PF abre inquérito: O que se sabe até agora sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes


Apuração foi determinada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino; vereadora do PSOL e motorista foram executados no dia 14 de março de 2018; há dois presos pelo crime, mas não se sabe quem foi mandante e detalhes da motivação

Por Redação
Atualização:

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes está prestes a completar cinco anos sem que tenha sido totalmente esclarecido. Não há detalhes sobre a motivação e sobre quem teria sido o mandante, embora o autor dos tiros e o motorista que o conduziu naquela noite de 17 de março de 2018 estejam presos. Por volta das 21h30, Marielle e Anderson foram alvejados por 7 tiros, dentro de um carro, quando voltavam de um evento promovido PSOL, partido da vereadora. A jornalista Fernanda Chaves, então assessora da parlamentar, estava no veículo e sobreviveu ao ataque, atingida apenas por estilhaços de vidro.

Mural em homenagem a Marielle Franco, no Rio; mandante do assassinato da vereadora ainda não foi descoberto. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Desde então, as investigações avançaram a passos lentos e várias trocas no comando da apuração foram realizadas nos últimos anos. A morte da vereadora causou comoção mundial e figura as ocorrências mais graves de violência política no País.

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Nesta quarta-feira, 22, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para apurar “todas as circunstâncias” do assassinato de Marielle e Anderson Gomes.

Veja o que se sabe sobre o crime e o que ainda falta esclarecer:

Horas depois do crime

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O crime aconteceu por volta das 21h30, no bairro do Estácio, na região central do Rio, quando Marielle voltava de um evento organizado pelo PSOL. Na época, a principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios era de execução. O então Secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, Richard Nunes, determinou uma ampla investigação sobre o caso, que teria o acompanhamento do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa.

Um ano depois do crime

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Prestes a completar um ano do assassinato, o primeiro desdobramento da investigação foi deflagrado. Uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil prendeu o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter sido o autor dos disparos, e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, que teria conduzido o veículo que perseguiu o de Marielle e Anderson. Ambos estão presos em penitenciárias federais fora do Rio de Janeiro e vão a júri popular. A defesa dos acusados disse, na época, que não pensavam em fazer delação premiada. A investigação sobre os mandantes e a motivação continuava em andamento.

O carro onde Marielle Franco e Anderson Gomes estavam no dia do atentado Foto: Leo Correa/AP

Quatro anos depois do crime

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A passos lentos, a investigação sobre o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes continua sem uma conclusão. Até então, os executores e a dinâmica do crime tinham sido esclarecidos, mas não houve avanço sobre o mandante e o motivo do atentado. A arma do crime também não foi encontrada. Sabe-se que se tratava de uma submetralhadora MP-5 com munição UZZ-18, conforme a Delegacia de Homicídios e o Ministério Público. A principal suspeita é de que o objeto tenha sido jogado no mar depois que Ronnie Lessa foi preso.

Na época, autoridades alinhadas à vereadora cobraram, por meio das redes sociais, uma elucidação do caso aberto em 2018. Dentre os nomes, Ciro Gomes, Manuella D’Ávilla, Fernando Haddad e então candidato Luiz Inácio Lula da Silva lembraram que a morte de Marielle Franco completava 4 anos sem ser completamente esclarecida.

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Desdobramentos

Desde a data do crime, o comando da investigação foi trocado cinco vezes e quase foi transferida para âmbito federal. Em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para transferir a investigação sobre os mandantes do assassinato para a esfera federal.

Os ministros da Terceira Seção entenderam que não havia indicativos de inércia das autoridades estaduais para tentar resolver o atentado. Na época, a família de Marielle foi contra a federalização do inquérito. Cinco ano após o atentado, a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, a Polícia Federal no Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar ‘todas as circunstâncias’ do assassinato da vereadora e do motorista. A portaria de instauração da investigação foi divulgada pelo ministro na manhã desta quarta-feira, 22.

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O documento destaca que é atribuição da PF “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme.”

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes está prestes a completar cinco anos sem que tenha sido totalmente esclarecido. Não há detalhes sobre a motivação e sobre quem teria sido o mandante, embora o autor dos tiros e o motorista que o conduziu naquela noite de 17 de março de 2018 estejam presos. Por volta das 21h30, Marielle e Anderson foram alvejados por 7 tiros, dentro de um carro, quando voltavam de um evento promovido PSOL, partido da vereadora. A jornalista Fernanda Chaves, então assessora da parlamentar, estava no veículo e sobreviveu ao ataque, atingida apenas por estilhaços de vidro.

