Procurador pede ao TCU investigação sobre atuação de ex-secretários de Haddad em mercado de ‘bets’


Dois ex-secretários do Ministério da Fazenda que regularam as ‘bets’ passaram a chefiar área de apostas esportivas de grande escritório de advocacia em São Paulo; procurados, eles disseram que receberam aval da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

Por Tácio Lorran
Atualização:

BRASÍLIA - O subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, entrou com uma representação, nesta segunda-feira, 5, para que o órgão apure a ida de dois ex-secretários do Ministério da Fazenda que regularam as chamadas “bets” para a chefia da área de apostas esportivas de um escritório de advocacia.

Conforme revelou o Estadão, a ex-secretária-adjunta de Prêmios e Apostas Esportivas Simone Vicentini e o ex-assessor especial da Secretaria Executiva José Francisco Manssur deixaram o Ministério da Fazenda para coordenarem a recém-estruturada área de betting e esportes do escritório CSMV Advogados. O escritório possui entre seus clientes 20 clubes de futebol e uma multinacional que coleta e analisa dados para casas de apostas.

José Francisco Manssur, ex-assessor especial da secretaria executiva da Fazenda Foto: Fernando Donasci
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“Nesse contexto, cabe representar ao TCU de forma que essa Corte, no uso de suas competências legais, apure os fatos relatados na notícia acima transcrita com o objetivo de verificar se da situação de imoralidade nela relatada decorreram atos, com influência dos ex-agentes públicos mencionados, que possam ser tidos como destinados ao favorecimento pessoal, em conflito com os interesses públicos, imorais e ilegítimos, ainda que eventual e formalmente amparados por lei”, escreveu Furtado.

Manssur deixou o Ministério da Fazenda em fevereiro e foi anunciado como novo sócio do CSMV Advogados em 5 de junho, pouco mais de três meses depois. Já Vicentini foi exonerada da Pasta em maio e virou chefe do escritório dois meses depois, no último dia 17. Procurados, eles disseram que receberam aval da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

De fato, a Comissão de Ética Pública livrou Manssur e Vicentini da quarentena remunerada de seis meses, dispositivo aplicada para evitar conflito de interesses na chamada porta giratória. No entanto, as decisões não consideraram que os ex-secretários iriam atuar no mesmo setor que regularam. Quando procuraram a Comissão de Ética, ambos disseram apenas que iriam exercer a profissão de advogado e não apresentaram proposta formal.

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Ex-secretária-adjunta de Apostas do Ministério da Fazenda, Simone Vicentini Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Nesse sentido, o colegiado orientou que os ex-secretários não podem fazer uso de informações privilegiadas, nem atuar em processos dos quais tenham participado no Ministério da Fazenda. Por fim, exigiu o dever de comunicar “imediatamente” ao órgão caso tenham recebido quaisquer propostas para desempenho de atividades privadas. O cumprimento dessas exigências, porém, não é fiscalizado pela comissão, que fica dependente de alguma denúncia para agir. Após essa decisão, somente Vicentini informou ao órgão, de maneira oficial, que iria trabalhar no escritório.

A lei nº 12.813, de 2013, classifica como conflito de interesse quando ex-servidores do alto escalão trabalham, nos seis meses posteriores à exoneração, em empresas que tenham estabelecido “relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego”. Representantes da CSMV Advogados foram recebidos pelo menos cinco vezes por Vicentini e Manssur quando estavam na Fazenda.

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Os dois ex-secretários atuaram na elaboração de propostas, tramitação e aprovação da Lei 14.790/2023, que deu início à regulamentação das apostas de quota fixa no Brasil, além da publicação da portaria 827/2024, de maio deste ano, que autoriza a operação das casas de apostas no País.

BRASÍLIA - O subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, entrou com uma representação, nesta segunda-feira, 5, para que o órgão apure a ida de dois ex-secretários do Ministério da Fazenda que regularam as chamadas “bets” para a chefia da área de apostas esportivas de um escritório de advocacia.

Conforme revelou o Estadão, a ex-secretária-adjunta de Prêmios e Apostas Esportivas Simone Vicentini e o ex-assessor especial da Secretaria Executiva José Francisco Manssur deixaram o Ministério da Fazenda para coordenarem a recém-estruturada área de betting e esportes do escritório CSMV Advogados. O escritório possui entre seus clientes 20 clubes de futebol e uma multinacional que coleta e analisa dados para casas de apostas.

