PF faz busca nas casas de Collor e de outros parlamentares; Senado reage


Com autorização do STF, operação abre fase da investigação que tem como alvo políticos com foro privilegiado; agentes apreenderam carros, dinheiro e documentos em imóveis do ex-presidente, de outros 2 senadores e de 1 deputado

Por Talita Fernandes, Beatriz Bulla, Fabio Fabrini, Daniel de Carvalho, Fausto Macedo e Dida Sampaio

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 14, a Operação Politeia, a primeira fase da Lava Jato nas investigações que correm perante o Supremo Tribunal Federal e que, portanto, atingem suspeitos com foro privilegiado. Foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em Brasília e em seis Estados. A ação ampliou o clima de turbulência política na capital federal e gerou reações no Congresso.

Entre os principais alvos estão três senadores – Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Collor (PTB-AL) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)–, além do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE); do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte; e do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC). Por terem foro privilegiado, eles não podem ser investigados na Justiça Federal em Curitiba, base da Lava Jato.

Segundo a PF, foram apreendidos documentos, joias, artigos de luxo e dinheiro nos locais. Em um balanço parcial, a PF informou a apreensão de valores em três moedas: R$ 4 milhões; US$ 45 mil; e A 24,5 mil. Além disso, foram apreendidos oito veículos, sendo cinco de luxo; duas obras de arte; joias, relógios, HDs, mídias e documentos. As buscas foram realizadas em Brasília, Alagoas, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

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Na Casa da Dinda, residência de Collor em Brasília, os agentes levaram três automóveis de luxo importados. Por meio de notas, as defesas dos investigados criticaram a operação. As reações também ocorreram no Congresso, onde o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que as medidas "beiram a intimidação".

Além de políticos, o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, teve a casa e o escritório, ambos em Brasília, incluídos na lista de alvos das buscas e apreensões. Tanto o advogado quanto os políticos foram citados na delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, homologada pelo STF no mês passado.

Polícia Federal faz buscas em endereços de políticos na Lava Jato

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Polícia Federal faz buscas e apreensões em endereços de políticos

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
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Polícia Federal faz buscas e apreensões em endereços de políticos

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Polícia Federal faz buscas e apreensões em endereços de políticos

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
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Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
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Foto: ED FERREIRA/ESTADÃO
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Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Foto: Divulgação
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Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
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Foto: Reprodução
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A PF também fez buscas na Refinaria de Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), e em endereços dos ex-diretores da BR Distribuidora Luiz Cláudio Caseira Sanches e José Zonis, no Rio. Ambos foram indicados aos cargos por Collor, suspeito de receber propina no esquema de corrupção da Petrobrás. Sanches ocupou a Diretoria da Rede de Postos de Serviço e Zonis, a de Operações e Logística. 

Em São Paulo, a PF apreendeu R$ 3,67 milhões que seriam do empresário Carlos Alberto Santiago, dono da rede de postos de combustível Aster Petróleo. Santiago teria intermediado pagamento de propina para Collor, no valor de 1% sobre contrato de R$ 300 milhões da BR Distribuidora.

Inquéritos. Os pedidos feitos pela Procuradoria-Geral da República devem sustentar a abertura de novos inquéritos e reforçar indícios de participação de investigados no esquema de desvios na Petrobrás. Tramitam hoje no Supremo 25 inquéritos, que têm como alvo 48 políticos e dois operadores.

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Contudo, esse número poderá aumentar porque, entre maio e junho, o STF homologou duas novas delações, que podem dar origem a novas investigações. Uma delas foi a de Rafael Ângulo, considerado o “mensageiro” do doleiro Alberto Youssef, outro delator da Lava Jato, além da colaboração de Pessoa. 

Essas duas novas delações ainda não deram origem a novos inquéritos, mas, no fim de junho, o Ministério Público encaminhou ao Supremo 30 procedimentos referentes à delação de Pessoa. Esse material está sob sigilo até que a Procuradoria e o STF decidam quais inquéritos serão abertos para apurar suposto envolvimento dos citados pelos delatores. 

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Provas. De acordo com a PF, as ações desta terça foram deflagradas com o objetivo de “evitar que provas sejam destruídas pelos investigados”. As ações foram autorizadas pelos ministros Teori Zavascki e Celso de Mello e pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Politeia, em grego, faz referência ao livro A República, de Platão, que descreve uma “cidade perfeita”, na qual a ética prevalece sobre a corrupção. 

Na capital alagoana, base política de Collor, os agentes da PF cumpriram 6 dos 53 mandados de busca e apreensão. Os alvos em Alagoas foram o escritório de Collor, a Organização Arnon de Mello (OAM) – conglomerado de comunicação da família formado por rádios, jornal e emissora de TV filiada da Rede Globo – e a TV Mar, rede de TV a cabo adquirida recentemente pelo senador.

