Políticos se manifestam sobre prisão de suspeitos de mandar matar Marielle Franco; veja repercussão


Operação prendeu irmãos Brazão e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, na manhã deste domingo, 24, no Rio de Janeiro; os três negam participação no ato

Por Karina Ferreira
Atualização:

A prisão dos suspeitos de mandar assassinar a vereadora do Rio Marielle Franco em março de 2018 provocou reações de governistas e oposicionistas desde os primeiros momentos da manhã deste domingo, 24.

Seis anos após o crime, que também resultou na morte do motorista Anderson Gomes, uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três negam participação no ato.

A vereadora do Rio e viúva de Marielle, Monica Benício (PSOL), disse em entrevista coletiva na sede da Superintendência da PF no Rio que Barbosa ser apontado como um dos suspeitos mostra que a Polícia Civil não foi apenas falha, mas cúmplice do crime.

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“Hoje saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu, dizendo que esse caso seria uma prioridade, tem envolvimento nesse mando, para nós, é entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma ‘falha’ que chegamos a seis anos de dor, mas em especial por ter sido conivente todo esse tempo”, disse Monica aos jornalistas com a voz embargada.

Ela também postou uma nota oficial em seu perfil no Instagram, afirmando que é “um momento de esperançar justiça e paz”.

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou a notícia da prisão em seu perfil no X (antigo Twitter), dizendo que é “um grande dia” e marca “mais um grande passo” para conseguirem as respostas que tanto se perguntam nos últimos anos. A ministra também agradeceu nominalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que foi sorteado no último dia 15 como relator do caso que investiga o crime, que foi transferido do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o STF.

“Lugares onde as pessoas deveriam estar cuidando do povo, da proteção do povo, não é lugar onde as pessoas arquitetam crimes tão covardes e cruéis como foi o da minha irmã”, disse em vídeo postado na rede social.

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O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha fez um post exaltando a colega de Esplanada, dizendo que a altivez demonstrada por ela e sua mãe, Marinete da Silva, reafirma que “resiliência e esperança andam juntas” e de que “política, instituições e milícias nunca poderiam se quer se encontrarem”.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que a prisão preventiva de três suspeitos é uma oportunidade para o Rio de Janeiro “virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”. Além de aliado político, Freixo era amigo de Marielle.

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Aniele Franco, irmã de Marielle Franco, e Marcelo Freixo, em manifestação para relembrar um mês do assassinato da vereadora, em 2018. Foto: Wilton Junior/ Estadão

“Foram 5 delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar”, escreveu Freixo, no X (antigo Twitter). Freixo também se diz indignado com o envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, para quem ligou assim que soube da morte de Marielle naquela quarta-feira, em março de 2018.

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O novo ministro do STF e ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou, afirmando que a data é um domingo de “celebração da fé e da justiça”. Por ordem da Corte, a PF deflagrou a Operação Murder Inc, que também realizou 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

Em janeiro, antes de deixar a pasta da Justiça e ir para o STF, ele disse que não havia um prazo definido para a conclusão, mas que havia perspectiva de que a investigação estivesse próxima do fim com a entrada da Polícia Federal (PF) na investigação.

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A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), disse que a prisão de domingo é um marco na luta contra a violência política e de gênero e foi resultado de “trabalho sério da PF em sintonia com MP e STF”.

“Prisão dos suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle é um marco na luta contra a violência política e de gênero. Que sejam denunciados e julgados todos os envolvidos no crime, que também vitimou o Anderson. Trabalho sério da Polícia Federal, em sintonia com o Ministério Público e o STF, foi fundamental para que o país e o mundo conhecessem a verdade, por tanto tempo ocultada”, escreveu em seu perfil no X.

Guilherme Boulos (PSOL-SP), deputado federal e pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, postou uma foto dele com Marielle desejando forças às famílias e questionou a nomeação de Rivaldo Barbosa para chefiar a polícia carioca ter sido feita um dia antes do assassinato.

“Ainda precisamos saber porque o general Braga Neto, que depois veio a ser Ministro e homem forte de Bolsonaro, indicou um criminoso para chefiar a Polícia carioca 1 dia antes do assassinato. De toda forma, o dia de hoje foi muito esperado nos últimos 6 anos!”

