Polícia do Rio sabotou investigação de caso Marielle desde o início, mostra investigação


Relatório da investigação feita pela PF conclui que Polícia Civil sabotou a investigação em pelo menos quatro ocasiões; advogado Alexandre Dumans, que representa o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, nega a participação dele no crime

Por Karina Ferreira

A investigação da Polícia Federal (PF) que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes aponta evidências claras de obstrução criminal às investigações, originadas dentro da própria Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

O inquérito aponta que a investigação foi sabotada desde o início, “mediante ajuste prévio dos autores intelectuais com o então responsável pela apuração de todos os homicídios ocorridos no Rio de Janeiro”, o delegado e ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. O advogado Alexandre Dumans, que representa o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, nega a participação dele no crime.

A PF aponta que os policiais foram negligentes em quatro situações: na hora de recolher as imagens das câmeras de segurança do local do crime; com o desaparecimento do celular apreendido do suposto responsável por clonar o veículo usado na execução; na ausência de informações substanciais acerca da busca e apreensão realizada em empresa de sócio dos Brazão; e o no bojo da Operação Nevoeiro, que teria sido sabotada para “proteger contraventores”.

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Além do delegado, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, também foram presos preventivamente pela Polícia Federal, suspeito de serem os mandantes dos assassinatos.

O Delegado Rivaldo Barbosa, ex chefe da polícia civil do RJ, preso preventivamente pela Polícia Federal. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

As informações são parte do relatório da PF que investiga o assassinato da vereadora carioca e de seu motorista, e teve o sigilo levantado na tarde deste domingo, 24, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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A nomeação de Giniton Lages como titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) na manhã após o crime, feita por Rivaldo, é outra “coincidência” apontada no inquérito da PF, especialmente dada a relação de confiança prévia entre os dois. “Ou seja, os trabalhos de sabotagem se iniciaram no momento mais sensível da apuração do crime, as horas de ouro, o que ensejou a perda de elementos de convicção importantes para a sua resolução a contento como, por exemplo, a captação das imagens dos circuitos internos de televisão dos imóveis adjacentes ao local do crime”, aponta o relatório.

A investigação ainda aponta para o fato do crime ter ocorrido um dia após a posse de Rivaldo na função de Chefe da Polícia, elencando se tratar de “coincidência, ou não”.

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Outro trecho do relatório mostra que Rivaldo arquitetou o crime, fixando a exigência de que o assassinato não poderia ocorrer quando a vereadora estivesse a caminho da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, para não ser considerado um crime político e, consequentemente, investigado pela PF. Se isso ocorresse, ele “perderia o pleno controle da apuração que lhe envolvia”, diz o relatório.

A prisão ocorreu nesta manhã na operação Murder Inc., deflagrada de forma conjunta por PF, Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A operação investiga os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

A investigação da Polícia Federal (PF) que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes aponta evidências claras de obstrução criminal às investigações, originadas dentro da própria Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

O inquérito aponta que a investigação foi sabotada desde o início, “mediante ajuste prévio dos autores intelectuais com o então responsável pela apuração de todos os homicídios ocorridos no Rio de Janeiro”, o delegado e ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. O advogado Alexandre Dumans, que representa o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, nega a participação dele no crime.

A PF aponta que os policiais foram negligentes em quatro situações: na hora de recolher as imagens das câmeras de segurança do local do crime; com o desaparecimento do celular apreendido do suposto responsável por clonar o veículo usado na execução; na ausência de informações substanciais acerca da busca e apreensão realizada em empresa de sócio dos Brazão; e o no bojo da Operação Nevoeiro, que teria sido sabotada para “proteger contraventores”.

Além do delegado, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, também foram presos preventivamente pela Polícia Federal, suspeito de serem os mandantes dos assassinatos.

O Delegado Rivaldo Barbosa, ex chefe da polícia civil do RJ, preso preventivamente pela Polícia Federal. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

As informações são parte do relatório da PF que investiga o assassinato da vereadora carioca e de seu motorista, e teve o sigilo levantado na tarde deste domingo, 24, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A nomeação de Giniton Lages como titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) na manhã após o crime, feita por Rivaldo, é outra “coincidência” apontada no inquérito da PF, especialmente dada a relação de confiança prévia entre os dois. “Ou seja, os trabalhos de sabotagem se iniciaram no momento mais sensível da apuração do crime, as horas de ouro, o que ensejou a perda de elementos de convicção importantes para a sua resolução a contento como, por exemplo, a captação das imagens dos circuitos internos de televisão dos imóveis adjacentes ao local do crime”, aponta o relatório.

A investigação ainda aponta para o fato do crime ter ocorrido um dia após a posse de Rivaldo na função de Chefe da Polícia, elencando se tratar de “coincidência, ou não”.

Outro trecho do relatório mostra que Rivaldo arquitetou o crime, fixando a exigência de que o assassinato não poderia ocorrer quando a vereadora estivesse a caminho da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, para não ser considerado um crime político e, consequentemente, investigado pela PF. Se isso ocorresse, ele “perderia o pleno controle da apuração que lhe envolvia”, diz o relatório.

A prisão ocorreu nesta manhã na operação Murder Inc., deflagrada de forma conjunta por PF, Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A operação investiga os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

A investigação da Polícia Federal (PF) que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes aponta evidências claras de obstrução criminal às investigações, originadas dentro da própria Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

O inquérito aponta que a investigação foi sabotada desde o início, “mediante ajuste prévio dos autores intelectuais com o então responsável pela apuração de todos os homicídios ocorridos no Rio de Janeiro”, o delegado e ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. O advogado Alexandre Dumans, que representa o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, nega a participação dele no crime.

A PF aponta que os policiais foram negligentes em quatro situações: na hora de recolher as imagens das câmeras de segurança do local do crime; com o desaparecimento do celular apreendido do suposto responsável por clonar o veículo usado na execução; na ausência de informações substanciais acerca da busca e apreensão realizada em empresa de sócio dos Brazão; e o no bojo da Operação Nevoeiro, que teria sido sabotada para “proteger contraventores”.

Além do delegado, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, também foram presos preventivamente pela Polícia Federal, suspeito de serem os mandantes dos assassinatos.

O Delegado Rivaldo Barbosa, ex chefe da polícia civil do RJ, preso preventivamente pela Polícia Federal. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

As informações são parte do relatório da PF que investiga o assassinato da vereadora carioca e de seu motorista, e teve o sigilo levantado na tarde deste domingo, 24, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A nomeação de Giniton Lages como titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) na manhã após o crime, feita por Rivaldo, é outra “coincidência” apontada no inquérito da PF, especialmente dada a relação de confiança prévia entre os dois. “Ou seja, os trabalhos de sabotagem se iniciaram no momento mais sensível da apuração do crime, as horas de ouro, o que ensejou a perda de elementos de convicção importantes para a sua resolução a contento como, por exemplo, a captação das imagens dos circuitos internos de televisão dos imóveis adjacentes ao local do crime”, aponta o relatório.

A investigação ainda aponta para o fato do crime ter ocorrido um dia após a posse de Rivaldo na função de Chefe da Polícia, elencando se tratar de “coincidência, ou não”.

Outro trecho do relatório mostra que Rivaldo arquitetou o crime, fixando a exigência de que o assassinato não poderia ocorrer quando a vereadora estivesse a caminho da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, para não ser considerado um crime político e, consequentemente, investigado pela PF. Se isso ocorresse, ele “perderia o pleno controle da apuração que lhe envolvia”, diz o relatório.

A prisão ocorreu nesta manhã na operação Murder Inc., deflagrada de forma conjunta por PF, Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A operação investiga os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

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