Pacheco propõe a Lula federalizar Cemig, Copasa e Codemig para pagar dívida de Minas


Presidente do Senado e ministro Alexandre Silveira também propõem usar antecipação da Lei Kandir e recursos do acordo de Mariana como alternativa a plano do governador Romeu Zema

Por Pedro Augusto Figueiredo, Caio Spechoto e Sofia Aguiar
Atualização:

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), detalhou nesta terça-feira, 21, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sua proposta para o pagamento da dívida de R$ 160 bilhões Minas Gerais com a União. O encontro no Palácio do Planalto ocorreu um dia após o governador Romeu Zema (Novo-MG) tentar, sem sucesso, conversar com o presidente sobre o assunto.

Em entrevista coletiva após o encontro, Pacheco disse que Lula considerou a proposta “sustentável” e “possível”, mas que o martelo não foi batido porque depende da análise técnica do Ministério da Fazenda e do Tesouro Nacional, além da concordância do governo mineiro. Ele vai apresentar a mesma proposta a Zema em uma reunião na quarta-feira, 22, no Senado.

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Pacheco propõe que Minas Gerais repasse sua participação em estatais, como a Cemig (energia elétrica), Copasa (saneamento básico) e Codemig (exploração de nióbio) para abater a dívida. A sugestão é que haja uma cláusula de recompra pelo prazo de até 20 anos. Além disso, o governo do Estado cederia para a União parte do que receberá pela repactuação do acordo com a Samarco pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015. Neste caso, o governo federal se comprometeria a investir os recursos no Estado.

O presidente do Senado não falou publicamente em valores, mas o Estadão apurou que a ideia é que Minas Gerais transfira ao governo federal de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões do que tiver direito pela repactuação. Também seria antecipado o pagamento pela União dos R$ 8,7 bilhões que Minas Gerais tem direito a receber como compensação pela Lei Kandir. O dinheiro seria utilizado no pagamento da dívida. Pelas regras atuais, esse montante só seria pago integralmente em 2037.

Por fim, Pacheco mencionou ainda a apresentação um projeto de lei complementar para criar um novo programa de renegociação de dívidas, que ele chamou de “REFIS dos estados”. Esse programa seria uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado no governo Michel Temer (MDB), e por meio do qual Zema tenta renegociar a dívida de Minas Gerais com a União.

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Lula (PT) recebeu presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e o presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB-MG), em reunião que também contou com a presença dos ministros Alexandre Silveira, Rui Costa e Fernando Haddad Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

O presidente do Senado quer que o percentual da dívida pago pelos Estados seja aplicado também como desconto. No exemplo dado por ele, se Minas quitar 50% da dívida global, receberia 50% de desconto sobre o saldo remanescente. A dívida restante seria parcelada em 12 anos.

“A proposta que nós fazemos busca utilizar os ativos de que o Estado dispõe para quitação da dívida, de modo que ao final de nove anos, em vez de ter uma dívida impagável de R$ 210 bilhões, teremos um saldo de dívida muito menor e com capacidade da retomada de investimentos no Estado”, disse Pacheco.

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Pacheco entrou na articulação após deputados se queixarem da proposta do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O governador propôs privatizar a Codemig e conceder apenas duas recomposições salariais para os servidores públicos até 2032. Mesmo com essas e outras medidas de contenção de gastos, a projeção do próprio governo de Minas é que a dívida ultrapasse R$ 200 bilhões ao fim deste período.

Com o presidente do Senado assumindo as rédeas da articulação política sobre o tema, Zema tentou se encontrar com Lula na segunda-feira, 20, em Brasília, mas não conseguiu. Ele acabou se reunindo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Pacheco e Zema são de grupos políticos diferentes na política mineira. O presidente do Senado é um possível candidato a governador em 2026, enquanto Zema tentará eleger um sucessor de sua confiança.

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“Essa dívida não é só de Minas. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás também enfrentam problema semelhante. E se fosse fácil, ela já teria sido resolvida há muito tempo. No meu governo, não fizemos um centavo de endividamento. Só temos pagado juros da dívida. Se a dívida, hoje, está grande, é porque ela foi feita lá atrás”, disse Zema após o encontro com Costa. O ministro marcou uma reunião do governador com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ainda nesta semana.

