O que esperar da pesquisa Datafolha hoje, após semana de debates ‘mornos’ e pedidos de ‘voto útil’


Pesquisa será divulgada nesta quinta-feira, 3, poucos dias antes do primeiro turno; especialistas ouvidos pelo ‘Estadão’ analisam que quantidade de indecisos pode diminuir e transferência de votos começar a aparecer

Por Karina Ferreira
Atualização:

A três dias do primeiro turno das eleições 2024, a nova pesquisa Datafolha sobre a intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, que será divulgada na tarde desta quinta-feira, 3, pode apresentar um cenário com indicativo de uma possível opção do eleitor pela transferência estratégica de votos, o chamado “voto útil”, já no primeiro turno do pleito.

Uma tendência de oscilação positiva da deputada federal Tabata Amaral (PSB) também poderá aparecer nos resultados desta tarde, assim como uma redução na parcela dos eleitores que ainda dizem não saber em quem vão votar, analisam especialistas ouvidos pelo Estadão.

continua após a publicidade

A pesquisa, que captou a intenção de voto dos paulistanos entre terça-feira, 1º, e esta quinta, 3, ocorre após os dois últimos debates eleitorais, em que os candidatos tiveram uma postura mais equilibrada em relação aos encontros anteriores, e adotaram estratégias próprias para estabelecer contato com parcelas específicas do eleitorado – como evangélicos, mulheres e indecisos.

Os candidatos à Prefeitura de SP José Luiz Datena (PSDB), Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) no debate promovido pela Band Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“Tabata tem conseguido ter as melhores oscilações nas últimas pesquisas e talvez ela continue subindo um pouco, porque ela fez uma leve inflexão na sua postura, está parecendo mais aguerrida, mais forte, tentando evitar a desidratação que aconteceu com a Simone Tebet (candidata à Presidência da República em 2022) quando foi chegando perto da eleição: o voto útil fez ela desidratar”, analisa a professora de ciência política e coordenadora do Laboratório de Eleições, Partidos e Política Comparada (Lappcom), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mayra Goulart.

continua após a publicidade

Segundo o último Datafolha, divulgado há uma semana, dia 26, a candidata do PSB marcou 9% das intenções de voto, um ponto a mais que na semana anterior. Já na pesquisa do instituto Quaest divulgada nesta segunda-feira, 30, Tabata oscilou três pontos para cima, passando de 8% no levantamento anterior, para os atuais 11%.

A candidata, assim como o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), têm protagonizado pedidos explícitos para que o eleitor apele para a estratégia do voto útil já na primeira etapa do pleito. Outro ponto mencionado por Mayra é o de Tabata ter ganhado destaque na imprensa nos últimos dias, em detrimento do influenciador Pablo Marçal (PRTB) que, rodeado de polêmicas, é quem geralmente consegue o maior espaço.

continua após a publicidade

“No início ele era uma novidade, tudo que acontecia com Marçal era muito destacado e agora há uma suave inflexão nisso, até porque não houve nenhum episódio de violência em que ele tenha se envolvido na última semana”, analisa a professora.

O professor de Administração Pública e pesquisador em Educação e Cultura Política da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Daniel Pinheiro também avalia que os números de Tabata podem aparecer maiores que na pesquisa anterior. “Deve haver aí uma reacomodação com alguns pontos a mais ou a menos dos candidatos, fazendo uma redistribuição, sendo, talvez, a mais significativa delas em Tabata”, explica Pinheiro, que também avalia que um crescimento em Marçal, como visto nos primeiros levantamentos da disputa eleitoral, seja mais difícil de ocorrer agora.

Indício de que os eleitores optarão por ‘voto útil’

continua após a publicidade

Para Vinícius Alves, pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e diretor da Ipespe Analítica, que analisa o agregado das pesquisas mais recentes, é possível observar uma pequena vantagem a favor de Nunes e Boulos, que se alternam na liderança. Mesmo assim, para ele, a corrida em São Paulo esse ano está “especialmente indefinida” sobre quem avançará ao segundo turno.

Para o professor, o novo levantamento, assim como os próximos que sairão nas vésperas do pleito, podem indicar se o eleitor vai optar pela estratégia do voto útil já no primeiro turno. “Neste contexto, teríamos algum sinal de crescimento das intenções de voto dos candidatos mais competitivos, que ocorreria acompanhado de um decréscimo das intenções de voto daqueles que estão em um segundo plano na disputa”, explica, afirmando que, caso esse cenário venha indicado na pesquisa de hoje, os índices de rejeição também devem sofrer alterações importantes.