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Na OAM, foram apreendidos computadores e documentos dos departamentos de recursos humanos e financeiro. Também foram feitas buscas na residência do diretor executivo da OAM, Luís Pereira Amorim, localizada no condomínio de luxo da capital alagoana. O representante jurídico da organização, Djalma Mello, confirmou a ação da PF na empresa: “(O que os agentes levaram) são documentos da empresa. Só isso que eu tenho a falar. Esta é uma ação solicitada pela Polícia Federal. Os desdobramentos, os senhores podem obter através das autoridades competentes.”

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 14, a Operação Politeia, a primeira fase da Lava Jato nas investigações que correm perante o Supremo Tribunal Federal e que, portanto, atingem suspeitos com foro privilegiado. Foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em Brasília e em seis Estados. A ação ampliou o clima de turbulência política na capital federal e gerou reações no Congresso.

Entre os principais alvos estão três senadores – Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Collor (PTB-AL) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)–, além do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE); do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte; e do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC). Por terem foro privilegiado, eles não podem ser investigados na Justiça Federal em Curitiba, base da Lava Jato.

Segundo a PF, foram apreendidos documentos, joias, artigos de luxo e dinheiro nos locais. Em um balanço parcial, a PF informou a apreensão de valores em três moedas: R$ 4 milhões; US$ 45 mil; e A 24,5 mil. Além disso, foram apreendidos oito veículos, sendo cinco de luxo; duas obras de arte; joias, relógios, HDs, mídias e documentos. As buscas foram realizadas em Brasília, Alagoas, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Na Casa da Dinda, residência de Collor em Brasília, os agentes levaram três automóveis de luxo importados. Por meio de notas, as defesas dos investigados criticaram a operação. As reações também ocorreram no Congresso, onde o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que as medidas "beiram a intimidação".

Além de políticos, o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, teve a casa e o escritório, ambos em Brasília, incluídos na lista de alvos das buscas e apreensões. Tanto o advogado quanto os políticos foram citados na delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, homologada pelo STF no mês passado.

Polícia Federal faz buscas em endereços de políticos na Lava Jato

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A PF também fez buscas na Refinaria de Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), e em endereços dos ex-diretores da BR Distribuidora Luiz Cláudio Caseira Sanches e José Zonis, no Rio. Ambos foram indicados aos cargos por Collor, suspeito de receber propina no esquema de corrupção da Petrobrás. Sanches ocupou a Diretoria da Rede de Postos de Serviço e Zonis, a de Operações e Logística. 

Em São Paulo, a PF apreendeu R$ 3,67 milhões que seriam do empresário Carlos Alberto Santiago, dono da rede de postos de combustível Aster Petróleo. Santiago teria intermediado pagamento de propina para Collor, no valor de 1% sobre contrato de R$ 300 milhões da BR Distribuidora.

Inquéritos. Os pedidos feitos pela Procuradoria-Geral da República devem sustentar a abertura de novos inquéritos e reforçar indícios de participação de investigados no esquema de desvios na Petrobrás. Tramitam hoje no Supremo 25 inquéritos, que têm como alvo 48 políticos e dois operadores.

Contudo, esse número poderá aumentar porque, entre maio e junho, o STF homologou duas novas delações, que podem dar origem a novas investigações. Uma delas foi a de Rafael Ângulo, considerado o “mensageiro” do doleiro Alberto Youssef, outro delator da Lava Jato, além da colaboração de Pessoa. 

Essas duas novas delações ainda não deram origem a novos inquéritos, mas, no fim de junho, o Ministério Público encaminhou ao Supremo 30 procedimentos referentes à delação de Pessoa. Esse material está sob sigilo até que a Procuradoria e o STF decidam quais inquéritos serão abertos para apurar suposto envolvimento dos citados pelos delatores. 

Provas. De acordo com a PF, as ações desta terça foram deflagradas com o objetivo de “evitar que provas sejam destruídas pelos investigados”. As ações foram autorizadas pelos ministros Teori Zavascki e Celso de Mello e pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Politeia, em grego, faz referência ao livro A República, de Platão, que descreve uma “cidade perfeita”, na qual a ética prevalece sobre a corrupção. 

Na capital alagoana, base política de Collor, os agentes da PF cumpriram 6 dos 53 mandados de busca e apreensão. Os alvos em Alagoas foram o escritório de Collor, a Organização Arnon de Mello (OAM) – conglomerado de comunicação da família formado por rádios, jornal e emissora de TV filiada da Rede Globo – e a TV Mar, rede de TV a cabo adquirida recentemente pelo senador.

