O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, avaliou que, apenas na próxima terça-feira, será possível acertar um acordo com "os mais diversos atores" sobre a reforma da Previdência. Ao deixar o Hotel Pestana, em São Paulo, onde participou da reunião do Diretório Nacional do PT, Marinho admitiu ser difícil obter um consenso sobre a proposta, mesmo nas conversas entre os petistas. Ele voltou a defender a adoção de um regime de transição para um novo sistema previdenciário e, nesse caso, os atuais funcionários públicos teriam direito à aposentadoria integral, enquanto os futuros contratados ingressariam no novo sistema, sabendo que sua aposentadoria máxima seria estabelecida por um teto e poderia ser complementada por um fundo de pensão. O presidente do PT, José Genoino, disse, momentos antes da saída de Marinho, que o País não tinha riqueza suficiente para atender o pedido da CUT, de estabelecimento de um teto de aposentadoria para funcionários públicos e privados de R$ 4,8 mil, já que esse valor é o dobro do proposto pelo governo. O sindicalista retrucou: "Se há recursos para pagar a integralidade, como não há para elevar o teto?".