Lula diz que general saiu do GSI ‘por conta própria’; Padilha confirma que governo agora quer CPMI


Ministro alega que comissão não deve atrapalhar tramitação de projetos prioritários do governo e afirma que divulgação de imagens do agora ex-ministro do GSI G. Dias fez Executivo mudar de posição

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou nesta quinta-feira, 20, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes contrário, agora defende a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para apurar as circunstâncias e eventuais responsáveis pelos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Como mostrou o Estadão, na visão do governo, a CPMI se tornou inevitável após a revelação de que o ex-ministro do GSI general Gonçalves Dias estava no Palácio do Planalto durante a invasão dos manifestantes. Ao falar pela primeira vez sobre o episódio, hoje, Lula disse que ele deixou o cargo “por conta própria”.

O general pediu demissão ontem mesmo, horas após a divulgação de imagens em que ele aparece escoltando invasores para a saída do Planalto em meio à tentativa de golpe. Lula afirmou não ter ficado chateado com o desembarque de G.Dias do governo justamente porque ele mesmo pediu demissão. Para o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a situação foi “equacionada” e é necessário jogar a “bola pra frente”.

“Ele (G.Dias) tomou a atitude que deveria ter tomado: pediu a demissão. O presidente aceitou. Bola pra frente”, afirmou Alckmin. Questionado pelo Estadão se o governo cogita extinguir o GSI, o vice-presidente disse que “essa é uma decisão que cabe ao presidente estudar”.

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Na visão de Padilha, o que houve foi um “vazamento editado de imagens”, mas ele reconheceu que o caso altera a “situação política” da gestão Lula no Congresso. “Inclusive me estranha muito alguns agentes militares estarem com as imagens borradas nos seus rostos para não serem reconhecidos e o ex-ministro não ter o mesmo tratamento nesse vazamento que foi feito”, argumentou o ministro.

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (20) no Palácio do Planalto.  Foto: Wilton Junior /Estadão

“Na nossa opinião, o vazamento editado dessas imagens cria uma nova situação política. Por conta disso, orientamos — eu, os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso, em diálogo com os líderes dos partidos que compõem a base — afirmar claramente, desde ontem, que caso a sessão do Congresso na próxima semana tenha a leitura de instalação de CPMI apoiaremos’, destacou Padilha.

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Oposição em vantagem

Segundo o ministro, a orientação do governo Lula é de que os líderes de partidos aliados indiquem membros para compor a CPMI, que já possui o número de assinaturas necessárias para a instalação. O requerimento de criação do grupo foi apresentado pelo deputado bolsonarista André Fernandes (PL-CE), o que garante vantagem inicial à oposição.

“Vamos enfrentar esse debate político que está tentando ser criado por aqueles que querem passar pano para os atos terroristas de 8 de janeiro”, disse Padilha.

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O ministro ainda defendeu G.Dias sob o argumento de que as imagens captadas não são suficientes “para destruir uma biografia”, mas defendeu que o ex-titular do GSI preste esclarecimentos. “G.Dias saiu, pediu demissão, já deu suas alegações para isso. Ele acredita que é a melhor forma de ele poder se defender, apresentar a sua versão, as motivações e sua atuação no combate aos atos terroristas do dia 8 de janeiro. Ele tem uma biografia, tem uma história”, afirmou.

A Secretaria de Relações Institucionais tenta agora tornar a comissão um espaço de apuração do “golpe e do atentado terrorista” contra o governo Lula. Na versão apresentada por Padilha, a CPMI “será a pá de cal em quem cria teoria conspiratória”. Parlamentares bolsonaristas têm tentado emplacar a narrativa de conivência do Planalto com os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Ao defender a instalação da CPMI, até então evitada pelo Planalto para não atrapalhar a agenda de projetos de Lula, Padilha diz que o grupo não vai interferir no ritmo de tramitação das Medidas Provisórias (MPs) urgentes apresentadas pelo governo, assim como o andamento do arcabouço fiscal.

