PF ameaça anular acordo de delação se Mauro Cid não contar o que sabe sobre tentativa de golpe


Investigação apura tentativa de golpe de Estado durante do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro; oficial do Exército foi convocado para novo depoimento na próxima terça-feira

Por Eliane Cantanhêde

BRASÍLIA – A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, da ativa do Exército, está sob risco e pode ser anulada pela Polícia Federal. A PF intimou o oficial para um novo depoimento para explicar falhas e omissões no que ele contou sobre a articulação de um golpe de Estado durante o governo Jair Bolsonaro.

Esse novo depoimento, que poderá ser decisivo para manter ou não os benefícios da delação premiada — principalmente a redução da pena em caso de condenação —, foi marcado para a próxima terça-feira, a partir das 14h.

Mauro Cid no Senado, durante depoimento na CPMI do 08 de Janeiro Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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Se a PF decidir pela anulação, Cid perde os benefícios negociados, mas o conteúdo da delação continua valendo como parte do inquérito, que será concluído e enviado para o relator do Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, na próxima semana,

Como antecipou o Estadão, as novas informações sobre a tentativa de golpe foram descobertas pela PF graças a um equipamento de última geração, chamado de Celebritti e comprado de Israel, capaz de recuperar mensagens apagadas em celulares e em HDs de computadores de Mauro Cid, apreendidos durante as investigações policiais.

O Celebritti israelense está sendo usado também para rastrear o celular do chaveiro Francisco Wanderley Luiz, morto por uma bomba caseira feita por ele mesmo para atacar a estátua da Justiça na entrada principal do STF, em Brasília.

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Por meio desse equipamento, a PF teve acesso a novas conversas e provas sobre o golpe planejado contra o resultado das eleições e a posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva, caso vencesse - como venceu - o pleito de 2022.

Com base nessas novas informações, que, inclusive atrasaram a conclusão do inquérito, a PF deu um recado claro a Mauro Cid e a seu advogado, César Bittencourt, que ele “ele precisa falar tudo o que sabe, não apenas confirmar o que nós (da PF) já sabemos”, segundo um delegado que acompanha diretamente o caso.

Mauro Cid, que continua na ativa, mas com chances praticamente nulas de promoção e de chegar ao generalato, era ajudante de ordens e “faz tudo” de Bolsonaro e se tornou peça-chave de todas as investigações contra o ex-presidente, inclusive sobre a articulação de golpe, a venda no exterior de joias e diamantes dados ao Brasil pela Arábia Saudita e produção de atestados falsos de vacinas de COVID para a família do próprio Cid e a filha caçula de Bolsonaro, Laura.

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Se a PF anular a delação premiada, Cid, cujo pai é general de quatro estrelas da reserva do Exército, estará sujeito a uma pesada condenação pelo STF, além dos inquéritos internos no próprio Exército.

BRASÍLIA – A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, da ativa do Exército, está sob risco e pode ser anulada pela Polícia Federal. A PF intimou o oficial para um novo depoimento para explicar falhas e omissões no que ele contou sobre a articulação de um golpe de Estado durante o governo Jair Bolsonaro.

Esse novo depoimento, que poderá ser decisivo para manter ou não os benefícios da delação premiada — principalmente a redução da pena em caso de condenação —, foi marcado para a próxima terça-feira, a partir das 14h.

Mauro Cid no Senado, durante depoimento na CPMI do 08 de Janeiro Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Se a PF decidir pela anulação, Cid perde os benefícios negociados, mas o conteúdo da delação continua valendo como parte do inquérito, que será concluído e enviado para o relator do Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, na próxima semana,

Como antecipou o Estadão, as novas informações sobre a tentativa de golpe foram descobertas pela PF graças a um equipamento de última geração, chamado de Celebritti e comprado de Israel, capaz de recuperar mensagens apagadas em celulares e em HDs de computadores de Mauro Cid, apreendidos durante as investigações policiais.

