PSB entrega cargos no governo federal e dá 1º passo na candidatura


Partido, que deve lançar Eduardo Campos à Presidência em 2014, tinha dois ministérios

Por Atualizado em 19.09

BRASÍLIA - Aliado do PT desde o governo Lula, o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deu nessa quarta-feira, 18, o primeiro passo para lançar candidatura própria à Presidência, em 2014, e entregou os cargos ocupados na administração Dilma Rousseff. Em reunião com a presidente Dilma, Campos disse que o PSB não admitia o carimbo do fisiologismo e devolveu os dois ministérios (Integração Nacional e Portos), além de companhias comandadas pelo partido.

A atitude de Campos, que preside o PSB e quer concorrer ao Palácio do Planalto, precipita a reforma ministerial. Dilma planejava mexer na equipe somente em janeiro do ano que vem, mas poderá ser obrigada a antecipar as mudanças. Os dois ministérios devolvidos pelo PSB podem ser entregues ao PMDB do vice Michel Temer, desde que os peemedebistas concordem em reforçar o palanque de Dilma em alguns Estados, principalmente na região Nordeste.

Antes da conversa com Dilma, Campos reuniu a Executiva Nacional do PSB, que decidiu pela devolução dos cargos. Apenas o governador do Ceará, Cid Gomes, se absteve de votar e ameaça provocar um racha interno. Adepto da candidatura Dilma, Cid não concordou com os termos da carta entregue por Campos à presidente e pode deixar o partido.

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Se Cid e seu irmão Ciro Gomes desembarcarem do PSB, a tendência é que o ministro dos Portos, Leônidas Cristino - afilhado político dos dois - também saia do partido. Os irmãos Gomes trabalham para filiar Cristino no PROS, partido que o PT tem ajudado a criar e que deverá integrar a aliança de apoio à candidatura de Dilma.

"Quem ficar no PSB tem que saber que vamos ter candidatura. Ninguém aqui está sendo enganado", disse Campos na reunião da Executiva. "Estamos deixando o governo, entregando as funções que ocupamos, para deixar o governo à vontade e para que também possamos ficar à vontade para fazer o debate sobre o Brasil. Queremos debater o crescimento econômico, a geração de empregos, o estado da saúde e da educação, o pacto federativo. E não ficar nessas conversinhas".

Queixa. A presidente disse a Campos que lamentava esse desfecho, mas respeitava a posição do governador. Na carta entregue a ela, o governador escreveu que "o PSB nunca se caracterizou pela prática do fisiologismo e reafirma seu desapego a cargos e posições na estrutura governamental". No documento, o PSB se queixou de rumores de que lançaria candidatura própria ao Planalto, mas não devolvia os cargos no governo Dilma.

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"O PSB não admite ser jogado na vala comum do fisiologismo", disse Campos a aliados de seu partido, num restaurante, após reunião com a presidente. "Tenho certeza de que nossa relação com a presidente vai melhorar. O futuro do País não passa por cargos. Não vamos desconsiderar o nosso campo político. Agora ficará mais fácil falar das divergências".

Além dos ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Leônidas Cristino (Portos), deixam o governo os presidentes e diretores da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Bezerra entrega hoje a carta de demissão. Cristino está a trabalho no exterior. / COLABOROU TÂNIA MONTEIRO

BRASÍLIA - Aliado do PT desde o governo Lula, o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deu nessa quarta-feira, 18, o primeiro passo para lançar candidatura própria à Presidência, em 2014, e entregou os cargos ocupados na administração Dilma Rousseff. Em reunião com a presidente Dilma, Campos disse que o PSB não admitia o carimbo do fisiologismo e devolveu os dois ministérios (Integração Nacional e Portos), além de companhias comandadas pelo partido.

A atitude de Campos, que preside o PSB e quer concorrer ao Palácio do Planalto, precipita a reforma ministerial. Dilma planejava mexer na equipe somente em janeiro do ano que vem, mas poderá ser obrigada a antecipar as mudanças. Os dois ministérios devolvidos pelo PSB podem ser entregues ao PMDB do vice Michel Temer, desde que os peemedebistas concordem em reforçar o palanque de Dilma em alguns Estados, principalmente na região Nordeste.

Antes da conversa com Dilma, Campos reuniu a Executiva Nacional do PSB, que decidiu pela devolução dos cargos. Apenas o governador do Ceará, Cid Gomes, se absteve de votar e ameaça provocar um racha interno. Adepto da candidatura Dilma, Cid não concordou com os termos da carta entregue por Campos à presidente e pode deixar o partido.

