Governo Lula vai comprar 124 km de grades anti-protesto para cercar palácios e Esplanada; veja vídeo


Contrato recorde fala em proteger de riscos em manifestações; extensão dos alambrados é maior do que a distância entre São Paulo e Santos

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai contratar uma empresa para instalar 62 mil grades de proteção na Esplanada dos Ministérios e nos Palácios da Alvorada e Planalto. Alinhados, os alambrados somam 124 quilômetros de extensão, o que equivale a uma distância superior ao trecho de deslocamento de São Paulo a Santos – cidades separadas por 85 km.

O “cercadão” de Lula é bem superior ao do seu antecessor. Jair Bolsonaro também mandou colocar grades na frente de prédios públicos em Brasilia, mas em menor quantidade. O número é quase o dobro do que havia no primeiro ano do antecessor do petista. E 35% maior do que a quantidade de grades contratadas no ano passado.

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A lista de compras do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ainda inclui 1 quilômetro de estruturas para “barricada de contenção de público” e outros 6 quilômetros de tapume para fechar áreas de segurança. O custo estimado da contratação soma R$ 986 mil.

O uso de grades de proteção alterou a paisagem de Brasília nos últimos anos. Antes aberto para que o público pudesse se aproximar, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi cercado pelas barreiras. O mesmo ocorreu com a Praça dos Três Poderes e o Congresso. O Planalto também passou a ter proteção física, além do espelho d’água.

Vídeos captados pelas câmeras externas do Supremo Tribunal Federal (STF) flagraram o momento em que a Tropa de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmontou um bloqueio tático posicionado próximo ao Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro Foto: Reprodução /STF
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Agora, o GSI pretende usar as milhares de grades para proteger os palácios e as residências oficiais da Presidência, como o Alvorada e o Jaburu, onde moram, respectivamente, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O material pode ser usado até mesmo fora do complexo presidencial. A proposta é que seja utilizado “onde haja a possibilidade de ocorrência de intensas aglomerações ou manifestações com potencial oferecimento de risco aos bens e às autoridades a serem protegidos”.

“A previsão de realização de eventos em Brasília, em decorrência de visitas de Chefes de Estado e/ou de Governo, atividades políticas ou em decorrências de prováveis manifestações implicam na necessidade de emprego de alambrados disciplinadores, visando elevar a capacidade de segurança a ser proporcionada, em todos os níveis e para todas as autoridades que se necessite proteger”, diz a justificativa do edital de contratação.

O GSI, que passou por troca de comando e instabilidade interna recentemente, argumenta ser necessária a contratação de mais de uma centena de quilômetros de barreiras protetoras por causa da previsão de manifestações em Brasília, onde estão localizados os principais prédios da administração pública federal.

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“Considerando os atuais acontecimentos na política do país e a intensificação da polarização de posicionamento partidário e a previsão de ocorrência de manifestações na área central de Brasília, o isolamento da área do Palácio do Planalto por meio da utilização de grades de proteção promove uma barreira física que facilita o controle de acesso às estruturas físicas da Presidência da República, evitando assim a aproximação de manifestantes, além de promover um isolamento adequado e eficiente”, argumenta o GSI.

O pregão para a compra das grades foi autorizado no dia 4 deste mês, quando o ministro-general Marcos Amaro assumiu o GSI. Ele restabeleceu o controle militar sobre a pasta após o período de interinidade de quase um mês do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, em seu comando. Amaro agora disputa com a Polícia Federal (PF) para devolver à caserna a tarefa de fazer a segurança pessoal do presidente.

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O GSI foi a primeira pasta do governo Lula a ter um ministro demitido. O ex-titular do Gabinete na atual gestão, o general Edson Gonçalves Dias, pediu para deixar o cargo após a divulgação pela CNN de vídeos do circuito interno do Planalto nos quais ele aparecia dentro do prédio no dia da invasão, em 8 de janeiro.