Mural em homenagem a Marielle Franco, no Rio; mandante do assassinato da vereadora ainda não foi descoberto. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Desde então, as investigações avançaram a passos lentos e várias trocas no comando da apuração foram realizadas nos últimos anos. A morte da vereadora causou comoção mundial e figura as ocorrências mais graves de violência política no País.

Nesta quarta-feira, 22, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para apurar “todas as circunstâncias” do assassinato de Marielle e Anderson Gomes.

Veja o que se sabe sobre o crime e o que ainda falta esclarecer:

Horas depois do crime

O crime aconteceu por volta das 21h30, no bairro do Estácio, na região central do Rio, quando Marielle voltava de um evento organizado pelo PSOL. Na época, a principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios era de execução. O então Secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, Richard Nunes, determinou uma ampla investigação sobre o caso, que teria o acompanhamento do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa.

Um ano depois do crime

Prestes a completar um ano do assassinato, o primeiro desdobramento da investigação foi deflagrado. Uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil prendeu o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter sido o autor dos disparos, e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, que teria conduzido o veículo que perseguiu o de Marielle e Anderson. Ambos estão presos em penitenciárias federais fora do Rio de Janeiro e vão a júri popular. A defesa dos acusados disse, na época, que não pensavam em fazer delação premiada. A investigação sobre os mandantes e a motivação continuava em andamento.

O carro onde Marielle Franco e Anderson Gomes estavam no dia do atentado Foto: Leo Correa/AP

Quatro anos depois do crime

A passos lentos, a investigação sobre o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes continua sem uma conclusão. Até então, os executores e a dinâmica do crime tinham sido esclarecidos, mas não houve avanço sobre o mandante e o motivo do atentado. A arma do crime também não foi encontrada. Sabe-se que se tratava de uma submetralhadora MP-5 com munição UZZ-18, conforme a Delegacia de Homicídios e o Ministério Público. A principal suspeita é de que o objeto tenha sido jogado no mar depois que Ronnie Lessa foi preso.

Na época, autoridades alinhadas à vereadora cobraram, por meio das redes sociais, uma elucidação do caso aberto em 2018. Dentre os nomes, Ciro Gomes, Manuella D’Ávilla, Fernando Haddad e então candidato Luiz Inácio Lula da Silva lembraram que a morte de Marielle Franco completava 4 anos sem ser completamente esclarecida.

Desdobramentos

Desde a data do crime, o comando da investigação foi trocado cinco vezes e quase foi transferida para âmbito federal. Em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para transferir a investigação sobre os mandantes do assassinato para a esfera federal.

Os ministros da Terceira Seção entenderam que não havia indicativos de inércia das autoridades estaduais para tentar resolver o atentado. Na época, a família de Marielle foi contra a federalização do inquérito. Cinco ano após o atentado, a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, a Polícia Federal no Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar ‘todas as circunstâncias’ do assassinato da vereadora e do motorista. A portaria de instauração da investigação foi divulgada pelo ministro na manhã desta quarta-feira, 22.

O documento destaca que é atribuição da PF “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme.”

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes está prestes a completar cinco anos sem que tenha sido totalmente esclarecido. Não há detalhes sobre a motivação e sobre quem teria sido o mandante, embora o autor dos tiros e o motorista que o conduziu naquela noite de 17 de março de 2018 estejam presos. Por volta das 21h30, Marielle e Anderson foram alvejados por 7 tiros, dentro de um carro, quando voltavam de um evento promovido PSOL, partido da vereadora. A jornalista Fernanda Chaves, então assessora da parlamentar, estava no veículo e sobreviveu ao ataque, atingida apenas por estilhaços de vidro.

Mural em homenagem a Marielle Franco, no Rio; mandante do assassinato da vereadora ainda não foi descoberto. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Desde então, as investigações avançaram a passos lentos e várias trocas no comando da apuração foram realizadas nos últimos anos. A morte da vereadora causou comoção mundial e figura as ocorrências mais graves de violência política no País.

Nesta quarta-feira, 22, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para apurar “todas as circunstâncias” do assassinato de Marielle e Anderson Gomes.

Veja o que se sabe sobre o crime e o que ainda falta esclarecer:

Horas depois do crime

O crime aconteceu por volta das 21h30, no bairro do Estácio, na região central do Rio, quando Marielle voltava de um evento organizado pelo PSOL. Na época, a principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios era de execução. O então Secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, Richard Nunes, determinou uma ampla investigação sobre o caso, que teria o acompanhamento do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa.

