O que Tarcísio de Freitas já disse sobre a mudança do Republicanos para o PL


Jair e Michelle Bolsonaro pressionam o governador de São Paulo a deixar o Republicanos e ingressar no PL; chefe do Executivo paulista desconversa sobre data da mudança partidária

Por Gabriel de Sousa

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que deve ingressar na sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro no mês que vem. Com a proximidade das eleições municipais de outubro, o chefe do Executivo paulista é pressionado por seu padrinho político e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a trocar de partido desde o início do ano. Tarcísio, porém, já desconversou mais de uma vez ao ser questionado sobre a mudança.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Foto: Werther Santana/Agência Estado

Em jantar no mês passado com Valdemar e com o líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), Tarcísio garantiu que vai migrar para a sigla. “Tarcísio falou para mim que virá para o nosso partido lá para junho e agora estão todos ansiosos. Ele está fazendo campanha para candidatos do Republicanos em São Paulo e nós entendemos isso. Faz muito bem. Precisa ajudar o partido que o elegeu. Mas o lugar do Tarcísio é no PL”, disse Valdemar ao Estadão.

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No domingo, 19, após a reportagem do Estadão, Tarcísio afirmou novamente que não vai “no momento” para o Partido Liberal. “Não teremos esse movimento no momento”, disse à CNN Brasil.

Desde meados de março Tarcísio não descarta completamente que pode deixar o Republicanos. Publicamente, diz que não será “agora”. No dia 5 daquele mês, o governador afirmou que os pedidos feitos pelo ex-presidente “tocam lá no fundo do coração” e adotou o mesmo discurso atual, de que nenhum movimento será feito “neste momento”.

“Os partidos que compõem a nossa base, o PL, o Republicanos, o PP, o MDB, o PSD, a gente considera um grande grupo, é um time só, então eu acho que isso é o mais importante agora. Neste momento, não tem movimento nenhum a ser feito”, disse Tarcísio em uma visita à fábrica da montadora de carros Toyota em Sorocaba (SP).

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Três dias depois, no dia 8 de março, Tarcísio voltou a negar uma filiação imediata ao PL ao dizer que não tinha “previsão de sair” do Republicanos antes das eleições municipais.

“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time. Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, afirmou o governador.

Tarcísio voltou a comentar sobre o assunto no dia 13 de março, durante uma reunião do governador com a bancada do Republicanos na Câmara. “Estou no Republicanos, estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou o chefe do Executivo paulista.

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Tarcísio de Freitas ao lado de Jair Bolsonaro em ato na Paulista em fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão

Como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador está insatisfeito com a proximidade do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado quer o apoio do Palácio do Planalto para se eleger à presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem.

No dia 6 de março, Marcos Pereira disse ao Broadcast/Estadão que Bolsonaro estava “pressionando” o governador a deixar a sigla. “Não há motivos para ele (Tarcísio) sair”, disse Pereira, na ocasião.

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Além de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle, que preside a ala feminina do PL, fez um pedido público para que Tarcísio trocasse de legenda. No dia 25 de março, quando ela recebeu o título de cidadã paulistana no Teatro Municipal, convidou o governador a entrar no partido de Bolsonaro em um discurso ao lado da primeira-dama de São Paulo, Cristiane Freitas.

“A nossa Cris representando aqui o nosso governador que estava conosco lá na filiação do PL Mulher, até fiz um convite: ‘Tarcísio, vem você para o PL também, vem”, afirmou. No mesmo dia, a vereadora Sonaira Fernandes, então secretária estadual de Políticas para a Mulher, deixou o Republicanos e se filiou à sigla de Bolsonaro, em um evento que contou com a presença do chefe do Executivo paulista.

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Dois dias depois, Bolsonaro afirmou que o PL recrutaria um “governador peso pesado” no futuro. A declaração ocorreu na cerimônia de filiação do senador Izalci Lucas (DF), que deixou o PSDB para ingressar na legenda do ex-presidente.

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que deve ingressar na sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro no mês que vem. Com a proximidade das eleições municipais de outubro, o chefe do Executivo paulista é pressionado por seu padrinho político e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a trocar de partido desde o início do ano. Tarcísio, porém, já desconversou mais de uma vez ao ser questionado sobre a mudança.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Foto: Werther Santana/Agência Estado

Em jantar no mês passado com Valdemar e com o líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), Tarcísio garantiu que vai migrar para a sigla. “Tarcísio falou para mim que virá para o nosso partido lá para junho e agora estão todos ansiosos. Ele está fazendo campanha para candidatos do Republicanos em São Paulo e nós entendemos isso. Faz muito bem. Precisa ajudar o partido que o elegeu. Mas o lugar do Tarcísio é no PL”, disse Valdemar ao Estadão.

