Ratinho Jr. é o governador que mais ajudou a eleger prefeitos no País; veja ranking


Governador do Paraná, com o PSD, fez 162 das 399 prefeituras no Estado e ainda disputará o segundo turno em Curitiba e Londrina

Por Matheus Lara
Atualização:

Os partidos dos governadores lideram a lista de siglas com mais vitórias em 17 Estados nas eleições 2024, com um domínio local que chega a 63% dos municípios. O alinhamento entre prefeitos e seus respectivos governadores é visto como uma via de mão dupla: para os gestores municipais, estar do lado do governo estadual é visto como garantia de acesso facilitado a dinheiro para investimentos; para os governadores, a relação se traduz em força política, com a atuação de cabos eleitorais espalhados pelos rincões do País.

Numericamente, quem mais influenciou a eleição de lideranças em seu Estado foi Ratinho Júnior, governador do Paraná. Por lá, seu PSD fez 162 das 399 prefeituras, mais de cem vitórias acima do PP, segunda sigla na lista das que mais elegeram prefeitos. O partido ainda disputará segundo turno nos dois maiores colégios eleitorais paranaenses: Curitiba (com Eduardo Pimentel) e Londrina (com Tiago Amaral). O desempenho será capital político para Ratinho e os planos de uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.

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O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Foto: Rodrigo Félix Leal/Divulgação

“O resultado das urnas é reflexo de uma gestão municipalista”, afirmou Ratinho Júnior ao Estadão. “A sociedade paranaense nos ajudou a eleger mais de 160 prefeitos apenas do PSD, um crescimento em relação a 2020 (foram 128), chegando a (quase) 41% das cidades. Vamos continuar nesse ritmo com humildade.”

Também cotado para 2026, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), terá no ano que vem 22 correligionários à frente de prefeituras capixabas, 28,2% do total. O PSB, sigla de esquerda com mais vitórias municipais pelo País neste ano, foi o partido mais vitorioso no Espírito Santo. “O governo (estadual) tem influência, sim”, disse Casagrande. “Minha presença no governo tem uma influência no partido. Fazemos muita parceria com os municípios, e isso ajuda a criar um ambiente de simpatia e de liderança em relação ao PSB e entre partidos aliados. (Forma) uma base de sustentação política para nosso governo.”

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As siglas de Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO), Raquel Lyra (PSDB-PE) e Helder Barbalho (MDB-PA) também lideram a lista de eleitos por partido em seus respectivos Estados. Em porcentagem, o domínio da sigla dos governadores chega a 63% em regiões com menor número de municípios — caso de Alagoas e Acre. A influência local dos gestores estaduais no interior tende a ser maior ainda considerando prefeitos eleitos por partidos aliados.

“Prefeitos são cabos eleitorais”, diz o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Quem é governador tem a capacidade de trazer prefeitos para sua legenda. E, como as eleições (para governador e para prefeito) são separadas, o prefeito, via de regra, se devota inteiramente à de governador porque não precisa cuidar da sua naquele ano.”

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Citado nos bastidores para compor alianças em 2026, o governador do Pará, Helder Barbalho, terá 83 emedebistas espalhados pelas gestões municipais do Estado, mais da metade do número de cidades. No 2º turno, ele se empenha para eleger na capital, Belém, seu primo Igor Normando (MDB), que avançou em primeiro com 44% dos votos, contra o bolsonarista Eder Mauro (PL), que teve 31%. “Festejo que a sociedade paraense tenha sido convencida pelas candidaturas apresentadas no arco de aliança da qual eu faço parte. Me cabe trabalhar em parceria, como tenho feito nos últimos seis anos, com todos os 144 municípios do Estado”, disse o governador ao Estadão.

O PT, apesar de estar no comando dos governos estaduais de Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra), Piauí (Rafael Fonteles), Bahia (Jerônimo Rodrigues) e Ceará (Elmano de Freitas), não conseguiu ser maioria na lista de eleitos em nenhum desses Estados. Apenas sete, ou 4,1%, dos 167 municípios potiguares serão comandados pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Piauí, a sigla passou de 23 para 50 prefeituras, mas foi superada por PSD (65) e MDB (57). O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro terá a maioria das prefeituras nos dois Estados que comanda: Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Veja o número e qual a porcentagem de prefeitos eleitos pela mesma sigla do governador, por Estado

