Onde estavam Lula, Alckmin e Moraes no dia marcado por militares para que fossem assassinados? Veja


Autoridades estavam em agendas públicas fora das sedes do Executivo e do Judiciário na data planejada por militares para executar o golpe de Estado

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA – O general e os agentes “kids pretos” presos nesta terça-feira, 19, pela Polícia Federal (PF) escolheram o dia 15 de dezembro de 2022 para executar o plano que previa assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo as investigações. Na data escolhida pelos militares para realizar o golpe de Estado, as três autoridades estavam em agendas públicas fora das sedes dos Poderes.

Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes são citados em plano golpista investigado pela PF Foto: Wilton Junior/Estadao e Cadu Gomes/VPR

Lula, na ocasião, presidente eleito, estava na Associação Nacional dos Catadores, em São Paulo, onde participou de uma confraternização de Natal. A associação fica localizada no centro da capital paulista, na Rua 24 de maio, no bairro da República.

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Já Alckmin participou do evento “Pacto pela Aprendizagem”, organizado pela Unesco e pela ONG Todos pela Educação, no B Hotel, localizado na área central de Brasília, e despachou da sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), também na capital federal, que matinha algumas atividades abertas ao público durante aquele período.

O ministro Alexandre de Moraes, que à época exercia o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participou de um evento em um condomínio de luxo na Asa Norte de Brasília. O Condomínio ION, onde foi realizado o 4º Seminário STF em Ação, conta com uma série de salas de conferência e escritórios. Os organizadores do encontro venderam ingressos ao público interessado em assistir às palestras de Moraes e outros ministros do STF.

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A PF prendeu um general reformado, ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, três “kids pretos” e um policial federal por planejarem um golpe de Estado para impedir a posse da chapa Lula-Alckmin. O plano incluía matar o ministro Alexandre de Moraes para minar o poder da Justiça Eleitoral e aprofundar o cenário de instabilidade política.

As diligências fazem parte da Operação Contragolpe, que identificou um “detalhado planejamento operacional” chamado “Punhal Verde e Amarelo”. A PF identificou que a quadrilha sob suspeita – formada, em sua maioria, por militares com formação em Forças Especiais – “se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022″.

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Não é a primeira vez que os “kids pretos” entram na mira da Polícia Federal por suposto envolvimento com uma tentativa de golpe de Estado supostamente gestada no governo Jair Bolsonaro. A decisão que determinou a abertura da Operação Tempus Veritatis, em fevereiro, indicou que o plano da quadrilha sob suspeita era o de delegar aos “kids pretos” “a missão de efetuar a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes” assim que a minuta golpista fosse assinada.

Segundo o inquérito, o ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter) general Estevam Theóphilo, alvo da Operação Tempus Veritatis, teria concordado com a ideia de golpe em uma conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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BRASÍLIA – O general e os agentes “kids pretos” presos nesta terça-feira, 19, pela Polícia Federal (PF) escolheram o dia 15 de dezembro de 2022 para executar o plano que previa assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo as investigações. Na data escolhida pelos militares para realizar o golpe de Estado, as três autoridades estavam em agendas públicas fora das sedes dos Poderes.

Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes são citados em plano golpista investigado pela PF Foto: Wilton Junior/Estadao e Cadu Gomes/VPR

Lula, na ocasião, presidente eleito, estava na Associação Nacional dos Catadores, em São Paulo, onde participou de uma confraternização de Natal. A associação fica localizada no centro da capital paulista, na Rua 24 de maio, no bairro da República.

Já Alckmin participou do evento “Pacto pela Aprendizagem”, organizado pela Unesco e pela ONG Todos pela Educação, no B Hotel, localizado na área central de Brasília, e despachou da sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), também na capital federal, que matinha algumas atividades abertas ao público durante aquele período.

