Presidente do partido de Bolsonaro diz que sala do TSE está aberta e ‘não é mais secreta’


Chamado de ‘sala secreta’ por Bolsonaro, o espaço de totalização dos votos foi visitado por representantes de partidos, observadores internacionais e militares

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse nesta quarta-feira, 28, que a sala onde os votos da eleição são totalizados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “não é mais secreta”. “Agora é aberta”, emendou. A declaração do dirigente partidário contraria o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição pela legenda, que costuma atacar a Corte Eleitoral e as urnas eletrônicas, alegando que ninguém pode ter acesso à área do TSE onde os votos são somados antes da divulgação.

Bolsonaro chama o espaço em que é feito o controle dos sistemas de totalização dos votos de “sala secreta” e acusa, sem provas, os ministros do TSE de não serem transparentes sobre os procedimentos realizados no local, o que, segundo ele, permitiria a manipulação dos resultados da eleição. Na última segunda-feira, 26, Bolsonaro voltou a atacar o TSE em sua rede social. Durante uma live, Bolsonaro disse o tribunal tem “má vontade” com as Forças Armadas, apesar de a Corte ter acatado algumas sugestões dos militares para o processo eleitoral, e afirmou que só haveria chance “zerada” de fraude se o País implementasse o voto impresso, que foi rejeitado pelo Congresso no ano passado.

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“Eles convidaram as Forças Armadas, que apresentaram várias sugestões. Foi uma briga para aceitar uma ou outra sugestão. Uma má vontade enorme do TSE para com as Forças Armadas, para nós buscarmos diminuir a possibilidade de fraude”, declarou o candidato à reeleição.

O ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, participou de visita a sala de totalização de votos no TSE. Foto: Wilton Junior / Estadão

Diferentemente do que acusa o presidente, o espaço é uma sala envidraçada onde trabalham servidores públicos do TSE que monitoram os sistemas de totalização dos votos e checam se todos os procedimentos estão sendo executados corretamente. A sala sequer pode ser considerada como um espaço contagem dos votos, pois não há interação humana no processo. O resultado das eleições é gerado automaticamente a partir do envio das informações pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

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Ao encerrar o tour pelo espaço, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a visita foi feita para demonstrar o que já “óbvio”, ou seja, que não há sigilo nas tarefas executadas realizados no local. “É uma sala aberta e clara. Não é nem sala secreta, nem sala escura”, afirmou.

“É importante que se coloque que esta sala não conta votos. Não há contagem manual. A partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna com os votos, isso entra no sistema, que faz a totalização a partir do programa que nós lacramos nas urnas no dia 2 de setembro. Não há participação humana. A sala de totalização apenas acompanha se há algum problema na rede ou sobrecarga, exatamente para evitar problemas. Os técnicos fazem esse trabalho com total fiscalização”, disse Moraes.

No início da semana, Moraes convidou os principais candidatos à Presidência para conhecer o espaço, mas nenhum dos concorrentes aceitou participar da visitação. As campanhas optaram por enviar representantes. Além do PL, o PT, PDT, União Brasil e PTB também participaram do evento. As quatro siglas mandaram integrantes do núcleo jurídico das campanhas para acompanhar as explicações.

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O evento ainda contou com a presença de militares, cujos questionamentos ao processo eleitoral tem dado munição às criticas de Bolsonaro contra o sistema de votação. Participaram da visita o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o general Rodrigo Vergara, responsável pela comunicação da pasta, o coronel Wagner Oliveira da Silva e o também coronel Marcelo Nogueira de Souza, que representa as Forças Armadas na Comissão de Transparências das Eleições no TSE.

A lista de autoridades que conheceram a sala de totalização ainda conta com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti e o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco. A Controladoria-Geral da União (CGU), subordinada a Bolsonaro, enviou dois servidores ao local. A visitação ainda contou com sete missões de observação eleitoral, que acompanham presencialmente cada uma das etapas de preparação das eleições para entregar relatórios sobre a presteza dos sistemas brasileiras.

Durante a visitação, o secretário de Tecnologia da Informação da TSE, Júlio Valente, explicou a cada um dos presentes as atividades realizados no local no dia da votação. Segundo ele, os técnicos que trabalham na sala apenas cuidam do monitoramento do ambiente de informática para que os sistemas sejam executados adequadamente. No próximo domingo, 2, o local estará aberto para todas as entidades de fiscalização, como partidos e as Forças Armadas, acompanharem os procedimentos de totalização dos votos.

