Petistas revelam desconforto e buscam discurso de defesa sobre Pasadena


Integrantes da sigla reunidos no encontro do Diretório Nacional do PT, em Brasília, tem evitado dar declarações sobre o caso

Por Erich Decat e Ricardo Della Coletta

Brasília - Pegos de surpresa com o posicionamento da presidente Dilma Rousseff (PT) no caso da compra da refinaria de Pasadena, integrantes da cúpula do PT ainda buscam um discurso de defesa da petista e do governo. Apesar da tentativa de alinhamento, alguns petistas não escondem o desconforto com a situação e em privado chegam até a considerar que a presidente atuou de forma "inábil" e que o tema deveria se restringir à Petrobrás.

O Estado revelou na última quarta-feira que a presidente Dilma justificou em nota oficial que só aprovou a compra de 50% da refinaria americana porque recebeu "informações incompletas" e uma "documentação falha". Se tivesse todos os dados, disse a petista na nota, "seguramente" a compra da refinaria não seria aprovada.

A polêmica foi alvo de discussão na reunião do Diretório Nacional do PT realizada na quinta-feira, 20, em Brasília. Uma nota sobre o encontro está prevista para ser divulgada ainda nesta sexta. Segundo o Broadcast apurou, apesar de ter sido alvo de análise dos dirigentes do partido, na primeira versão do documento não constava nenhuma menção sobre o tema. O texto final, no entanto, deve ser redigido pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão. A tendência é que seja feita apenas uma defesa da Petrobrás e que Dilma não seja citada.

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"O partido não vai fazer o jogo do PSDB, que quer colocar a presidente Dilma no centro do palco. O PT não vai entrar nesse jogo. O povo brasileiro quer discutir política no sentido mais amplo da palavra. Eles insistem no mesmo erro de 2006 e 2010, que é acreditar que essa via denuncista faz o partido (PSDB) crescer", afirmou o ex-presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP).

O petista também comentou sobre o silêncio da cúpula do partido no caso específico de Pasadena. "O partido não tem obrigação de produzir imediatamente nenhum tipo de avaliação sobre isso. Eu, da minha parte, pessoalmente, só gosto de emitir opinião depois que tomo conhecimento dos detalhes".

Em privado, outro integrante da cúpula do PT revela, porém, o descompasso gerado internamente com a falta de um posicionamento de Dilma. "Agora há pouco recebi duas mensagens perguntando o que era para falar sobre isso. Disse que não sabia. Tem que ver a linha do Planalto. Ela (Dilma) falou e ficou quieta. Tá todo mundo esperando ela", criticou o petista.

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Após o encontro de quinta do Diretório Nacional, Rui Falcão também evitou dar qualquer declaração sobre o episódio. Embora a estratégia seja a de evitar trazer Dilma para o centro do debate, alguns petistas não escondem o mal-estar gerado.

"Não estou dizendo que é uma situação agradável. Não é. Mas é uma disputa política e dentro disso vamos tratar a situação como tal. Não podemos sair dessa realidade. Se houve uma inabilidade, o governo tem que saber se posicionar", afirmou o deputado federal José Mentor (SP), que participou de parte do encontro do Diretório Nacional.

A falta de uma iniciativa por parte do Planalto para estancar a crise também vem tirando o sono de alguns setores do partido. "Estamos preocupados com esse conjunto da obra, esse comportamento dela e do Palácio. Inabilidade total", disse outro petista que não quis se identificar.

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Brasília - Pegos de surpresa com o posicionamento da presidente Dilma Rousseff (PT) no caso da compra da refinaria de Pasadena, integrantes da cúpula do PT ainda buscam um discurso de defesa da petista e do governo. Apesar da tentativa de alinhamento, alguns petistas não escondem o desconforto com a situação e em privado chegam até a considerar que a presidente atuou de forma "inábil" e que o tema deveria se restringir à Petrobrás.

O Estado revelou na última quarta-feira que a presidente Dilma justificou em nota oficial que só aprovou a compra de 50% da refinaria americana porque recebeu "informações incompletas" e uma "documentação falha". Se tivesse todos os dados, disse a petista na nota, "seguramente" a compra da refinaria não seria aprovada.

A polêmica foi alvo de discussão na reunião do Diretório Nacional do PT realizada na quinta-feira, 20, em Brasília. Uma nota sobre o encontro está prevista para ser divulgada ainda nesta sexta. Segundo o Broadcast apurou, apesar de ter sido alvo de análise dos dirigentes do partido, na primeira versão do documento não constava nenhuma menção sobre o tema. O texto final, no entanto, deve ser redigido pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão. A tendência é que seja feita apenas uma defesa da Petrobrás e que Dilma não seja citada.