Um ano depois do crime

Prestes a completar um ano do assassinato, o primeiro desdobramento da investigação foi deflagrado. Uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil prendeu o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter sido o autor dos disparos, e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, que teria conduzido o veículo que perseguiu o de Marielle e Anderson. Ambos estão presos em penitenciárias federais fora do Rio de Janeiro e vão a júri popular. A defesa dos acusados disse, na época, que não pensavam em fazer delação premiada. A investigação sobre os mandantes e a motivação continuava em andamento.

O carro onde Marielle Franco e Anderson Gomes estavam no dia do atentado Foto: Leo Correa/AP

Quatro anos depois do crime

A passos lentos, a investigação sobre o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes continua sem uma conclusão. Até então, os executores e a dinâmica do crime tinham sido esclarecidos, mas não houve avanço sobre o mandante e o motivo do atentado. A arma do crime também não foi encontrada. Sabe-se que se tratava de uma submetralhadora MP-5 com munição UZZ-18, conforme a Delegacia de Homicídios e o Ministério Público. A principal suspeita é de que o objeto tenha sido jogado no mar depois que Ronnie Lessa foi preso.

Na época, autoridades alinhadas à vereadora cobraram, por meio das redes sociais, uma elucidação do caso aberto em 2018. Dentre os nomes, Ciro Gomes, Manuella D’Ávilla, Fernando Haddad e então candidato Luiz Inácio Lula da Silva lembraram que a morte de Marielle Franco completava 4 anos sem ser completamente esclarecida.

Desdobramentos

Desde a data do crime, o comando da investigação foi trocado cinco vezes e quase foi transferida para âmbito federal. Em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para transferir a investigação sobre os mandantes do assassinato para a esfera federal.

Os ministros da Terceira Seção entenderam que não havia indicativos de inércia das autoridades estaduais para tentar resolver o atentado. Na época, a família de Marielle foi contra a federalização do inquérito. Cinco ano após o atentado, a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, a Polícia Federal no Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar ‘todas as circunstâncias’ do assassinato da vereadora e do motorista. A portaria de instauração da investigação foi divulgada pelo ministro na manhã desta quarta-feira, 22.

O documento destaca que é atribuição da PF “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme.”

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes está prestes a completar cinco anos sem que tenha sido totalmente esclarecido. Não há detalhes sobre a motivação e sobre quem teria sido o mandante, embora o autor dos tiros e o motorista que o conduziu naquela noite de 17 de março de 2018 estejam presos. Por volta das 21h30, Marielle e Anderson foram alvejados por 7 tiros, dentro de um carro, quando voltavam de um evento promovido PSOL, partido da vereadora. A jornalista Fernanda Chaves, então assessora da parlamentar, estava no veículo e sobreviveu ao ataque, atingida apenas por estilhaços de vidro.

Mural em homenagem a Marielle Franco, no Rio; mandante do assassinato da vereadora ainda não foi descoberto. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Desde então, as investigações avançaram a passos lentos e várias trocas no comando da apuração foram realizadas nos últimos anos. A morte da vereadora causou comoção mundial e figura as ocorrências mais graves de violência política no País.

Nesta quarta-feira, 22, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para apurar “todas as circunstâncias” do assassinato de Marielle e Anderson Gomes.

Veja o que se sabe sobre o crime e o que ainda falta esclarecer:

Horas depois do crime

O crime aconteceu por volta das 21h30, no bairro do Estácio, na região central do Rio, quando Marielle voltava de um evento organizado pelo PSOL. Na época, a principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios era de execução. O então Secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, Richard Nunes, determinou uma ampla investigação sobre o caso, que teria o acompanhamento do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa.

Um ano depois do crime

Prestes a completar um ano do assassinato, o primeiro desdobramento da investigação foi deflagrado. Uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil prendeu o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter sido o autor dos disparos, e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, que teria conduzido o veículo que perseguiu o de Marielle e Anderson. Ambos estão presos em penitenciárias federais fora do Rio de Janeiro e vão a júri popular. A defesa dos acusados disse, na época, que não pensavam em fazer delação premiada. A investigação sobre os mandantes e a motivação continuava em andamento.

O carro onde Marielle Franco e Anderson Gomes estavam no dia do atentado Foto: Leo Correa/AP

Quatro anos depois do crime

A passos lentos, a investigação sobre o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes continua sem uma conclusão. Até então, os executores e a dinâmica do crime tinham sido esclarecidos, mas não houve avanço sobre o mandante e o motivo do atentado. A arma do crime também não foi encontrada. Sabe-se que se tratava de uma submetralhadora MP-5 com munição UZZ-18, conforme a Delegacia de Homicídios e o Ministério Público. A principal suspeita é de que o objeto tenha sido jogado no mar depois que Ronnie Lessa foi preso.