Mais de 1,3 mil pessoas foram denunciadas por envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. Foto: Wilton Júnior/Estadão

As imagens captadas na ocasião ainda mostraram um major do GSI oferecendo água aos invasores e um grupo de soldados da pasta aos risos no anexo da Presidência enquanto o prédio sede era ocupado. Na ocasião, não foram utilizadas grades e barricadas para dificultar o acesso dos golpistas.

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Os vídeos ainda registraram o momento da tomada do Planalto pelos invasores e a tentativa de um pequeno efetivo de agentes do GSI em contar a horda de vândalos que avançava. As imagens também demonstram que a invasão do Planalto ocorreu pelas laterais, e não pela porta principal. Os golpistas destruíram as janelas de vidro que compõem toda a estrutura do prédio da Presidência.

No 8 de janeiro, além do Planalto também foram invadidos os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Extremistas conseguiram avançar pelo gramado da Esplanada em direção à Praça dos Três Poderes sem que a Polícia Militar conseguisse conter a multidão.

BRASÍLIA – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai contratar uma empresa para instalar 62 mil grades de proteção na Esplanada dos Ministérios e nos Palácios da Alvorada e Planalto. Alinhados, os alambrados somam 124 quilômetros de extensão, o que equivale a uma distância superior ao trecho de deslocamento de São Paulo a Santos – cidades separadas por 85 km.

O “cercadão” de Lula é bem superior ao do seu antecessor. Jair Bolsonaro também mandou colocar grades na frente de prédios públicos em Brasilia, mas em menor quantidade. O número é quase o dobro do que havia no primeiro ano do antecessor do petista. E 35% maior do que a quantidade de grades contratadas no ano passado.

A lista de compras do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ainda inclui 1 quilômetro de estruturas para “barricada de contenção de público” e outros 6 quilômetros de tapume para fechar áreas de segurança. O custo estimado da contratação soma R$ 986 mil.

O uso de grades de proteção alterou a paisagem de Brasília nos últimos anos. Antes aberto para que o público pudesse se aproximar, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi cercado pelas barreiras. O mesmo ocorreu com a Praça dos Três Poderes e o Congresso. O Planalto também passou a ter proteção física, além do espelho d’água.

Vídeos captados pelas câmeras externas do Supremo Tribunal Federal (STF) flagraram o momento em que a Tropa de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmontou um bloqueio tático posicionado próximo ao Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro Foto: Reprodução /STF

Agora, o GSI pretende usar as milhares de grades para proteger os palácios e as residências oficiais da Presidência, como o Alvorada e o Jaburu, onde moram, respectivamente, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O material pode ser usado até mesmo fora do complexo presidencial. A proposta é que seja utilizado “onde haja a possibilidade de ocorrência de intensas aglomerações ou manifestações com potencial oferecimento de risco aos bens e às autoridades a serem protegidos”.

“A previsão de realização de eventos em Brasília, em decorrência de visitas de Chefes de Estado e/ou de Governo, atividades políticas ou em decorrências de prováveis manifestações implicam na necessidade de emprego de alambrados disciplinadores, visando elevar a capacidade de segurança a ser proporcionada, em todos os níveis e para todas as autoridades que se necessite proteger”, diz a justificativa do edital de contratação.

O GSI, que passou por troca de comando e instabilidade interna recentemente, argumenta ser necessária a contratação de mais de uma centena de quilômetros de barreiras protetoras por causa da previsão de manifestações em Brasília, onde estão localizados os principais prédios da administração pública federal.

“Considerando os atuais acontecimentos na política do país e a intensificação da polarização de posicionamento partidário e a previsão de ocorrência de manifestações na área central de Brasília, o isolamento da área do Palácio do Planalto por meio da utilização de grades de proteção promove uma barreira física que facilita o controle de acesso às estruturas físicas da Presidência da República, evitando assim a aproximação de manifestantes, além de promover um isolamento adequado e eficiente”, argumenta o GSI.

