BRASÍLIA – Candidato à Presidência da República em 2022, Padre Kelmon (PTB) lança uma versão bolsonarista para se contrapor ao Foro de São Paulo, organização de partidos e coletivos de esquerda. A reunião do grupo de direita ocorre nesta quinta-feira, 29, em Brasília. O primeiro encontro do Foro do Brasil terá a presença de políticos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como as deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP) e o senador Magno Malta (PL-ES).
O Foro do Brasil é considerado pelos organizadores como uma alternativa da direita ao Foro de São Paulo, que realiza evento por quatro dias em Brasília a partir desta quinta.
Segundo Zambelli, a primeira reunião do Foro do Brasil será realizada para apresentar pautas conservadoras e atrair políticos para debater propostas políticas, além de incentivar jovens para se tornarem “agentes de transformações locais”. “Representa os valores da cultura judaico-cristã, o estado mínimo, os direitos individuais, a livre expressão de propriedade, o direito ao porte de armas para defesa pessoal e da propriedade, o livre mercado e a economia liberal”, disse a deputada. O evento será realizado em auditório na Câmara dos Deputados.
Foro de São Paulo
O Foro foi fundado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-líder de Cuba, Fidel Castro, em 1990. Segundo o documento de criação, a organização busca reunir organizações de esquerda para “tratar da defesa da democracia, da integração e soberania dos países latino-americanos e do combate ao imperialismo e ao neoliberalismo”.
Desde 1990, as reuniões do Foro ocorreram anualmente. Porém, devido à pandemia de covid-19, não foram realizados encontros desde 2019. Neste ano, a expectativa é que compareçam membros de governo, partidos políticos e organizações de esquerda de 23 países.
O presidente Lula confirmou que vai participar da abertura do Foro, nesta quinta. Também é esperada a presença de representantes de países de fora da América Latina e do Caribe, como Estados Unidos e Arábia Saudita. Uma das críticas da oposição do governo federal é que o FSP, entidade que se declara anticapitalista, está cobrando as inscrições dos participantes em dólar, moeda dos Estados Unidos.