BRASÍLIA - O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse nesta quarta-feira, 28, que a sala onde os votos da eleição são totalizados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “não é mais secreta”. “Agora é aberta”, emendou. A declaração do dirigente partidário contraria o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição pela legenda, que costuma atacar a Corte Eleitoral e as urnas eletrônicas, alegando que ninguém pode ter acesso à área do TSE onde os votos são somados antes da divulgação.

Bolsonaro chama o espaço em que é feito o controle dos sistemas de totalização dos votos de “sala secreta” e acusa, sem provas, os ministros do TSE de não serem transparentes sobre os procedimentos realizados no local, o que, segundo ele, permitiria a manipulação dos resultados da eleição. Na última segunda-feira, 26, Bolsonaro voltou a atacar o TSE em sua rede social. Durante uma live, Bolsonaro disse o tribunal tem “má vontade” com as Forças Armadas, apesar de a Corte ter acatado algumas sugestões dos militares para o processo eleitoral, e afirmou que só haveria chance “zerada” de fraude se o País implementasse o voto impresso, que foi rejeitado pelo Congresso no ano passado.

“Eles convidaram as Forças Armadas, que apresentaram várias sugestões. Foi uma briga para aceitar uma ou outra sugestão. Uma má vontade enorme do TSE para com as Forças Armadas, para nós buscarmos diminuir a possibilidade de fraude”, declarou o candidato à reeleição.

O ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, participou de visita a sala de totalização de votos no TSE. Foto: Wilton Junior / Estadão

Diferentemente do que acusa o presidente, o espaço é uma sala envidraçada onde trabalham servidores públicos do TSE que monitoram os sistemas de totalização dos votos e checam se todos os procedimentos estão sendo executados corretamente. A sala sequer pode ser considerada como um espaço contagem dos votos, pois não há interação humana no processo. O resultado das eleições é gerado automaticamente a partir do envio das informações pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Ao encerrar o tour pelo espaço, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a visita foi feita para demonstrar o que já “óbvio”, ou seja, que não há sigilo nas tarefas executadas realizados no local. “É uma sala aberta e clara. Não é nem sala secreta, nem sala escura”, afirmou.

“É importante que se coloque que esta sala não conta votos. Não há contagem manual. A partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna com os votos, isso entra no sistema, que faz a totalização a partir do programa que nós lacramos nas urnas no dia 2 de setembro. Não há participação humana. A sala de totalização apenas acompanha se há algum problema na rede ou sobrecarga, exatamente para evitar problemas. Os técnicos fazem esse trabalho com total fiscalização”, disse Moraes.

No início da semana, Moraes convidou os principais candidatos à Presidência para conhecer o espaço, mas nenhum dos concorrentes aceitou participar da visitação. As campanhas optaram por enviar representantes. Além do PL, o PT, PDT, União Brasil e PTB também participaram do evento. As quatro siglas mandaram integrantes do núcleo jurídico das campanhas para acompanhar as explicações.

O evento ainda contou com a presença de militares, cujos questionamentos ao processo eleitoral tem dado munição às criticas de Bolsonaro contra o sistema de votação. Participaram da visita o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o general Rodrigo Vergara, responsável pela comunicação da pasta, o coronel Wagner Oliveira da Silva e o também coronel Marcelo Nogueira de Souza, que representa as Forças Armadas na Comissão de Transparências das Eleições no TSE.

A lista de autoridades que conheceram a sala de totalização ainda conta com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti e o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco. A Controladoria-Geral da União (CGU), subordinada a Bolsonaro, enviou dois servidores ao local. A visitação ainda contou com sete missões de observação eleitoral, que acompanham presencialmente cada uma das etapas de preparação das eleições para entregar relatórios sobre a presteza dos sistemas brasileiras.

Durante a visitação, o secretário de Tecnologia da Informação da TSE, Júlio Valente, explicou a cada um dos presentes as atividades realizados no local no dia da votação. Segundo ele, os técnicos que trabalham na sala apenas cuidam do monitoramento do ambiente de informática para que os sistemas sejam executados adequadamente. No próximo domingo, 2, o local estará aberto para todas as entidades de fiscalização, como partidos e as Forças Armadas, acompanharem os procedimentos de totalização dos votos.