Na época, autoridades alinhadas à vereadora cobraram, por meio das redes sociais, uma elucidação do caso aberto em 2018. Dentre os nomes, Ciro Gomes, Manuella D’Ávilla, Fernando Haddad e então candidato Luiz Inácio Lula da Silva lembraram que a morte de Marielle Franco completava 4 anos sem ser completamente esclarecida.

Desdobramentos

Desde a data do crime, o comando da investigação foi trocado cinco vezes e quase foi transferida para âmbito federal. Em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para transferir a investigação sobre os mandantes do assassinato para a esfera federal.

Os ministros da Terceira Seção entenderam que não havia indicativos de inércia das autoridades estaduais para tentar resolver o atentado. Na época, a família de Marielle foi contra a federalização do inquérito. Cinco ano após o atentado, a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, a Polícia Federal no Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar ‘todas as circunstâncias’ do assassinato da vereadora e do motorista. A portaria de instauração da investigação foi divulgada pelo ministro na manhã desta quarta-feira, 22.

O documento destaca que é atribuição da PF “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme.”

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes está prestes a completar cinco anos sem que tenha sido totalmente esclarecido. Não há detalhes sobre a motivação e sobre quem teria sido o mandante, embora o autor dos tiros e o motorista que o conduziu naquela noite de 17 de março de 2018 estejam presos. Por volta das 21h30, Marielle e Anderson foram alvejados por 7 tiros, dentro de um carro, quando voltavam de um evento promovido PSOL, partido da vereadora. A jornalista Fernanda Chaves, então assessora da parlamentar, estava no veículo e sobreviveu ao ataque, atingida apenas por estilhaços de vidro.

Mural em homenagem a Marielle Franco, no Rio; mandante do assassinato da vereadora ainda não foi descoberto. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Desde então, as investigações avançaram a passos lentos e várias trocas no comando da apuração foram realizadas nos últimos anos. A morte da vereadora causou comoção mundial e figura as ocorrências mais graves de violência política no País.

Nesta quarta-feira, 22, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para apurar “todas as circunstâncias” do assassinato de Marielle e Anderson Gomes.

Veja o que se sabe sobre o crime e o que ainda falta esclarecer:

Horas depois do crime

O crime aconteceu por volta das 21h30, no bairro do Estácio, na região central do Rio, quando Marielle voltava de um evento organizado pelo PSOL. Na época, a principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios era de execução. O então Secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, Richard Nunes, determinou uma ampla investigação sobre o caso, que teria o acompanhamento do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa.

Um ano depois do crime

Prestes a completar um ano do assassinato, o primeiro desdobramento da investigação foi deflagrado. Uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil prendeu o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter sido o autor dos disparos, e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, que teria conduzido o veículo que perseguiu o de Marielle e Anderson. Ambos estão presos em penitenciárias federais fora do Rio de Janeiro e vão a júri popular. A defesa dos acusados disse, na época, que não pensavam em fazer delação premiada. A investigação sobre os mandantes e a motivação continuava em andamento.

O carro onde Marielle Franco e Anderson Gomes estavam no dia do atentado Foto: Leo Correa/AP

Quatro anos depois do crime

A passos lentos, a investigação sobre o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes continua sem uma conclusão. Até então, os executores e a dinâmica do crime tinham sido esclarecidos, mas não houve avanço sobre o mandante e o motivo do atentado. A arma do crime também não foi encontrada. Sabe-se que se tratava de uma submetralhadora MP-5 com munição UZZ-18, conforme a Delegacia de Homicídios e o Ministério Público. A principal suspeita é de que o objeto tenha sido jogado no mar depois que Ronnie Lessa foi preso.

Na época, autoridades alinhadas à vereadora cobraram, por meio das redes sociais, uma elucidação do caso aberto em 2018. Dentre os nomes, Ciro Gomes, Manuella D’Ávilla, Fernando Haddad e então candidato Luiz Inácio Lula da Silva lembraram que a morte de Marielle Franco completava 4 anos sem ser completamente esclarecida.

Desdobramentos

Desde a data do crime, o comando da investigação foi trocado cinco vezes e quase foi transferida para âmbito federal. Em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para transferir a investigação sobre os mandantes do assassinato para a esfera federal.

Os ministros da Terceira Seção entenderam que não havia indicativos de inércia das autoridades estaduais para tentar resolver o atentado. Na época, a família de Marielle foi contra a federalização do inquérito. Cinco ano após o atentado, a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, a Polícia Federal no Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar ‘todas as circunstâncias’ do assassinato da vereadora e do motorista. A portaria de instauração da investigação foi divulgada pelo ministro na manhã desta quarta-feira, 22.

O documento destaca que é atribuição da PF “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme.”

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