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*com asterisco, Estados onde o partido foi o mais vitorioso

Paraná* - Eleitos pelo PSD de Ratinho Júnior: 40,6% (162 prefeitos)

Goiás* - Eleitos pelo União Brasil de Ronaldo Caiado: 38,6% (95 prefeitos)

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Santa Catarina* - Eleitos pelo PL de Jorginho Mello: 30,5% (90 prefeitos)

São Paulo - Eleitos pelo Republicanos de Tarcísio de Freitas: 13% (84 prefeitos)

Pará* - Eleitos pelo MDB de Helder Barbalho: 57,6% (83 prefeitos)

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Paraíba* - Eleitos pelo PSB de João Azevêdo: 30,9% (69 prefeitos)

Alagoas* - Eleitos pelo MDB de Paulo Dantas: 63,7% (65 prefeitos)

Mato Grosso* - Eleitos pelo União Brasil de Mauro Mendes: 42,2% (60 prefeitos)

Tocantins* - Eleitos pelo Republicanos de Wanderlei Barbosa: 41% (57 prefeitos)

Piauí - Eleitos pelo PT de Rafael Fonteles: 22,3% (50 prefeitos)

Bahia - Eleitos pelo PT de Jerônimo Rodrigues: 11,7% (49 prefeitos)

Ceará - Eleitos pelo PT de Elmano de Freitas: 25% (46 prefeitos)

Mato Grosso do Sul* - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Riedel: 55,7% (44 prefeitos)

Rio Grande do Sul - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Leite: 6,6% (33 prefeitos)

Pernambuco* - Eleitos pelo PSDB de Raquel Lyra: 16,8% (31 prefeitos)

Sergipe* - Eleitos pelo PSD de Fábio Mitidieri: 34,6% (26 prefeitos)

Amazonas* - Eleitos pelo União Brasil de Wilson Lima: 38,7% (24 prefeitos)

Rio de Janeiro* - Eleitos pelo PL de Cláudio Castro: 23,9% (22 prefeitos)

Espírito Santo* - Eleitos pelo PSB de Renato Casagrande: 28,2% (22 prefeitos)

Maranhão - Eleitos pelo PSB de Carlos Brandão: 8,7% (19 prefeitos)

Rondônia* - Eleitos pelo União Brasil de Marcos Rocha: 30,7% (16 prefeitos)

Acre* - Eleitos pelo PP de Gladson Cameli: 63,6% (14 prefeitos)

Minas Gerais - Eleitos pelo Novo de Romeu Zema: 1% (9 prefeitos)

Rio Grande do Norte - Eleitos pelo PT de Fátima Bezerra: 4,1% (7 prefeitos)

Roraima* - Eleitos pelo PP de Antônio Denarium: 46,6% (7 prefeitos)

Amapá - Eleitos pelo Solidariedade de Clécio Luís: 0% (Nenhum)

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Os partidos dos governadores lideram a lista de siglas com mais vitórias em 17 Estados nas eleições 2024, com um domínio local que chega a 63% dos municípios. O alinhamento entre prefeitos e seus respectivos governadores é visto como uma via de mão dupla: para os gestores municipais, estar do lado do governo estadual é visto como garantia de acesso facilitado a dinheiro para investimentos; para os governadores, a relação se traduz em força política, com a atuação de cabos eleitorais espalhados pelos rincões do País.

Numericamente, quem mais influenciou a eleição de lideranças em seu Estado foi Ratinho Júnior, governador do Paraná. Por lá, seu PSD fez 162 das 399 prefeituras, mais de cem vitórias acima do PP, segunda sigla na lista das que mais elegeram prefeitos. O partido ainda disputará segundo turno nos dois maiores colégios eleitorais paranaenses: Curitiba (com Eduardo Pimentel) e Londrina (com Tiago Amaral). O desempenho será capital político para Ratinho e os planos de uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Foto: Rodrigo Félix Leal/Divulgação

“O resultado das urnas é reflexo de uma gestão municipalista”, afirmou Ratinho Júnior ao Estadão. “A sociedade paranaense nos ajudou a eleger mais de 160 prefeitos apenas do PSD, um crescimento em relação a 2020 (foram 128), chegando a (quase) 41% das cidades. Vamos continuar nesse ritmo com humildade.”