BRASÍLIA - O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse nesta quarta-feira, 28, que a sala onde os votos da eleição são totalizados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “não é mais secreta”. “Agora é aberta”, emendou. A declaração do dirigente partidário contraria o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição pela legenda, que costuma atacar a Corte Eleitoral e as urnas eletrônicas, alegando que ninguém pode ter acesso à área do TSE onde os votos são somados antes da divulgação.

Bolsonaro chama o espaço em que é feito o controle dos sistemas de totalização dos votos de “sala secreta” e acusa, sem provas, os ministros do TSE de não serem transparentes sobre os procedimentos realizados no local, o que, segundo ele, permitiria a manipulação dos resultados da eleição. Na última segunda-feira, 26, Bolsonaro voltou a atacar o TSE em sua rede social. Durante uma live, Bolsonaro disse o tribunal tem “má vontade” com as Forças Armadas, apesar de a Corte ter acatado algumas sugestões dos militares para o processo eleitoral, e afirmou que só haveria chance “zerada” de fraude se o País implementasse o voto impresso, que foi rejeitado pelo Congresso no ano passado.

“Eles convidaram as Forças Armadas, que apresentaram várias sugestões. Foi uma briga para aceitar uma ou outra sugestão. Uma má vontade enorme do TSE para com as Forças Armadas, para nós buscarmos diminuir a possibilidade de fraude”, declarou o candidato à reeleição.

O ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, participou de visita a sala de totalização de votos no TSE. Foto: Wilton Junior / Estadão

Diferentemente do que acusa o presidente, o espaço é uma sala envidraçada onde trabalham servidores públicos do TSE que monitoram os sistemas de totalização dos votos e checam se todos os procedimentos estão sendo executados corretamente. A sala sequer pode ser considerada como um espaço contagem dos votos, pois não há interação humana no processo. O resultado das eleições é gerado automaticamente a partir do envio das informações pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Ao encerrar o tour pelo espaço, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a visita foi feita para demonstrar o que já “óbvio”, ou seja, que não há sigilo nas tarefas executadas realizados no local. “É uma sala aberta e clara. Não é nem sala secreta, nem sala escura”, afirmou.

“É importante que se coloque que esta sala não conta votos. Não há contagem manual. A partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna com os votos, isso entra no sistema, que faz a totalização a partir do programa que nós lacramos nas urnas no dia 2 de setembro. Não há participação humana. A sala de totalização apenas acompanha se há algum problema na rede ou sobrecarga, exatamente para evitar problemas. Os técnicos fazem esse trabalho com total fiscalização”, disse Moraes.

No início da semana, Moraes convidou os principais candidatos à Presidência para conhecer o espaço, mas nenhum dos concorrentes aceitou participar da visitação. As campanhas optaram por enviar representantes. Além do PL, o PT, PDT, União Brasil e PTB também participaram do evento. As quatro siglas mandaram integrantes do núcleo jurídico das campanhas para acompanhar as explicações.

O evento ainda contou com a presença de militares, cujos questionamentos ao processo eleitoral tem dado munição às criticas de Bolsonaro contra o sistema de votação. Participaram da visita o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o general Rodrigo Vergara, responsável pela comunicação da pasta, o coronel Wagner Oliveira da Silva e o também coronel Marcelo Nogueira de Souza, que representa as Forças Armadas na Comissão de Transparências das Eleições no TSE.

A lista de autoridades que conheceram a sala de totalização ainda conta com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti e o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco. A Controladoria-Geral da União (CGU), subordinada a Bolsonaro, enviou dois servidores ao local. A visitação ainda contou com sete missões de observação eleitoral, que acompanham presencialmente cada uma das etapas de preparação das eleições para entregar relatórios sobre a presteza dos sistemas brasileiras.

Durante a visitação, o secretário de Tecnologia da Informação da TSE, Júlio Valente, explicou a cada um dos presentes as atividades realizados no local no dia da votação. Segundo ele, os técnicos que trabalham na sala apenas cuidam do monitoramento do ambiente de informática para que os sistemas sejam executados adequadamente. No próximo domingo, 2, o local estará aberto para todas as entidades de fiscalização, como partidos e as Forças Armadas, acompanharem os procedimentos de totalização dos votos.