Marçal continua sendo o mais rejeitado da disputa, conforme mostrou ou levantamento da semana passada. O candidato do PRTB teve 48% dos entrevistados afirmando que “não votariam de jeito nenhum no primeiro turno” no ex-coach, ante os 47% da semana anterior. Desde o início de agosto, Marçal cresceu 18 pontos no índice, quando marcava 30%.

continua após a publicidade

Siga o ‘Estadão’ nas redes sociais

A três dias do primeiro turno das eleições 2024, a nova pesquisa Datafolha sobre a intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, que será divulgada na tarde desta quinta-feira, 3, pode apresentar um cenário com indicativo de uma possível opção do eleitor pela transferência estratégica de votos, o chamado “voto útil”, já no primeiro turno do pleito.

Uma tendência de oscilação positiva da deputada federal Tabata Amaral (PSB) também poderá aparecer nos resultados desta tarde, assim como uma redução na parcela dos eleitores que ainda dizem não saber em quem vão votar, analisam especialistas ouvidos pelo Estadão.

A pesquisa, que captou a intenção de voto dos paulistanos entre terça-feira, 1º, e esta quinta, 3, ocorre após os dois últimos debates eleitorais, em que os candidatos tiveram uma postura mais equilibrada em relação aos encontros anteriores, e adotaram estratégias próprias para estabelecer contato com parcelas específicas do eleitorado – como evangélicos, mulheres e indecisos.

Os candidatos à Prefeitura de SP José Luiz Datena (PSDB), Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) no debate promovido pela Band Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“Tabata tem conseguido ter as melhores oscilações nas últimas pesquisas e talvez ela continue subindo um pouco, porque ela fez uma leve inflexão na sua postura, está parecendo mais aguerrida, mais forte, tentando evitar a desidratação que aconteceu com a Simone Tebet (candidata à Presidência da República em 2022) quando foi chegando perto da eleição: o voto útil fez ela desidratar”, analisa a professora de ciência política e coordenadora do Laboratório de Eleições, Partidos e Política Comparada (Lappcom), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mayra Goulart.

Segundo o último Datafolha, divulgado há uma semana, dia 26, a candidata do PSB marcou 9% das intenções de voto, um ponto a mais que na semana anterior. Já na pesquisa do instituto Quaest divulgada nesta segunda-feira, 30, Tabata oscilou três pontos para cima, passando de 8% no levantamento anterior, para os atuais 11%.

A candidata, assim como o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), têm protagonizado pedidos explícitos para que o eleitor apele para a estratégia do voto útil já na primeira etapa do pleito. Outro ponto mencionado por Mayra é o de Tabata ter ganhado destaque na imprensa nos últimos dias, em detrimento do influenciador Pablo Marçal (PRTB) que, rodeado de polêmicas, é quem geralmente consegue o maior espaço.

“No início ele era uma novidade, tudo que acontecia com Marçal era muito destacado e agora há uma suave inflexão nisso, até porque não houve nenhum episódio de violência em que ele tenha se envolvido na última semana”, analisa a professora.

O professor de Administração Pública e pesquisador em Educação e Cultura Política da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Daniel Pinheiro também avalia que os números de Tabata podem aparecer maiores que na pesquisa anterior. “Deve haver aí uma reacomodação com alguns pontos a mais ou a menos dos candidatos, fazendo uma redistribuição, sendo, talvez, a mais significativa delas em Tabata”, explica Pinheiro, que também avalia que um crescimento em Marçal, como visto nos primeiros levantamentos da disputa eleitoral, seja mais difícil de ocorrer agora.

Indício de que os eleitores optarão por ‘voto útil’

Para Vinícius Alves, pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e diretor da Ipespe Analítica, que analisa o agregado das pesquisas mais recentes, é possível observar uma pequena vantagem a favor de Nunes e Boulos, que se alternam na liderança. Mesmo assim, para ele, a corrida em São Paulo esse ano está “especialmente indefinida” sobre quem avançará ao segundo turno.

Para o professor, o novo levantamento, assim como os próximos que sairão nas vésperas do pleito, podem indicar se o eleitor vai optar pela estratégia do voto útil já no primeiro turno. “Neste contexto, teríamos algum sinal de crescimento das intenções de voto dos candidatos mais competitivos, que ocorreria acompanhado de um decréscimo das intenções de voto daqueles que estão em um segundo plano na disputa”, explica, afirmando que, caso esse cenário venha indicado na pesquisa de hoje, os índices de rejeição também devem sofrer alterações importantes.

Marçal continua sendo o mais rejeitado da disputa, conforme mostrou ou levantamento da semana passada. O candidato do PRTB teve 48% dos entrevistados afirmando que “não votariam de jeito nenhum no primeiro turno” no ex-coach, ante os 47% da semana anterior. Desde o início de agosto, Marçal cresceu 18 pontos no índice, quando marcava 30%.

