem. Como encara essa possibilidade?

Acredito que é cedo para falar disso, mas recebo essa afirmação com muita honra. Sou grata pela minha eleição para o Senado, é muita satisfação. Fora isso, tudo o mais será uma negociação que vai se dar agora. Essa bola ainda vai ser jogada.

Mas a senhora vai se candidatar à presidência do Senado?

Não posso dizer isso. Qualquer decisão depende do partido, de muitas negociações que ainda vão ocorrer.

O agronegócio tem projetos prioritários para serem votados no Congresso e havia apreensão sobre essas votações com uma eventual vitória de Lula, que se confirmou. Como fica o andamento dessas pautas?

Temos uma bancada do agronegócio para organizar as pautas que lhe são caras, e que podem vir a ter um viés diferente do que se previa. Tudo começará a ser tratado imediatamente. Vamos tratar disso de perto. É importante que elas sejam colocadas. Temos o compromisso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de pautar esses projetos depois das eleições. O projeto do autocontrole (dos produtos agrícolas), por exemplo, é muito bom e deve ser aprovado. Temos também os projetos do licenciamento ambiental e da regularização fundiária. O tempo é curto, mas se tivermos um bom entendimento, é possível avançarmos nestas aprovações ainda neste ano. A Comissão de Agricultura está movimentada. Nesta próxima semana, já vamos começar a discutir o orçamento para o Ministério da Agricultura e os programas prioritários, vamos convocar a reunião já a partir da próxima segunda-feira.

BRASÍLIA - Principal voz do agronegócio no governo Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que é hora de o setor “se organizar e seguir adiante”. Senadora eleita pelo PP no Mato Grosso do Sul, ela afirma que o bloqueio das estradas após as eleições foi espontâneo, e não organizado pelo setor, como tem sido dito nas redes sociais.

Em sua primeira entrevista após o segundo turno, Tereza Cristina, que é deputada federal pelo segundo mandato, lamentou a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 30 de outubro para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse o presidente deve liderar a oposição a partir do ano que vem, unificando seu capital político da direita. Leia a entrevista.

O agronegócio está financiando as manifestações que acontecem nas estradas do País?

De jeito nenhum. O que está ocorrendo nas estradas é resultado da indignação das pessoas. Foi uma coisa espontânea das pessoas, de alguns produtores, mas não tem a participação de nenhuma associação, nenhuma instituição, não foi organizado. O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante.

Como a senhora tem visto a postura do presidente Bolsonaro em relação a essas manifestações?

Eu acho que o presidente saiu destas eleições com um capital político enorme, foram mais de 58 milhões de votos. O agro está do lado dele, mas agora é hora se organizar, de acalmar os ânimos. O que viemos foi uma eleição de dois projetos, foi um plebiscito entre a direita e a esquerda. Passada a eleição, é momento de ter equilíbrio para seguir adiante.

A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que o presidente Jair Bolsonaro poderá liderar a direita na oposição ao governo Lula. Foto: Isac Nóbrega/PR

Qual vai ser o papel do presidente Bolsonaro a partir do ano que vem?

O presidente vai liderar o movimento de direita no País. Ele pode não ter ganho a eleição, mas ocupará essa posição, com toda certeza. É ele quem vai liderar esse movimento.

Como a bancada do agronegócio vai se posicionar em relação ao governo Lula? Como seria lidar com um Ministério da Agricultura comandado por Simone Tebet, por exemplo, que está cotada para assumir a pasta?

Numa democracia, mesmo sendo oposição, temos de estar abertos a dialogar, para trabalhar pelo setor. O Brasil precisa do agro, independentemente de quem estiver à frente do governo. É um setor moderno, sustentável. Seja o governo que for, tem de entender a importância disso. Evoluímos muito no agro durante o governo Bolsonaro, temos hoje uma posição de destaque interna e externamente.

A senhora é cotada para concorrer à presidência do Senado no ano que vem. Como encara essa possibilidade?

Acredito que é cedo para falar disso, mas recebo essa afirmação com muita honra. Sou grata pela minha eleição para o Senado, é muita satisfação. Fora isso, tudo o mais será uma negociação que vai se dar agora. Essa bola ainda vai ser jogada.

Mas a senhora vai se candidatar à presidência do Senado?

Não posso dizer isso. Qualquer decisão depende do partido, de muitas negociações que ainda vão ocorrer.

