Oposição é responsável por 75% dos pedidos aprovados na CPI da Covid


Entre integrantes do colegiado há a constatação de que os governistas não têm sido bem-sucedidos na estratégia de blindar o presidente

Por Vinícius Valfré

BRASÍLIA - No primeiro mês de trabalho da CPI da Covid, a correlação de forças favorável a senadores de oposição e independentes se revelou no volume de requerimentos aprovados. Dos 360 pedidos de informações e convocações que receberam sinal verde, 273 – ou 75% – são assinados por parlamentares críticos à condução do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Entre integrantes do colegiado há a constatação de que os governistas não têm sido bem-sucedidos na estratégia de blindar o presidente. Nem a decisão de aprovar a convocação de governadores, tomada na semana passada, pode ser atribuída por completo à tropa de choque bolsonarista na CPI.

Embora investigar governadores seja de interesse do governo e o pente-fino nos Estados esteja no escopo da comissão, a aprovação dos requerimentos se deu por iniciativa da cúpula do colegiado, para tentar neutralizar críticas de que o único foco da CPI é o governo federal.

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Omar Aziz (sentado), presidente da CPI da Covid; Randolfe Rodrigues, vice (esq.); e o relator Renan Calheiros Foto: Edilson Rodrigues/Ag. Senado

Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o autor de mais requerimentos aprovados – 73. Em seguida vem Alessandro Vieira (Cidadania-SE), com 57. Ele é suplente, mas participa das reuniões da cúpula da comissão para definição de estratégias. Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) tem 53 requerimentos assinados. O trio concentra a autoria de metade de todos os pedidos aprovados no primeiro mês de funcionamento da comissão. O senador Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, conseguiu aval em 52 requerimentos.

Pastor

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A sessão de quarta-feira passada, voltada à apreciação de requerimentos, expôs como as investidas dos quatro senadores governistas têm sido limitadas. A convocação de nove governadores foi aprovada, assim como novos depoimentos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Mas a proposta dos aliados do presidente para convocar o pastor Silas Malafaia foi rejeitada.

“A presença de Silas Malafaia representa ouvir alguém que conversa com o presidente, dá conselhos. Se querem ouvir alguém que influencia o presidente, o nome de Malafaia está apresentado”, disse o senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo. Aziz foi contra. “Chamar Silas Malafaia não tem nada a ver. É uma forma de desvirtuar o trabalho”, disse o presidente da CPI ao Estadão.

Dos senadores mais alinhados ao governo, Eduardo Girão (Podemos-CE) é quem tem mais requerimentos aprovados – 47. Ele se diz independente, mas é alinhado a Bolsonaro na defesa do “tratamento precoce” e da ampliação da apuração para Estados. “A CPI só quer olhar para um lado. Precisamos ter um equilíbrio”, observou. Líder do Centrão e um dos principais nomes da tropa de choque bolsonarista na CPI, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas, tem nove requerimentos aprovados.

BRASÍLIA - No primeiro mês de trabalho da CPI da Covid, a correlação de forças favorável a senadores de oposição e independentes se revelou no volume de requerimentos aprovados. Dos 360 pedidos de informações e convocações que receberam sinal verde, 273 – ou 75% – são assinados por parlamentares críticos à condução do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Entre integrantes do colegiado há a constatação de que os governistas não têm sido bem-sucedidos na estratégia de blindar o presidente. Nem a decisão de aprovar a convocação de governadores, tomada na semana passada, pode ser atribuída por completo à tropa de choque bolsonarista na CPI.

Embora investigar governadores seja de interesse do governo e o pente-fino nos Estados esteja no escopo da comissão, a aprovação dos requerimentos se deu por iniciativa da cúpula do colegiado, para tentar neutralizar críticas de que o único foco da CPI é o governo federal.

Omar Aziz (sentado), presidente da CPI da Covid; Randolfe Rodrigues, vice (esq.); e o relator Renan Calheiros Foto: Edilson Rodrigues/Ag. Senado

Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o autor de mais requerimentos aprovados – 73. Em seguida vem Alessandro Vieira (Cidadania-SE), com 57. Ele é suplente, mas participa das reuniões da cúpula da comissão para definição de estratégias. Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) tem 53 requerimentos assinados. O trio concentra a autoria de metade de todos os pedidos aprovados no primeiro mês de funcionamento da comissão. O senador Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, conseguiu aval em 52 requerimentos.

Pastor

A sessão de quarta-feira passada, voltada à apreciação de requerimentos, expôs como as investidas dos quatro senadores governistas têm sido limitadas. A convocação de nove governadores foi aprovada, assim como novos depoimentos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Mas a proposta dos aliados do presidente para convocar o pastor Silas Malafaia foi rejeitada.

“A presença de Silas Malafaia representa ouvir alguém que conversa com o presidente, dá conselhos. Se querem ouvir alguém que influencia o presidente, o nome de Malafaia está apresentado”, disse o senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo. Aziz foi contra. “Chamar Silas Malafaia não tem nada a ver. É uma forma de desvirtuar o trabalho”, disse o presidente da CPI ao Estadão.

Dos senadores mais alinhados ao governo, Eduardo Girão (Podemos-CE) é quem tem mais requerimentos aprovados – 47. Ele se diz independente, mas é alinhado a Bolsonaro na defesa do “tratamento precoce” e da ampliação da apuração para Estados. “A CPI só quer olhar para um lado. Precisamos ter um equilíbrio”, observou. Líder do Centrão e um dos principais nomes da tropa de choque bolsonarista na CPI, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas, tem nove requerimentos aprovados.