Siga o ‘Estadão’ nas redes sociais

A três dias do primeiro turno das eleições 2024, a nova pesquisa Datafolha sobre a intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, que será divulgada na tarde desta quinta-feira, 3, pode apresentar um cenário com indicativo de uma possível opção do eleitor pela transferência estratégica de votos, o chamado “voto útil”, já no primeiro turno do pleito.

Uma tendência de oscilação positiva da deputada federal Tabata Amaral (PSB) também poderá aparecer nos resultados desta tarde, assim como uma redução na parcela dos eleitores que ainda dizem não saber em quem vão votar, analisam especialistas ouvidos pelo Estadão.

A pesquisa, que captou a intenção de voto dos paulistanos entre terça-feira, 1º, e esta quinta, 3, ocorre após os dois últimos debates eleitorais, em que os candidatos tiveram uma postura mais equilibrada em relação aos encontros anteriores, e adotaram estratégias próprias para estabelecer contato com parcelas específicas do eleitorado – como evangélicos, mulheres e indecisos.

Os candidatos à Prefeitura de SP José Luiz Datena (PSDB), Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) no debate promovido pela Band Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“Tabata tem conseguido ter as melhores oscilações nas últimas pesquisas e talvez ela continue subindo um pouco, porque ela fez uma leve inflexão na sua postura, está parecendo mais aguerrida, mais forte, tentando evitar a desidratação que aconteceu com a Simone Tebet (candidata à Presidência da República em 2022) quando foi chegando perto da eleição: o voto útil fez ela desidratar”, analisa a professora de ciência política e coordenadora do Laboratório de Eleições, Partidos e Política Comparada (Lappcom), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mayra Goulart.

Segundo o último Datafolha, divulgado há uma semana, dia 26, a candidata do PSB marcou 9% das intenções de voto, um ponto a mais que na semana anterior. Já na pesquisa do instituto Quaest divulgada nesta segunda-feira, 30, Tabata oscilou três pontos para cima, passando de 8% no levantamento anterior, para os atuais 11%.

A candidata, assim como o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), têm protagonizado pedidos explícitos para que o eleitor apele para a estratégia do voto útil já na primeira etapa do pleito. Outro ponto mencionado por Mayra é o de Tabata ter ganhado destaque na imprensa nos últimos dias, em detrimento do influenciador Pablo Marçal (PRTB) que, rodeado de polêmicas, é quem geralmente consegue o maior espaço.

“No início ele era uma novidade, tudo que acontecia com Marçal era muito destacado e agora há uma suave inflexão nisso, até porque não houve nenhum episódio de violência em que ele tenha se envolvido na última semana”, analisa a professora.

O professor de Administração Pública e pesquisador em Educação e Cultura Política da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Daniel Pinheiro também avalia que os números de Tabata podem aparecer maiores que na pesquisa anterior. “Deve haver aí uma reacomodação com alguns pontos a mais ou a menos dos candidatos, fazendo uma redistribuição, sendo, talvez, a mais significativa delas em Tabata”, explica Pinheiro, que também avalia que um crescimento em Marçal, como visto nos primeiros levantamentos da disputa eleitoral, seja mais difícil de ocorrer agora.

Indício de que os eleitores optarão por ‘voto útil’

Para Vinícius Alves, pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e diretor da Ipespe Analítica, que analisa o agregado das pesquisas mais recentes, é possível observar uma pequena vantagem a favor de Nunes e Boulos, que se alternam na liderança. Mesmo assim, para ele, a corrida em São Paulo esse ano está “especialmente indefinida” sobre quem avançará ao segundo turno.

Para o professor, o novo levantamento, assim como os próximos que sairão nas vésperas do pleito, podem indicar se o eleitor vai optar pela estratégia do voto útil já no primeiro turno. “Neste contexto, teríamos algum sinal de crescimento das intenções de voto dos candidatos mais competitivos, que ocorreria acompanhado de um decréscimo das intenções de voto daqueles que estão em um segundo plano na disputa”, explica, afirmando que, caso esse cenário venha indicado na pesquisa de hoje, os índices de rejeição também devem sofrer alterações importantes.

Marçal continua sendo o mais rejeitado da disputa, conforme mostrou ou levantamento da semana passada. O candidato do PRTB teve 48% dos entrevistados afirmando que “não votariam de jeito nenhum no primeiro turno” no ex-coach, ante os 47% da semana anterior. Desde o início de agosto, Marçal cresceu 18 pontos no índice, quando marcava 30%.

Siga o ‘Estadão’ nas redes sociais

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.