O que foi o AI-5?


Bolsonaro foi ao encontro de manifestantes que pediam intervenção militar no País em ato em Brasília no último domingo, 19

Por Vinícius Passarelli
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro foi ao encontro de manifestantes que pediam intervenção militar no País em ato em Brasília no último domingo, 19.  Com microfone em punho, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete e fez um discurso inflamado para seguidores que exibiam faixas com inscrições favoráveis a um "novo AI-5", o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985), e gritavam palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O tema tem estado em alta desde o ano passado. Em 2019, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, afirmou em entrevista que a resposta a uma possível radicalização da esquerda poderia ser um "novo AI-5". Um mês depois, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou não ser surpresa caso alguém peça pelo dispositivo, em resposta às declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem afirmando em discursos que a população deve se mobilizar nas ruas contra as medidas econômicas do governo Bolsonaro.

Policial observa manifestação do Movimento Estudantil contra a censura imposta pela ditadura militar, meses antes da aprovação do AI-5 (Ato Institucional Nº 5), que concedia poderes absolutos ao presidente durante o regime militar. Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo
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O que foi o AI-5?

Eduardo se referia ao Ato Institucional nº5 (AI-5), o mais duro dos atos institucionais da ditadura militar (1964-1985) e que fez o regime recrudescer após seu decreto. Baixado em 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, o segundo presidente da ditadura militar, o artigo vigorou até dezembro de 1978 e deu poderes de exceção ao Executivo, possibilitando perseguição, prisões, tortura e morte de adversários políticos do regime.

Capa do Estadão de 14 de dezembro de 1968 noticiando o decreto do AI-5 Foto: Acervo Estadão
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O texto autorizava o chefe do Executivo, sem apreciação judicial, a fechar o Congresso Nacional, intervir nos Estados e municípios, cassar mandatos de parlamentares, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, decretar o confisco de bens considerados ilícitos e suspender a garantia de direitos como o habeas corpus. O artigo levou o regime a perseguir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e instituiu a censura prévia à imprensa e a manifestações culturais.

No mesmo dia em que foi criado o AI-5, 11 deputados federais foram cassados e foi decretado o recesso do Congresso por tempo indeterminado. O Legislativo foi reaberto apenas em outubro de 1969, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici como novo presidente.

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Em dezembro de 2018, o Estado publicou um especial sobre os 50 anos do AI-5. Veja aqui.

A questão do "novo AI-5" foi levantado por Eduardo Bolsonaor no final de outubro, em entrevista ao canal de Youtube da jornalista Leda Nagle. "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro foi ao encontro de manifestantes que pediam intervenção militar no País em ato em Brasília no último domingo, 19.  Com microfone em punho, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete e fez um discurso inflamado para seguidores que exibiam faixas com inscrições favoráveis a um "novo AI-5", o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985), e gritavam palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O tema tem estado em alta desde o ano passado. Em 2019, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, afirmou em entrevista que a resposta a uma possível radicalização da esquerda poderia ser um "novo AI-5". Um mês depois, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou não ser surpresa caso alguém peça pelo dispositivo, em resposta às declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem afirmando em discursos que a população deve se mobilizar nas ruas contra as medidas econômicas do governo Bolsonaro.

Policial observa manifestação do Movimento Estudantil contra a censura imposta pela ditadura militar, meses antes da aprovação do AI-5 (Ato Institucional Nº 5), que concedia poderes absolutos ao presidente durante o regime militar. Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

O que foi o AI-5?

Eduardo se referia ao Ato Institucional nº5 (AI-5), o mais duro dos atos institucionais da ditadura militar (1964-1985) e que fez o regime recrudescer após seu decreto. Baixado em 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, o segundo presidente da ditadura militar, o artigo vigorou até dezembro de 1978 e deu poderes de exceção ao Executivo, possibilitando perseguição, prisões, tortura e morte de adversários políticos do regime.