Pacheco e seu grupo político se fortalecerão politicamente já de olho na disputa eleitoral de 2026 caso consigam emplacar um saneamento das contas do Estado sem impactar salários de funcionários públicos e serviços como educação, saúde e infraestrutura. A Lula, interessa fortalecer o grupo de Pacheco. Além de o presidente do Senado ser um dos principais aliados do petista em Brasília, Zema é o maior representante do bolsonarismo em Minas Gerais.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), detalhou nesta terça-feira, 21, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sua proposta para o pagamento da dívida de R$ 160 bilhões Minas Gerais com a União. O encontro no Palácio do Planalto ocorreu um dia após o governador Romeu Zema (Novo-MG) tentar, sem sucesso, conversar com o presidente sobre o assunto.

Em entrevista coletiva após o encontro, Pacheco disse que Lula considerou a proposta “sustentável” e “possível”, mas que o martelo não foi batido porque depende da análise técnica do Ministério da Fazenda e do Tesouro Nacional, além da concordância do governo mineiro. Ele vai apresentar a mesma proposta a Zema em uma reunião na quarta-feira, 22, no Senado.

Pacheco propõe que Minas Gerais repasse sua participação em estatais, como a Cemig (energia elétrica), Copasa (saneamento básico) e Codemig (exploração de nióbio) para abater a dívida. A sugestão é que haja uma cláusula de recompra pelo prazo de até 20 anos. Além disso, o governo do Estado cederia para a União parte do que receberá pela repactuação do acordo com a Samarco pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015. Neste caso, o governo federal se comprometeria a investir os recursos no Estado.

O presidente do Senado não falou publicamente em valores, mas o Estadão apurou que a ideia é que Minas Gerais transfira ao governo federal de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões do que tiver direito pela repactuação. Também seria antecipado o pagamento pela União dos R$ 8,7 bilhões que Minas Gerais tem direito a receber como compensação pela Lei Kandir. O dinheiro seria utilizado no pagamento da dívida. Pelas regras atuais, esse montante só seria pago integralmente em 2037.

Por fim, Pacheco mencionou ainda a apresentação um projeto de lei complementar para criar um novo programa de renegociação de dívidas, que ele chamou de “REFIS dos estados”. Esse programa seria uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado no governo Michel Temer (MDB), e por meio do qual Zema tenta renegociar a dívida de Minas Gerais com a União.

Lula (PT) recebeu presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e o presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB-MG), em reunião que também contou com a presença dos ministros Alexandre Silveira, Rui Costa e Fernando Haddad Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

O presidente do Senado quer que o percentual da dívida pago pelos Estados seja aplicado também como desconto. No exemplo dado por ele, se Minas quitar 50% da dívida global, receberia 50% de desconto sobre o saldo remanescente. A dívida restante seria parcelada em 12 anos.

“A proposta que nós fazemos busca utilizar os ativos de que o Estado dispõe para quitação da dívida, de modo que ao final de nove anos, em vez de ter uma dívida impagável de R$ 210 bilhões, teremos um saldo de dívida muito menor e com capacidade da retomada de investimentos no Estado”, disse Pacheco.

Pacheco entrou na articulação após deputados se queixarem da proposta do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O governador propôs privatizar a Codemig e conceder apenas duas recomposições salariais para os servidores públicos até 2032. Mesmo com essas e outras medidas de contenção de gastos, a projeção do próprio governo de Minas é que a dívida ultrapasse R$ 200 bilhões ao fim deste período.

Com o presidente do Senado assumindo as rédeas da articulação política sobre o tema, Zema tentou se encontrar com Lula na segunda-feira, 20, em Brasília, mas não conseguiu. Ele acabou se reunindo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Pacheco e Zema são de grupos políticos diferentes na política mineira. O presidente do Senado é um possível candidato a governador em 2026, enquanto Zema tentará eleger um sucessor de sua confiança.

“Essa dívida não é só de Minas. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás também enfrentam problema semelhante. E se fosse fácil, ela já teria sido resolvida há muito tempo. No meu governo, não fizemos um centavo de endividamento. Só temos pagado juros da dívida. Se a dívida, hoje, está grande, é porque ela foi feita lá atrás”, disse Zema após o encontro com Costa. O ministro marcou uma reunião do governador com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ainda nesta semana.