José Francisco Manssur, ex-assessor especial da secretaria executiva da Fazenda Foto: Fernando Donasci

“Nesse contexto, cabe representar ao TCU de forma que essa Corte, no uso de suas competências legais, apure os fatos relatados na notícia acima transcrita com o objetivo de verificar se da situação de imoralidade nela relatada decorreram atos, com influência dos ex-agentes públicos mencionados, que possam ser tidos como destinados ao favorecimento pessoal, em conflito com os interesses públicos, imorais e ilegítimos, ainda que eventual e formalmente amparados por lei”, escreveu Furtado.

Manssur deixou o Ministério da Fazenda em fevereiro e foi anunciado como novo sócio do CSMV Advogados em 5 de junho, pouco mais de três meses depois. Já Vicentini foi exonerada da Pasta em maio e virou chefe do escritório dois meses depois, no último dia 17. Procurados, eles disseram que receberam aval da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

De fato, a Comissão de Ética Pública livrou Manssur e Vicentini da quarentena remunerada de seis meses, dispositivo aplicada para evitar conflito de interesses na chamada porta giratória. No entanto, as decisões não consideraram que os ex-secretários iriam atuar no mesmo setor que regularam. Quando procuraram a Comissão de Ética, ambos disseram apenas que iriam exercer a profissão de advogado e não apresentaram proposta formal.

Ex-secretária-adjunta de Apostas do Ministério da Fazenda, Simone Vicentini Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Nesse sentido, o colegiado orientou que os ex-secretários não podem fazer uso de informações privilegiadas, nem atuar em processos dos quais tenham participado no Ministério da Fazenda. Por fim, exigiu o dever de comunicar “imediatamente” ao órgão caso tenham recebido quaisquer propostas para desempenho de atividades privadas. O cumprimento dessas exigências, porém, não é fiscalizado pela comissão, que fica dependente de alguma denúncia para agir. Após essa decisão, somente Vicentini informou ao órgão, de maneira oficial, que iria trabalhar no escritório.

A lei nº 12.813, de 2013, classifica como conflito de interesse quando ex-servidores do alto escalão trabalham, nos seis meses posteriores à exoneração, em empresas que tenham estabelecido “relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego”. Representantes da CSMV Advogados foram recebidos pelo menos cinco vezes por Vicentini e Manssur quando estavam na Fazenda.

Os dois ex-secretários atuaram na elaboração de propostas, tramitação e aprovação da Lei 14.790/2023, que deu início à regulamentação das apostas de quota fixa no Brasil, além da publicação da portaria 827/2024, de maio deste ano, que autoriza a operação das casas de apostas no País.

BRASÍLIA - O subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, entrou com uma representação, nesta segunda-feira, 5, para que o órgão apure a ida de dois ex-secretários do Ministério da Fazenda que regularam as chamadas “bets” para a chefia da área de apostas esportivas de um escritório de advocacia.

Conforme revelou o Estadão, a ex-secretária-adjunta de Prêmios e Apostas Esportivas Simone Vicentini e o ex-assessor especial da Secretaria Executiva José Francisco Manssur deixaram o Ministério da Fazenda para coordenarem a recém-estruturada área de betting e esportes do escritório CSMV Advogados. O escritório possui entre seus clientes 20 clubes de futebol e uma multinacional que coleta e analisa dados para casas de apostas.

José Francisco Manssur, ex-assessor especial da secretaria executiva da Fazenda Foto: Fernando Donasci

“Nesse contexto, cabe representar ao TCU de forma que essa Corte, no uso de suas competências legais, apure os fatos relatados na notícia acima transcrita com o objetivo de verificar se da situação de imoralidade nela relatada decorreram atos, com influência dos ex-agentes públicos mencionados, que possam ser tidos como destinados ao favorecimento pessoal, em conflito com os interesses públicos, imorais e ilegítimos, ainda que eventual e formalmente amparados por lei”, escreveu Furtado.

