BRASÍLIA - A ausência de segurança institucional para acompanhar a desembargadora Rosana Amara Girardi Fachin, do Tribunal de Justiça do Paraná, era a maior preocupação do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. A magistrada é mulher do relator da Operação Lava Jato na Corte, com quem tem duas filhas e dois netos.
Em nota divulgada nesta terça-feira, 27, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, informou que determinou providências e autorizou que a segurança de Fachin em Curitiba também possa acompanhar seus familiares, determinando o aumento do efetivo de seguranças na equipe em atuação na capital paranaense. Embora seja desembargadora, Rosana – assim como suas filhas e netos – não era acompanhada por escolta.
+++‘A Justiça não se intimida’, diz presidente do Supremo
Em entrevista exibida nesta terça-feira na GloboNews, Fachin manifestou preocupação com a segurança de familiares. “Uma das preocupações que tenho não é só com julgamentos, mas também com a segurança de membros de minha família.”
Relatoria. Além de ameaças sugeridas, o ministro vinha demonstrando desconforto com mensagens ofensivas recebidas por e-mail, que aumentaram após ele assumir a relatoria da Lava Jato na Corte, em fevereiro do ano passado, depois da morte, em um acidente aéreo, do colega Teori Zavascki.
+++'Não se pode ameaçar ministros do Supremo', diz Temer
Com a repercussão sobre as ameaças contra Fachin, o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, ligou para o ministro nesta terça-feira e colocou a instituição à disposição do magistrado. O Estado apurou que, na conversa com Galloro, Fachin afirmou que, no momento, não será necessária a abertura de investigação e que Cármen Lúcia já providenciou melhorias para garantir a segurança da família do ministro.