No domingo, 19, após a reportagem do Estadão, Tarcísio afirmou novamente que não vai “no momento” para o Partido Liberal. “Não teremos esse movimento no momento”, disse à CNN Brasil.

Desde meados de março Tarcísio não descarta completamente que pode deixar o Republicanos. Publicamente, diz que não será “agora”. No dia 5 daquele mês, o governador afirmou que os pedidos feitos pelo ex-presidente “tocam lá no fundo do coração” e adotou o mesmo discurso atual, de que nenhum movimento será feito “neste momento”.

“Os partidos que compõem a nossa base, o PL, o Republicanos, o PP, o MDB, o PSD, a gente considera um grande grupo, é um time só, então eu acho que isso é o mais importante agora. Neste momento, não tem movimento nenhum a ser feito”, disse Tarcísio em uma visita à fábrica da montadora de carros Toyota em Sorocaba (SP).

Três dias depois, no dia 8 de março, Tarcísio voltou a negar uma filiação imediata ao PL ao dizer que não tinha “previsão de sair” do Republicanos antes das eleições municipais.

“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time. Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, afirmou o governador.

Tarcísio voltou a comentar sobre o assunto no dia 13 de março, durante uma reunião do governador com a bancada do Republicanos na Câmara. “Estou no Republicanos, estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou o chefe do Executivo paulista.

Tarcísio de Freitas ao lado de Jair Bolsonaro em ato na Paulista em fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão

Como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador está insatisfeito com a proximidade do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado quer o apoio do Palácio do Planalto para se eleger à presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem.

No dia 6 de março, Marcos Pereira disse ao Broadcast/Estadão que Bolsonaro estava “pressionando” o governador a deixar a sigla. “Não há motivos para ele (Tarcísio) sair”, disse Pereira, na ocasião.

Além de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle, que preside a ala feminina do PL, fez um pedido público para que Tarcísio trocasse de legenda. No dia 25 de março, quando ela recebeu o título de cidadã paulistana no Teatro Municipal, convidou o governador a entrar no partido de Bolsonaro em um discurso ao lado da primeira-dama de São Paulo, Cristiane Freitas.

“A nossa Cris representando aqui o nosso governador que estava conosco lá na filiação do PL Mulher, até fiz um convite: ‘Tarcísio, vem você para o PL também, vem”, afirmou. No mesmo dia, a vereadora Sonaira Fernandes, então secretária estadual de Políticas para a Mulher, deixou o Republicanos e se filiou à sigla de Bolsonaro, em um evento que contou com a presença do chefe do Executivo paulista.

Dois dias depois, Bolsonaro afirmou que o PL recrutaria um “governador peso pesado” no futuro. A declaração ocorreu na cerimônia de filiação do senador Izalci Lucas (DF), que deixou o PSDB para ingressar na legenda do ex-presidente.

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que deve ingressar na sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro no mês que vem. Com a proximidade das eleições municipais de outubro, o chefe do Executivo paulista é pressionado por seu padrinho político e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a trocar de partido desde o início do ano. Tarcísio, porém, já desconversou mais de uma vez ao ser questionado sobre a mudança.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Foto: Werther Santana/Agência Estado

Em jantar no mês passado com Valdemar e com o líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), Tarcísio garantiu que vai migrar para a sigla. “Tarcísio falou para mim que virá para o nosso partido lá para junho e agora estão todos ansiosos. Ele está fazendo campanha para candidatos do Republicanos em São Paulo e nós entendemos isso. Faz muito bem. Precisa ajudar o partido que o elegeu. Mas o lugar do Tarcísio é no PL”, disse Valdemar ao Estadão.

No domingo, 19, após a reportagem do Estadão, Tarcísio afirmou novamente que não vai “no momento” para o Partido Liberal. “Não teremos esse movimento no momento”, disse à CNN Brasil.

Desde meados de março Tarcísio não descarta completamente que pode deixar o Republicanos. Publicamente, diz que não será “agora”. No dia 5 daquele mês, o governador afirmou que os pedidos feitos pelo ex-presidente “tocam lá no fundo do coração” e adotou o mesmo discurso atual, de que nenhum movimento será feito “neste momento”.

“Os partidos que compõem a nossa base, o PL, o Republicanos, o PP, o MDB, o PSD, a gente considera um grande grupo, é um time só, então eu acho que isso é o mais importante agora. Neste momento, não tem movimento nenhum a ser feito”, disse Tarcísio em uma visita à fábrica da montadora de carros Toyota em Sorocaba (SP).