O pregão para a compra das grades foi autorizado no dia 4 deste mês, quando o ministro-general Marcos Amaro assumiu o GSI. Ele restabeleceu o controle militar sobre a pasta após o período de interinidade de quase um mês do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, em seu comando. Amaro agora disputa com a Polícia Federal (PF) para devolver à caserna a tarefa de fazer a segurança pessoal do presidente.

O GSI foi a primeira pasta do governo Lula a ter um ministro demitido. O ex-titular do Gabinete na atual gestão, o general Edson Gonçalves Dias, pediu para deixar o cargo após a divulgação pela CNN de vídeos do circuito interno do Planalto nos quais ele aparecia dentro do prédio no dia da invasão, em 8 de janeiro.

Mais de 1,3 mil pessoas foram denunciadas por envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. Foto: Wilton Júnior/Estadão

As imagens captadas na ocasião ainda mostraram um major do GSI oferecendo água aos invasores e um grupo de soldados da pasta aos risos no anexo da Presidência enquanto o prédio sede era ocupado. Na ocasião, não foram utilizadas grades e barricadas para dificultar o acesso dos golpistas.

Os vídeos ainda registraram o momento da tomada do Planalto pelos invasores e a tentativa de um pequeno efetivo de agentes do GSI em contar a horda de vândalos que avançava. As imagens também demonstram que a invasão do Planalto ocorreu pelas laterais, e não pela porta principal. Os golpistas destruíram as janelas de vidro que compõem toda a estrutura do prédio da Presidência.

No 8 de janeiro, além do Planalto também foram invadidos os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Extremistas conseguiram avançar pelo gramado da Esplanada em direção à Praça dos Três Poderes sem que a Polícia Militar conseguisse conter a multidão.

BRASÍLIA – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai contratar uma empresa para instalar 62 mil grades de proteção na Esplanada dos Ministérios e nos Palácios da Alvorada e Planalto. Alinhados, os alambrados somam 124 quilômetros de extensão, o que equivale a uma distância superior ao trecho de deslocamento de São Paulo a Santos – cidades separadas por 85 km.

O “cercadão” de Lula é bem superior ao do seu antecessor. Jair Bolsonaro também mandou colocar grades na frente de prédios públicos em Brasilia, mas em menor quantidade. O número é quase o dobro do que havia no primeiro ano do antecessor do petista. E 35% maior do que a quantidade de grades contratadas no ano passado.

A lista de compras do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ainda inclui 1 quilômetro de estruturas para “barricada de contenção de público” e outros 6 quilômetros de tapume para fechar áreas de segurança. O custo estimado da contratação soma R$ 986 mil.

O uso de grades de proteção alterou a paisagem de Brasília nos últimos anos. Antes aberto para que o público pudesse se aproximar, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi cercado pelas barreiras. O mesmo ocorreu com a Praça dos Três Poderes e o Congresso. O Planalto também passou a ter proteção física, além do espelho d’água.

Vídeos captados pelas câmeras externas do Supremo Tribunal Federal (STF) flagraram o momento em que a Tropa de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmontou um bloqueio tático posicionado próximo ao Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro Foto: Reprodução /STF

Agora, o GSI pretende usar as milhares de grades para proteger os palácios e as residências oficiais da Presidência, como o Alvorada e o Jaburu, onde moram, respectivamente, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O material pode ser usado até mesmo fora do complexo presidencial. A proposta é que seja utilizado “onde haja a possibilidade de ocorrência de intensas aglomerações ou manifestações com potencial oferecimento de risco aos bens e às autoridades a serem protegidos”.

“A previsão de realização de eventos em Brasília, em decorrência de visitas de Chefes de Estado e/ou de Governo, atividades políticas ou em decorrências de prováveis manifestações implicam na necessidade de emprego de alambrados disciplinadores, visando elevar a capacidade de segurança a ser proporcionada, em todos os níveis e para todas as autoridades que se necessite proteger”, diz a justificativa do edital de contratação.