Também cotado para 2026, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), terá no ano que vem 22 correligionários à frente de prefeituras capixabas, 28,2% do total. O PSB, sigla de esquerda com mais vitórias municipais pelo País neste ano, foi o partido mais vitorioso no Espírito Santo. “O governo (estadual) tem influência, sim”, disse Casagrande. “Minha presença no governo tem uma influência no partido. Fazemos muita parceria com os municípios, e isso ajuda a criar um ambiente de simpatia e de liderança em relação ao PSB e entre partidos aliados. (Forma) uma base de sustentação política para nosso governo.”

As siglas de Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO), Raquel Lyra (PSDB-PE) e Helder Barbalho (MDB-PA) também lideram a lista de eleitos por partido em seus respectivos Estados. Em porcentagem, o domínio da sigla dos governadores chega a 63% em regiões com menor número de municípios — caso de Alagoas e Acre. A influência local dos gestores estaduais no interior tende a ser maior ainda considerando prefeitos eleitos por partidos aliados.

“Prefeitos são cabos eleitorais”, diz o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Quem é governador tem a capacidade de trazer prefeitos para sua legenda. E, como as eleições (para governador e para prefeito) são separadas, o prefeito, via de regra, se devota inteiramente à de governador porque não precisa cuidar da sua naquele ano.”

Citado nos bastidores para compor alianças em 2026, o governador do Pará, Helder Barbalho, terá 83 emedebistas espalhados pelas gestões municipais do Estado, mais da metade do número de cidades. No 2º turno, ele se empenha para eleger na capital, Belém, seu primo Igor Normando (MDB), que avançou em primeiro com 44% dos votos, contra o bolsonarista Eder Mauro (PL), que teve 31%. “Festejo que a sociedade paraense tenha sido convencida pelas candidaturas apresentadas no arco de aliança da qual eu faço parte. Me cabe trabalhar em parceria, como tenho feito nos últimos seis anos, com todos os 144 municípios do Estado”, disse o governador ao Estadão.

O PT, apesar de estar no comando dos governos estaduais de Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra), Piauí (Rafael Fonteles), Bahia (Jerônimo Rodrigues) e Ceará (Elmano de Freitas), não conseguiu ser maioria na lista de eleitos em nenhum desses Estados. Apenas sete, ou 4,1%, dos 167 municípios potiguares serão comandados pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Piauí, a sigla passou de 23 para 50 prefeituras, mas foi superada por PSD (65) e MDB (57). O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro terá a maioria das prefeituras nos dois Estados que comanda: Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Veja o número e qual a porcentagem de prefeitos eleitos pela mesma sigla do governador, por Estado

*com asterisco, Estados onde o partido foi o mais vitorioso

Paraná* - Eleitos pelo PSD de Ratinho Júnior: 40,6% (162 prefeitos)

Goiás* - Eleitos pelo União Brasil de Ronaldo Caiado: 38,6% (95 prefeitos)

Santa Catarina* - Eleitos pelo PL de Jorginho Mello: 30,5% (90 prefeitos)

São Paulo - Eleitos pelo Republicanos de Tarcísio de Freitas: 13% (84 prefeitos)

Pará* - Eleitos pelo MDB de Helder Barbalho: 57,6% (83 prefeitos)

Paraíba* - Eleitos pelo PSB de João Azevêdo: 30,9% (69 prefeitos)

Alagoas* - Eleitos pelo MDB de Paulo Dantas: 63,7% (65 prefeitos)

Mato Grosso* - Eleitos pelo União Brasil de Mauro Mendes: 42,2% (60 prefeitos)

Tocantins* - Eleitos pelo Republicanos de Wanderlei Barbosa: 41% (57 prefeitos)

Piauí - Eleitos pelo PT de Rafael Fonteles: 22,3% (50 prefeitos)

Bahia - Eleitos pelo PT de Jerônimo Rodrigues: 11,7% (49 prefeitos)

Ceará - Eleitos pelo PT de Elmano de Freitas: 25% (46 prefeitos)

Mato Grosso do Sul* - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Riedel: 55,7% (44 prefeitos)

Rio Grande do Sul - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Leite: 6,6% (33 prefeitos)

Pernambuco* - Eleitos pelo PSDB de Raquel Lyra: 16,8% (31 prefeitos)

Sergipe* - Eleitos pelo PSD de Fábio Mitidieri: 34,6% (26 prefeitos)

Amazonas* - Eleitos pelo União Brasil de Wilson Lima: 38,7% (24 prefeitos)