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O governo Lula distribuiu verbas e cargos do segundo escalão a parlamentares do Centrão em busca de retirar assinaturas da proposta de instalação da CPMI. A leitura do Planalto é de que, independentemente do tema analisado, uma comissão como essa sempre gera desgastes ao governante de plantão.

BRASÍLIA - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou nesta quinta-feira, 20, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes contrário, agora defende a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para apurar as circunstâncias e eventuais responsáveis pelos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Como mostrou o Estadão, na visão do governo, a CPMI se tornou inevitável após a revelação de que o ex-ministro do GSI general Gonçalves Dias estava no Palácio do Planalto durante a invasão dos manifestantes. Ao falar pela primeira vez sobre o episódio, hoje, Lula disse que ele deixou o cargo “por conta própria”.

O general pediu demissão ontem mesmo, horas após a divulgação de imagens em que ele aparece escoltando invasores para a saída do Planalto em meio à tentativa de golpe. Lula afirmou não ter ficado chateado com o desembarque de G.Dias do governo justamente porque ele mesmo pediu demissão. Para o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a situação foi “equacionada” e é necessário jogar a “bola pra frente”.

“Ele (G.Dias) tomou a atitude que deveria ter tomado: pediu a demissão. O presidente aceitou. Bola pra frente”, afirmou Alckmin. Questionado pelo Estadão se o governo cogita extinguir o GSI, o vice-presidente disse que “essa é uma decisão que cabe ao presidente estudar”.

Na visão de Padilha, o que houve foi um “vazamento editado de imagens”, mas ele reconheceu que o caso altera a “situação política” da gestão Lula no Congresso. “Inclusive me estranha muito alguns agentes militares estarem com as imagens borradas nos seus rostos para não serem reconhecidos e o ex-ministro não ter o mesmo tratamento nesse vazamento que foi feito”, argumentou o ministro.

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (20) no Palácio do Planalto.  Foto: Wilton Junior /Estadão

“Na nossa opinião, o vazamento editado dessas imagens cria uma nova situação política. Por conta disso, orientamos — eu, os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso, em diálogo com os líderes dos partidos que compõem a base — afirmar claramente, desde ontem, que caso a sessão do Congresso na próxima semana tenha a leitura de instalação de CPMI apoiaremos’, destacou Padilha.

Oposição em vantagem

Segundo o ministro, a orientação do governo Lula é de que os líderes de partidos aliados indiquem membros para compor a CPMI, que já possui o número de assinaturas necessárias para a instalação. O requerimento de criação do grupo foi apresentado pelo deputado bolsonarista André Fernandes (PL-CE), o que garante vantagem inicial à oposição.

“Vamos enfrentar esse debate político que está tentando ser criado por aqueles que querem passar pano para os atos terroristas de 8 de janeiro”, disse Padilha.

O ministro ainda defendeu G.Dias sob o argumento de que as imagens captadas não são suficientes “para destruir uma biografia”, mas defendeu que o ex-titular do GSI preste esclarecimentos. “G.Dias saiu, pediu demissão, já deu suas alegações para isso. Ele acredita que é a melhor forma de ele poder se defender, apresentar a sua versão, as motivações e sua atuação no combate aos atos terroristas do dia 8 de janeiro. Ele tem uma biografia, tem uma história”, afirmou.

A Secretaria de Relações Institucionais tenta agora tornar a comissão um espaço de apuração do “golpe e do atentado terrorista” contra o governo Lula. Na versão apresentada por Padilha, a CPMI “será a pá de cal em quem cria teoria conspiratória”. Parlamentares bolsonaristas têm tentado emplacar a narrativa de conivência do Planalto com os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Ao defender a instalação da CPMI, até então evitada pelo Planalto para não atrapalhar a agenda de projetos de Lula, Padilha diz que o grupo não vai interferir no ritmo de tramitação das Medidas Provisórias (MPs) urgentes apresentadas pelo governo, assim como o andamento do arcabouço fiscal.