Pacheco e seu grupo político se fortalecerão politicamente já de olho na disputa eleitoral de 2026 caso consigam emplacar um saneamento das contas do Estado sem impactar salários de funcionários públicos e serviços como educação, saúde e infraestrutura. A Lula, interessa fortalecer o grupo de Pacheco. Além de o presidente do Senado ser um dos principais aliados do petista em Brasília, Zema é o maior representante do bolsonarismo em Minas Gerais.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), detalhou nesta terça-feira, 21, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sua proposta para o pagamento da dívida de R$ 160 bilhões Minas Gerais com a União. O encontro no Palácio do Planalto ocorreu um dia após o governador Romeu Zema (Novo-MG) tentar, sem sucesso, conversar com o presidente sobre o assunto.

Em entrevista coletiva após o encontro, Pacheco disse que Lula considerou a proposta “sustentável” e “possível”, mas que o martelo não foi batido porque depende da análise técnica do Ministério da Fazenda e do Tesouro Nacional, além da concordância do governo mineiro. Ele vai apresentar a mesma proposta a Zema em uma reunião na quarta-feira, 22, no Senado.

Pacheco propõe que Minas Gerais repasse sua participação em estatais, como a Cemig (energia elétrica), Copasa (saneamento básico) e Codemig (exploração de nióbio) para abater a dívida. A sugestão é que haja uma cláusula de recompra pelo prazo de até 20 anos. Além disso, o governo do Estado cederia para a União parte do que receberá pela repactuação do acordo com a Samarco pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015. Neste caso, o governo federal se comprometeria a investir os recursos no Estado.

O presidente do Senado não falou publicamente em valores, mas o Estadão apurou que a ideia é que Minas Gerais transfira ao governo federal de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões do que tiver direito pela repactuação. Também seria antecipado o pagamento pela União dos R$ 8,7 bilhões que Minas Gerais tem direito a receber como compensação pela Lei Kandir. O dinheiro seria utilizado no pagamento da dívida. Pelas regras atuais, esse montante só seria pago integralmente em 2037.

Por fim, Pacheco mencionou ainda a apresentação um projeto de lei complementar para criar um novo programa de renegociação de dívidas, que ele chamou de “REFIS dos estados”. Esse programa seria uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado no governo Michel Temer (MDB), e por meio do qual Zema tenta renegociar a dívida de Minas Gerais com a União.

Lula (PT) recebeu presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e o presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB-MG), em reunião que também contou com a presença dos ministros Alexandre Silveira, Rui Costa e Fernando Haddad Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

O presidente do Senado quer que o percentual da dívida pago pelos Estados seja aplicado também como desconto. No exemplo dado por ele, se Minas quitar 50% da dívida global, receberia 50% de desconto sobre o saldo remanescente. A dívida restante seria parcelada em 12 anos.

“A proposta que nós fazemos busca utilizar os ativos de que o Estado dispõe para quitação da dívida, de modo que ao final de nove anos, em vez de ter uma dívida impagável de R$ 210 bilhões, teremos um saldo de dívida muito menor e com capacidade da retomada de investimentos no Estado”, disse Pacheco.

Pacheco entrou na articulação após deputados se queixarem da proposta do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O governador propôs privatizar a Codemig e conceder apenas duas recomposições salariais para os servidores públicos até 2032. Mesmo com essas e outras medidas de contenção de gastos, a projeção do próprio governo de Minas é que a dívida ultrapasse R$ 200 bilhões ao fim deste período.

Com o presidente do Senado assumindo as rédeas da articulação política sobre o tema, Zema tentou se encontrar com Lula na segunda-feira, 20, em Brasília, mas não conseguiu. Ele acabou se reunindo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Pacheco e Zema são de grupos políticos diferentes na política mineira. O presidente do Senado é um possível candidato a governador em 2026, enquanto Zema tentará eleger um sucessor de sua confiança.

“Essa dívida não é só de Minas. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás também enfrentam problema semelhante. E se fosse fácil, ela já teria sido resolvida há muito tempo. No meu governo, não fizemos um centavo de endividamento. Só temos pagado juros da dívida. Se a dívida, hoje, está grande, é porque ela foi feita lá atrás”, disse Zema após o encontro com Costa. O ministro marcou uma reunião do governador com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ainda nesta semana.

Pacheco e seu grupo político se fortalecerão politicamente já de olho na disputa eleitoral de 2026 caso consigam emplacar um saneamento das contas do Estado sem impactar salários de funcionários públicos e serviços como educação, saúde e infraestrutura. A Lula, interessa fortalecer o grupo de Pacheco. Além de o presidente do Senado ser um dos principais aliados do petista em Brasília, Zema é o maior representante do bolsonarismo em Minas Gerais.

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