Prisão de Bolsonaro seria justa para 50% dos brasileiros, e injusta para outros 39%, diz pesquisa


Levantamento do instituto Quaest apontou que maioria considera que não há perseguição contra o ex-presidente, e maior parte acha que ele participou da trama para um golpe

Por Ricardo Corrêa
Atualização:

Metade dos brasileiros consideram que seria “justo” prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio às investigações da Polícia Federal sobre a articulação de um golpe de Estado. Enquanto isso, 39% consideram que seria “injusto”, e 10% não souberam ou não responderam. Os dados foram coletados em pesquisa Genial/Quaest, entre os dias 25 e 27 de fevereiro. O levantamento com 2.000 eleitores, por meio de entrevistas presenciais, mediu a percepção dos brasileiros sobre o ato realizado por aliados do ex-presidente na Avenida Paulista.

Segundo o levantamento, mesmo um em cada dez eleitores que dizem ter votado em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022 concorda que seria justo ele ser detido, enquanto 82% rejeitam. Entre os eleitores de Lula, naturalmente, o resultado se inverte: 79% veem justiça em uma eventual prisão, e 12% veem injustiça.

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Ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista.  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

De acordo com o levantamento, aqueles que consideram que Bolsonaro está sofrendo uma perseguição, como ele e alguns de seus apoiadores argumentam com frequência, são 39%. Por outro lado, 53% dos brasileiros dizem que isso não está acontecendo, enquanto 7% não souberam ou não responderam. O mote da injustiça foi o principal tema nos discursos feitos na Avenida Paulista no último domingo.

A Quaest também questionou os brasileiros se eles acham que Bolsonaro participou ou não de um plano de golpe de Estado. Os que acham que sim são 47%, enquanto 40% acham que não. Os outros 13% não souberam ou não responderam. Entre os eleitores de Lula em 2022, os que acham que Bolsonaro tentou dar um golpe são 77%, contra 12% que não veem assim. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 9% veem sua participação em um plano de golpe e 83% não concordam que isso tenha acontecido.

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Para 51% dos brasileiros, a Justiça acertou em tornar Bolsonaro inelegível. Enquanto isso, 40% apontam que houve erro nessa decisão. A inelegibilidade já foi decretada em dois processos no Tribunal Superior eleitoral (TSE). No primeiro, em razão dos ataques às urnas eletrônicas feitos em uma reunião com embaixadores em julho de 2022. No segundo, por conta de abuso de poder político nos eventos oficiais de 7 de Setembro daquele ano. Por causa disso, ele não poderá disputar eleições até 2030.

Manifestações na Paulista

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A pesquisa mostrou que a manifestação de domingo foi considerada grande por 68% dos brasileiros, média por 20% e pequena por 6%. Apesar disso, 48% acreditam que não terá impactos sobre as investigações contra Bolsonaro (outros 34% acham que vai acelerar o ritmo e 11% que vai reduzir o ritmo das apurações da Polícia Federal).

O ato foi convocado pelo ex-presidente após a deflagração da operação Tempus Veritatis, que mirou aliados próximos dele, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e apreendeu o passaporte de Bolsonaro. Os dois, inclusive, estão proibidos de se manifestar. Na decisão que embasou a operação, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) indicou indícios de que o ex-presidente teria participado de uma articulação para implementar um golpe de Estado. Bolsonaro, teria, inclusive, participado da produção de minutas para a colocação do plano em prática, e falou abertamente sobre a possibilidade de uma ruptura em uma reunião ministerial. A defesa do ex-presidente, porém, alega que ele só ficou sabendo das minutas por meio de advogados e que nunca levou adiante qualquer plano de golpe de Estado.

Metade dos brasileiros consideram que seria “justo” prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio às investigações da Polícia Federal sobre a articulação de um golpe de Estado. Enquanto isso, 39% consideram que seria “injusto”, e 10% não souberam ou não responderam. Os dados foram coletados em pesquisa Genial/Quaest, entre os dias 25 e 27 de fevereiro. O levantamento com 2.000 eleitores, por meio de entrevistas presenciais, mediu a percepção dos brasileiros sobre o ato realizado por aliados do ex-presidente na Avenida Paulista.

Segundo o levantamento, mesmo um em cada dez eleitores que dizem ter votado em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022 concorda que seria justo ele ser detido, enquanto 82% rejeitam. Entre os eleitores de Lula, naturalmente, o resultado se inverte: 79% veem justiça em uma eventual prisão, e 12% veem injustiça.

Ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista.  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

De acordo com o levantamento, aqueles que consideram que Bolsonaro está sofrendo uma perseguição, como ele e alguns de seus apoiadores argumentam com frequência, são 39%. Por outro lado, 53% dos brasileiros dizem que isso não está acontecendo, enquanto 7% não souberam ou não responderam. O mote da injustiça foi o principal tema nos discursos feitos na Avenida Paulista no último domingo.

A Quaest também questionou os brasileiros se eles acham que Bolsonaro participou ou não de um plano de golpe de Estado. Os que acham que sim são 47%, enquanto 40% acham que não. Os outros 13% não souberam ou não responderam. Entre os eleitores de Lula em 2022, os que acham que Bolsonaro tentou dar um golpe são 77%, contra 12% que não veem assim. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 9% veem sua participação em um plano de golpe e 83% não concordam que isso tenha acontecido.