O Celebritti israelense está sendo usado também para rastrear o celular do chaveiro Francisco Wanderley Luiz, morto por uma bomba caseira feita por ele mesmo para atacar a estátua da Justiça na entrada principal do STF, em Brasília.

Por meio desse equipamento, a PF teve acesso a novas conversas e provas sobre o golpe planejado contra o resultado das eleições e a posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva, caso vencesse - como venceu - o pleito de 2022.

Com base nessas novas informações, que, inclusive atrasaram a conclusão do inquérito, a PF deu um recado claro a Mauro Cid e a seu advogado, César Bittencourt, que ele “ele precisa falar tudo o que sabe, não apenas confirmar o que nós (da PF) já sabemos”, segundo um delegado que acompanha diretamente o caso.

Mauro Cid, que continua na ativa, mas com chances praticamente nulas de promoção e de chegar ao generalato, era ajudante de ordens e “faz tudo” de Bolsonaro e se tornou peça-chave de todas as investigações contra o ex-presidente, inclusive sobre a articulação de golpe, a venda no exterior de joias e diamantes dados ao Brasil pela Arábia Saudita e produção de atestados falsos de vacinas de COVID para a família do próprio Cid e a filha caçula de Bolsonaro, Laura.

Se a PF anular a delação premiada, Cid, cujo pai é general de quatro estrelas da reserva do Exército, estará sujeito a uma pesada condenação pelo STF, além dos inquéritos internos no próprio Exército.

BRASÍLIA – A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, da ativa do Exército, está sob risco e pode ser anulada pela Polícia Federal. A PF intimou o oficial para um novo depoimento para explicar falhas e omissões no que ele contou sobre a articulação de um golpe de Estado durante o governo Jair Bolsonaro.

Esse novo depoimento, que poderá ser decisivo para manter ou não os benefícios da delação premiada — principalmente a redução da pena em caso de condenação —, foi marcado para a próxima terça-feira, a partir das 14h.

Mauro Cid no Senado, durante depoimento na CPMI do 08 de Janeiro Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Se a PF decidir pela anulação, Cid perde os benefícios negociados, mas o conteúdo da delação continua valendo como parte do inquérito, que será concluído e enviado para o relator do Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, na próxima semana,

Como antecipou o Estadão, as novas informações sobre a tentativa de golpe foram descobertas pela PF graças a um equipamento de última geração, chamado de Celebritti e comprado de Israel, capaz de recuperar mensagens apagadas em celulares e em HDs de computadores de Mauro Cid, apreendidos durante as investigações policiais.

O Celebritti israelense está sendo usado também para rastrear o celular do chaveiro Francisco Wanderley Luiz, morto por uma bomba caseira feita por ele mesmo para atacar a estátua da Justiça na entrada principal do STF, em Brasília.

Por meio desse equipamento, a PF teve acesso a novas conversas e provas sobre o golpe planejado contra o resultado das eleições e a posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva, caso vencesse - como venceu - o pleito de 2022.

Com base nessas novas informações, que, inclusive atrasaram a conclusão do inquérito, a PF deu um recado claro a Mauro Cid e a seu advogado, César Bittencourt, que ele “ele precisa falar tudo o que sabe, não apenas confirmar o que nós (da PF) já sabemos”, segundo um delegado que acompanha diretamente o caso.

Mauro Cid, que continua na ativa, mas com chances praticamente nulas de promoção e de chegar ao generalato, era ajudante de ordens e “faz tudo” de Bolsonaro e se tornou peça-chave de todas as investigações contra o ex-presidente, inclusive sobre a articulação de golpe, a venda no exterior de joias e diamantes dados ao Brasil pela Arábia Saudita e produção de atestados falsos de vacinas de COVID para a família do próprio Cid e a filha caçula de Bolsonaro, Laura.

Se a PF anular a delação premiada, Cid, cujo pai é general de quatro estrelas da reserva do Exército, estará sujeito a uma pesada condenação pelo STF, além dos inquéritos internos no próprio Exército.

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