BRASÍLIA - O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse nesta quarta-feira, 28, que a sala onde os votos da eleição são totalizados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “não é mais secreta”. “Agora é aberta”, emendou. A declaração do dirigente partidário contraria o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição pela legenda, que costuma atacar a Corte Eleitoral e as urnas eletrônicas, alegando que ninguém pode ter acesso à área do TSE onde os votos são somados antes da divulgação.

Bolsonaro chama o espaço em que é feito o controle dos sistemas de totalização dos votos de “sala secreta” e acusa, sem provas, os ministros do TSE de não serem transparentes sobre os procedimentos realizados no local, o que, segundo ele, permitiria a manipulação dos resultados da eleição. Na última segunda-feira, 26, Bolsonaro voltou a atacar o TSE em sua rede social. Durante uma live, Bolsonaro disse o tribunal tem “má vontade” com as Forças Armadas, apesar de a Corte ter acatado algumas sugestões dos militares para o processo eleitoral, e afirmou que só haveria chance “zerada” de fraude se o País implementasse o voto impresso, que foi rejeitado pelo Congresso no ano passado.

“Eles convidaram as Forças Armadas, que apresentaram várias sugestões. Foi uma briga para aceitar uma ou outra sugestão. Uma má vontade enorme do TSE para com as Forças Armadas, para nós buscarmos diminuir a possibilidade de fraude”, declarou o candidato à reeleição.

O ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, participou de visita a sala de totalização de votos no TSE. Foto: Wilton Junior / Estadão

Diferentemente do que acusa o presidente, o espaço é uma sala envidraçada onde trabalham servidores públicos do TSE que monitoram os sistemas de totalização dos votos e checam se todos os procedimentos estão sendo executados corretamente. A sala sequer pode ser considerada como um espaço contagem dos votos, pois não há interação humana no processo. O resultado das eleições é gerado automaticamente a partir do envio das informações pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Ao encerrar o tour pelo espaço, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a visita foi feita para demonstrar o que já “óbvio”, ou seja, que não há sigilo nas tarefas executadas realizados no local. “É uma sala aberta e clara. Não é nem sala secreta, nem sala escura”, afirmou.

“É importante que se coloque que esta sala não conta votos. Não há contagem manual. A partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna com os votos, isso entra no sistema, que faz a totalização a partir do programa que nós lacramos nas urnas no dia 2 de setembro. Não há participação humana. A sala de totalização apenas acompanha se há algum problema na rede ou sobrecarga, exatamente para evitar problemas. Os técnicos fazem esse trabalho com total fiscalização”, disse Moraes.

No início da semana, Moraes convidou os principais candidatos à Presidência para conhecer o espaço, mas nenhum dos concorrentes aceitou participar da visitação. As campanhas optaram por enviar representantes. Além do PL, o PT, PDT, União Brasil e PTB também participaram do evento. As quatro siglas mandaram integrantes do núcleo jurídico das campanhas para acompanhar as explicações.

O evento ainda contou com a presença de militares, cujos questionamentos ao processo eleitoral tem dado munição às criticas de Bolsonaro contra o sistema de votação. Participaram da visita o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o general Rodrigo Vergara, responsável pela comunicação da pasta, o coronel Wagner Oliveira da Silva e o também coronel Marcelo Nogueira de Souza, que representa as Forças Armadas na Comissão de Transparências das Eleições no TSE.

A lista de autoridades que conheceram a sala de totalização ainda conta com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti e o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco. A Controladoria-Geral da União (CGU), subordinada a Bolsonaro, enviou dois servidores ao local. A visitação ainda contou com sete missões de observação eleitoral, que acompanham presencialmente cada uma das etapas de preparação das eleições para entregar relatórios sobre a presteza dos sistemas brasileiras.

Durante a visitação, o secretário de Tecnologia da Informação da TSE, Júlio Valente, explicou a cada um dos presentes as atividades realizados no local no dia da votação. Segundo ele, os técnicos que trabalham na sala apenas cuidam do monitoramento do ambiente de informática para que os sistemas sejam executados adequadamente. No próximo domingo, 2, o local estará aberto para todas as entidades de fiscalização, como partidos e as Forças Armadas, acompanharem os procedimentos de totalização dos votos.

