PF vive guerra entre delegados bolsonaristas e petistas, que preveem setembro quente


Desde que assumiu, Bolsonaro já trocou o diretor-geral quatro vezes, algo incomum na corporação. Troca-troca constante fragilizou a figura do chefe da PF, que perdeu o pulso

Por Andreza Matais

BRASÍLIA - O segundo lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas eleitorais deflagrou uma disputa interna na Polícia Federal por expectativa de poder. Sem um comando que tenha o controle de fato de delegados que atuam com autonomia nas investigações, a instituição virou um explícito cabo de guerra entre o grupo que apoia Bolsonaro e outro que sinaliza para abertura de canais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas intenções de voto.

Desde que assumiu, Bolsonaro já trocou o diretor-geral da PF quatro vezes. Algo incomum na corporação. Num passado bem recente, o delegado Leandro Daiello ficou seis anos à frente da instituição, nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer – o mais longevo no período democrático. O troca-troca constante no atual governo fragilizou a figura do chefe da PF, já que pelo padrão ele pode ser trocado a qualquer momento caso alguma investigação desagrade ao Palácio do Planalto.

A história da PF sempre foi marcada por delimitação de espaço de correntes internas, mas a disputa era velada. Sem pulso, o diretor-geral, Márcio Nunes de Oliveira, há apenas seis meses no cargo, assiste de camarote a deflagração dessa guerra sem condições para conseguir contê-la. Entre delegados a promessa é de que setembro vai ferver e operações como a de terça-feira, 23, em que oito empresários apoiadores de Bolsonaro foram alvos de busca e apreensão, serão constantes no mês que antecede as eleições.

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O diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, está no cargo há seis meses Foto: Agência Brasil

Foi a pedido da PF que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a operação de busca e apreensão contra os empresários que defenderam em grupo do WhatsApp um golpe para impedir a volta de Lula ao poder. Segundo a coluna de Vera Rosa, no Estadão, há suspeitas também de que eles estariam financiando atos para o 7 de Setembro de apoio ao presidente. Há temor de que a manifestação saia do controle e se transforme num ato de apoio ao fechamento do Supremo e do Congresso, prática absolutamente inconstitucional.

O comando da PF abraçou a agenda anti-urna do presidente e colocou a instituição para reforçar o discurso de que o voto eletrônico não é seguro. A esse movimento da cúpula houve reação interna e uma das respostas foi a deflagração da operação contra os empresários. Um policial resume o clima na corporação hoje. Ele cita um vídeo que viralizou nas redes sociais, o do menino João. O pai pergunta ao garoto: “Eles são maus. E a gente? João responde: “A gente é mau também!”

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É uma situação nada boa para uma instituição que, há alguns anos, atribuía a si própria a imagem de uma polícia do Estado. Nessa narrativa distante, interesses partidários eram encobertos e as divergências pareciam ser apenas visões diferentes de uma investigação.

BRASÍLIA - O segundo lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas eleitorais deflagrou uma disputa interna na Polícia Federal por expectativa de poder. Sem um comando que tenha o controle de fato de delegados que atuam com autonomia nas investigações, a instituição virou um explícito cabo de guerra entre o grupo que apoia Bolsonaro e outro que sinaliza para abertura de canais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas intenções de voto.

Desde que assumiu, Bolsonaro já trocou o diretor-geral da PF quatro vezes. Algo incomum na corporação. Num passado bem recente, o delegado Leandro Daiello ficou seis anos à frente da instituição, nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer – o mais longevo no período democrático. O troca-troca constante no atual governo fragilizou a figura do chefe da PF, já que pelo padrão ele pode ser trocado a qualquer momento caso alguma investigação desagrade ao Palácio do Planalto.

A história da PF sempre foi marcada por delimitação de espaço de correntes internas, mas a disputa era velada. Sem pulso, o diretor-geral, Márcio Nunes de Oliveira, há apenas seis meses no cargo, assiste de camarote a deflagração dessa guerra sem condições para conseguir contê-la. Entre delegados a promessa é de que setembro vai ferver e operações como a de terça-feira, 23, em que oito empresários apoiadores de Bolsonaro foram alvos de busca e apreensão, serão constantes no mês que antecede as eleições.

O diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, está no cargo há seis meses Foto: Agência Brasil

Foi a pedido da PF que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a operação de busca e apreensão contra os empresários que defenderam em grupo do WhatsApp um golpe para impedir a volta de Lula ao poder. Segundo a coluna de Vera Rosa, no Estadão, há suspeitas também de que eles estariam financiando atos para o 7 de Setembro de apoio ao presidente. Há temor de que a manifestação saia do controle e se transforme num ato de apoio ao fechamento do Supremo e do Congresso, prática absolutamente inconstitucional.

O comando da PF abraçou a agenda anti-urna do presidente e colocou a instituição para reforçar o discurso de que o voto eletrônico não é seguro. A esse movimento da cúpula houve reação interna e uma das respostas foi a deflagração da operação contra os empresários. Um policial resume o clima na corporação hoje. Ele cita um vídeo que viralizou nas redes sociais, o do menino João. O pai pergunta ao garoto: “Eles são maus. E a gente? João responde: “A gente é mau também!”