Rio de Janeiro* - Eleitos pelo PL de Cláudio Castro: 23,9% (22 prefeitos)

Espírito Santo* - Eleitos pelo PSB de Renato Casagrande: 28,2% (22 prefeitos)

Maranhão - Eleitos pelo PSB de Carlos Brandão: 8,7% (19 prefeitos)

Rondônia* - Eleitos pelo União Brasil de Marcos Rocha: 30,7% (16 prefeitos)

Acre* - Eleitos pelo PP de Gladson Cameli: 63,6% (14 prefeitos)

Minas Gerais - Eleitos pelo Novo de Romeu Zema: 1% (9 prefeitos)

Rio Grande do Norte - Eleitos pelo PT de Fátima Bezerra: 4,1% (7 prefeitos)

Roraima* - Eleitos pelo PP de Antônio Denarium: 46,6% (7 prefeitos)

Amapá - Eleitos pelo Solidariedade de Clécio Luís: 0% (Nenhum)

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Os partidos dos governadores lideram a lista de siglas com mais vitórias em 17 Estados nas eleições 2024, com um domínio local que chega a 63% dos municípios. O alinhamento entre prefeitos e seus respectivos governadores é visto como uma via de mão dupla: para os gestores municipais, estar do lado do governo estadual é visto como garantia de acesso facilitado a dinheiro para investimentos; para os governadores, a relação se traduz em força política, com a atuação de cabos eleitorais espalhados pelos rincões do País.

Numericamente, quem mais influenciou a eleição de lideranças em seu Estado foi Ratinho Júnior, governador do Paraná. Por lá, seu PSD fez 162 das 399 prefeituras, mais de cem vitórias acima do PP, segunda sigla na lista das que mais elegeram prefeitos. O partido ainda disputará segundo turno nos dois maiores colégios eleitorais paranaenses: Curitiba (com Eduardo Pimentel) e Londrina (com Tiago Amaral). O desempenho será capital político para Ratinho e os planos de uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Foto: Rodrigo Félix Leal/Divulgação

“O resultado das urnas é reflexo de uma gestão municipalista”, afirmou Ratinho Júnior ao Estadão. “A sociedade paranaense nos ajudou a eleger mais de 160 prefeitos apenas do PSD, um crescimento em relação a 2020 (foram 128), chegando a (quase) 41% das cidades. Vamos continuar nesse ritmo com humildade.”

Também cotado para 2026, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), terá no ano que vem 22 correligionários à frente de prefeituras capixabas, 28,2% do total. O PSB, sigla de esquerda com mais vitórias municipais pelo País neste ano, foi o partido mais vitorioso no Espírito Santo. “O governo (estadual) tem influência, sim”, disse Casagrande. “Minha presença no governo tem uma influência no partido. Fazemos muita parceria com os municípios, e isso ajuda a criar um ambiente de simpatia e de liderança em relação ao PSB e entre partidos aliados. (Forma) uma base de sustentação política para nosso governo.”

As siglas de Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO), Raquel Lyra (PSDB-PE) e Helder Barbalho (MDB-PA) também lideram a lista de eleitos por partido em seus respectivos Estados. Em porcentagem, o domínio da sigla dos governadores chega a 63% em regiões com menor número de municípios — caso de Alagoas e Acre. A influência local dos gestores estaduais no interior tende a ser maior ainda considerando prefeitos eleitos por partidos aliados.

“Prefeitos são cabos eleitorais”, diz o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Quem é governador tem a capacidade de trazer prefeitos para sua legenda. E, como as eleições (para governador e para prefeito) são separadas, o prefeito, via de regra, se devota inteiramente à de governador porque não precisa cuidar da sua naquele ano.”

Citado nos bastidores para compor alianças em 2026, o governador do Pará, Helder Barbalho, terá 83 emedebistas espalhados pelas gestões municipais do Estado, mais da metade do número de cidades. No 2º turno, ele se empenha para eleger na capital, Belém, seu primo Igor Normando (MDB), que avançou em primeiro com 44% dos votos, contra o bolsonarista Eder Mauro (PL), que teve 31%. “Festejo que a sociedade paraense tenha sido convencida pelas candidaturas apresentadas no arco de aliança da qual eu faço parte. Me cabe trabalhar em parceria, como tenho feito nos últimos seis anos, com todos os 144 municípios do Estado”, disse o governador ao Estadão.

