BRASÍLIA - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse há pouco que uma “ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável” de militares e civis “previa impor um Estado de exceção e prisão de autoridades democraticamente constituídas”.
O posicionamento foi em relação à operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, que apura uma possível articulação golpista no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro para reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em uma curta nota de apenas duas frases, Pacheco disse que cabe à Justiça aprofundar as investigações sobre os “graves fatos” narrados na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a operação da PF.
“Ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável, que previa impor um Estado de exceção e prisão de autoridades democraticamente constituídas. Agora, cabe à Justiça o aprofundamento das investigações para a completa elucidação desses graves fatos”, afirmou.
A PF informou ao STF que a suposta articulação golpista chegou a elaborar uma minuta para prender autoridades e anular o resultado das eleições. Uma das autoridades presas seria o próprio presidente do Senado.
“Conforme descrito, os elementos informativos colhidos revelaram que Jair Bolsonaro recebeu uma minuta de Decreto apresentado por Filipe Martins e Amauri Feres Saad para executar um Golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e ao final decretava a prisão de diversas autoridades, entre as quais os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado Rodrigo Pacheco e por fim determinava a realização de novas eleições. Posteriormente foram realizadas alterações a pedido do então poresidente, permanecendo a determinação de prisão do Ministro Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições. Nesse sentido, era relevante para os investigados monitorarem o Ministro Alexandre de Moraes para executarem a pretendida ordem de prisão, em caso de consumação do Golpe de Estado”, narrou a PF no pedido encaminhado ao STF.