O ministro Alexandre de Moraes, que à época exercia o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participou de um evento em um condomínio de luxo na Asa Norte de Brasília. O Condomínio ION, onde foi realizado o 4º Seminário STF em Ação, conta com uma série de salas de conferência e escritórios. Os organizadores do encontro venderam ingressos ao público interessado em assistir às palestras de Moraes e outros ministros do STF.

A PF prendeu um general reformado, ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, três “kids pretos” e um policial federal por planejarem um golpe de Estado para impedir a posse da chapa Lula-Alckmin. O plano incluía matar o ministro Alexandre de Moraes para minar o poder da Justiça Eleitoral e aprofundar o cenário de instabilidade política.

As diligências fazem parte da Operação Contragolpe, que identificou um “detalhado planejamento operacional” chamado “Punhal Verde e Amarelo”. A PF identificou que a quadrilha sob suspeita – formada, em sua maioria, por militares com formação em Forças Especiais – “se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022″.

Não é a primeira vez que os “kids pretos” entram na mira da Polícia Federal por suposto envolvimento com uma tentativa de golpe de Estado supostamente gestada no governo Jair Bolsonaro. A decisão que determinou a abertura da Operação Tempus Veritatis, em fevereiro, indicou que o plano da quadrilha sob suspeita era o de delegar aos “kids pretos” “a missão de efetuar a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes” assim que a minuta golpista fosse assinada.

Segundo o inquérito, o ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter) general Estevam Theóphilo, alvo da Operação Tempus Veritatis, teria concordado com a ideia de golpe em uma conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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BRASÍLIA – O general e os agentes “kids pretos” presos nesta terça-feira, 19, pela Polícia Federal (PF) escolheram o dia 15 de dezembro de 2022 para executar o plano que previa assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo as investigações. Na data escolhida pelos militares para realizar o golpe de Estado, as três autoridades estavam em agendas públicas fora das sedes dos Poderes.

Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes são citados em plano golpista investigado pela PF Foto: Wilton Junior/Estadao e Cadu Gomes/VPR

Lula, na ocasião, presidente eleito, estava na Associação Nacional dos Catadores, em São Paulo, onde participou de uma confraternização de Natal. A associação fica localizada no centro da capital paulista, na Rua 24 de maio, no bairro da República.

Já Alckmin participou do evento “Pacto pela Aprendizagem”, organizado pela Unesco e pela ONG Todos pela Educação, no B Hotel, localizado na área central de Brasília, e despachou da sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), também na capital federal, que matinha algumas atividades abertas ao público durante aquele período.

O ministro Alexandre de Moraes, que à época exercia o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participou de um evento em um condomínio de luxo na Asa Norte de Brasília. O Condomínio ION, onde foi realizado o 4º Seminário STF em Ação, conta com uma série de salas de conferência e escritórios. Os organizadores do encontro venderam ingressos ao público interessado em assistir às palestras de Moraes e outros ministros do STF.

A PF prendeu um general reformado, ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, três “kids pretos” e um policial federal por planejarem um golpe de Estado para impedir a posse da chapa Lula-Alckmin. O plano incluía matar o ministro Alexandre de Moraes para minar o poder da Justiça Eleitoral e aprofundar o cenário de instabilidade política.

As diligências fazem parte da Operação Contragolpe, que identificou um “detalhado planejamento operacional” chamado “Punhal Verde e Amarelo”. A PF identificou que a quadrilha sob suspeita – formada, em sua maioria, por militares com formação em Forças Especiais – “se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022″.

Não é a primeira vez que os “kids pretos” entram na mira da Polícia Federal por suposto envolvimento com uma tentativa de golpe de Estado supostamente gestada no governo Jair Bolsonaro. A decisão que determinou a abertura da Operação Tempus Veritatis, em fevereiro, indicou que o plano da quadrilha sob suspeita era o de delegar aos “kids pretos” “a missão de efetuar a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes” assim que a minuta golpista fosse assinada.

Segundo o inquérito, o ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter) general Estevam Theóphilo, alvo da Operação Tempus Veritatis, teria concordado com a ideia de golpe em uma conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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