Petistas veem prejuízo para Lula no embate com Bolsonaro sobre urnas eletrônicas


Para aliados do ex-presidente, resposta deve vir do Judiciário; campanha, porém, busca canal com militares para defender sistema eleitoral

Por Beatriz Bulla e Luiz Vassallo
Atualização:

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que o pré-candidato petista não deve entrar no debate público provocado pelas investidas do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral. Aliados próximos de Lula acreditam que Bolsonaro ganha espaço quando o petista repercute suas polêmicas e a resposta institucional deve vir e tem vindo do Judiciário.

Com a preocupação de não se deixar capturar pelas pautas impostas pelo adversário, a orientação entre dirigentes da campanha de Lula é não inflar a ideia de que há uma tentativa de golpe em curso. A avaliação é de que o presidente se alimenta politicamente de confusões e joga com o medo.

Mas, se em público a tática é ignorar o tema o quanto possível, nos bastidores os aliados do petista se concentram em manter canais abertos com militares e construir uma coalizão de vozes que aceitem defender publicamente o sistema eleitoral. A conversa, no entanto, tem acontecido de forma orgânica, não organizada pelo comando da campanha.

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O ex-presidente Lula em evento de pré-campanha em Belo Horizonte (MG), nesta segunda-feira, 9. Foto: Washington Alves/Reuters

“O maior desafio da campanha não é ter maioria de votos, é construir um ambiente que legitime essa maioria”, disse o ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), no lançamento da pré-candidatura de Lula e Geraldo Alckmin (PSB).

Conforme relatos, o ex-governador tem participado de articulações para atrair políticos de fora do arco de apoio a Lula em defesa do atual processo eleitoral. Os aliados do petista costuram um movimento que reúna também ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral. Além de Dino, os ex-ministros da Defesa Nelson Jobim e Aldo Rebelo têm participado de conversas sobre o tema. Jobim é um dos emissários de Lula nas conversas com militares sobre garantias à eleição, como revelou a colunista do Estadão Vera Rosa.

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Economia

A forma de tratar os ataques de Bolsonaro às urnas foi tema de conversas em jantar que reuniu parlamentares em homenagem ao deputado Márcio Macêdo (PT-SE), em Brasília, na última terça-feira.

Responsável pela comunicação da campanha de Lula, o deputado Rui Falcão chegou ao jantar após os debates, mas é um dos que têm defendido que a sigla se concentre na pauta econômica. “Temos um foco: acompanhar as demandas para reconstruir o País. É isso que está mobilizando as pessoas e essa é nossa pauta. Temos que nos concentrar nisso.”

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Apesar disso, parlamentares da linha de frente da campanha de Lula – o deputado Paulo Teixeira (PT) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede) – pretendem visitar o TSE na próxima semana para dar uma declaração de confiança no processo eleitoral brasileiro.

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que o pré-candidato petista não deve entrar no debate público provocado pelas investidas do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral. Aliados próximos de Lula acreditam que Bolsonaro ganha espaço quando o petista repercute suas polêmicas e a resposta institucional deve vir e tem vindo do Judiciário.

Com a preocupação de não se deixar capturar pelas pautas impostas pelo adversário, a orientação entre dirigentes da campanha de Lula é não inflar a ideia de que há uma tentativa de golpe em curso. A avaliação é de que o presidente se alimenta politicamente de confusões e joga com o medo.

Mas, se em público a tática é ignorar o tema o quanto possível, nos bastidores os aliados do petista se concentram em manter canais abertos com militares e construir uma coalizão de vozes que aceitem defender publicamente o sistema eleitoral. A conversa, no entanto, tem acontecido de forma orgânica, não organizada pelo comando da campanha.

O ex-presidente Lula em evento de pré-campanha em Belo Horizonte (MG), nesta segunda-feira, 9. Foto: Washington Alves/Reuters

“O maior desafio da campanha não é ter maioria de votos, é construir um ambiente que legitime essa maioria”, disse o ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), no lançamento da pré-candidatura de Lula e Geraldo Alckmin (PSB).