Rivaldo foi empossado chefe da Polícia Civil do Rio no dia 13 de março de 2018. Na época a segurança do Rio estava sob intervenção federal, com o general Walter Braga Netto à frente, que depois seria ministro da Defesa e da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A nomeação foi feita pelo general Richard Nunes, à época à frente da Secretaria de Segurança Pública.

Poucos oposicionistas se manifestaram sobre a prisão até agora. A hashtag “Quem mandou matar Bolsonaro” chegou a ser um dos assuntos mais comentados na rede na manhã deste domingo, em uma tentativa de comparar o assassinato da vereadora com o caso do atentado a faca contra o então candidato na campanha presidencial de 2018.

O deputado federal e vice-líder da oposição, Mauricio Marcon (PODE-RS), disse que o ex-presidente foi “atacado por anos injustamente” como autor do crime, e que “os verdadeiros criminosos” presos “são pessoas ligadas a milícia que já fizeram campanha para o PT”.

O deputado federal e vice-líder do PL, Bibo Nunes (PL-RS) também menciona Bolsonaro, dizendo que “todos os crimes devem ser investigados”.

“A luta para descobrir quem mandou matar Marielle é intensa, enquanto quem mandou matar Bolsonaro está esquecido. Qual o sentido disso? Todos crimes devem ser investigados!”, escreveu em seu perfil no X.

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, senador Sérgio Moro (União-PR), escreveu em sua rede social que espera que os mandantes do assassinato “paguem pelos seus crimes” e desejou que as famílias de Marielle e Anderson ”possam encontrar justiça e paz”. Ele aproveitou para relembrar momentos da investigação enquanto esteve à frente da pasta ministerial e diz que agora “ficam sepultadas as inúmeras fake news exploradas irresponsavelmente sobre esse terrível crime”.

Em 14 de março de 2018, a vereadora e o seu motorista foram mortos a tiros quando voltavam de um evento promovido pelo partido da vereadora, o PSOL.

A prisão dos suspeitos ocorreu após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciar a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o responsável por executar os assassinatos há seis anos. O caso foi federalizado e passou a ser de responsabilidade do STF após Lessa citar o deputado Chiquinho Brazão, que tem foro privilegiado.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

A prisão dos suspeitos de mandar assassinar a vereadora do Rio Marielle Franco em março de 2018 provocou reações de governistas e oposicionistas desde os primeiros momentos da manhã deste domingo, 24.

Seis anos após o crime, que também resultou na morte do motorista Anderson Gomes, uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três negam participação no ato.

A vereadora do Rio e viúva de Marielle, Monica Benício (PSOL), disse em entrevista coletiva na sede da Superintendência da PF no Rio que Barbosa ser apontado como um dos suspeitos mostra que a Polícia Civil não foi apenas falha, mas cúmplice do crime.

“Hoje saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu, dizendo que esse caso seria uma prioridade, tem envolvimento nesse mando, para nós, é entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma ‘falha’ que chegamos a seis anos de dor, mas em especial por ter sido conivente todo esse tempo”, disse Monica aos jornalistas com a voz embargada.

Ela também postou uma nota oficial em seu perfil no Instagram, afirmando que é “um momento de esperançar justiça e paz”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou a notícia da prisão em seu perfil no X (antigo Twitter), dizendo que é “um grande dia” e marca “mais um grande passo” para conseguirem as respostas que tanto se perguntam nos últimos anos. A ministra também agradeceu nominalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que foi sorteado no último dia 15 como relator do caso que investiga o crime, que foi transferido do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o STF.

“Lugares onde as pessoas deveriam estar cuidando do povo, da proteção do povo, não é lugar onde as pessoas arquitetam crimes tão covardes e cruéis como foi o da minha irmã”, disse em vídeo postado na rede social.

O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha fez um post exaltando a colega de Esplanada, dizendo que a altivez demonstrada por ela e sua mãe, Marinete da Silva, reafirma que “resiliência e esperança andam juntas” e de que “política, instituições e milícias nunca poderiam se quer se encontrarem”.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que a prisão preventiva de três suspeitos é uma oportunidade para o Rio de Janeiro “virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”. Além de aliado político, Freixo era amigo de Marielle.