Manssur deixou o Ministério da Fazenda em fevereiro e foi anunciado como novo sócio do CSMV Advogados em 5 de junho, pouco mais de três meses depois. Já Vicentini foi exonerada da Pasta em maio e virou chefe do escritório dois meses depois, no último dia 17. Procurados, eles disseram que receberam aval da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

De fato, a Comissão de Ética Pública livrou Manssur e Vicentini da quarentena remunerada de seis meses, dispositivo aplicada para evitar conflito de interesses na chamada porta giratória. No entanto, as decisões não consideraram que os ex-secretários iriam atuar no mesmo setor que regularam. Quando procuraram a Comissão de Ética, ambos disseram apenas que iriam exercer a profissão de advogado e não apresentaram proposta formal.

Ex-secretária-adjunta de Apostas do Ministério da Fazenda, Simone Vicentini Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Nesse sentido, o colegiado orientou que os ex-secretários não podem fazer uso de informações privilegiadas, nem atuar em processos dos quais tenham participado no Ministério da Fazenda. Por fim, exigiu o dever de comunicar “imediatamente” ao órgão caso tenham recebido quaisquer propostas para desempenho de atividades privadas. O cumprimento dessas exigências, porém, não é fiscalizado pela comissão, que fica dependente de alguma denúncia para agir. Após essa decisão, somente Vicentini informou ao órgão, de maneira oficial, que iria trabalhar no escritório.

A lei nº 12.813, de 2013, classifica como conflito de interesse quando ex-servidores do alto escalão trabalham, nos seis meses posteriores à exoneração, em empresas que tenham estabelecido “relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego”. Representantes da CSMV Advogados foram recebidos pelo menos cinco vezes por Vicentini e Manssur quando estavam na Fazenda.

Os dois ex-secretários atuaram na elaboração de propostas, tramitação e aprovação da Lei 14.790/2023, que deu início à regulamentação das apostas de quota fixa no Brasil, além da publicação da portaria 827/2024, de maio deste ano, que autoriza a operação das casas de apostas no País.

BRASÍLIA - O subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, entrou com uma representação, nesta segunda-feira, 5, para que o órgão apure a ida de dois ex-secretários do Ministério da Fazenda que regularam as chamadas “bets” para a chefia da área de apostas esportivas de um escritório de advocacia.

Conforme revelou o Estadão, a ex-secretária-adjunta de Prêmios e Apostas Esportivas Simone Vicentini e o ex-assessor especial da Secretaria Executiva José Francisco Manssur deixaram o Ministério da Fazenda para coordenarem a recém-estruturada área de betting e esportes do escritório CSMV Advogados. O escritório possui entre seus clientes 20 clubes de futebol e uma multinacional que coleta e analisa dados para casas de apostas.

José Francisco Manssur, ex-assessor especial da secretaria executiva da Fazenda Foto: Fernando Donasci

“Nesse contexto, cabe representar ao TCU de forma que essa Corte, no uso de suas competências legais, apure os fatos relatados na notícia acima transcrita com o objetivo de verificar se da situação de imoralidade nela relatada decorreram atos, com influência dos ex-agentes públicos mencionados, que possam ser tidos como destinados ao favorecimento pessoal, em conflito com os interesses públicos, imorais e ilegítimos, ainda que eventual e formalmente amparados por lei”, escreveu Furtado.

Manssur deixou o Ministério da Fazenda em fevereiro e foi anunciado como novo sócio do CSMV Advogados em 5 de junho, pouco mais de três meses depois. Já Vicentini foi exonerada da Pasta em maio e virou chefe do escritório dois meses depois, no último dia 17. Procurados, eles disseram que receberam aval da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

De fato, a Comissão de Ética Pública livrou Manssur e Vicentini da quarentena remunerada de seis meses, dispositivo aplicada para evitar conflito de interesses na chamada porta giratória. No entanto, as decisões não consideraram que os ex-secretários iriam atuar no mesmo setor que regularam. Quando procuraram a Comissão de Ética, ambos disseram apenas que iriam exercer a profissão de advogado e não apresentaram proposta formal.

Ex-secretária-adjunta de Apostas do Ministério da Fazenda, Simone Vicentini Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Nesse sentido, o colegiado orientou que os ex-secretários não podem fazer uso de informações privilegiadas, nem atuar em processos dos quais tenham participado no Ministério da Fazenda. Por fim, exigiu o dever de comunicar “imediatamente” ao órgão caso tenham recebido quaisquer propostas para desempenho de atividades privadas. O cumprimento dessas exigências, porém, não é fiscalizado pela comissão, que fica dependente de alguma denúncia para agir. Após essa decisão, somente Vicentini informou ao órgão, de maneira oficial, que iria trabalhar no escritório.