BRASÍLIA - No primeiro mês de trabalho da CPI da Covid, a correlação de forças favorável a senadores de oposição e independentes se revelou no volume de requerimentos aprovados. Dos 360 pedidos de informações e convocações que receberam sinal verde, 273 – ou 75% – são assinados por parlamentares críticos à condução do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Entre integrantes do colegiado há a constatação de que os governistas não têm sido bem-sucedidos na estratégia de blindar o presidente. Nem a decisão de aprovar a convocação de governadores, tomada na semana passada, pode ser atribuída por completo à tropa de choque bolsonarista na CPI.

Embora investigar governadores seja de interesse do governo e o pente-fino nos Estados esteja no escopo da comissão, a aprovação dos requerimentos se deu por iniciativa da cúpula do colegiado, para tentar neutralizar críticas de que o único foco da CPI é o governo federal.

Omar Aziz (sentado), presidente da CPI da Covid; Randolfe Rodrigues, vice (esq.); e o relator Renan Calheiros Foto: Edilson Rodrigues/Ag. Senado

Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o autor de mais requerimentos aprovados – 73. Em seguida vem Alessandro Vieira (Cidadania-SE), com 57. Ele é suplente, mas participa das reuniões da cúpula da comissão para definição de estratégias. Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) tem 53 requerimentos assinados. O trio concentra a autoria de metade de todos os pedidos aprovados no primeiro mês de funcionamento da comissão. O senador Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, conseguiu aval em 52 requerimentos.

Pastor

A sessão de quarta-feira passada, voltada à apreciação de requerimentos, expôs como as investidas dos quatro senadores governistas têm sido limitadas. A convocação de nove governadores foi aprovada, assim como novos depoimentos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Mas a proposta dos aliados do presidente para convocar o pastor Silas Malafaia foi rejeitada.

“A presença de Silas Malafaia representa ouvir alguém que conversa com o presidente, dá conselhos. Se querem ouvir alguém que influencia o presidente, o nome de Malafaia está apresentado”, disse o senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo. Aziz foi contra. “Chamar Silas Malafaia não tem nada a ver. É uma forma de desvirtuar o trabalho”, disse o presidente da CPI ao Estadão.

Dos senadores mais alinhados ao governo, Eduardo Girão (Podemos-CE) é quem tem mais requerimentos aprovados – 47. Ele se diz independente, mas é alinhado a Bolsonaro na defesa do “tratamento precoce” e da ampliação da apuração para Estados. “A CPI só quer olhar para um lado. Precisamos ter um equilíbrio”, observou. Líder do Centrão e um dos principais nomes da tropa de choque bolsonarista na CPI, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas, tem nove requerimentos aprovados.

BRASÍLIA - No primeiro mês de trabalho da CPI da Covid, a correlação de forças favorável a senadores de oposição e independentes se revelou no volume de requerimentos aprovados. Dos 360 pedidos de informações e convocações que receberam sinal verde, 273 – ou 75% – são assinados por parlamentares críticos à condução do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Entre integrantes do colegiado há a constatação de que os governistas não têm sido bem-sucedidos na estratégia de blindar o presidente. Nem a decisão de aprovar a convocação de governadores, tomada na semana passada, pode ser atribuída por completo à tropa de choque bolsonarista na CPI.

Embora investigar governadores seja de interesse do governo e o pente-fino nos Estados esteja no escopo da comissão, a aprovação dos requerimentos se deu por iniciativa da cúpula do colegiado, para tentar neutralizar críticas de que o único foco da CPI é o governo federal.

Omar Aziz (sentado), presidente da CPI da Covid; Randolfe Rodrigues, vice (esq.); e o relator Renan Calheiros Foto: Edilson Rodrigues/Ag. Senado

Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o autor de mais requerimentos aprovados – 73. Em seguida vem Alessandro Vieira (Cidadania-SE), com 57. Ele é suplente, mas participa das reuniões da cúpula da comissão para definição de estratégias. Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) tem 53 requerimentos assinados. O trio concentra a autoria de metade de todos os pedidos aprovados no primeiro mês de funcionamento da comissão. O senador Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, conseguiu aval em 52 requerimentos.

Pastor

A sessão de quarta-feira passada, voltada à apreciação de requerimentos, expôs como as investidas dos quatro senadores governistas têm sido limitadas. A convocação de nove governadores foi aprovada, assim como novos depoimentos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Mas a proposta dos aliados do presidente para convocar o pastor Silas Malafaia foi rejeitada.

“A presença de Silas Malafaia representa ouvir alguém que conversa com o presidente, dá conselhos. Se querem ouvir alguém que influencia o presidente, o nome de Malafaia está apresentado”, disse o senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo. Aziz foi contra. “Chamar Silas Malafaia não tem nada a ver. É uma forma de desvirtuar o trabalho”, disse o presidente da CPI ao Estadão.

Dos senadores mais alinhados ao governo, Eduardo Girão (Podemos-CE) é quem tem mais requerimentos aprovados – 47. Ele se diz independente, mas é alinhado a Bolsonaro na defesa do “tratamento precoce” e da ampliação da apuração para Estados. “A CPI só quer olhar para um lado. Precisamos ter um equilíbrio”, observou. Líder do Centrão e um dos principais nomes da tropa de choque bolsonarista na CPI, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas, tem nove requerimentos aprovados.

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