O PT, apesar de estar no comando dos governos estaduais de Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra), Piauí (Rafael Fonteles), Bahia (Jerônimo Rodrigues) e Ceará (Elmano de Freitas), não conseguiu ser maioria na lista de eleitos em nenhum desses Estados. Apenas sete, ou 4,1%, dos 167 municípios potiguares serão comandados pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Piauí, a sigla passou de 23 para 50 prefeituras, mas foi superada por PSD (65) e MDB (57). O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro terá a maioria das prefeituras nos dois Estados que comanda: Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Veja o número e qual a porcentagem de prefeitos eleitos pela mesma sigla do governador, por Estado

*com asterisco, Estados onde o partido foi o mais vitorioso

Paraná* - Eleitos pelo PSD de Ratinho Júnior: 40,6% (162 prefeitos)

Goiás* - Eleitos pelo União Brasil de Ronaldo Caiado: 38,6% (95 prefeitos)

Santa Catarina* - Eleitos pelo PL de Jorginho Mello: 30,5% (90 prefeitos)

São Paulo - Eleitos pelo Republicanos de Tarcísio de Freitas: 13% (84 prefeitos)

Pará* - Eleitos pelo MDB de Helder Barbalho: 57,6% (83 prefeitos)

Paraíba* - Eleitos pelo PSB de João Azevêdo: 30,9% (69 prefeitos)

Alagoas* - Eleitos pelo MDB de Paulo Dantas: 63,7% (65 prefeitos)

Mato Grosso* - Eleitos pelo União Brasil de Mauro Mendes: 42,2% (60 prefeitos)

Tocantins* - Eleitos pelo Republicanos de Wanderlei Barbosa: 41% (57 prefeitos)

Piauí - Eleitos pelo PT de Rafael Fonteles: 22,3% (50 prefeitos)

Bahia - Eleitos pelo PT de Jerônimo Rodrigues: 11,7% (49 prefeitos)

Ceará - Eleitos pelo PT de Elmano de Freitas: 25% (46 prefeitos)

Mato Grosso do Sul* - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Riedel: 55,7% (44 prefeitos)

Rio Grande do Sul - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Leite: 6,6% (33 prefeitos)

Pernambuco* - Eleitos pelo PSDB de Raquel Lyra: 16,8% (31 prefeitos)

Sergipe* - Eleitos pelo PSD de Fábio Mitidieri: 34,6% (26 prefeitos)

Amazonas* - Eleitos pelo União Brasil de Wilson Lima: 38,7% (24 prefeitos)

Rio de Janeiro* - Eleitos pelo PL de Cláudio Castro: 23,9% (22 prefeitos)

Espírito Santo* - Eleitos pelo PSB de Renato Casagrande: 28,2% (22 prefeitos)

Maranhão - Eleitos pelo PSB de Carlos Brandão: 8,7% (19 prefeitos)

Rondônia* - Eleitos pelo União Brasil de Marcos Rocha: 30,7% (16 prefeitos)

Acre* - Eleitos pelo PP de Gladson Cameli: 63,6% (14 prefeitos)

Minas Gerais - Eleitos pelo Novo de Romeu Zema: 1% (9 prefeitos)

Rio Grande do Norte - Eleitos pelo PT de Fátima Bezerra: 4,1% (7 prefeitos)

Roraima* - Eleitos pelo PP de Antônio Denarium: 46,6% (7 prefeitos)

Amapá - Eleitos pelo Solidariedade de Clécio Luís: 0% (Nenhum)

Siga o ‘Estadão’ nas redes sociais

Os partidos dos governadores lideram a lista de siglas com mais vitórias em 17 Estados nas eleições 2024, com um domínio local que chega a 63% dos municípios. O alinhamento entre prefeitos e seus respectivos governadores é visto como uma via de mão dupla: para os gestores municipais, estar do lado do governo estadual é visto como garantia de acesso facilitado a dinheiro para investimentos; para os governadores, a relação se traduz em força política, com a atuação de cabos eleitorais espalhados pelos rincões do País.