Aniele Franco, irmã de Marielle Franco, e Marcelo Freixo, em manifestação para relembrar um mês do assassinato da vereadora, em 2018. Foto: Wilton Junior/ Estadão

“Foram 5 delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar”, escreveu Freixo, no X (antigo Twitter). Freixo também se diz indignado com o envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, para quem ligou assim que soube da morte de Marielle naquela quarta-feira, em março de 2018.

O novo ministro do STF e ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou, afirmando que a data é um domingo de “celebração da fé e da justiça”. Por ordem da Corte, a PF deflagrou a Operação Murder Inc, que também realizou 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

Em janeiro, antes de deixar a pasta da Justiça e ir para o STF, ele disse que não havia um prazo definido para a conclusão, mas que havia perspectiva de que a investigação estivesse próxima do fim com a entrada da Polícia Federal (PF) na investigação.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), disse que a prisão de domingo é um marco na luta contra a violência política e de gênero e foi resultado de “trabalho sério da PF em sintonia com MP e STF”.

“Prisão dos suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle é um marco na luta contra a violência política e de gênero. Que sejam denunciados e julgados todos os envolvidos no crime, que também vitimou o Anderson. Trabalho sério da Polícia Federal, em sintonia com o Ministério Público e o STF, foi fundamental para que o país e o mundo conhecessem a verdade, por tanto tempo ocultada”, escreveu em seu perfil no X.

Guilherme Boulos (PSOL-SP), deputado federal e pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, postou uma foto dele com Marielle desejando forças às famílias e questionou a nomeação de Rivaldo Barbosa para chefiar a polícia carioca ter sido feita um dia antes do assassinato.

“Ainda precisamos saber porque o general Braga Neto, que depois veio a ser Ministro e homem forte de Bolsonaro, indicou um criminoso para chefiar a Polícia carioca 1 dia antes do assassinato. De toda forma, o dia de hoje foi muito esperado nos últimos 6 anos!”

Rivaldo foi empossado chefe da Polícia Civil do Rio no dia 13 de março de 2018. Na época a segurança do Rio estava sob intervenção federal, com o general Walter Braga Netto à frente, que depois seria ministro da Defesa e da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A nomeação foi feita pelo general Richard Nunes, à época à frente da Secretaria de Segurança Pública.

Poucos oposicionistas se manifestaram sobre a prisão até agora. A hashtag “Quem mandou matar Bolsonaro” chegou a ser um dos assuntos mais comentados na rede na manhã deste domingo, em uma tentativa de comparar o assassinato da vereadora com o caso do atentado a faca contra o então candidato na campanha presidencial de 2018.

O deputado federal e vice-líder da oposição, Mauricio Marcon (PODE-RS), disse que o ex-presidente foi “atacado por anos injustamente” como autor do crime, e que “os verdadeiros criminosos” presos “são pessoas ligadas a milícia que já fizeram campanha para o PT”.

O deputado federal e vice-líder do PL, Bibo Nunes (PL-RS) também menciona Bolsonaro, dizendo que “todos os crimes devem ser investigados”.

“A luta para descobrir quem mandou matar Marielle é intensa, enquanto quem mandou matar Bolsonaro está esquecido. Qual o sentido disso? Todos crimes devem ser investigados!”, escreveu em seu perfil no X.

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, senador Sérgio Moro (União-PR), escreveu em sua rede social que espera que os mandantes do assassinato “paguem pelos seus crimes” e desejou que as famílias de Marielle e Anderson ”possam encontrar justiça e paz”. Ele aproveitou para relembrar momentos da investigação enquanto esteve à frente da pasta ministerial e diz que agora “ficam sepultadas as inúmeras fake news exploradas irresponsavelmente sobre esse terrível crime”.

Em 14 de março de 2018, a vereadora e o seu motorista foram mortos a tiros quando voltavam de um evento promovido pelo partido da vereadora, o PSOL.