É uma situação nada boa para uma instituição que, há alguns anos, atribuía a si própria a imagem de uma polícia do Estado. Nessa narrativa distante, interesses partidários eram encobertos e as divergências pareciam ser apenas visões diferentes de uma investigação.

BRASÍLIA - O segundo lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas eleitorais deflagrou uma disputa interna na Polícia Federal por expectativa de poder. Sem um comando que tenha o controle de fato de delegados que atuam com autonomia nas investigações, a instituição virou um explícito cabo de guerra entre o grupo que apoia Bolsonaro e outro que sinaliza para abertura de canais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas intenções de voto.

Desde que assumiu, Bolsonaro já trocou o diretor-geral da PF quatro vezes. Algo incomum na corporação. Num passado bem recente, o delegado Leandro Daiello ficou seis anos à frente da instituição, nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer – o mais longevo no período democrático. O troca-troca constante no atual governo fragilizou a figura do chefe da PF, já que pelo padrão ele pode ser trocado a qualquer momento caso alguma investigação desagrade ao Palácio do Planalto.

A história da PF sempre foi marcada por delimitação de espaço de correntes internas, mas a disputa era velada. Sem pulso, o diretor-geral, Márcio Nunes de Oliveira, há apenas seis meses no cargo, assiste de camarote a deflagração dessa guerra sem condições para conseguir contê-la. Entre delegados a promessa é de que setembro vai ferver e operações como a de terça-feira, 23, em que oito empresários apoiadores de Bolsonaro foram alvos de busca e apreensão, serão constantes no mês que antecede as eleições.

O diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, está no cargo há seis meses Foto: Agência Brasil

Foi a pedido da PF que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a operação de busca e apreensão contra os empresários que defenderam em grupo do WhatsApp um golpe para impedir a volta de Lula ao poder. Segundo a coluna de Vera Rosa, no Estadão, há suspeitas também de que eles estariam financiando atos para o 7 de Setembro de apoio ao presidente. Há temor de que a manifestação saia do controle e se transforme num ato de apoio ao fechamento do Supremo e do Congresso, prática absolutamente inconstitucional.

O comando da PF abraçou a agenda anti-urna do presidente e colocou a instituição para reforçar o discurso de que o voto eletrônico não é seguro. A esse movimento da cúpula houve reação interna e uma das respostas foi a deflagração da operação contra os empresários. Um policial resume o clima na corporação hoje. Ele cita um vídeo que viralizou nas redes sociais, o do menino João. O pai pergunta ao garoto: “Eles são maus. E a gente? João responde: “A gente é mau também!”

É uma situação nada boa para uma instituição que, há alguns anos, atribuía a si própria a imagem de uma polícia do Estado. Nessa narrativa distante, interesses partidários eram encobertos e as divergências pareciam ser apenas visões diferentes de uma investigação.

BRASÍLIA - O segundo lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas eleitorais deflagrou uma disputa interna na Polícia Federal por expectativa de poder. Sem um comando que tenha o controle de fato de delegados que atuam com autonomia nas investigações, a instituição virou um explícito cabo de guerra entre o grupo que apoia Bolsonaro e outro que sinaliza para abertura de canais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas intenções de voto.

Desde que assumiu, Bolsonaro já trocou o diretor-geral da PF quatro vezes. Algo incomum na corporação. Num passado bem recente, o delegado Leandro Daiello ficou seis anos à frente da instituição, nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer – o mais longevo no período democrático. O troca-troca constante no atual governo fragilizou a figura do chefe da PF, já que pelo padrão ele pode ser trocado a qualquer momento caso alguma investigação desagrade ao Palácio do Planalto.

A história da PF sempre foi marcada por delimitação de espaço de correntes internas, mas a disputa era velada. Sem pulso, o diretor-geral, Márcio Nunes de Oliveira, há apenas seis meses no cargo, assiste de camarote a deflagração dessa guerra sem condições para conseguir contê-la. Entre delegados a promessa é de que setembro vai ferver e operações como a de terça-feira, 23, em que oito empresários apoiadores de Bolsonaro foram alvos de busca e apreensão, serão constantes no mês que antecede as eleições.

O diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, está no cargo há seis meses Foto: Agência Brasil

Foi a pedido da PF que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a operação de busca e apreensão contra os empresários que defenderam em grupo do WhatsApp um golpe para impedir a volta de Lula ao poder. Segundo a coluna de Vera Rosa, no Estadão, há suspeitas também de que eles estariam financiando atos para o 7 de Setembro de apoio ao presidente. Há temor de que a manifestação saia do controle e se transforme num ato de apoio ao fechamento do Supremo e do Congresso, prática absolutamente inconstitucional.

O comando da PF abraçou a agenda anti-urna do presidente e colocou a instituição para reforçar o discurso de que o voto eletrônico não é seguro. A esse movimento da cúpula houve reação interna e uma das respostas foi a deflagração da operação contra os empresários. Um policial resume o clima na corporação hoje. Ele cita um vídeo que viralizou nas redes sociais, o do menino João. O pai pergunta ao garoto: “Eles são maus. E a gente? João responde: “A gente é mau também!”

É uma situação nada boa para uma instituição que, há alguns anos, atribuía a si própria a imagem de uma polícia do Estado. Nessa narrativa distante, interesses partidários eram encobertos e as divergências pareciam ser apenas visões diferentes de uma investigação.

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