Numericamente, quem mais influenciou a eleição de lideranças em seu Estado foi Ratinho Júnior, governador do Paraná. Por lá, seu PSD fez 162 das 399 prefeituras, mais de cem vitórias acima do PP, segunda sigla na lista das que mais elegeram prefeitos. O partido ainda disputará segundo turno nos dois maiores colégios eleitorais paranaenses: Curitiba (com Eduardo Pimentel) e Londrina (com Tiago Amaral). O desempenho será capital político para Ratinho e os planos de uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Foto: Rodrigo Félix Leal/Divulgação

“O resultado das urnas é reflexo de uma gestão municipalista”, afirmou Ratinho Júnior ao Estadão. “A sociedade paranaense nos ajudou a eleger mais de 160 prefeitos apenas do PSD, um crescimento em relação a 2020 (foram 128), chegando a (quase) 41% das cidades. Vamos continuar nesse ritmo com humildade.”

Também cotado para 2026, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), terá no ano que vem 22 correligionários à frente de prefeituras capixabas, 28,2% do total. O PSB, sigla de esquerda com mais vitórias municipais pelo País neste ano, foi o partido mais vitorioso no Espírito Santo. “O governo (estadual) tem influência, sim”, disse Casagrande. “Minha presença no governo tem uma influência no partido. Fazemos muita parceria com os municípios, e isso ajuda a criar um ambiente de simpatia e de liderança em relação ao PSB e entre partidos aliados. (Forma) uma base de sustentação política para nosso governo.”

As siglas de Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO), Raquel Lyra (PSDB-PE) e Helder Barbalho (MDB-PA) também lideram a lista de eleitos por partido em seus respectivos Estados. Em porcentagem, o domínio da sigla dos governadores chega a 63% em regiões com menor número de municípios — caso de Alagoas e Acre. A influência local dos gestores estaduais no interior tende a ser maior ainda considerando prefeitos eleitos por partidos aliados.

“Prefeitos são cabos eleitorais”, diz o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Quem é governador tem a capacidade de trazer prefeitos para sua legenda. E, como as eleições (para governador e para prefeito) são separadas, o prefeito, via de regra, se devota inteiramente à de governador porque não precisa cuidar da sua naquele ano.”

Citado nos bastidores para compor alianças em 2026, o governador do Pará, Helder Barbalho, terá 83 emedebistas espalhados pelas gestões municipais do Estado, mais da metade do número de cidades. No 2º turno, ele se empenha para eleger na capital, Belém, seu primo Igor Normando (MDB), que avançou em primeiro com 44% dos votos, contra o bolsonarista Eder Mauro (PL), que teve 31%. “Festejo que a sociedade paraense tenha sido convencida pelas candidaturas apresentadas no arco de aliança da qual eu faço parte. Me cabe trabalhar em parceria, como tenho feito nos últimos seis anos, com todos os 144 municípios do Estado”, disse o governador ao Estadão.

O PT, apesar de estar no comando dos governos estaduais de Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra), Piauí (Rafael Fonteles), Bahia (Jerônimo Rodrigues) e Ceará (Elmano de Freitas), não conseguiu ser maioria na lista de eleitos em nenhum desses Estados. Apenas sete, ou 4,1%, dos 167 municípios potiguares serão comandados pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Piauí, a sigla passou de 23 para 50 prefeituras, mas foi superada por PSD (65) e MDB (57). O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro terá a maioria das prefeituras nos dois Estados que comanda: Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Veja o número e qual a porcentagem de prefeitos eleitos pela mesma sigla do governador, por Estado

*com asterisco, Estados onde o partido foi o mais vitorioso

Paraná* - Eleitos pelo PSD de Ratinho Júnior: 40,6% (162 prefeitos)

Goiás* - Eleitos pelo União Brasil de Ronaldo Caiado: 38,6% (95 prefeitos)

Santa Catarina* - Eleitos pelo PL de Jorginho Mello: 30,5% (90 prefeitos)

São Paulo - Eleitos pelo Republicanos de Tarcísio de Freitas: 13% (84 prefeitos)

Pará* - Eleitos pelo MDB de Helder Barbalho: 57,6% (83 prefeitos)

Paraíba* - Eleitos pelo PSB de João Azevêdo: 30,9% (69 prefeitos)

Alagoas* - Eleitos pelo MDB de Paulo Dantas: 63,7% (65 prefeitos)

Mato Grosso* - Eleitos pelo União Brasil de Mauro Mendes: 42,2% (60 prefeitos)

Tocantins* - Eleitos pelo Republicanos de Wanderlei Barbosa: 41% (57 prefeitos)

