PL oficializa coronel Mello Araújo como vice de Nunes em convenção sem Bolsonaro em São Paulo


Partido é o primeiro a confirmar em convenção o apoio ao prefeito na disputa pela reeleição; MDB ainda precisa aceitar oficialmente a indicação, em evento no dia 3

Por Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

continua após a publicidade
Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

continua após a publicidade

Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

continua após a publicidade

O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

continua após a publicidade

“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

continua após a publicidade

O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

continua após a publicidade

A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

O PL oficializou em convenção realizada na noite desta segunda-feira, 22, a indicação do coronel da reserva e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Ricardo de Mello Araújo, para o posto de vice na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A principal ausência no evento, realizado na Câmara Municipal, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do coronel e principal defensor de que ele fosse o escolhido para a chapa.

Também não compareceram o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos mas apoiador de primeira hora do PL e de Nunes. As maiores autoridades presentes ao evento, além do prefeito, foram os deputados federais Antônio Carlos Rodrigues (SP) e Mario Frias (SP).

Oficialmente, ainda é necessário que o MDB, partido de Nunes, aceite a indicação em sua própria convenção, marcada para o dia 3 de agosto. Na prática, porém, a composição está fechada: o prefeito compareceu ao evento do PL e chegou junto com o futuro colega de chapa.

Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo ao lado de Mário Frias em evento do PL Foto: Pedro Augusto Figueiredo/Estadão

O PL é o primeiro partido a oficializar apoio ao atual chefe do Executivo. A coligação de Nunes ainda deve contar com PSD, Republicanos, PP, Podemos, Avante, Solidariedade, PRD e Mobiliza.

O União Brasil também deve declarar apoio ao prefeito, mas em sua convenção no sábado delegou a decisão para a Executiva municipal. O presidente da sigla na capital, Milton Leite (União), afirmou que o anúncio depende do acerto de “pequenos pontos” sobre os cargos que o partido terá na administração municipal caso Nunes seja reeleito.

Em seu discurso, Mello Araújo disse que ainda estava conhecendo o prefeito e cometeu uma gafe ao dizer era uma honra participar da convenção do PL e disputar uma eleição para trazer “renovação” e “mudança”. Embora seja a primeira vez que o coronel disputará uma eleição, Nunes foi vereador por dois mandatos e governo a capital paulista desde 2021 — primeiro como vice de Bruno Covas e depois como chefe do Executivo após a morte do tucano que foi vítima de um câncer.

O coronel disse que reformou o batalhão da Rota “sem um centavo” do Estado e que colocou “ordem na Ceagesp” ao acabar com abuso sexual de crianças, tráfico de drogas, prostituição e corrupção. “Com a experiência do prefeito e a minha vontade de trabalhar, o que demora 40 anos a gente pode fazer em quatro”, disse Mello Araújo.

O apoio do PL a Nunes sela a aliança do prefeito com Bolsonaro e polariza a campanha, que elegeu como principal adversário o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na convenção, Nunes chamou Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”.

O presidente da República ofereceu uma prévia do que será a eleição ao criticar, na convenção petista no sábado, 20, a atuação de Mello Araújo como diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). “Tem um aí que não tinha nem candidato a vice e o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp e proibia sindicato de funcionários”, disse Lula.

Mello Araújo rebateu o presidente nas redes sociais, o chamou de “desocupado” e disse que acabou com “a prostituição e a roubalheira no Ceagesp”.

“Ele protege quem faz rachadinha, eu condeno. Ele invade prédio público, eu prendo quem faz isso”, escreveu o coronel da reserva, em alusão ao voto de Boulos para arquivar o processo do deputado federal André Janones (Avante) na Câmara dos Deputados e à atuação do psolista no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A ideia da campanha de Nunes é explorar a gestão feita pelo coronel no Ceagesp e apresentá-lo como alguém técnico, e não político, participando inclusive da formulação do plano de governo na área de segurança pública e de esportes. Ele é formado em Educação Física e tem pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP).

A tarefa não será das mais fáceis: Mello Araújo disse em 2017 que a abordagem policial nos Jardins deve ser distinta da praticada na periferia e ecoa o discurso radical adotado por Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aliados do prefeito consideram que a postura “linha dura” contra a criminalidade pode funcionar como um contraponto a Boulos.

O ex-coronel da Rota foi alçado ao posto de pré-candidato a vice no mês passado, a contragosto do entorno do prefeito, para garantir o apoio do ex-presidente após a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral. Correligionários de Nunes viam Mello Araújo como um nome radical que poderia fortalecer a narrativa do PSOL de que o prefeito é o candidato de Bolsonaro na cidade e preferiam nomes “mais leves’, como as vereadoras Sonaira Fernandes (PL) e Rute Costa (PL).

No entanto, estrategistas de Nunes avaliam que a indicação, apesar de não ter somado à campanha do prefeito, também não gerou até o momento impactos negativos nas pesquisas internas da campanha, tanto quantitativas quanto qualitativas.

A convenção também aprovou as candidaturas a vereador do partido. Rute Costa, Sonaira Fernandes, Gilberto Nascimento Jr., Isac Félix e Sandra Tadeu disputarão a reeleição. Fernando Holiday, porém, decidiu não se candidatar novamente ao cargo.

A lista inclui nomes conhecidos na direita paulistana, como os influenciadores Zoe Martinez e Lucas Pavanatto e a jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que está suspensa do esporte desde 2021 quando foi flagrada em uma exame antidoping durante as Olimpíadas de Tóquio.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.