''Operação contraria impressão de pizza''


ENTREVISTA - Osmar Serraglio: deputado (PMDB-PR) e relator da CPI dos Correios

Por Marcelo de Moraes e Brasília

Relator da CPI dos Correios no Congresso, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou ontem que as investigações conduzidas na Operação Satiagraha ainda podem encontrar novas pontas de irregularidades, especialmente na área de fundos de pensão. Entre os presos ontem está Daniel Dantas, sócio-fundador do Grupo Opportunity, que na CPI teve seu indiciamento proposto por Serraglio pelo suposto envolvimento no esquema do valerioduto - montado pelo empresário e publicitário mineiro Marcos Valério, denunciado no inquérito que apurou o escândalo do mensalão. A seguir, os principais trechos da entrevista: O senhor ficou surpreso com a prisão de Daniel Dantas? Eu pedi o indiciamento de Daniel Dantas no relatório da CPI e esperava que ele fosse processado. Para os integrantes do Ministério Público, que estão mais distantes dos embates políticos, as investigações são mais facilitadas. No relatório da CPI dos Correios, o senhor apontou Daniel Dantas como envolvido no suposto esquema de irregularidades do valerioduto. Mas o senhor imaginava que, mais de dois anos depois do fim da CPI, o caso tivesse esses desdobramentos? Na CPI, já tínhamos verificado vários elementos que indicavam seu envolvimento (de Dantas) com o valerioduto. O Ministério Público deu seqüência a essas investigações e esse resultado está aparecendo agora. Essa operação contraria aquela impressão de pizza dentro do Poder Legislativo e acredito que tem muito mais ainda para acontecer nessa área. É importante que haja essa seqüência tanto tempo depois, porque mostra que os processos estão sendo feitos e que aquelas irregularidades estão sendo averiguadas. A operação prendeu também outros nomes importantes, como o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário e investidor Naji Nahas. A CPI também tinha elementos de envolvimento deles com o esquema do valerioduto? Não encontramos nada sobre isso, na época. E não imagino qual é a participação deles no caso. Os elementos que levaram a essas prisões devem ter sido produzidos pelo Ministério Público nos desdobramentos das investigações feitas pela CPI. Não imagino o que provocou suas prisões. No nosso trabalho, não apareceu nada sobre eles. O senhor acha que as investigações sobre o mensalão e o valerioduto ainda podem produzir novidades? Eu acho que sim. Acho que a próxima ponta a ser descoberta nessas investigações envolverá os fundos de pensão. Vimos muitos indícios de problemas nessa área durante nossos trabalhos na comissão parlamentar de inquérito.

Relator da CPI dos Correios no Congresso, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou ontem que as investigações conduzidas na Operação Satiagraha ainda podem encontrar novas pontas de irregularidades, especialmente na área de fundos de pensão. Entre os presos ontem está Daniel Dantas, sócio-fundador do Grupo Opportunity, que na CPI teve seu indiciamento proposto por Serraglio pelo suposto envolvimento no esquema do valerioduto - montado pelo empresário e publicitário mineiro Marcos Valério, denunciado no inquérito que apurou o escândalo do mensalão. A seguir, os principais trechos da entrevista: O senhor ficou surpreso com a prisão de Daniel Dantas? Eu pedi o indiciamento de Daniel Dantas no relatório da CPI e esperava que ele fosse processado. Para os integrantes do Ministério Público, que estão mais distantes dos embates políticos, as investigações são mais facilitadas. No relatório da CPI dos Correios, o senhor apontou Daniel Dantas como envolvido no suposto esquema de irregularidades do valerioduto. Mas o senhor imaginava que, mais de dois anos depois do fim da CPI, o caso tivesse esses desdobramentos? Na CPI, já tínhamos verificado vários elementos que indicavam seu envolvimento (de Dantas) com o valerioduto. O Ministério Público deu seqüência a essas investigações e esse resultado está aparecendo agora. Essa operação contraria aquela impressão de pizza dentro do Poder Legislativo e acredito que tem muito mais ainda para acontecer nessa área. É importante que haja essa seqüência tanto tempo depois, porque mostra que os processos estão sendo feitos e que aquelas irregularidades estão sendo averiguadas. A operação prendeu também outros nomes importantes, como o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário e investidor Naji Nahas. A CPI também tinha elementos de envolvimento deles com o esquema do valerioduto? Não encontramos nada sobre isso, na época. E não imagino qual é a participação deles no caso. Os elementos que levaram a essas prisões devem ter sido produzidos pelo Ministério Público nos desdobramentos das investigações feitas pela CPI. Não imagino o que provocou suas prisões. No nosso trabalho, não apareceu nada sobre eles. O senhor acha que as investigações sobre o mensalão e o valerioduto ainda podem produzir novidades? Eu acho que sim. Acho que a próxima ponta a ser descoberta nessas investigações envolverá os fundos de pensão. Vimos muitos indícios de problemas nessa área durante nossos trabalhos na comissão parlamentar de inquérito.

Relator da CPI dos Correios no Congresso, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou ontem que as investigações conduzidas na Operação Satiagraha ainda podem encontrar novas pontas de irregularidades, especialmente na área de fundos de pensão. Entre os presos ontem está Daniel Dantas, sócio-fundador do Grupo Opportunity, que na CPI teve seu indiciamento proposto por Serraglio pelo suposto envolvimento no esquema do valerioduto - montado pelo empresário e publicitário mineiro Marcos Valério, denunciado no inquérito que apurou o escândalo do mensalão. A seguir, os principais trechos da entrevista: O senhor ficou surpreso com a prisão de Daniel Dantas? Eu pedi o indiciamento de Daniel Dantas no relatório da CPI e esperava que ele fosse processado. Para os integrantes do Ministério Público, que estão mais distantes dos embates políticos, as investigações são mais facilitadas. No relatório da CPI dos Correios, o senhor apontou Daniel Dantas como envolvido no suposto esquema de irregularidades do valerioduto. Mas o senhor imaginava que, mais de dois anos depois do fim da CPI, o caso tivesse esses desdobramentos? Na CPI, já tínhamos verificado vários elementos que indicavam seu envolvimento (de Dantas) com o valerioduto. O Ministério Público deu seqüência a essas investigações e esse resultado está aparecendo agora. Essa operação contraria aquela impressão de pizza dentro do Poder Legislativo e acredito que tem muito mais ainda para acontecer nessa área. É importante que haja essa seqüência tanto tempo depois, porque mostra que os processos estão sendo feitos e que aquelas irregularidades estão sendo averiguadas. A operação prendeu também outros nomes importantes, como o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário e investidor Naji Nahas. A CPI também tinha elementos de envolvimento deles com o esquema do valerioduto? Não encontramos nada sobre isso, na época. E não imagino qual é a participação deles no caso. Os elementos que levaram a essas prisões devem ter sido produzidos pelo Ministério Público nos desdobramentos das investigações feitas pela CPI. Não imagino o que provocou suas prisões. No nosso trabalho, não apareceu nada sobre eles. O senhor acha que as investigações sobre o mensalão e o valerioduto ainda podem produzir novidades? Eu acho que sim. Acho que a próxima ponta a ser descoberta nessas investigações envolverá os fundos de pensão. Vimos muitos indícios de problemas nessa área durante nossos trabalhos na comissão parlamentar de inquérito.

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