Conforme relatos, o ex-governador tem participado de articulações para atrair políticos de fora do arco de apoio a Lula em defesa do atual processo eleitoral. Os aliados do petista costuram um movimento que reúna também ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral. Além de Dino, os ex-ministros da Defesa Nelson Jobim e Aldo Rebelo têm participado de conversas sobre o tema. Jobim é um dos emissários de Lula nas conversas com militares sobre garantias à eleição, como revelou a colunista do Estadão Vera Rosa.

Economia

A forma de tratar os ataques de Bolsonaro às urnas foi tema de conversas em jantar que reuniu parlamentares em homenagem ao deputado Márcio Macêdo (PT-SE), em Brasília, na última terça-feira.

Responsável pela comunicação da campanha de Lula, o deputado Rui Falcão chegou ao jantar após os debates, mas é um dos que têm defendido que a sigla se concentre na pauta econômica. “Temos um foco: acompanhar as demandas para reconstruir o País. É isso que está mobilizando as pessoas e essa é nossa pauta. Temos que nos concentrar nisso.”

Apesar disso, parlamentares da linha de frente da campanha de Lula – o deputado Paulo Teixeira (PT) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede) – pretendem visitar o TSE na próxima semana para dar uma declaração de confiança no processo eleitoral brasileiro.

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que o pré-candidato petista não deve entrar no debate público provocado pelas investidas do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o sistema eleitoral. Aliados próximos de Lula acreditam que Bolsonaro ganha espaço quando o petista repercute suas polêmicas e a resposta institucional deve vir e tem vindo do Judiciário.

Com a preocupação de não se deixar capturar pelas pautas impostas pelo adversário, a orientação entre dirigentes da campanha de Lula é não inflar a ideia de que há uma tentativa de golpe em curso. A avaliação é de que o presidente se alimenta politicamente de confusões e joga com o medo.

Mas, se em público a tática é ignorar o tema o quanto possível, nos bastidores os aliados do petista se concentram em manter canais abertos com militares e construir uma coalizão de vozes que aceitem defender publicamente o sistema eleitoral. A conversa, no entanto, tem acontecido de forma orgânica, não organizada pelo comando da campanha.

O ex-presidente Lula em evento de pré-campanha em Belo Horizonte (MG), nesta segunda-feira, 9. Foto: Washington Alves/Reuters

“O maior desafio da campanha não é ter maioria de votos, é construir um ambiente que legitime essa maioria”, disse o ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), no lançamento da pré-candidatura de Lula e Geraldo Alckmin (PSB).

Conforme relatos, o ex-governador tem participado de articulações para atrair políticos de fora do arco de apoio a Lula em defesa do atual processo eleitoral. Os aliados do petista costuram um movimento que reúna também ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral. Além de Dino, os ex-ministros da Defesa Nelson Jobim e Aldo Rebelo têm participado de conversas sobre o tema. Jobim é um dos emissários de Lula nas conversas com militares sobre garantias à eleição, como revelou a colunista do Estadão Vera Rosa.

Economia

A forma de tratar os ataques de Bolsonaro às urnas foi tema de conversas em jantar que reuniu parlamentares em homenagem ao deputado Márcio Macêdo (PT-SE), em Brasília, na última terça-feira.

Responsável pela comunicação da campanha de Lula, o deputado Rui Falcão chegou ao jantar após os debates, mas é um dos que têm defendido que a sigla se concentre na pauta econômica. “Temos um foco: acompanhar as demandas para reconstruir o País. É isso que está mobilizando as pessoas e essa é nossa pauta. Temos que nos concentrar nisso.”

Apesar disso, parlamentares da linha de frente da campanha de Lula – o deputado Paulo Teixeira (PT) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede) – pretendem visitar o TSE na próxima semana para dar uma declaração de confiança no processo eleitoral brasileiro.

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