"O partido não vai fazer o jogo do PSDB, que quer colocar a presidente Dilma no centro do palco. O PT não vai entrar nesse jogo. O povo brasileiro quer discutir política no sentido mais amplo da palavra. Eles insistem no mesmo erro de 2006 e 2010, que é acreditar que essa via denuncista faz o partido (PSDB) crescer", afirmou o ex-presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP).

O petista também comentou sobre o silêncio da cúpula do partido no caso específico de Pasadena. "O partido não tem obrigação de produzir imediatamente nenhum tipo de avaliação sobre isso. Eu, da minha parte, pessoalmente, só gosto de emitir opinião depois que tomo conhecimento dos detalhes".

Em privado, outro integrante da cúpula do PT revela, porém, o descompasso gerado internamente com a falta de um posicionamento de Dilma. "Agora há pouco recebi duas mensagens perguntando o que era para falar sobre isso. Disse que não sabia. Tem que ver a linha do Planalto. Ela (Dilma) falou e ficou quieta. Tá todo mundo esperando ela", criticou o petista.

Após o encontro de quinta do Diretório Nacional, Rui Falcão também evitou dar qualquer declaração sobre o episódio. Embora a estratégia seja a de evitar trazer Dilma para o centro do debate, alguns petistas não escondem o mal-estar gerado.

"Não estou dizendo que é uma situação agradável. Não é. Mas é uma disputa política e dentro disso vamos tratar a situação como tal. Não podemos sair dessa realidade. Se houve uma inabilidade, o governo tem que saber se posicionar", afirmou o deputado federal José Mentor (SP), que participou de parte do encontro do Diretório Nacional.

A falta de uma iniciativa por parte do Planalto para estancar a crise também vem tirando o sono de alguns setores do partido. "Estamos preocupados com esse conjunto da obra, esse comportamento dela e do Palácio. Inabilidade total", disse outro petista que não quis se identificar.

Brasília - Pegos de surpresa com o posicionamento da presidente Dilma Rousseff (PT) no caso da compra da refinaria de Pasadena, integrantes da cúpula do PT ainda buscam um discurso de defesa da petista e do governo. Apesar da tentativa de alinhamento, alguns petistas não escondem o desconforto com a situação e em privado chegam até a considerar que a presidente atuou de forma "inábil" e que o tema deveria se restringir à Petrobrás.

O Estado revelou na última quarta-feira que a presidente Dilma justificou em nota oficial que só aprovou a compra de 50% da refinaria americana porque recebeu "informações incompletas" e uma "documentação falha". Se tivesse todos os dados, disse a petista na nota, "seguramente" a compra da refinaria não seria aprovada.

A polêmica foi alvo de discussão na reunião do Diretório Nacional do PT realizada na quinta-feira, 20, em Brasília. Uma nota sobre o encontro está prevista para ser divulgada ainda nesta sexta. Segundo o Broadcast apurou, apesar de ter sido alvo de análise dos dirigentes do partido, na primeira versão do documento não constava nenhuma menção sobre o tema. O texto final, no entanto, deve ser redigido pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão. A tendência é que seja feita apenas uma defesa da Petrobrás e que Dilma não seja citada.

"O partido não vai fazer o jogo do PSDB, que quer colocar a presidente Dilma no centro do palco. O PT não vai entrar nesse jogo. O povo brasileiro quer discutir política no sentido mais amplo da palavra. Eles insistem no mesmo erro de 2006 e 2010, que é acreditar que essa via denuncista faz o partido (PSDB) crescer", afirmou o ex-presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP).

O petista também comentou sobre o silêncio da cúpula do partido no caso específico de Pasadena. "O partido não tem obrigação de produzir imediatamente nenhum tipo de avaliação sobre isso. Eu, da minha parte, pessoalmente, só gosto de emitir opinião depois que tomo conhecimento dos detalhes".

Em privado, outro integrante da cúpula do PT revela, porém, o descompasso gerado internamente com a falta de um posicionamento de Dilma. "Agora há pouco recebi duas mensagens perguntando o que era para falar sobre isso. Disse que não sabia. Tem que ver a linha do Planalto. Ela (Dilma) falou e ficou quieta. Tá todo mundo esperando ela", criticou o petista.

Após o encontro de quinta do Diretório Nacional, Rui Falcão também evitou dar qualquer declaração sobre o episódio. Embora a estratégia seja a de evitar trazer Dilma para o centro do debate, alguns petistas não escondem o mal-estar gerado.

"Não estou dizendo que é uma situação agradável. Não é. Mas é uma disputa política e dentro disso vamos tratar a situação como tal. Não podemos sair dessa realidade. Se houve uma inabilidade, o governo tem que saber se posicionar", afirmou o deputado federal José Mentor (SP), que participou de parte do encontro do Diretório Nacional.

A falta de uma iniciativa por parte do Planalto para estancar a crise também vem tirando o sono de alguns setores do partido. "Estamos preocupados com esse conjunto da obra, esse comportamento dela e do Palácio. Inabilidade total", disse outro petista que não quis se identificar.

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