Três dias depois, no dia 8 de março, Tarcísio voltou a negar uma filiação imediata ao PL ao dizer que não tinha “previsão de sair” do Republicanos antes das eleições municipais.

“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time. Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, afirmou o governador.

Tarcísio voltou a comentar sobre o assunto no dia 13 de março, durante uma reunião do governador com a bancada do Republicanos na Câmara. “Estou no Republicanos, estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou o chefe do Executivo paulista.

Tarcísio de Freitas ao lado de Jair Bolsonaro em ato na Paulista em fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão

Como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador está insatisfeito com a proximidade do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado quer o apoio do Palácio do Planalto para se eleger à presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem.

No dia 6 de março, Marcos Pereira disse ao Broadcast/Estadão que Bolsonaro estava “pressionando” o governador a deixar a sigla. “Não há motivos para ele (Tarcísio) sair”, disse Pereira, na ocasião.

Além de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle, que preside a ala feminina do PL, fez um pedido público para que Tarcísio trocasse de legenda. No dia 25 de março, quando ela recebeu o título de cidadã paulistana no Teatro Municipal, convidou o governador a entrar no partido de Bolsonaro em um discurso ao lado da primeira-dama de São Paulo, Cristiane Freitas.

“A nossa Cris representando aqui o nosso governador que estava conosco lá na filiação do PL Mulher, até fiz um convite: ‘Tarcísio, vem você para o PL também, vem”, afirmou. No mesmo dia, a vereadora Sonaira Fernandes, então secretária estadual de Políticas para a Mulher, deixou o Republicanos e se filiou à sigla de Bolsonaro, em um evento que contou com a presença do chefe do Executivo paulista.

Dois dias depois, Bolsonaro afirmou que o PL recrutaria um “governador peso pesado” no futuro. A declaração ocorreu na cerimônia de filiação do senador Izalci Lucas (DF), que deixou o PSDB para ingressar na legenda do ex-presidente.

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que deve ingressar na sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro no mês que vem. Com a proximidade das eleições municipais de outubro, o chefe do Executivo paulista é pressionado por seu padrinho político e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a trocar de partido desde o início do ano. Tarcísio, porém, já desconversou mais de uma vez ao ser questionado sobre a mudança.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Foto: Werther Santana/Agência Estado

Em jantar no mês passado com Valdemar e com o líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), Tarcísio garantiu que vai migrar para a sigla. “Tarcísio falou para mim que virá para o nosso partido lá para junho e agora estão todos ansiosos. Ele está fazendo campanha para candidatos do Republicanos em São Paulo e nós entendemos isso. Faz muito bem. Precisa ajudar o partido que o elegeu. Mas o lugar do Tarcísio é no PL”, disse Valdemar ao Estadão.

No domingo, 19, após a reportagem do Estadão, Tarcísio afirmou novamente que não vai “no momento” para o Partido Liberal. “Não teremos esse movimento no momento”, disse à CNN Brasil.

Desde meados de março Tarcísio não descarta completamente que pode deixar o Republicanos. Publicamente, diz que não será “agora”. No dia 5 daquele mês, o governador afirmou que os pedidos feitos pelo ex-presidente “tocam lá no fundo do coração” e adotou o mesmo discurso atual, de que nenhum movimento será feito “neste momento”.

“Os partidos que compõem a nossa base, o PL, o Republicanos, o PP, o MDB, o PSD, a gente considera um grande grupo, é um time só, então eu acho que isso é o mais importante agora. Neste momento, não tem movimento nenhum a ser feito”, disse Tarcísio em uma visita à fábrica da montadora de carros Toyota em Sorocaba (SP).

Três dias depois, no dia 8 de março, Tarcísio voltou a negar uma filiação imediata ao PL ao dizer que não tinha “previsão de sair” do Republicanos antes das eleições municipais.

“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time. Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, afirmou o governador.

Tarcísio voltou a comentar sobre o assunto no dia 13 de março, durante uma reunião do governador com a bancada do Republicanos na Câmara. “Estou no Republicanos, estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou o chefe do Executivo paulista.

Tarcísio de Freitas ao lado de Jair Bolsonaro em ato na Paulista em fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão

Como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador está insatisfeito com a proximidade do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado quer o apoio do Palácio do Planalto para se eleger à presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem.

No dia 6 de março, Marcos Pereira disse ao Broadcast/Estadão que Bolsonaro estava “pressionando” o governador a deixar a sigla. “Não há motivos para ele (Tarcísio) sair”, disse Pereira, na ocasião.