O governo Lula distribuiu verbas e cargos do segundo escalão a parlamentares do Centrão em busca de retirar assinaturas da proposta de instalação da CPMI. A leitura do Planalto é de que, independentemente do tema analisado, uma comissão como essa sempre gera desgastes ao governante de plantão.

BRASÍLIA - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou nesta quinta-feira, 20, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes contrário, agora defende a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para apurar as circunstâncias e eventuais responsáveis pelos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Como mostrou o Estadão, na visão do governo, a CPMI se tornou inevitável após a revelação de que o ex-ministro do GSI general Gonçalves Dias estava no Palácio do Planalto durante a invasão dos manifestantes. Ao falar pela primeira vez sobre o episódio, hoje, Lula disse que ele deixou o cargo “por conta própria”.

O general pediu demissão ontem mesmo, horas após a divulgação de imagens em que ele aparece escoltando invasores para a saída do Planalto em meio à tentativa de golpe. Lula afirmou não ter ficado chateado com o desembarque de G.Dias do governo justamente porque ele mesmo pediu demissão. Para o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a situação foi “equacionada” e é necessário jogar a “bola pra frente”.

“Ele (G.Dias) tomou a atitude que deveria ter tomado: pediu a demissão. O presidente aceitou. Bola pra frente”, afirmou Alckmin. Questionado pelo Estadão se o governo cogita extinguir o GSI, o vice-presidente disse que “essa é uma decisão que cabe ao presidente estudar”.

Na visão de Padilha, o que houve foi um “vazamento editado de imagens”, mas ele reconheceu que o caso altera a “situação política” da gestão Lula no Congresso. “Inclusive me estranha muito alguns agentes militares estarem com as imagens borradas nos seus rostos para não serem reconhecidos e o ex-ministro não ter o mesmo tratamento nesse vazamento que foi feito”, argumentou o ministro.

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (20) no Palácio do Planalto.  Foto: Wilton Junior /Estadão

“Na nossa opinião, o vazamento editado dessas imagens cria uma nova situação política. Por conta disso, orientamos — eu, os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso, em diálogo com os líderes dos partidos que compõem a base — afirmar claramente, desde ontem, que caso a sessão do Congresso na próxima semana tenha a leitura de instalação de CPMI apoiaremos’, destacou Padilha.

Oposição em vantagem

Segundo o ministro, a orientação do governo Lula é de que os líderes de partidos aliados indiquem membros para compor a CPMI, que já possui o número de assinaturas necessárias para a instalação. O requerimento de criação do grupo foi apresentado pelo deputado bolsonarista André Fernandes (PL-CE), o que garante vantagem inicial à oposição.

“Vamos enfrentar esse debate político que está tentando ser criado por aqueles que querem passar pano para os atos terroristas de 8 de janeiro”, disse Padilha.

O ministro ainda defendeu G.Dias sob o argumento de que as imagens captadas não são suficientes “para destruir uma biografia”, mas defendeu que o ex-titular do GSI preste esclarecimentos. “G.Dias saiu, pediu demissão, já deu suas alegações para isso. Ele acredita que é a melhor forma de ele poder se defender, apresentar a sua versão, as motivações e sua atuação no combate aos atos terroristas do dia 8 de janeiro. Ele tem uma biografia, tem uma história”, afirmou.

A Secretaria de Relações Institucionais tenta agora tornar a comissão um espaço de apuração do “golpe e do atentado terrorista” contra o governo Lula. Na versão apresentada por Padilha, a CPMI “será a pá de cal em quem cria teoria conspiratória”. Parlamentares bolsonaristas têm tentado emplacar a narrativa de conivência do Planalto com os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Ao defender a instalação da CPMI, até então evitada pelo Planalto para não atrapalhar a agenda de projetos de Lula, Padilha diz que o grupo não vai interferir no ritmo de tramitação das Medidas Provisórias (MPs) urgentes apresentadas pelo governo, assim como o andamento do arcabouço fiscal.

O governo Lula distribuiu verbas e cargos do segundo escalão a parlamentares do Centrão em busca de retirar assinaturas da proposta de instalação da CPMI. A leitura do Planalto é de que, independentemente do tema analisado, uma comissão como essa sempre gera desgastes ao governante de plantão.