O GSI, que passou por troca de comando e instabilidade interna recentemente, argumenta ser necessária a contratação de mais de uma centena de quilômetros de barreiras protetoras por causa da previsão de manifestações em Brasília, onde estão localizados os principais prédios da administração pública federal.

“Considerando os atuais acontecimentos na política do país e a intensificação da polarização de posicionamento partidário e a previsão de ocorrência de manifestações na área central de Brasília, o isolamento da área do Palácio do Planalto por meio da utilização de grades de proteção promove uma barreira física que facilita o controle de acesso às estruturas físicas da Presidência da República, evitando assim a aproximação de manifestantes, além de promover um isolamento adequado e eficiente”, argumenta o GSI.

O pregão para a compra das grades foi autorizado no dia 4 deste mês, quando o ministro-general Marcos Amaro assumiu o GSI. Ele restabeleceu o controle militar sobre a pasta após o período de interinidade de quase um mês do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, em seu comando. Amaro agora disputa com a Polícia Federal (PF) para devolver à caserna a tarefa de fazer a segurança pessoal do presidente.

O GSI foi a primeira pasta do governo Lula a ter um ministro demitido. O ex-titular do Gabinete na atual gestão, o general Edson Gonçalves Dias, pediu para deixar o cargo após a divulgação pela CNN de vídeos do circuito interno do Planalto nos quais ele aparecia dentro do prédio no dia da invasão, em 8 de janeiro.

Mais de 1,3 mil pessoas foram denunciadas por envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. Foto: Wilton Júnior/Estadão

As imagens captadas na ocasião ainda mostraram um major do GSI oferecendo água aos invasores e um grupo de soldados da pasta aos risos no anexo da Presidência enquanto o prédio sede era ocupado. Na ocasião, não foram utilizadas grades e barricadas para dificultar o acesso dos golpistas.

Os vídeos ainda registraram o momento da tomada do Planalto pelos invasores e a tentativa de um pequeno efetivo de agentes do GSI em contar a horda de vândalos que avançava. As imagens também demonstram que a invasão do Planalto ocorreu pelas laterais, e não pela porta principal. Os golpistas destruíram as janelas de vidro que compõem toda a estrutura do prédio da Presidência.

No 8 de janeiro, além do Planalto também foram invadidos os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Extremistas conseguiram avançar pelo gramado da Esplanada em direção à Praça dos Três Poderes sem que a Polícia Militar conseguisse conter a multidão.

BRASÍLIA – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai contratar uma empresa para instalar 62 mil grades de proteção na Esplanada dos Ministérios e nos Palácios da Alvorada e Planalto. Alinhados, os alambrados somam 124 quilômetros de extensão, o que equivale a uma distância superior ao trecho de deslocamento de São Paulo a Santos – cidades separadas por 85 km.

O “cercadão” de Lula é bem superior ao do seu antecessor. Jair Bolsonaro também mandou colocar grades na frente de prédios públicos em Brasilia, mas em menor quantidade. O número é quase o dobro do que havia no primeiro ano do antecessor do petista. E 35% maior do que a quantidade de grades contratadas no ano passado.

A lista de compras do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ainda inclui 1 quilômetro de estruturas para “barricada de contenção de público” e outros 6 quilômetros de tapume para fechar áreas de segurança. O custo estimado da contratação soma R$ 986 mil.

O uso de grades de proteção alterou a paisagem de Brasília nos últimos anos. Antes aberto para que o público pudesse se aproximar, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi cercado pelas barreiras. O mesmo ocorreu com a Praça dos Três Poderes e o Congresso. O Planalto também passou a ter proteção física, além do espelho d’água.