Capa do Estadão de 14 de dezembro de 1968 noticiando o decreto do AI-5 Foto: Acervo Estadão

O texto autorizava o chefe do Executivo, sem apreciação judicial, a fechar o Congresso Nacional, intervir nos Estados e municípios, cassar mandatos de parlamentares, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, decretar o confisco de bens considerados ilícitos e suspender a garantia de direitos como o habeas corpus. O artigo levou o regime a perseguir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e instituiu a censura prévia à imprensa e a manifestações culturais.

No mesmo dia em que foi criado o AI-5, 11 deputados federais foram cassados e foi decretado o recesso do Congresso por tempo indeterminado. O Legislativo foi reaberto apenas em outubro de 1969, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici como novo presidente.

Em dezembro de 2018, o Estado publicou um especial sobre os 50 anos do AI-5. Veja aqui.

A questão do "novo AI-5" foi levantado por Eduardo Bolsonaor no final de outubro, em entrevista ao canal de Youtube da jornalista Leda Nagle. "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro foi ao encontro de manifestantes que pediam intervenção militar no País em ato em Brasília no último domingo, 19.  Com microfone em punho, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete e fez um discurso inflamado para seguidores que exibiam faixas com inscrições favoráveis a um "novo AI-5", o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985), e gritavam palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O tema tem estado em alta desde o ano passado. Em 2019, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, afirmou em entrevista que a resposta a uma possível radicalização da esquerda poderia ser um "novo AI-5". Um mês depois, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou não ser surpresa caso alguém peça pelo dispositivo, em resposta às declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem afirmando em discursos que a população deve se mobilizar nas ruas contra as medidas econômicas do governo Bolsonaro.

Policial observa manifestação do Movimento Estudantil contra a censura imposta pela ditadura militar, meses antes da aprovação do AI-5 (Ato Institucional Nº 5), que concedia poderes absolutos ao presidente durante o regime militar. Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

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Eduardo se referia ao Ato Institucional nº5 (AI-5), o mais duro dos atos institucionais da ditadura militar (1964-1985) e que fez o regime recrudescer após seu decreto. Baixado em 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, o segundo presidente da ditadura militar, o artigo vigorou até dezembro de 1978 e deu poderes de exceção ao Executivo, possibilitando perseguição, prisões, tortura e morte de adversários políticos do regime.

Capa do Estadão de 14 de dezembro de 1968 noticiando o decreto do AI-5 Foto: Acervo Estadão

O texto autorizava o chefe do Executivo, sem apreciação judicial, a fechar o Congresso Nacional, intervir nos Estados e municípios, cassar mandatos de parlamentares, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, decretar o confisco de bens considerados ilícitos e suspender a garantia de direitos como o habeas corpus. O artigo levou o regime a perseguir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e instituiu a censura prévia à imprensa e a manifestações culturais.

No mesmo dia em que foi criado o AI-5, 11 deputados federais foram cassados e foi decretado o recesso do Congresso por tempo indeterminado. O Legislativo foi reaberto apenas em outubro de 1969, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici como novo presidente.

Em dezembro de 2018, o Estado publicou um especial sobre os 50 anos do AI-5. Veja aqui.

A questão do "novo AI-5" foi levantado por Eduardo Bolsonaor no final de outubro, em entrevista ao canal de Youtube da jornalista Leda Nagle. "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro foi ao encontro de manifestantes que pediam intervenção militar no País em ato em Brasília no último domingo, 19.  Com microfone em punho, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete e fez um discurso inflamado para seguidores que exibiam faixas com inscrições favoráveis a um "novo AI-5", o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985), e gritavam palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O tema tem estado em alta desde o ano passado. Em 2019, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, afirmou em entrevista que a resposta a uma possível radicalização da esquerda poderia ser um "novo AI-5". Um mês depois, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou não ser surpresa caso alguém peça pelo dispositivo, em resposta às declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem afirmando em discursos que a população deve se mobilizar nas ruas contra as medidas econômicas do governo Bolsonaro.