Piauí - Eleitos pelo PT de Rafael Fonteles: 22,3% (50 prefeitos)

Bahia - Eleitos pelo PT de Jerônimo Rodrigues: 11,7% (49 prefeitos)

Ceará - Eleitos pelo PT de Elmano de Freitas: 25% (46 prefeitos)

Mato Grosso do Sul* - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Riedel: 55,7% (44 prefeitos)

Rio Grande do Sul - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Leite: 6,6% (33 prefeitos)

Pernambuco* - Eleitos pelo PSDB de Raquel Lyra: 16,8% (31 prefeitos)

Sergipe* - Eleitos pelo PSD de Fábio Mitidieri: 34,6% (26 prefeitos)

Amazonas* - Eleitos pelo União Brasil de Wilson Lima: 38,7% (24 prefeitos)

Rio de Janeiro* - Eleitos pelo PL de Cláudio Castro: 23,9% (22 prefeitos)

Espírito Santo* - Eleitos pelo PSB de Renato Casagrande: 28,2% (22 prefeitos)

Maranhão - Eleitos pelo PSB de Carlos Brandão: 8,7% (19 prefeitos)

Rondônia* - Eleitos pelo União Brasil de Marcos Rocha: 30,7% (16 prefeitos)

Acre* - Eleitos pelo PP de Gladson Cameli: 63,6% (14 prefeitos)

Minas Gerais - Eleitos pelo Novo de Romeu Zema: 1% (9 prefeitos)

Rio Grande do Norte - Eleitos pelo PT de Fátima Bezerra: 4,1% (7 prefeitos)

Roraima* - Eleitos pelo PP de Antônio Denarium: 46,6% (7 prefeitos)

Amapá - Eleitos pelo Solidariedade de Clécio Luís: 0% (Nenhum)

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Os partidos dos governadores lideram a lista de siglas com mais vitórias em 17 Estados nas eleições 2024, com um domínio local que chega a 63% dos municípios. O alinhamento entre prefeitos e seus respectivos governadores é visto como uma via de mão dupla: para os gestores municipais, estar do lado do governo estadual é visto como garantia de acesso facilitado a dinheiro para investimentos; para os governadores, a relação se traduz em força política, com a atuação de cabos eleitorais espalhados pelos rincões do País.

Numericamente, quem mais influenciou a eleição de lideranças em seu Estado foi Ratinho Júnior, governador do Paraná. Por lá, seu PSD fez 162 das 399 prefeituras, mais de cem vitórias acima do PP, segunda sigla na lista das que mais elegeram prefeitos. O partido ainda disputará segundo turno nos dois maiores colégios eleitorais paranaenses: Curitiba (com Eduardo Pimentel) e Londrina (com Tiago Amaral). O desempenho será capital político para Ratinho e os planos de uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Foto: Rodrigo Félix Leal/Divulgação

“O resultado das urnas é reflexo de uma gestão municipalista”, afirmou Ratinho Júnior ao Estadão. “A sociedade paranaense nos ajudou a eleger mais de 160 prefeitos apenas do PSD, um crescimento em relação a 2020 (foram 128), chegando a (quase) 41% das cidades. Vamos continuar nesse ritmo com humildade.”

Também cotado para 2026, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), terá no ano que vem 22 correligionários à frente de prefeituras capixabas, 28,2% do total. O PSB, sigla de esquerda com mais vitórias municipais pelo País neste ano, foi o partido mais vitorioso no Espírito Santo. “O governo (estadual) tem influência, sim”, disse Casagrande. “Minha presença no governo tem uma influência no partido. Fazemos muita parceria com os municípios, e isso ajuda a criar um ambiente de simpatia e de liderança em relação ao PSB e entre partidos aliados. (Forma) uma base de sustentação política para nosso governo.”

As siglas de Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO), Raquel Lyra (PSDB-PE) e Helder Barbalho (MDB-PA) também lideram a lista de eleitos por partido em seus respectivos Estados. Em porcentagem, o domínio da sigla dos governadores chega a 63% em regiões com menor número de municípios — caso de Alagoas e Acre. A influência local dos gestores estaduais no interior tende a ser maior ainda considerando prefeitos eleitos por partidos aliados.

“Prefeitos são cabos eleitorais”, diz o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Quem é governador tem a capacidade de trazer prefeitos para sua legenda. E, como as eleições (para governador e para prefeito) são separadas, o prefeito, via de regra, se devota inteiramente à de governador porque não precisa cuidar da sua naquele ano.”