O agronegócio tem projetos prioritários para serem votados no Congresso e havia apreensão sobre essas votações com uma eventual vitória de Lula, que se confirmou. Como fica o andamento dessas pautas?

Temos uma bancada do agronegócio para organizar as pautas que lhe são caras, e que podem vir a ter um viés diferente do que se previa. Tudo começará a ser tratado imediatamente. Vamos tratar disso de perto. É importante que elas sejam colocadas. Temos o compromisso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de pautar esses projetos depois das eleições. O projeto do autocontrole (dos produtos agrícolas), por exemplo, é muito bom e deve ser aprovado. Temos também os projetos do licenciamento ambiental e da regularização fundiária. O tempo é curto, mas se tivermos um bom entendimento, é possível avançarmos nestas aprovações ainda neste ano. A Comissão de Agricultura está movimentada. Nesta próxima semana, já vamos começar a discutir o orçamento para o Ministério da Agricultura e os programas prioritários, vamos convocar a reunião já a partir da próxima segunda-feira.

BRASÍLIA - Principal voz do agronegócio no governo Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que é hora de o setor “se organizar e seguir adiante”. Senadora eleita pelo PP no Mato Grosso do Sul, ela afirma que o bloqueio das estradas após as eleições foi espontâneo, e não organizado pelo setor, como tem sido dito nas redes sociais.

Em sua primeira entrevista após o segundo turno, Tereza Cristina, que é deputada federal pelo segundo mandato, lamentou a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 30 de outubro para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse o presidente deve liderar a oposição a partir do ano que vem, unificando seu capital político da direita. Leia a entrevista.

O agronegócio está financiando as manifestações que acontecem nas estradas do País?

De jeito nenhum. O que está ocorrendo nas estradas é resultado da indignação das pessoas. Foi uma coisa espontânea das pessoas, de alguns produtores, mas não tem a participação de nenhuma associação, nenhuma instituição, não foi organizado. O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante.

Como a senhora tem visto a postura do presidente Bolsonaro em relação a essas manifestações?

Eu acho que o presidente saiu destas eleições com um capital político enorme, foram mais de 58 milhões de votos. O agro está do lado dele, mas agora é hora se organizar, de acalmar os ânimos. O que viemos foi uma eleição de dois projetos, foi um plebiscito entre a direita e a esquerda. Passada a eleição, é momento de ter equilíbrio para seguir adiante.

A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que o presidente Jair Bolsonaro poderá liderar a direita na oposição ao governo Lula. Foto: Isac Nóbrega/PR

Qual vai ser o papel do presidente Bolsonaro a partir do ano que vem?

O presidente vai liderar o movimento de direita no País. Ele pode não ter ganho a eleição, mas ocupará essa posição, com toda certeza. É ele quem vai liderar esse movimento.

Como a bancada do agronegócio vai se posicionar em relação ao governo Lula? Como seria lidar com um Ministério da Agricultura comandado por Simone Tebet, por exemplo, que está cotada para assumir a pasta?

Numa democracia, mesmo sendo oposição, temos de estar abertos a dialogar, para trabalhar pelo setor. O Brasil precisa do agro, independentemente de quem estiver à frente do governo. É um setor moderno, sustentável. Seja o governo que for, tem de entender a importância disso. Evoluímos muito no agro durante o governo Bolsonaro, temos hoje uma posição de destaque interna e externamente.

A senhora é cotada para concorrer à presidência do Senado no ano que vem. Como encara essa possibilidade?

Acredito que é cedo para falar disso, mas recebo essa afirmação com muita honra. Sou grata pela minha eleição para o Senado, é muita satisfação. Fora isso, tudo o mais será uma negociação que vai se dar agora. Essa bola ainda vai ser jogada.

Mas a senhora vai se candidatar à presidência do Senado?

Não posso dizer isso. Qualquer decisão depende do partido, de muitas negociações que ainda vão ocorrer.

O agronegócio tem projetos prioritários para serem votados no Congresso e havia apreensão sobre essas votações com uma eventual vitória de Lula, que se confirmou. Como fica o andamento dessas pautas?