Além de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle, que preside a ala feminina do PL, fez um pedido público para que Tarcísio trocasse de legenda. No dia 25 de março, quando ela recebeu o título de cidadã paulistana no Teatro Municipal, convidou o governador a entrar no partido de Bolsonaro em um discurso ao lado da primeira-dama de São Paulo, Cristiane Freitas.

“A nossa Cris representando aqui o nosso governador que estava conosco lá na filiação do PL Mulher, até fiz um convite: ‘Tarcísio, vem você para o PL também, vem”, afirmou. No mesmo dia, a vereadora Sonaira Fernandes, então secretária estadual de Políticas para a Mulher, deixou o Republicanos e se filiou à sigla de Bolsonaro, em um evento que contou com a presença do chefe do Executivo paulista.

Dois dias depois, Bolsonaro afirmou que o PL recrutaria um “governador peso pesado” no futuro. A declaração ocorreu na cerimônia de filiação do senador Izalci Lucas (DF), que deixou o PSDB para ingressar na legenda do ex-presidente.

BRASÍLIA – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que deve ingressar na sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro no mês que vem. Com a proximidade das eleições municipais de outubro, o chefe do Executivo paulista é pressionado por seu padrinho político e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a trocar de partido desde o início do ano. Tarcísio, porém, já desconversou mais de uma vez ao ser questionado sobre a mudança.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Foto: Werther Santana/Agência Estado

Em jantar no mês passado com Valdemar e com o líder do PL no Senado, Rogério Marinho (RN), Tarcísio garantiu que vai migrar para a sigla. “Tarcísio falou para mim que virá para o nosso partido lá para junho e agora estão todos ansiosos. Ele está fazendo campanha para candidatos do Republicanos em São Paulo e nós entendemos isso. Faz muito bem. Precisa ajudar o partido que o elegeu. Mas o lugar do Tarcísio é no PL”, disse Valdemar ao Estadão.

No domingo, 19, após a reportagem do Estadão, Tarcísio afirmou novamente que não vai “no momento” para o Partido Liberal. “Não teremos esse movimento no momento”, disse à CNN Brasil.

Desde meados de março Tarcísio não descarta completamente que pode deixar o Republicanos. Publicamente, diz que não será “agora”. No dia 5 daquele mês, o governador afirmou que os pedidos feitos pelo ex-presidente “tocam lá no fundo do coração” e adotou o mesmo discurso atual, de que nenhum movimento será feito “neste momento”.

“Os partidos que compõem a nossa base, o PL, o Republicanos, o PP, o MDB, o PSD, a gente considera um grande grupo, é um time só, então eu acho que isso é o mais importante agora. Neste momento, não tem movimento nenhum a ser feito”, disse Tarcísio em uma visita à fábrica da montadora de carros Toyota em Sorocaba (SP).

Três dias depois, no dia 8 de março, Tarcísio voltou a negar uma filiação imediata ao PL ao dizer que não tinha “previsão de sair” do Republicanos antes das eleições municipais.

“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time. Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, afirmou o governador.

Tarcísio voltou a comentar sobre o assunto no dia 13 de março, durante uma reunião do governador com a bancada do Republicanos na Câmara. “Estou no Republicanos, estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou o chefe do Executivo paulista.

Tarcísio de Freitas ao lado de Jair Bolsonaro em ato na Paulista em fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão

Como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador está insatisfeito com a proximidade do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado quer o apoio do Palácio do Planalto para se eleger à presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem.

No dia 6 de março, Marcos Pereira disse ao Broadcast/Estadão que Bolsonaro estava “pressionando” o governador a deixar a sigla. “Não há motivos para ele (Tarcísio) sair”, disse Pereira, na ocasião.

Além de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle, que preside a ala feminina do PL, fez um pedido público para que Tarcísio trocasse de legenda. No dia 25 de março, quando ela recebeu o título de cidadã paulistana no Teatro Municipal, convidou o governador a entrar no partido de Bolsonaro em um discurso ao lado da primeira-dama de São Paulo, Cristiane Freitas.

“A nossa Cris representando aqui o nosso governador que estava conosco lá na filiação do PL Mulher, até fiz um convite: ‘Tarcísio, vem você para o PL também, vem”, afirmou. No mesmo dia, a vereadora Sonaira Fernandes, então secretária estadual de Políticas para a Mulher, deixou o Republicanos e se filiou à sigla de Bolsonaro, em um evento que contou com a presença do chefe do Executivo paulista.

Dois dias depois, Bolsonaro afirmou que o PL recrutaria um “governador peso pesado” no futuro. A declaração ocorreu na cerimônia de filiação do senador Izalci Lucas (DF), que deixou o PSDB para ingressar na legenda do ex-presidente.

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