Na OAM, foram apreendidos computadores e documentos dos departamentos de recursos humanos e financeiro. Também foram feitas buscas na residência do diretor executivo da OAM, Luís Pereira Amorim, localizada no condomínio de luxo da capital alagoana. O representante jurídico da organização, Djalma Mello, confirmou a ação da PF na empresa: “(O que os agentes levaram) são documentos da empresa. Só isso que eu tenho a falar. Esta é uma ação solicitada pela Polícia Federal. Os desdobramentos, os senhores podem obter através das autoridades competentes.”

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 14, a Operação Politeia, a primeira fase da Lava Jato nas investigações que correm perante o Supremo Tribunal Federal e que, portanto, atingem suspeitos com foro privilegiado. Foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em Brasília e em seis Estados. A ação ampliou o clima de turbulência política na capital federal e gerou reações no Congresso.

Entre os principais alvos estão três senadores – Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Collor (PTB-AL) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)–, além do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE); do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte; e do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC). Por terem foro privilegiado, eles não podem ser investigados na Justiça Federal em Curitiba, base da Lava Jato.

Segundo a PF, foram apreendidos documentos, joias, artigos de luxo e dinheiro nos locais. Em um balanço parcial, a PF informou a apreensão de valores em três moedas: R$ 4 milhões; US$ 45 mil; e A 24,5 mil. Além disso, foram apreendidos oito veículos, sendo cinco de luxo; duas obras de arte; joias, relógios, HDs, mídias e documentos. As buscas foram realizadas em Brasília, Alagoas, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Na Casa da Dinda, residência de Collor em Brasília, os agentes levaram três automóveis de luxo importados. Por meio de notas, as defesas dos investigados criticaram a operação. As reações também ocorreram no Congresso, onde o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que as medidas "beiram a intimidação".

Além de políticos, o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, teve a casa e o escritório, ambos em Brasília, incluídos na lista de alvos das buscas e apreensões. Tanto o advogado quanto os políticos foram citados na delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, homologada pelo STF no mês passado.

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Foto: Reprodução

A PF também fez buscas na Refinaria de Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), e em endereços dos ex-diretores da BR Distribuidora Luiz Cláudio Caseira Sanches e José Zonis, no Rio. Ambos foram indicados aos cargos por Collor, suspeito de receber propina no esquema de corrupção da Petrobrás. Sanches ocupou a Diretoria da Rede de Postos de Serviço e Zonis, a de Operações e Logística. 

Em São Paulo, a PF apreendeu R$ 3,67 milhões que seriam do empresário Carlos Alberto Santiago, dono da rede de postos de combustível Aster Petróleo. Santiago teria intermediado pagamento de propina para Collor, no valor de 1% sobre contrato de R$ 300 milhões da BR Distribuidora.

Inquéritos. Os pedidos feitos pela Procuradoria-Geral da República devem sustentar a abertura de novos inquéritos e reforçar indícios de participação de investigados no esquema de desvios na Petrobrás. Tramitam hoje no Supremo 25 inquéritos, que têm como alvo 48 políticos e dois operadores.

Contudo, esse número poderá aumentar porque, entre maio e junho, o STF homologou duas novas delações, que podem dar origem a novas investigações. Uma delas foi a de Rafael Ângulo, considerado o “mensageiro” do doleiro Alberto Youssef, outro delator da Lava Jato, além da colaboração de Pessoa. 

Essas duas novas delações ainda não deram origem a novos inquéritos, mas, no fim de junho, o Ministério Público encaminhou ao Supremo 30 procedimentos referentes à delação de Pessoa. Esse material está sob sigilo até que a Procuradoria e o STF decidam quais inquéritos serão abertos para apurar suposto envolvimento dos citados pelos delatores. 

Provas. De acordo com a PF, as ações desta terça foram deflagradas com o objetivo de “evitar que provas sejam destruídas pelos investigados”. As ações foram autorizadas pelos ministros Teori Zavascki e Celso de Mello e pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Politeia, em grego, faz referência ao livro A República, de Platão, que descreve uma “cidade perfeita”, na qual a ética prevalece sobre a corrupção. 

Na capital alagoana, base política de Collor, os agentes da PF cumpriram 6 dos 53 mandados de busca e apreensão. Os alvos em Alagoas foram o escritório de Collor, a Organização Arnon de Mello (OAM) – conglomerado de comunicação da família formado por rádios, jornal e emissora de TV filiada da Rede Globo – e a TV Mar, rede de TV a cabo adquirida recentemente pelo senador.

Na OAM, foram apreendidos computadores e documentos dos departamentos de recursos humanos e financeiro. Também foram feitas buscas na residência do diretor executivo da OAM, Luís Pereira Amorim, localizada no condomínio de luxo da capital alagoana. O representante jurídico da organização, Djalma Mello, confirmou a ação da PF na empresa: “(O que os agentes levaram) são documentos da empresa. Só isso que eu tenho a falar. Esta é uma ação solicitada pela Polícia Federal. Os desdobramentos, os senhores podem obter através das autoridades competentes.”

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