Vídeos captados pelas câmeras externas do Supremo Tribunal Federal (STF) flagraram o momento em que a Tropa de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmontou um bloqueio tático posicionado próximo ao Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro Foto: Reprodução /STF

Agora, o GSI pretende usar as milhares de grades para proteger os palácios e as residências oficiais da Presidência, como o Alvorada e o Jaburu, onde moram, respectivamente, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O material pode ser usado até mesmo fora do complexo presidencial. A proposta é que seja utilizado “onde haja a possibilidade de ocorrência de intensas aglomerações ou manifestações com potencial oferecimento de risco aos bens e às autoridades a serem protegidos”.

“A previsão de realização de eventos em Brasília, em decorrência de visitas de Chefes de Estado e/ou de Governo, atividades políticas ou em decorrências de prováveis manifestações implicam na necessidade de emprego de alambrados disciplinadores, visando elevar a capacidade de segurança a ser proporcionada, em todos os níveis e para todas as autoridades que se necessite proteger”, diz a justificativa do edital de contratação.

O GSI, que passou por troca de comando e instabilidade interna recentemente, argumenta ser necessária a contratação de mais de uma centena de quilômetros de barreiras protetoras por causa da previsão de manifestações em Brasília, onde estão localizados os principais prédios da administração pública federal.

“Considerando os atuais acontecimentos na política do país e a intensificação da polarização de posicionamento partidário e a previsão de ocorrência de manifestações na área central de Brasília, o isolamento da área do Palácio do Planalto por meio da utilização de grades de proteção promove uma barreira física que facilita o controle de acesso às estruturas físicas da Presidência da República, evitando assim a aproximação de manifestantes, além de promover um isolamento adequado e eficiente”, argumenta o GSI.

O pregão para a compra das grades foi autorizado no dia 4 deste mês, quando o ministro-general Marcos Amaro assumiu o GSI. Ele restabeleceu o controle militar sobre a pasta após o período de interinidade de quase um mês do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, em seu comando. Amaro agora disputa com a Polícia Federal (PF) para devolver à caserna a tarefa de fazer a segurança pessoal do presidente.

O GSI foi a primeira pasta do governo Lula a ter um ministro demitido. O ex-titular do Gabinete na atual gestão, o general Edson Gonçalves Dias, pediu para deixar o cargo após a divulgação pela CNN de vídeos do circuito interno do Planalto nos quais ele aparecia dentro do prédio no dia da invasão, em 8 de janeiro.

Mais de 1,3 mil pessoas foram denunciadas por envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. Foto: Wilton Júnior/Estadão

As imagens captadas na ocasião ainda mostraram um major do GSI oferecendo água aos invasores e um grupo de soldados da pasta aos risos no anexo da Presidência enquanto o prédio sede era ocupado. Na ocasião, não foram utilizadas grades e barricadas para dificultar o acesso dos golpistas.

Os vídeos ainda registraram o momento da tomada do Planalto pelos invasores e a tentativa de um pequeno efetivo de agentes do GSI em contar a horda de vândalos que avançava. As imagens também demonstram que a invasão do Planalto ocorreu pelas laterais, e não pela porta principal. Os golpistas destruíram as janelas de vidro que compõem toda a estrutura do prédio da Presidência.

No 8 de janeiro, além do Planalto também foram invadidos os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Extremistas conseguiram avançar pelo gramado da Esplanada em direção à Praça dos Três Poderes sem que a Polícia Militar conseguisse conter a multidão.

BRASÍLIA – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai contratar uma empresa para instalar 62 mil grades de proteção na Esplanada dos Ministérios e nos Palácios da Alvorada e Planalto. Alinhados, os alambrados somam 124 quilômetros de extensão, o que equivale a uma distância superior ao trecho de deslocamento de São Paulo a Santos – cidades separadas por 85 km.

O “cercadão” de Lula é bem superior ao do seu antecessor. Jair Bolsonaro também mandou colocar grades na frente de prédios públicos em Brasilia, mas em menor quantidade. O número é quase o dobro do que havia no primeiro ano do antecessor do petista. E 35% maior do que a quantidade de grades contratadas no ano passado.

