"Particularmente, nunca vi vantagem na verticalização", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao analisar o fim da obrigatoriedade de os Estados e municípios repetirem as alianças feitas pelos partidos na eleição presidencial. O fim verticalização foi aprovada em primeiro turno pela Câmara. O presidente disse, porém, que a queda da verticalização não agradava a ele pessoalmente. Mas que, na visão dele, é importante que as alianças partidárias sejam firmadas sem a imposição de uma legislação. "Aliança política não é bigamia. Ou seja, se as pessoas quiserem apoiar, apóiem", opinou. "Vamos deixar as pessoas livres para escolher." O presidente insistiu que ele próprio tenha adotado uma postura de franqueza na relação com os partidos que constituem a base aliada e que isso sobrepõe, para ele, até mesmo a legislação. "Se a gente vai fazer um acordo político com alguém, é muito melhor uma decisão política e as pessoas cumprirem, do que um protocolo e as pessoas não cumprirem", afirmou. "Já vi muitos presidentes da Republica serem candidatos com muitos partidos apoiando e terem só 2 ou 3% dos votos. Acho que isto (verticalização) não vale muito ser levado em conta", adicionou. Lula participou nesta manhã de evento realizado pelo Incra e Caixa Economia Federal para a assinatura de um convênio para o financiamento de habitações rurais no Estado de São Paulo, com a cerimônia no assentamento Nossa Senhora Aparecida, em Castilho (SP).