Para 51% dos brasileiros, a Justiça acertou em tornar Bolsonaro inelegível. Enquanto isso, 40% apontam que houve erro nessa decisão. A inelegibilidade já foi decretada em dois processos no Tribunal Superior eleitoral (TSE). No primeiro, em razão dos ataques às urnas eletrônicas feitos em uma reunião com embaixadores em julho de 2022. No segundo, por conta de abuso de poder político nos eventos oficiais de 7 de Setembro daquele ano. Por causa disso, ele não poderá disputar eleições até 2030.

Manifestações na Paulista

A pesquisa mostrou que a manifestação de domingo foi considerada grande por 68% dos brasileiros, média por 20% e pequena por 6%. Apesar disso, 48% acreditam que não terá impactos sobre as investigações contra Bolsonaro (outros 34% acham que vai acelerar o ritmo e 11% que vai reduzir o ritmo das apurações da Polícia Federal).

O ato foi convocado pelo ex-presidente após a deflagração da operação Tempus Veritatis, que mirou aliados próximos dele, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e apreendeu o passaporte de Bolsonaro. Os dois, inclusive, estão proibidos de se manifestar. Na decisão que embasou a operação, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) indicou indícios de que o ex-presidente teria participado de uma articulação para implementar um golpe de Estado. Bolsonaro, teria, inclusive, participado da produção de minutas para a colocação do plano em prática, e falou abertamente sobre a possibilidade de uma ruptura em uma reunião ministerial. A defesa do ex-presidente, porém, alega que ele só ficou sabendo das minutas por meio de advogados e que nunca levou adiante qualquer plano de golpe de Estado.

Metade dos brasileiros consideram que seria “justo” prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio às investigações da Polícia Federal sobre a articulação de um golpe de Estado. Enquanto isso, 39% consideram que seria “injusto”, e 10% não souberam ou não responderam. Os dados foram coletados em pesquisa Genial/Quaest, entre os dias 25 e 27 de fevereiro. O levantamento com 2.000 eleitores, por meio de entrevistas presenciais, mediu a percepção dos brasileiros sobre o ato realizado por aliados do ex-presidente na Avenida Paulista.

Segundo o levantamento, mesmo um em cada dez eleitores que dizem ter votado em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022 concorda que seria justo ele ser detido, enquanto 82% rejeitam. Entre os eleitores de Lula, naturalmente, o resultado se inverte: 79% veem justiça em uma eventual prisão, e 12% veem injustiça.

Ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista.  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

De acordo com o levantamento, aqueles que consideram que Bolsonaro está sofrendo uma perseguição, como ele e alguns de seus apoiadores argumentam com frequência, são 39%. Por outro lado, 53% dos brasileiros dizem que isso não está acontecendo, enquanto 7% não souberam ou não responderam. O mote da injustiça foi o principal tema nos discursos feitos na Avenida Paulista no último domingo.

A Quaest também questionou os brasileiros se eles acham que Bolsonaro participou ou não de um plano de golpe de Estado. Os que acham que sim são 47%, enquanto 40% acham que não. Os outros 13% não souberam ou não responderam. Entre os eleitores de Lula em 2022, os que acham que Bolsonaro tentou dar um golpe são 77%, contra 12% que não veem assim. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 9% veem sua participação em um plano de golpe e 83% não concordam que isso tenha acontecido.

Para 51% dos brasileiros, a Justiça acertou em tornar Bolsonaro inelegível. Enquanto isso, 40% apontam que houve erro nessa decisão. A inelegibilidade já foi decretada em dois processos no Tribunal Superior eleitoral (TSE). No primeiro, em razão dos ataques às urnas eletrônicas feitos em uma reunião com embaixadores em julho de 2022. No segundo, por conta de abuso de poder político nos eventos oficiais de 7 de Setembro daquele ano. Por causa disso, ele não poderá disputar eleições até 2030.

Manifestações na Paulista

A pesquisa mostrou que a manifestação de domingo foi considerada grande por 68% dos brasileiros, média por 20% e pequena por 6%. Apesar disso, 48% acreditam que não terá impactos sobre as investigações contra Bolsonaro (outros 34% acham que vai acelerar o ritmo e 11% que vai reduzir o ritmo das apurações da Polícia Federal).

O ato foi convocado pelo ex-presidente após a deflagração da operação Tempus Veritatis, que mirou aliados próximos dele, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e apreendeu o passaporte de Bolsonaro. Os dois, inclusive, estão proibidos de se manifestar. Na decisão que embasou a operação, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) indicou indícios de que o ex-presidente teria participado de uma articulação para implementar um golpe de Estado. Bolsonaro, teria, inclusive, participado da produção de minutas para a colocação do plano em prática, e falou abertamente sobre a possibilidade de uma ruptura em uma reunião ministerial. A defesa do ex-presidente, porém, alega que ele só ficou sabendo das minutas por meio de advogados e que nunca levou adiante qualquer plano de golpe de Estado.

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