A lei nº 12.813, de 2013, classifica como conflito de interesse quando ex-servidores do alto escalão trabalham, nos seis meses posteriores à exoneração, em empresas que tenham estabelecido “relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego”. Representantes da CSMV Advogados foram recebidos pelo menos cinco vezes por Vicentini e Manssur quando estavam na Fazenda.

Os dois ex-secretários atuaram na elaboração de propostas, tramitação e aprovação da Lei 14.790/2023, que deu início à regulamentação das apostas de quota fixa no Brasil, além da publicação da portaria 827/2024, de maio deste ano, que autoriza a operação das casas de apostas no País.

BRASÍLIA - O subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, entrou com uma representação, nesta segunda-feira, 5, para que o órgão apure a ida de dois ex-secretários do Ministério da Fazenda que regularam as chamadas “bets” para a chefia da área de apostas esportivas de um escritório de advocacia.

Conforme revelou o Estadão, a ex-secretária-adjunta de Prêmios e Apostas Esportivas Simone Vicentini e o ex-assessor especial da Secretaria Executiva José Francisco Manssur deixaram o Ministério da Fazenda para coordenarem a recém-estruturada área de betting e esportes do escritório CSMV Advogados. O escritório possui entre seus clientes 20 clubes de futebol e uma multinacional que coleta e analisa dados para casas de apostas.

José Francisco Manssur, ex-assessor especial da secretaria executiva da Fazenda Foto: Fernando Donasci

“Nesse contexto, cabe representar ao TCU de forma que essa Corte, no uso de suas competências legais, apure os fatos relatados na notícia acima transcrita com o objetivo de verificar se da situação de imoralidade nela relatada decorreram atos, com influência dos ex-agentes públicos mencionados, que possam ser tidos como destinados ao favorecimento pessoal, em conflito com os interesses públicos, imorais e ilegítimos, ainda que eventual e formalmente amparados por lei”, escreveu Furtado.

Manssur deixou o Ministério da Fazenda em fevereiro e foi anunciado como novo sócio do CSMV Advogados em 5 de junho, pouco mais de três meses depois. Já Vicentini foi exonerada da Pasta em maio e virou chefe do escritório dois meses depois, no último dia 17. Procurados, eles disseram que receberam aval da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

De fato, a Comissão de Ética Pública livrou Manssur e Vicentini da quarentena remunerada de seis meses, dispositivo aplicada para evitar conflito de interesses na chamada porta giratória. No entanto, as decisões não consideraram que os ex-secretários iriam atuar no mesmo setor que regularam. Quando procuraram a Comissão de Ética, ambos disseram apenas que iriam exercer a profissão de advogado e não apresentaram proposta formal.

Ex-secretária-adjunta de Apostas do Ministério da Fazenda, Simone Vicentini Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Nesse sentido, o colegiado orientou que os ex-secretários não podem fazer uso de informações privilegiadas, nem atuar em processos dos quais tenham participado no Ministério da Fazenda. Por fim, exigiu o dever de comunicar “imediatamente” ao órgão caso tenham recebido quaisquer propostas para desempenho de atividades privadas. O cumprimento dessas exigências, porém, não é fiscalizado pela comissão, que fica dependente de alguma denúncia para agir. Após essa decisão, somente Vicentini informou ao órgão, de maneira oficial, que iria trabalhar no escritório.

A lei nº 12.813, de 2013, classifica como conflito de interesse quando ex-servidores do alto escalão trabalham, nos seis meses posteriores à exoneração, em empresas que tenham estabelecido “relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego”. Representantes da CSMV Advogados foram recebidos pelo menos cinco vezes por Vicentini e Manssur quando estavam na Fazenda.

Os dois ex-secretários atuaram na elaboração de propostas, tramitação e aprovação da Lei 14.790/2023, que deu início à regulamentação das apostas de quota fixa no Brasil, além da publicação da portaria 827/2024, de maio deste ano, que autoriza a operação das casas de apostas no País.

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