Além do banqueiro Daniel Dantas, a Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira, 27, cinco diretores do Banco Opportunity pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta, empréstimo vedado e formação de quadrilha. Os nomes dos demais indiciados não foram confirmados oficialmente nem pela Polícia Federal, nem pelo advogados.
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Dantas chegou para depor na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo por volta das 7h50 e deixou o prédio meia hora depois. Segundo o advogado dele, Andrei Schmidt, Dantas se manteve em silêncio. A estratégia também foi usada pelos outros cinco diretores do banco que prestaram depoimento na manhã de hoje ao delegado Ricardo Saadi, responsável pela Operação Satiagraha.
"Foi uma surpresa total. Num interrogatório designado para que as pessoas sejam ouvidas todas no mesmo dia, a intenção deliberada era de que ninguém fosse ouvido para ser resolvido o inquérito da forma mais breve possível", reclamou Schmidt ao término dos interrogatórios dos cinco diretores do grupo.
Para o advogado, os indiciamentos são mais uma "arbitrariedade" da Operação Satiagraha. "O Brasil inteiro sabe que existem interesses por trás dessa investigação", disse.
Schmidt voltou a afirmar que Daniel Dantas e os demais diretores do banco estão "dispostos a falar". Mas, segundo ele, todos permanecerão em silêncio até que documentos que ainda não estão nos autos sejam incluídos. "Temos todo o interesse em esclarecer os fatos. O interesse não é silenciar", afirmou.
Nesta segunda-feira, outros quatro executivos do Banco Opportunity devem ser ouvidos pela Polícia Federal. Os nomes são mantidos em sigilo.