Pesquisa mostra que 82% dos empresários defendem a democracia e se consideram parte das soluções


De acordo com levantamento da Fundação Tide Setubal e do Instituto Sivis, 81,5% dos entrevistados se enxergam como responsáveis pelas soluções do País

Por Natália Santos
Atualização:

Para 8 em cada 10 empresários brasileiros, a democracia, apesar de ter alguns problemas, é preferível do que qualquer outro sistema de governo. O levantamento é da Fundação Tide Setubal e do Instituto Sivis, que ouviram 417 empresários brasileiros entre os dias 20 de maio e 8 de julho.

Porcentualmente, 82% dos empresários afirmaram concordar totalmente com a defesa enfática da democracia; 10% disseram concordar em parte e outros 7,5% discordaram de forma total ou parcial. A defesa da democracia e de eleições livres e justas em outubro próximo, segundo 98% dos entrevistados, é importante para que seus negócios prosperem.

Democracia é defendida por 8 de cada 10 empresários de acordo com levantamento da Fundação Tide Setubal e o Instituto Sivis Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Segundo os pesquisadores, a intenção do levantamento foi analisar o empresariado brasileiro sobre questões relativas à capacidade e à realização plena da cidadania em relação a três aspectos: responsabilidade cidadã, autoeficácia externa e autoeficácia Interna. No primeiro quesito, o trabalho mostrou que 81,5% dos empresários se consideram responsáveis por trabalhar pela solução dos problemas sociais existentes no País, contra 16,8% que discordam da premissa.

A análise das respostas mostra que essa percepção é ainda maior quando se avalia o grupo que reúne os grandes empresários (94,7%) - o recorte é possível porque foi levado em consideração o tamanho do empreendimento representado (pequeno, médio e grande).

O cenário de divergência política é considerado “aceitável” ou “muito aceitável” para 83,7% dos empresários entrevistados pela pesquisa. Neste aspecto, 74,1% dos empresários disseram estar dispostos ou muito dispostos a mudar de opinião quando confrontados com argumentos convincentes em um debate com adversários políticos.

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Quando se dividem as respostas por gênero, os homens demostram mais conhecimento pela política - 89% dos empresários do sexo masculino sentem que entendem bem os assuntos políticos mais importantes do país, contra 68% das empresárias do sexo feminino - e também mais interesse - 68% deles se dizem muito interessados por política, contra 39% delas. Sobre direitos, 96% dos empresários afirmaram que eles devem ser os mesmos para homens e mulheres.

A amostragem utilizada seguiu a proporção de três variáveis-chave para caracterização das empresas: região do País (Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste + Norte), setor (serviço, comércio e indústria) e tamanho (pequena, média e grande).

Disputa eleitoral

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Durante a pré-campanha, o apoio do núcleo dos empresários têm buscado por todos os pré-candidatos, principalmente os dois mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista intensificou sua agenda de encontros com agentes econômicos em jantares enquanto o chefe do Executivo marcou presença em eventos públicos do setor.

Nas ultimas semanas, um variado grupo de empresários aderiu a uma carta que defende de forma enfática a democracia brasileira e o sistema eleitoral. Organizada na Faculdade de Direito da USP, reúne assinaturas de banqueiros, como Roberto Setubal e Cândido Bracher; empresários, como Pedro Passos (Natura) e Walter Schalka (Suzano); políticos e entidades da sociedade civil. O documento será lido presencialmente em ato marcado para quinta, 11, no Largo de São Francisco, na capital paulista.

Para 8 em cada 10 empresários brasileiros, a democracia, apesar de ter alguns problemas, é preferível do que qualquer outro sistema de governo. O levantamento é da Fundação Tide Setubal e do Instituto Sivis, que ouviram 417 empresários brasileiros entre os dias 20 de maio e 8 de julho.

Porcentualmente, 82% dos empresários afirmaram concordar totalmente com a defesa enfática da democracia; 10% disseram concordar em parte e outros 7,5% discordaram de forma total ou parcial. A defesa da democracia e de eleições livres e justas em outubro próximo, segundo 98% dos entrevistados, é importante para que seus negócios prosperem.

Democracia é defendida por 8 de cada 10 empresários de acordo com levantamento da Fundação Tide Setubal e o Instituto Sivis Foto: Dida Sampaio/Estadão

Segundo os pesquisadores, a intenção do levantamento foi analisar o empresariado brasileiro sobre questões relativas à capacidade e à realização plena da cidadania em relação a três aspectos: responsabilidade cidadã, autoeficácia externa e autoeficácia Interna. No primeiro quesito, o trabalho mostrou que 81,5% dos empresários se consideram responsáveis por trabalhar pela solução dos problemas sociais existentes no País, contra 16,8% que discordam da premissa.

A análise das respostas mostra que essa percepção é ainda maior quando se avalia o grupo que reúne os grandes empresários (94,7%) - o recorte é possível porque foi levado em consideração o tamanho do empreendimento representado (pequeno, médio e grande).

