Petistas rebeldes dizem que votar Medida Provisória seria trair trabalhador


Um membro da bancada votou contra; outros nove não apareceram, apesar de seis estarem presentes na Câmara

Por RICARDO BRITO E ITAAN ARRUDA

BRASÍLIA - Os deputados petistas que não apoiaram a medida provisória que integra o pacote fiscal disseram ontem que votar pela restrição de acesso ao seguro-desemprego seria votar contra o trabalhador. Weliton Prado (MG), único a dar seu voto contrário à MP 665 - outros nove petistas se ausentaram -, foi chamado de "oportunista" pelos colegas, mas respondeu. "Fui coerente com minha trajetória e com o compromisso com os trabalhadores", disse Prado ontem, quando tornou a votar em desacordo com o PT nos destaques da MP. Para o parlamentar, o ajuste fiscal proposto pelo governo não deveria se restringir aos trabalhadores. "Não é certo fazer ajuste só com o trabalhador. Por que não fazer com os bancos?" Entre os nove que não apareceram para votar, três não estavam, de fato, na Câmara anteontem: Assis Couto (PR), Professora Marcivania (AP) e Ságuas Moraes (MT). Outros seis deputados do partido chegaram a marcar presença, mas não votaram: Erika Kokay (DF), Luizianne Lins (CE), Marcon (RS), Padre João (MG), Pedro Uczai (SC) e Zé Geraldo (PA). Luizianne Lins afirmou, via nota oficial, ter se retirado do plenário por não concordar com o mérito da matéria. "Foi uma decisão política", disse. Marcon declarou, também por nota, ter se ausentado por entender que as novas regras prejudicam os trabalhadores. "Não votei contra em respeito ao governo e à bancada do Partido dos Trabalhadores." Padre João também falou por escrito: "Votar contrário era votar contra a minha bancada e contra o próprio governo". No Acre. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem o ajuste fiscal do governo em evento no Acre. "Quando se fala em ajuste fiscal, todos se assustam, mas é uma coisa que até a dona de casa faz."

 

IMPACTOS DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS_________________MP 665 passou na Câmara e vai ao Senado; MP 664 não foi votada

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R$ 18 bilhões - era a economia prevista pelo governo, por ano, com a Medida Provisória 665, que dispõe sobre benefícios trabalhistas, e com a Medida Provisória 664, que altera benefícios previdenciários

R$ 16 bilhões - era o valor que o governo previa poupar, antes das alterações do Congresso, com as mudanças no seguro-desemprego (R$ 9 bi) e no abono salarial (R$ 7 bi), itens que integram a MP 665

R$ 14,5 bilhões - é o valor que será economizado, por ano, com as MPs após as alterações feitas pelo Congresso. Com as mudanças na MP 665, governo deixa de economizar R$ 2,5 bi; com as alterações na MP 664, valor chega a R$ 1 bilhão

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R$ 2 bilhões - era quanto o governo pretendia economizar, antes das alterações do Congresso, com as mudanças no pagamento de pensão por morte e auxílio-doença (MP 664) e do seguro-defeso (MP 665), recebido por pescadores

BRASÍLIA - Os deputados petistas que não apoiaram a medida provisória que integra o pacote fiscal disseram ontem que votar pela restrição de acesso ao seguro-desemprego seria votar contra o trabalhador. Weliton Prado (MG), único a dar seu voto contrário à MP 665 - outros nove petistas se ausentaram -, foi chamado de "oportunista" pelos colegas, mas respondeu. "Fui coerente com minha trajetória e com o compromisso com os trabalhadores", disse Prado ontem, quando tornou a votar em desacordo com o PT nos destaques da MP. Para o parlamentar, o ajuste fiscal proposto pelo governo não deveria se restringir aos trabalhadores. "Não é certo fazer ajuste só com o trabalhador. Por que não fazer com os bancos?" Entre os nove que não apareceram para votar, três não estavam, de fato, na Câmara anteontem: Assis Couto (PR), Professora Marcivania (AP) e Ságuas Moraes (MT). Outros seis deputados do partido chegaram a marcar presença, mas não votaram: Erika Kokay (DF), Luizianne Lins (CE), Marcon (RS), Padre João (MG), Pedro Uczai (SC) e Zé Geraldo (PA). Luizianne Lins afirmou, via nota oficial, ter se retirado do plenário por não concordar com o mérito da matéria. "Foi uma decisão política", disse. Marcon declarou, também por nota, ter se ausentado por entender que as novas regras prejudicam os trabalhadores. "Não votei contra em respeito ao governo e à bancada do Partido dos Trabalhadores." Padre João também falou por escrito: "Votar contrário era votar contra a minha bancada e contra o próprio governo". No Acre. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem o ajuste fiscal do governo em evento no Acre. "Quando se fala em ajuste fiscal, todos se assustam, mas é uma coisa que até a dona de casa faz."