Temos uma bancada do agronegócio para organizar as pautas que lhe são caras, e que podem vir a ter um viés diferente do que se previa. Tudo começará a ser tratado imediatamente. Vamos tratar disso de perto. É importante que elas sejam colocadas. Temos o compromisso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de pautar esses projetos depois das eleições. O projeto do autocontrole (dos produtos agrícolas), por exemplo, é muito bom e deve ser aprovado. Temos também os projetos do licenciamento ambiental e da regularização fundiária. O tempo é curto, mas se tivermos um bom entendimento, é possível avançarmos nestas aprovações ainda neste ano. A Comissão de Agricultura está movimentada. Nesta próxima semana, já vamos começar a discutir o orçamento para o Ministério da Agricultura e os programas prioritários, vamos convocar a reunião já a partir da próxima segunda-feira.

BRASÍLIA - Principal voz do agronegócio no governo Bolsonaro, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que é hora de o setor “se organizar e seguir adiante”. Senadora eleita pelo PP no Mato Grosso do Sul, ela afirma que o bloqueio das estradas após as eleições foi espontâneo, e não organizado pelo setor, como tem sido dito nas redes sociais.

Em sua primeira entrevista após o segundo turno, Tereza Cristina, que é deputada federal pelo segundo mandato, lamentou a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 30 de outubro para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse o presidente deve liderar a oposição a partir do ano que vem, unificando seu capital político da direita. Leia a entrevista.

O agronegócio está financiando as manifestações que acontecem nas estradas do País?

De jeito nenhum. O que está ocorrendo nas estradas é resultado da indignação das pessoas. Foi uma coisa espontânea das pessoas, de alguns produtores, mas não tem a participação de nenhuma associação, nenhuma instituição, não foi organizado. O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante.

Como a senhora tem visto a postura do presidente Bolsonaro em relação a essas manifestações?

Eu acho que o presidente saiu destas eleições com um capital político enorme, foram mais de 58 milhões de votos. O agro está do lado dele, mas agora é hora se organizar, de acalmar os ânimos. O que viemos foi uma eleição de dois projetos, foi um plebiscito entre a direita e a esquerda. Passada a eleição, é momento de ter equilíbrio para seguir adiante.

A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina diz que o presidente Jair Bolsonaro poderá liderar a direita na oposição ao governo Lula. Foto: Isac Nóbrega/PR

Qual vai ser o papel do presidente Bolsonaro a partir do ano que vem?

O presidente vai liderar o movimento de direita no País. Ele pode não ter ganho a eleição, mas ocupará essa posição, com toda certeza. É ele quem vai liderar esse movimento.

Como a bancada do agronegócio vai se posicionar em relação ao governo Lula? Como seria lidar com um Ministério da Agricultura comandado por Simone Tebet, por exemplo, que está cotada para assumir a pasta?

Numa democracia, mesmo sendo oposição, temos de estar abertos a dialogar, para trabalhar pelo setor. O Brasil precisa do agro, independentemente de quem estiver à frente do governo. É um setor moderno, sustentável. Seja o governo que for, tem de entender a importância disso. Evoluímos muito no agro durante o governo Bolsonaro, temos hoje uma posição de destaque interna e externamente.

A senhora é cotada para concorrer à presidência do Senado no ano que vem. Como encara essa possibilidade?

Acredito que é cedo para falar disso, mas recebo essa afirmação com muita honra. Sou grata pela minha eleição para o Senado, é muita satisfação. Fora isso, tudo o mais será uma negociação que vai se dar agora. Essa bola ainda vai ser jogada.

Mas a senhora vai se candidatar à presidência do Senado?

Não posso dizer isso. Qualquer decisão depende do partido, de muitas negociações que ainda vão ocorrer.

O agronegócio tem projetos prioritários para serem votados no Congresso e havia apreensão sobre essas votações com uma eventual vitória de Lula, que se confirmou. Como fica o andamento dessas pautas?

Temos uma bancada do agronegócio para organizar as pautas que lhe são caras, e que podem vir a ter um viés diferente do que se previa. Tudo começará a ser tratado imediatamente. Vamos tratar disso de perto. É importante que elas sejam colocadas. Temos o compromisso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de pautar esses projetos depois das eleições. O projeto do autocontrole (dos produtos agrícolas), por exemplo, é muito bom e deve ser aprovado. Temos também os projetos do licenciamento ambiental e da regularização fundiária. O tempo é curto, mas se tivermos um bom entendimento, é possível avançarmos nestas aprovações ainda neste ano. A Comissão de Agricultura está movimentada. Nesta próxima semana, já vamos começar a discutir o orçamento para o Ministério da Agricultura e os programas prioritários, vamos convocar a reunião já a partir da próxima segunda-feira.

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