Citado nos bastidores para compor alianças em 2026, o governador do Pará, Helder Barbalho, terá 83 emedebistas espalhados pelas gestões municipais do Estado, mais da metade do número de cidades. No 2º turno, ele se empenha para eleger na capital, Belém, seu primo Igor Normando (MDB), que avançou em primeiro com 44% dos votos, contra o bolsonarista Eder Mauro (PL), que teve 31%. “Festejo que a sociedade paraense tenha sido convencida pelas candidaturas apresentadas no arco de aliança da qual eu faço parte. Me cabe trabalhar em parceria, como tenho feito nos últimos seis anos, com todos os 144 municípios do Estado”, disse o governador ao Estadão.

O PT, apesar de estar no comando dos governos estaduais de Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra), Piauí (Rafael Fonteles), Bahia (Jerônimo Rodrigues) e Ceará (Elmano de Freitas), não conseguiu ser maioria na lista de eleitos em nenhum desses Estados. Apenas sete, ou 4,1%, dos 167 municípios potiguares serão comandados pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Piauí, a sigla passou de 23 para 50 prefeituras, mas foi superada por PSD (65) e MDB (57). O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro terá a maioria das prefeituras nos dois Estados que comanda: Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Veja o número e qual a porcentagem de prefeitos eleitos pela mesma sigla do governador, por Estado

*com asterisco, Estados onde o partido foi o mais vitorioso

Paraná* - Eleitos pelo PSD de Ratinho Júnior: 40,6% (162 prefeitos)

Goiás* - Eleitos pelo União Brasil de Ronaldo Caiado: 38,6% (95 prefeitos)

Santa Catarina* - Eleitos pelo PL de Jorginho Mello: 30,5% (90 prefeitos)

São Paulo - Eleitos pelo Republicanos de Tarcísio de Freitas: 13% (84 prefeitos)

Pará* - Eleitos pelo MDB de Helder Barbalho: 57,6% (83 prefeitos)

Paraíba* - Eleitos pelo PSB de João Azevêdo: 30,9% (69 prefeitos)

Alagoas* - Eleitos pelo MDB de Paulo Dantas: 63,7% (65 prefeitos)

Mato Grosso* - Eleitos pelo União Brasil de Mauro Mendes: 42,2% (60 prefeitos)

Tocantins* - Eleitos pelo Republicanos de Wanderlei Barbosa: 41% (57 prefeitos)

Piauí - Eleitos pelo PT de Rafael Fonteles: 22,3% (50 prefeitos)

Bahia - Eleitos pelo PT de Jerônimo Rodrigues: 11,7% (49 prefeitos)

Ceará - Eleitos pelo PT de Elmano de Freitas: 25% (46 prefeitos)

Mato Grosso do Sul* - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Riedel: 55,7% (44 prefeitos)

Rio Grande do Sul - Eleitos pelo PSDB de Eduardo Leite: 6,6% (33 prefeitos)

Pernambuco* - Eleitos pelo PSDB de Raquel Lyra: 16,8% (31 prefeitos)

Sergipe* - Eleitos pelo PSD de Fábio Mitidieri: 34,6% (26 prefeitos)

Amazonas* - Eleitos pelo União Brasil de Wilson Lima: 38,7% (24 prefeitos)

Rio de Janeiro* - Eleitos pelo PL de Cláudio Castro: 23,9% (22 prefeitos)

Espírito Santo* - Eleitos pelo PSB de Renato Casagrande: 28,2% (22 prefeitos)

Maranhão - Eleitos pelo PSB de Carlos Brandão: 8,7% (19 prefeitos)

Rondônia* - Eleitos pelo União Brasil de Marcos Rocha: 30,7% (16 prefeitos)

Acre* - Eleitos pelo PP de Gladson Cameli: 63,6% (14 prefeitos)

Minas Gerais - Eleitos pelo Novo de Romeu Zema: 1% (9 prefeitos)

Rio Grande do Norte - Eleitos pelo PT de Fátima Bezerra: 4,1% (7 prefeitos)

Roraima* - Eleitos pelo PP de Antônio Denarium: 46,6% (7 prefeitos)

Amapá - Eleitos pelo Solidariedade de Clécio Luís: 0% (Nenhum)

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