BRASÍLIA - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou nesta quinta-feira, 20, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes contrário, agora defende a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para apurar as circunstâncias e eventuais responsáveis pelos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Como mostrou o Estadão, na visão do governo, a CPMI se tornou inevitável após a revelação de que o ex-ministro do GSI general Gonçalves Dias estava no Palácio do Planalto durante a invasão dos manifestantes. Ao falar pela primeira vez sobre o episódio, hoje, Lula disse que ele deixou o cargo “por conta própria”.

O general pediu demissão ontem mesmo, horas após a divulgação de imagens em que ele aparece escoltando invasores para a saída do Planalto em meio à tentativa de golpe. Lula afirmou não ter ficado chateado com o desembarque de G.Dias do governo justamente porque ele mesmo pediu demissão. Para o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a situação foi “equacionada” e é necessário jogar a “bola pra frente”.

“Ele (G.Dias) tomou a atitude que deveria ter tomado: pediu a demissão. O presidente aceitou. Bola pra frente”, afirmou Alckmin. Questionado pelo Estadão se o governo cogita extinguir o GSI, o vice-presidente disse que “essa é uma decisão que cabe ao presidente estudar”.

Na visão de Padilha, o que houve foi um “vazamento editado de imagens”, mas ele reconheceu que o caso altera a “situação política” da gestão Lula no Congresso. “Inclusive me estranha muito alguns agentes militares estarem com as imagens borradas nos seus rostos para não serem reconhecidos e o ex-ministro não ter o mesmo tratamento nesse vazamento que foi feito”, argumentou o ministro.

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (20) no Palácio do Planalto.  Foto: Wilton Junior /Estadão

“Na nossa opinião, o vazamento editado dessas imagens cria uma nova situação política. Por conta disso, orientamos — eu, os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso, em diálogo com os líderes dos partidos que compõem a base — afirmar claramente, desde ontem, que caso a sessão do Congresso na próxima semana tenha a leitura de instalação de CPMI apoiaremos’, destacou Padilha.

Oposição em vantagem

Segundo o ministro, a orientação do governo Lula é de que os líderes de partidos aliados indiquem membros para compor a CPMI, que já possui o número de assinaturas necessárias para a instalação. O requerimento de criação do grupo foi apresentado pelo deputado bolsonarista André Fernandes (PL-CE), o que garante vantagem inicial à oposição.

“Vamos enfrentar esse debate político que está tentando ser criado por aqueles que querem passar pano para os atos terroristas de 8 de janeiro”, disse Padilha.

O ministro ainda defendeu G.Dias sob o argumento de que as imagens captadas não são suficientes “para destruir uma biografia”, mas defendeu que o ex-titular do GSI preste esclarecimentos. “G.Dias saiu, pediu demissão, já deu suas alegações para isso. Ele acredita que é a melhor forma de ele poder se defender, apresentar a sua versão, as motivações e sua atuação no combate aos atos terroristas do dia 8 de janeiro. Ele tem uma biografia, tem uma história”, afirmou.

A Secretaria de Relações Institucionais tenta agora tornar a comissão um espaço de apuração do “golpe e do atentado terrorista” contra o governo Lula. Na versão apresentada por Padilha, a CPMI “será a pá de cal em quem cria teoria conspiratória”. Parlamentares bolsonaristas têm tentado emplacar a narrativa de conivência do Planalto com os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Ao defender a instalação da CPMI, até então evitada pelo Planalto para não atrapalhar a agenda de projetos de Lula, Padilha diz que o grupo não vai interferir no ritmo de tramitação das Medidas Provisórias (MPs) urgentes apresentadas pelo governo, assim como o andamento do arcabouço fiscal.

O governo Lula distribuiu verbas e cargos do segundo escalão a parlamentares do Centrão em busca de retirar assinaturas da proposta de instalação da CPMI. A leitura do Planalto é de que, independentemente do tema analisado, uma comissão como essa sempre gera desgastes ao governante de plantão.

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