BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o governo federal irá contratar serviços para impulsionar as redes sociais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o ministro, um edital deve ser publicado na semana que vem para dar ao governo uma condição de “ter uma política digital”.
De acordo com o ministro, em entrevista ao jornal O Globo, com o edital, o governo terá condições de adotar “uma política digital” a partir de contratos de publicidade e de produção de conteúdos. “Não existe na Secom um contrato de publicidade e de produção de conteúdo digital. Qualquer empresa, governo estadual ou prefeitura tem. O edital deve ser publicado na próxima semana e, pela primeira vez, o governo terá condição de ter uma política digital. Fundamentalmente com conteúdo institucional, de serviço”, afirmou Pimenta.
Segundo ele, a ideia do governo será utilizar de forma “racional e objetiva” as tecnologias disponíveis nas tecnologias digitais, que permitem atingir públicos específicos. “Hoje, nós não fazemos impulsionamento institucional, não temos uma política nesse sentido. Só existe uma política publicitária. Não tem na área digital”, disse.
O chefe da Secom também sugeriu que o X (antigo Twitter) teria se omitido após o ataque hacker sofrido pela primeira-dama, Janja da Silva, na última segunda-feira, 11. Segundo Pimenta, a plataforma teria responsabilidade pela invasão sofrida por Janja.
“Não é possível que com o suporte do governo, da Polícia Federal e com a sensibilidade do papel que ela desempenha, tenha levado uma hora e meia para que a plataforma pudesse agir. Essas redes não podem se omitir”, afirmou.
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Ministros terão que se esforçar mais após saída de Dino, diz Pimenta
O ministro afirmou também que o governo terá que se esforçar para substituir a saída do ministro da Justiça, Flávio Dino, da Esplanada. Indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF), Dino teve o seu nome aprovado pelo Senado na última quarta-feira, 13, e deve tomar posse no Supremo no dia 22 de fevereiro. “Essa ausência terá que ser respondida com um pouco mais de desempenho, de entrega de cada um de nós”, afirmou.
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A chegada de Dino ao STF, que ocupará a cadeira deixada pela ministra aposentada Rosa Weber, reduzirá o número de mulheres na Corte para apenas uma: a ministra Cármen Lúcia. Perguntado também sofre desfalques femininos em ministérios e na Caixa Econômica Federal, Pimenta defendeu Lula e disse que o presidente, mesmo trocando mulheres por homens nos ministérios e no comando do banco estatal, possui “compromisso” com as questões de gênero e raça.
“O presidente Lula tem muita sensibilidade e compromisso com as questões de gênero e raça. É algo que está sempre presente no horizonte dele, na tomada de decisões”, afirmou o ministro ao jornal O Globo.