Policial observa manifestação do Movimento Estudantil contra a censura imposta pela ditadura militar, meses antes da aprovação do AI-5 (Ato Institucional Nº 5), que concedia poderes absolutos ao presidente durante o regime militar. Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

O que foi o AI-5?

Eduardo se referia ao Ato Institucional nº5 (AI-5), o mais duro dos atos institucionais da ditadura militar (1964-1985) e que fez o regime recrudescer após seu decreto. Baixado em 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, o segundo presidente da ditadura militar, o artigo vigorou até dezembro de 1978 e deu poderes de exceção ao Executivo, possibilitando perseguição, prisões, tortura e morte de adversários políticos do regime.

Capa do Estadão de 14 de dezembro de 1968 noticiando o decreto do AI-5 Foto: Acervo Estadão

O texto autorizava o chefe do Executivo, sem apreciação judicial, a fechar o Congresso Nacional, intervir nos Estados e municípios, cassar mandatos de parlamentares, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, decretar o confisco de bens considerados ilícitos e suspender a garantia de direitos como o habeas corpus. O artigo levou o regime a perseguir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e instituiu a censura prévia à imprensa e a manifestações culturais.

No mesmo dia em que foi criado o AI-5, 11 deputados federais foram cassados e foi decretado o recesso do Congresso por tempo indeterminado. O Legislativo foi reaberto apenas em outubro de 1969, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici como novo presidente.

Em dezembro de 2018, o Estado publicou um especial sobre os 50 anos do AI-5. Veja aqui.

A questão do "novo AI-5" foi levantado por Eduardo Bolsonaor no final de outubro, em entrevista ao canal de Youtube da jornalista Leda Nagle. "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro foi ao encontro de manifestantes que pediam intervenção militar no País em ato em Brasília no último domingo, 19.  Com microfone em punho, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete e fez um discurso inflamado para seguidores que exibiam faixas com inscrições favoráveis a um "novo AI-5", o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985), e gritavam palavras de ordem contra o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O tema tem estado em alta desde o ano passado. Em 2019, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, afirmou em entrevista que a resposta a uma possível radicalização da esquerda poderia ser um "novo AI-5". Um mês depois, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou não ser surpresa caso alguém peça pelo dispositivo, em resposta às declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem afirmando em discursos que a população deve se mobilizar nas ruas contra as medidas econômicas do governo Bolsonaro.

Policial observa manifestação do Movimento Estudantil contra a censura imposta pela ditadura militar, meses antes da aprovação do AI-5 (Ato Institucional Nº 5), que concedia poderes absolutos ao presidente durante o regime militar. Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

O que foi o AI-5?

Eduardo se referia ao Ato Institucional nº5 (AI-5), o mais duro dos atos institucionais da ditadura militar (1964-1985) e que fez o regime recrudescer após seu decreto. Baixado em 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, o segundo presidente da ditadura militar, o artigo vigorou até dezembro de 1978 e deu poderes de exceção ao Executivo, possibilitando perseguição, prisões, tortura e morte de adversários políticos do regime.

Capa do Estadão de 14 de dezembro de 1968 noticiando o decreto do AI-5 Foto: Acervo Estadão

O texto autorizava o chefe do Executivo, sem apreciação judicial, a fechar o Congresso Nacional, intervir nos Estados e municípios, cassar mandatos de parlamentares, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, decretar o confisco de bens considerados ilícitos e suspender a garantia de direitos como o habeas corpus. O artigo levou o regime a perseguir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e instituiu a censura prévia à imprensa e a manifestações culturais.

No mesmo dia em que foi criado o AI-5, 11 deputados federais foram cassados e foi decretado o recesso do Congresso por tempo indeterminado. O Legislativo foi reaberto apenas em outubro de 1969, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici como novo presidente.

Em dezembro de 2018, o Estado publicou um especial sobre os 50 anos do AI-5. Veja aqui.

A questão do "novo AI-5" foi levantado por Eduardo Bolsonaor no final de outubro, em entrevista ao canal de Youtube da jornalista Leda Nagle. "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou.

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