A prisão dos suspeitos ocorreu após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciar a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o responsável por executar os assassinatos há seis anos. O caso foi federalizado e passou a ser de responsabilidade do STF após Lessa citar o deputado Chiquinho Brazão, que tem foro privilegiado.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

A prisão dos suspeitos de mandar assassinar a vereadora do Rio Marielle Franco em março de 2018 provocou reações de governistas e oposicionistas desde os primeiros momentos da manhã deste domingo, 24.

Seis anos após o crime, que também resultou na morte do motorista Anderson Gomes, uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três negam participação no ato.

A vereadora do Rio e viúva de Marielle, Monica Benício (PSOL), disse em entrevista coletiva na sede da Superintendência da PF no Rio que Barbosa ser apontado como um dos suspeitos mostra que a Polícia Civil não foi apenas falha, mas cúmplice do crime.

“Hoje saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu, dizendo que esse caso seria uma prioridade, tem envolvimento nesse mando, para nós, é entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma ‘falha’ que chegamos a seis anos de dor, mas em especial por ter sido conivente todo esse tempo”, disse Monica aos jornalistas com a voz embargada.

Ela também postou uma nota oficial em seu perfil no Instagram, afirmando que é “um momento de esperançar justiça e paz”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou a notícia da prisão em seu perfil no X (antigo Twitter), dizendo que é “um grande dia” e marca “mais um grande passo” para conseguirem as respostas que tanto se perguntam nos últimos anos. A ministra também agradeceu nominalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que foi sorteado no último dia 15 como relator do caso que investiga o crime, que foi transferido do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o STF.

“Lugares onde as pessoas deveriam estar cuidando do povo, da proteção do povo, não é lugar onde as pessoas arquitetam crimes tão covardes e cruéis como foi o da minha irmã”, disse em vídeo postado na rede social.

O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha fez um post exaltando a colega de Esplanada, dizendo que a altivez demonstrada por ela e sua mãe, Marinete da Silva, reafirma que “resiliência e esperança andam juntas” e de que “política, instituições e milícias nunca poderiam se quer se encontrarem”.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que a prisão preventiva de três suspeitos é uma oportunidade para o Rio de Janeiro “virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”. Além de aliado político, Freixo era amigo de Marielle.

Aniele Franco, irmã de Marielle Franco, e Marcelo Freixo, em manifestação para relembrar um mês do assassinato da vereadora, em 2018. Foto: Wilton Junior/ Estadão

“Foram 5 delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar”, escreveu Freixo, no X (antigo Twitter). Freixo também se diz indignado com o envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, para quem ligou assim que soube da morte de Marielle naquela quarta-feira, em março de 2018.

O novo ministro do STF e ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou, afirmando que a data é um domingo de “celebração da fé e da justiça”. Por ordem da Corte, a PF deflagrou a Operação Murder Inc, que também realizou 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

Em janeiro, antes de deixar a pasta da Justiça e ir para o STF, ele disse que não havia um prazo definido para a conclusão, mas que havia perspectiva de que a investigação estivesse próxima do fim com a entrada da Polícia Federal (PF) na investigação.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), disse que a prisão de domingo é um marco na luta contra a violência política e de gênero e foi resultado de “trabalho sério da PF em sintonia com MP e STF”.

“Prisão dos suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle é um marco na luta contra a violência política e de gênero. Que sejam denunciados e julgados todos os envolvidos no crime, que também vitimou o Anderson. Trabalho sério da Polícia Federal, em sintonia com o Ministério Público e o STF, foi fundamental para que o país e o mundo conhecessem a verdade, por tanto tempo ocultada”, escreveu em seu perfil no X.

Guilherme Boulos (PSOL-SP), deputado federal e pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, postou uma foto dele com Marielle desejando forças às famílias e questionou a nomeação de Rivaldo Barbosa para chefiar a polícia carioca ter sido feita um dia antes do assassinato.

“Ainda precisamos saber porque o general Braga Neto, que depois veio a ser Ministro e homem forte de Bolsonaro, indicou um criminoso para chefiar a Polícia carioca 1 dia antes do assassinato. De toda forma, o dia de hoje foi muito esperado nos últimos 6 anos!”