O cenário de divergência política é considerado “aceitável” ou “muito aceitável” para 83,7% dos empresários entrevistados pela pesquisa. Neste aspecto, 74,1% dos empresários disseram estar dispostos ou muito dispostos a mudar de opinião quando confrontados com argumentos convincentes em um debate com adversários políticos.

Quando se dividem as respostas por gênero, os homens demostram mais conhecimento pela política - 89% dos empresários do sexo masculino sentem que entendem bem os assuntos políticos mais importantes do país, contra 68% das empresárias do sexo feminino - e também mais interesse - 68% deles se dizem muito interessados por política, contra 39% delas. Sobre direitos, 96% dos empresários afirmaram que eles devem ser os mesmos para homens e mulheres.

A amostragem utilizada seguiu a proporção de três variáveis-chave para caracterização das empresas: região do País (Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste + Norte), setor (serviço, comércio e indústria) e tamanho (pequena, média e grande).

Disputa eleitoral

Durante a pré-campanha, o apoio do núcleo dos empresários têm buscado por todos os pré-candidatos, principalmente os dois mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista intensificou sua agenda de encontros com agentes econômicos em jantares enquanto o chefe do Executivo marcou presença em eventos públicos do setor.

Nas ultimas semanas, um variado grupo de empresários aderiu a uma carta que defende de forma enfática a democracia brasileira e o sistema eleitoral. Organizada na Faculdade de Direito da USP, reúne assinaturas de banqueiros, como Roberto Setubal e Cândido Bracher; empresários, como Pedro Passos (Natura) e Walter Schalka (Suzano); políticos e entidades da sociedade civil. O documento será lido presencialmente em ato marcado para quinta, 11, no Largo de São Francisco, na capital paulista.

Para 8 em cada 10 empresários brasileiros, a democracia, apesar de ter alguns problemas, é preferível do que qualquer outro sistema de governo. O levantamento é da Fundação Tide Setubal e do Instituto Sivis, que ouviram 417 empresários brasileiros entre os dias 20 de maio e 8 de julho.

Porcentualmente, 82% dos empresários afirmaram concordar totalmente com a defesa enfática da democracia; 10% disseram concordar em parte e outros 7,5% discordaram de forma total ou parcial. A defesa da democracia e de eleições livres e justas em outubro próximo, segundo 98% dos entrevistados, é importante para que seus negócios prosperem.

Democracia é defendida por 8 de cada 10 empresários de acordo com levantamento da Fundação Tide Setubal e o Instituto Sivis Foto: Dida Sampaio/Estadão

Segundo os pesquisadores, a intenção do levantamento foi analisar o empresariado brasileiro sobre questões relativas à capacidade e à realização plena da cidadania em relação a três aspectos: responsabilidade cidadã, autoeficácia externa e autoeficácia Interna. No primeiro quesito, o trabalho mostrou que 81,5% dos empresários se consideram responsáveis por trabalhar pela solução dos problemas sociais existentes no País, contra 16,8% que discordam da premissa.

A análise das respostas mostra que essa percepção é ainda maior quando se avalia o grupo que reúne os grandes empresários (94,7%) - o recorte é possível porque foi levado em consideração o tamanho do empreendimento representado (pequeno, médio e grande).

O cenário de divergência política é considerado “aceitável” ou “muito aceitável” para 83,7% dos empresários entrevistados pela pesquisa. Neste aspecto, 74,1% dos empresários disseram estar dispostos ou muito dispostos a mudar de opinião quando confrontados com argumentos convincentes em um debate com adversários políticos.

Quando se dividem as respostas por gênero, os homens demostram mais conhecimento pela política - 89% dos empresários do sexo masculino sentem que entendem bem os assuntos políticos mais importantes do país, contra 68% das empresárias do sexo feminino - e também mais interesse - 68% deles se dizem muito interessados por política, contra 39% delas. Sobre direitos, 96% dos empresários afirmaram que eles devem ser os mesmos para homens e mulheres.

A amostragem utilizada seguiu a proporção de três variáveis-chave para caracterização das empresas: região do País (Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste + Norte), setor (serviço, comércio e indústria) e tamanho (pequena, média e grande).

Disputa eleitoral

Durante a pré-campanha, o apoio do núcleo dos empresários têm buscado por todos os pré-candidatos, principalmente os dois mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista intensificou sua agenda de encontros com agentes econômicos em jantares enquanto o chefe do Executivo marcou presença em eventos públicos do setor.

Nas ultimas semanas, um variado grupo de empresários aderiu a uma carta que defende de forma enfática a democracia brasileira e o sistema eleitoral. Organizada na Faculdade de Direito da USP, reúne assinaturas de banqueiros, como Roberto Setubal e Cândido Bracher; empresários, como Pedro Passos (Natura) e Walter Schalka (Suzano); políticos e entidades da sociedade civil. O documento será lido presencialmente em ato marcado para quinta, 11, no Largo de São Francisco, na capital paulista.

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