A lista de compras do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ainda inclui 1 quilômetro de estruturas para “barricada de contenção de público” e outros 6 quilômetros de tapume para fechar áreas de segurança. O custo estimado da contratação soma R$ 986 mil.

O uso de grades de proteção alterou a paisagem de Brasília nos últimos anos. Antes aberto para que o público pudesse se aproximar, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi cercado pelas barreiras. O mesmo ocorreu com a Praça dos Três Poderes e o Congresso. O Planalto também passou a ter proteção física, além do espelho d’água.

Vídeos captados pelas câmeras externas do Supremo Tribunal Federal (STF) flagraram o momento em que a Tropa de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmontou um bloqueio tático posicionado próximo ao Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro Foto: Reprodução /STF

Agora, o GSI pretende usar as milhares de grades para proteger os palácios e as residências oficiais da Presidência, como o Alvorada e o Jaburu, onde moram, respectivamente, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O material pode ser usado até mesmo fora do complexo presidencial. A proposta é que seja utilizado “onde haja a possibilidade de ocorrência de intensas aglomerações ou manifestações com potencial oferecimento de risco aos bens e às autoridades a serem protegidos”.

“A previsão de realização de eventos em Brasília, em decorrência de visitas de Chefes de Estado e/ou de Governo, atividades políticas ou em decorrências de prováveis manifestações implicam na necessidade de emprego de alambrados disciplinadores, visando elevar a capacidade de segurança a ser proporcionada, em todos os níveis e para todas as autoridades que se necessite proteger”, diz a justificativa do edital de contratação.

O GSI, que passou por troca de comando e instabilidade interna recentemente, argumenta ser necessária a contratação de mais de uma centena de quilômetros de barreiras protetoras por causa da previsão de manifestações em Brasília, onde estão localizados os principais prédios da administração pública federal.

“Considerando os atuais acontecimentos na política do país e a intensificação da polarização de posicionamento partidário e a previsão de ocorrência de manifestações na área central de Brasília, o isolamento da área do Palácio do Planalto por meio da utilização de grades de proteção promove uma barreira física que facilita o controle de acesso às estruturas físicas da Presidência da República, evitando assim a aproximação de manifestantes, além de promover um isolamento adequado e eficiente”, argumenta o GSI.

O pregão para a compra das grades foi autorizado no dia 4 deste mês, quando o ministro-general Marcos Amaro assumiu o GSI. Ele restabeleceu o controle militar sobre a pasta após o período de interinidade de quase um mês do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, em seu comando. Amaro agora disputa com a Polícia Federal (PF) para devolver à caserna a tarefa de fazer a segurança pessoal do presidente.

O GSI foi a primeira pasta do governo Lula a ter um ministro demitido. O ex-titular do Gabinete na atual gestão, o general Edson Gonçalves Dias, pediu para deixar o cargo após a divulgação pela CNN de vídeos do circuito interno do Planalto nos quais ele aparecia dentro do prédio no dia da invasão, em 8 de janeiro.

Mais de 1,3 mil pessoas foram denunciadas por envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. Foto: Wilton Júnior/Estadão

As imagens captadas na ocasião ainda mostraram um major do GSI oferecendo água aos invasores e um grupo de soldados da pasta aos risos no anexo da Presidência enquanto o prédio sede era ocupado. Na ocasião, não foram utilizadas grades e barricadas para dificultar o acesso dos golpistas.

Os vídeos ainda registraram o momento da tomada do Planalto pelos invasores e a tentativa de um pequeno efetivo de agentes do GSI em contar a horda de vândalos que avançava. As imagens também demonstram que a invasão do Planalto ocorreu pelas laterais, e não pela porta principal. Os golpistas destruíram as janelas de vidro que compõem toda a estrutura do prédio da Presidência.

No 8 de janeiro, além do Planalto também foram invadidos os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Extremistas conseguiram avançar pelo gramado da Esplanada em direção à Praça dos Três Poderes sem que a Polícia Militar conseguisse conter a multidão.

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