O empresário e coach Pablo Marçal passou a atuar como linha auxiliar da campanha do presidente. Eleito deputado federal pelo PROS em São Paulo, ele organiza o grupo no Telegram “Influenciadores pró-Bolsonaro” e diz focar os conteúdos na desconstrução de “narrativas de esquerda”.
Qual o motivo de se iniciar um trabalho com influenciadores que apoiam o presidente Jair Bolsonaro?
Eu percebi que a campanha em si precisava exponencializar e nada como contar com a maior rede de influenciadores do país. Articulei, inicialmente, o movimento chamado CCC (Cristãos Contra o Comunismo) que hoje reúne os maiores influenciadores cristãos do Brasil. Depois o movimento se expandiu e ganhou essa força que todo mundo está acompanhando.
Como essas missões se estruturam? Elas são uma forma de “virar voto” ou o foco é estrito no público indeciso?
As missões se estruturam em seleção de público e contato individual. Os influenciadores criam e trabalham com pequenos grupos dando atenção individual. O foco é nos eleitores indecisos.
Alguns conteúdos procuram rebater acusações feitas ao presidente. Como isso é feito?
O foco não é em acusações, mas sim nas “NDE” - narrativas de esquerda. Os próprios deputados são os principais a divulgarem as matérias mais importantes e os influenciadores mantém o foco em falar sobre as propostas.
A iniciativa de estruturar novas missões foi do sr.?
Não só minha porque a campanha tem muitas frentes, e essa foi mais uma estratégia para atrair os players entre os apoiadores e simpatizantes.
O senhor usa sua própria estrutura e equipe ou a organização das lives e conteúdos são preparados por empresa contratada pela campanha?
A campanha do Bolsonaro não tem mais recursos. Cada um ajuda da forma que é possível seguindo a cuidadosamente a legislação.