BRASÍLIA - O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse nesta quarta-feira, 28, que a sala onde os votos da eleição são totalizados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “não é mais secreta”. “Agora é aberta”, emendou. A declaração do dirigente partidário contraria o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição pela legenda, que costuma atacar a Corte Eleitoral e as urnas eletrônicas, alegando que ninguém pode ter acesso à área do TSE onde os votos são somados antes da divulgação.

Bolsonaro chama o espaço em que é feito o controle dos sistemas de totalização dos votos de “sala secreta” e acusa, sem provas, os ministros do TSE de não serem transparentes sobre os procedimentos realizados no local, o que, segundo ele, permitiria a manipulação dos resultados da eleição. Na última segunda-feira, 26, Bolsonaro voltou a atacar o TSE em sua rede social. Durante uma live, Bolsonaro disse o tribunal tem “má vontade” com as Forças Armadas, apesar de a Corte ter acatado algumas sugestões dos militares para o processo eleitoral, e afirmou que só haveria chance “zerada” de fraude se o País implementasse o voto impresso, que foi rejeitado pelo Congresso no ano passado.

“Eles convidaram as Forças Armadas, que apresentaram várias sugestões. Foi uma briga para aceitar uma ou outra sugestão. Uma má vontade enorme do TSE para com as Forças Armadas, para nós buscarmos diminuir a possibilidade de fraude”, declarou o candidato à reeleição.

O ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, participou de visita a sala de totalização de votos no TSE. Foto: Wilton Junior / Estadão

Diferentemente do que acusa o presidente, o espaço é uma sala envidraçada onde trabalham servidores públicos do TSE que monitoram os sistemas de totalização dos votos e checam se todos os procedimentos estão sendo executados corretamente. A sala sequer pode ser considerada como um espaço contagem dos votos, pois não há interação humana no processo. O resultado das eleições é gerado automaticamente a partir do envio das informações pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Ao encerrar o tour pelo espaço, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a visita foi feita para demonstrar o que já “óbvio”, ou seja, que não há sigilo nas tarefas executadas realizados no local. “É uma sala aberta e clara. Não é nem sala secreta, nem sala escura”, afirmou.

“É importante que se coloque que esta sala não conta votos. Não há contagem manual. A partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna com os votos, isso entra no sistema, que faz a totalização a partir do programa que nós lacramos nas urnas no dia 2 de setembro. Não há participação humana. A sala de totalização apenas acompanha se há algum problema na rede ou sobrecarga, exatamente para evitar problemas. Os técnicos fazem esse trabalho com total fiscalização”, disse Moraes.

No início da semana, Moraes convidou os principais candidatos à Presidência para conhecer o espaço, mas nenhum dos concorrentes aceitou participar da visitação. As campanhas optaram por enviar representantes. Além do PL, o PT, PDT, União Brasil e PTB também participaram do evento. As quatro siglas mandaram integrantes do núcleo jurídico das campanhas para acompanhar as explicações.

O evento ainda contou com a presença de militares, cujos questionamentos ao processo eleitoral tem dado munição às criticas de Bolsonaro contra o sistema de votação. Participaram da visita o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o general Rodrigo Vergara, responsável pela comunicação da pasta, o coronel Wagner Oliveira da Silva e o também coronel Marcelo Nogueira de Souza, que representa as Forças Armadas na Comissão de Transparências das Eleições no TSE.

A lista de autoridades que conheceram a sala de totalização ainda conta com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti e o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco. A Controladoria-Geral da União (CGU), subordinada a Bolsonaro, enviou dois servidores ao local. A visitação ainda contou com sete missões de observação eleitoral, que acompanham presencialmente cada uma das etapas de preparação das eleições para entregar relatórios sobre a presteza dos sistemas brasileiras.

Durante a visitação, o secretário de Tecnologia da Informação da TSE, Júlio Valente, explicou a cada um dos presentes as atividades realizados no local no dia da votação. Segundo ele, os técnicos que trabalham na sala apenas cuidam do monitoramento do ambiente de informática para que os sistemas sejam executados adequadamente. No próximo domingo, 2, o local estará aberto para todas as entidades de fiscalização, como partidos e as Forças Armadas, acompanharem os procedimentos de totalização dos votos.

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