PL oficializa coronel Mello Araújo como vice de Nunes em convenção sem Bolsonaro em São Paulo


Partido é o primeiro a confirmar em convenção o apoio ao prefeito na disputa pela reeleição; MDB ainda precisa aceitar oficialmente a indicação, em evento no dia 3

Por Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

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Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

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Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

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O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

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“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

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O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

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A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

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