 

IMPACTOS DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS_________________MP 665 passou na Câmara e vai ao Senado; MP 664 não foi votada

R$ 18 bilhões - era a economia prevista pelo governo, por ano, com a Medida Provisória 665, que dispõe sobre benefícios trabalhistas, e com a Medida Provisória 664, que altera benefícios previdenciários

R$ 16 bilhões - era o valor que o governo previa poupar, antes das alterações do Congresso, com as mudanças no seguro-desemprego (R$ 9 bi) e no abono salarial (R$ 7 bi), itens que integram a MP 665

R$ 14,5 bilhões - é o valor que será economizado, por ano, com as MPs após as alterações feitas pelo Congresso. Com as mudanças na MP 665, governo deixa de economizar R$ 2,5 bi; com as alterações na MP 664, valor chega a R$ 1 bilhão

R$ 2 bilhões - era quanto o governo pretendia economizar, antes das alterações do Congresso, com as mudanças no pagamento de pensão por morte e auxílio-doença (MP 664) e do seguro-defeso (MP 665), recebido por pescadores

BRASÍLIA - Os deputados petistas que não apoiaram a medida provisória que integra o pacote fiscal disseram ontem que votar pela restrição de acesso ao seguro-desemprego seria votar contra o trabalhador. Weliton Prado (MG), único a dar seu voto contrário à MP 665 - outros nove petistas se ausentaram -, foi chamado de "oportunista" pelos colegas, mas respondeu. "Fui coerente com minha trajetória e com o compromisso com os trabalhadores", disse Prado ontem, quando tornou a votar em desacordo com o PT nos destaques da MP. Para o parlamentar, o ajuste fiscal proposto pelo governo não deveria se restringir aos trabalhadores. "Não é certo fazer ajuste só com o trabalhador. Por que não fazer com os bancos?" Entre os nove que não apareceram para votar, três não estavam, de fato, na Câmara anteontem: Assis Couto (PR), Professora Marcivania (AP) e Ságuas Moraes (MT). Outros seis deputados do partido chegaram a marcar presença, mas não votaram: Erika Kokay (DF), Luizianne Lins (CE), Marcon (RS), Padre João (MG), Pedro Uczai (SC) e Zé Geraldo (PA). Luizianne Lins afirmou, via nota oficial, ter se retirado do plenário por não concordar com o mérito da matéria. "Foi uma decisão política", disse. Marcon declarou, também por nota, ter se ausentado por entender que as novas regras prejudicam os trabalhadores. "Não votei contra em respeito ao governo e à bancada do Partido dos Trabalhadores." Padre João também falou por escrito: "Votar contrário era votar contra a minha bancada e contra o próprio governo". No Acre. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem o ajuste fiscal do governo em evento no Acre. "Quando se fala em ajuste fiscal, todos se assustam, mas é uma coisa que até a dona de casa faz."

 

IMPACTOS DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS_________________MP 665 passou na Câmara e vai ao Senado; MP 664 não foi votada

R$ 18 bilhões - era a economia prevista pelo governo, por ano, com a Medida Provisória 665, que dispõe sobre benefícios trabalhistas, e com a Medida Provisória 664, que altera benefícios previdenciários

R$ 16 bilhões - era o valor que o governo previa poupar, antes das alterações do Congresso, com as mudanças no seguro-desemprego (R$ 9 bi) e no abono salarial (R$ 7 bi), itens que integram a MP 665

R$ 14,5 bilhões - é o valor que será economizado, por ano, com as MPs após as alterações feitas pelo Congresso. Com as mudanças na MP 665, governo deixa de economizar R$ 2,5 bi; com as alterações na MP 664, valor chega a R$ 1 bilhão

R$ 2 bilhões - era quanto o governo pretendia economizar, antes das alterações do Congresso, com as mudanças no pagamento de pensão por morte e auxílio-doença (MP 664) e do seguro-defeso (MP 665), recebido por pescadores

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