Rivaldo foi empossado chefe da Polícia Civil do Rio no dia 13 de março de 2018. Na época a segurança do Rio estava sob intervenção federal, com o general Walter Braga Netto à frente, que depois seria ministro da Defesa e da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A nomeação foi feita pelo general Richard Nunes, à época à frente da Secretaria de Segurança Pública.

Poucos oposicionistas se manifestaram sobre a prisão até agora. A hashtag “Quem mandou matar Bolsonaro” chegou a ser um dos assuntos mais comentados na rede na manhã deste domingo, em uma tentativa de comparar o assassinato da vereadora com o caso do atentado a faca contra o então candidato na campanha presidencial de 2018.

O deputado federal e vice-líder da oposição, Mauricio Marcon (PODE-RS), disse que o ex-presidente foi “atacado por anos injustamente” como autor do crime, e que “os verdadeiros criminosos” presos “são pessoas ligadas a milícia que já fizeram campanha para o PT”.

O deputado federal e vice-líder do PL, Bibo Nunes (PL-RS) também menciona Bolsonaro, dizendo que “todos os crimes devem ser investigados”.

“A luta para descobrir quem mandou matar Marielle é intensa, enquanto quem mandou matar Bolsonaro está esquecido. Qual o sentido disso? Todos crimes devem ser investigados!”, escreveu em seu perfil no X.

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, senador Sérgio Moro (União-PR), escreveu em sua rede social que espera que os mandantes do assassinato “paguem pelos seus crimes” e desejou que as famílias de Marielle e Anderson ”possam encontrar justiça e paz”. Ele aproveitou para relembrar momentos da investigação enquanto esteve à frente da pasta ministerial e diz que agora “ficam sepultadas as inúmeras fake news exploradas irresponsavelmente sobre esse terrível crime”.

Em 14 de março de 2018, a vereadora e o seu motorista foram mortos a tiros quando voltavam de um evento promovido pelo partido da vereadora, o PSOL.

A prisão dos suspeitos ocorreu após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciar a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o responsável por executar os assassinatos há seis anos. O caso foi federalizado e passou a ser de responsabilidade do STF após Lessa citar o deputado Chiquinho Brazão, que tem foro privilegiado.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

A prisão dos suspeitos de mandar assassinar a vereadora do Rio Marielle Franco em março de 2018 provocou reações de governistas e oposicionistas desde os primeiros momentos da manhã deste domingo, 24.

Seis anos após o crime, que também resultou na morte do motorista Anderson Gomes, uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os três negam participação no ato.

A vereadora do Rio e viúva de Marielle, Monica Benício (PSOL), disse em entrevista coletiva na sede da Superintendência da PF no Rio que Barbosa ser apontado como um dos suspeitos mostra que a Polícia Civil não foi apenas falha, mas cúmplice do crime.

“Hoje saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu, dizendo que esse caso seria uma prioridade, tem envolvimento nesse mando, para nós, é entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma ‘falha’ que chegamos a seis anos de dor, mas em especial por ter sido conivente todo esse tempo”, disse Monica aos jornalistas com a voz embargada.

Ela também postou uma nota oficial em seu perfil no Instagram, afirmando que é “um momento de esperançar justiça e paz”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou a notícia da prisão em seu perfil no X (antigo Twitter), dizendo que é “um grande dia” e marca “mais um grande passo” para conseguirem as respostas que tanto se perguntam nos últimos anos. A ministra também agradeceu nominalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que foi sorteado no último dia 15 como relator do caso que investiga o crime, que foi transferido do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o STF.

“Lugares onde as pessoas deveriam estar cuidando do povo, da proteção do povo, não é lugar onde as pessoas arquitetam crimes tão covardes e cruéis como foi o da minha irmã”, disse em vídeo postado na rede social.

O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha fez um post exaltando a colega de Esplanada, dizendo que a altivez demonstrada por ela e sua mãe, Marinete da Silva, reafirma que “resiliência e esperança andam juntas” e de que “política, instituições e milícias nunca poderiam se quer se encontrarem”.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que a prisão preventiva de três suspeitos é uma oportunidade para o Rio de Janeiro “virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”. Além de aliado político, Freixo era amigo de Marielle.

Aniele Franco, irmã de Marielle Franco, e Marcelo Freixo, em manifestação para relembrar um mês do assassinato da vereadora, em 2018. Foto: Wilton Junior/ Estadão

“Foram 5 delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar”, escreveu Freixo, no X (antigo Twitter). Freixo também se diz indignado com o envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, para quem ligou assim que soube da morte de Marielle naquela quarta-feira, em março de 2018.

O novo ministro do STF e ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou, afirmando que a data é um domingo de “celebração da fé e da justiça”. Por ordem da Corte, a PF deflagrou a Operação Murder Inc, que também realizou 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

Em janeiro, antes de deixar a pasta da Justiça e ir para o STF, ele disse que não havia um prazo definido para a conclusão, mas que havia perspectiva de que a investigação estivesse próxima do fim com a entrada da Polícia Federal (PF) na investigação.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), disse que a prisão de domingo é um marco na luta contra a violência política e de gênero e foi resultado de “trabalho sério da PF em sintonia com MP e STF”.

“Prisão dos suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle é um marco na luta contra a violência política e de gênero. Que sejam denunciados e julgados todos os envolvidos no crime, que também vitimou o Anderson. Trabalho sério da Polícia Federal, em sintonia com o Ministério Público e o STF, foi fundamental para que o país e o mundo conhecessem a verdade, por tanto tempo ocultada”, escreveu em seu perfil no X.

Guilherme Boulos (PSOL-SP), deputado federal e pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, postou uma foto dele com Marielle desejando forças às famílias e questionou a nomeação de Rivaldo Barbosa para chefiar a polícia carioca ter sido feita um dia antes do assassinato.

“Ainda precisamos saber porque o general Braga Neto, que depois veio a ser Ministro e homem forte de Bolsonaro, indicou um criminoso para chefiar a Polícia carioca 1 dia antes do assassinato. De toda forma, o dia de hoje foi muito esperado nos últimos 6 anos!”

Rivaldo foi empossado chefe da Polícia Civil do Rio no dia 13 de março de 2018. Na época a segurança do Rio estava sob intervenção federal, com o general Walter Braga Netto à frente, que depois seria ministro da Defesa e da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A nomeação foi feita pelo general Richard Nunes, à época à frente da Secretaria de Segurança Pública.

Poucos oposicionistas se manifestaram sobre a prisão até agora. A hashtag “Quem mandou matar Bolsonaro” chegou a ser um dos assuntos mais comentados na rede na manhã deste domingo, em uma tentativa de comparar o assassinato da vereadora com o caso do atentado a faca contra o então candidato na campanha presidencial de 2018.

O deputado federal e vice-líder da oposição, Mauricio Marcon (PODE-RS), disse que o ex-presidente foi “atacado por anos injustamente” como autor do crime, e que “os verdadeiros criminosos” presos “são pessoas ligadas a milícia que já fizeram campanha para o PT”.

O deputado federal e vice-líder do PL, Bibo Nunes (PL-RS) também menciona Bolsonaro, dizendo que “todos os crimes devem ser investigados”.

“A luta para descobrir quem mandou matar Marielle é intensa, enquanto quem mandou matar Bolsonaro está esquecido. Qual o sentido disso? Todos crimes devem ser investigados!”, escreveu em seu perfil no X.

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, senador Sérgio Moro (União-PR), escreveu em sua rede social que espera que os mandantes do assassinato “paguem pelos seus crimes” e desejou que as famílias de Marielle e Anderson ”possam encontrar justiça e paz”. Ele aproveitou para relembrar momentos da investigação enquanto esteve à frente da pasta ministerial e diz que agora “ficam sepultadas as inúmeras fake news exploradas irresponsavelmente sobre esse terrível crime”.

Em 14 de março de 2018, a vereadora e o seu motorista foram mortos a tiros quando voltavam de um evento promovido pelo partido da vereadora, o PSOL.

A prisão dos suspeitos ocorreu após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciar a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o responsável por executar os assassinatos há seis anos. O caso foi federalizado e passou a ser de responsabilidade do STF após Lessa citar o deputado Chiquinho Brazão, que tem foro privilegiado.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

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