Se Cid e seu irmão Ciro Gomes desembarcarem do PSB, a tendência é que o ministro dos Portos, Leônidas Cristino - afilhado político dos dois - também saia do partido. Os irmãos Gomes trabalham para filiar Cristino no PROS, partido que o PT tem ajudado a criar e que deverá integrar a aliança de apoio à candidatura de Dilma.

"Quem ficar no PSB tem que saber que vamos ter candidatura. Ninguém aqui está sendo enganado", disse Campos na reunião da Executiva. "Estamos deixando o governo, entregando as funções que ocupamos, para deixar o governo à vontade e para que também possamos ficar à vontade para fazer o debate sobre o Brasil. Queremos debater o crescimento econômico, a geração de empregos, o estado da saúde e da educação, o pacto federativo. E não ficar nessas conversinhas".

Queixa. A presidente disse a Campos que lamentava esse desfecho, mas respeitava a posição do governador. Na carta entregue a ela, o governador escreveu que "o PSB nunca se caracterizou pela prática do fisiologismo e reafirma seu desapego a cargos e posições na estrutura governamental". No documento, o PSB se queixou de rumores de que lançaria candidatura própria ao Planalto, mas não devolvia os cargos no governo Dilma.

"O PSB não admite ser jogado na vala comum do fisiologismo", disse Campos a aliados de seu partido, num restaurante, após reunião com a presidente. "Tenho certeza de que nossa relação com a presidente vai melhorar. O futuro do País não passa por cargos. Não vamos desconsiderar o nosso campo político. Agora ficará mais fácil falar das divergências".

Além dos ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Leônidas Cristino (Portos), deixam o governo os presidentes e diretores da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Bezerra entrega hoje a carta de demissão. Cristino está a trabalho no exterior. / COLABOROU TÂNIA MONTEIRO

BRASÍLIA - Aliado do PT desde o governo Lula, o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deu nessa quarta-feira, 18, o primeiro passo para lançar candidatura própria à Presidência, em 2014, e entregou os cargos ocupados na administração Dilma Rousseff. Em reunião com a presidente Dilma, Campos disse que o PSB não admitia o carimbo do fisiologismo e devolveu os dois ministérios (Integração Nacional e Portos), além de companhias comandadas pelo partido.

A atitude de Campos, que preside o PSB e quer concorrer ao Palácio do Planalto, precipita a reforma ministerial. Dilma planejava mexer na equipe somente em janeiro do ano que vem, mas poderá ser obrigada a antecipar as mudanças. Os dois ministérios devolvidos pelo PSB podem ser entregues ao PMDB do vice Michel Temer, desde que os peemedebistas concordem em reforçar o palanque de Dilma em alguns Estados, principalmente na região Nordeste.

Antes da conversa com Dilma, Campos reuniu a Executiva Nacional do PSB, que decidiu pela devolução dos cargos. Apenas o governador do Ceará, Cid Gomes, se absteve de votar e ameaça provocar um racha interno. Adepto da candidatura Dilma, Cid não concordou com os termos da carta entregue por Campos à presidente e pode deixar o partido.

Se Cid e seu irmão Ciro Gomes desembarcarem do PSB, a tendência é que o ministro dos Portos, Leônidas Cristino - afilhado político dos dois - também saia do partido. Os irmãos Gomes trabalham para filiar Cristino no PROS, partido que o PT tem ajudado a criar e que deverá integrar a aliança de apoio à candidatura de Dilma.

"Quem ficar no PSB tem que saber que vamos ter candidatura. Ninguém aqui está sendo enganado", disse Campos na reunião da Executiva. "Estamos deixando o governo, entregando as funções que ocupamos, para deixar o governo à vontade e para que também possamos ficar à vontade para fazer o debate sobre o Brasil. Queremos debater o crescimento econômico, a geração de empregos, o estado da saúde e da educação, o pacto federativo. E não ficar nessas conversinhas".

Queixa. A presidente disse a Campos que lamentava esse desfecho, mas respeitava a posição do governador. Na carta entregue a ela, o governador escreveu que "o PSB nunca se caracterizou pela prática do fisiologismo e reafirma seu desapego a cargos e posições na estrutura governamental". No documento, o PSB se queixou de rumores de que lançaria candidatura própria ao Planalto, mas não devolvia os cargos no governo Dilma.

"O PSB não admite ser jogado na vala comum do fisiologismo", disse Campos a aliados de seu partido, num restaurante, após reunião com a presidente. "Tenho certeza de que nossa relação com a presidente vai melhorar. O futuro do País não passa por cargos. Não vamos desconsiderar o nosso campo político. Agora ficará mais fácil falar das divergências".

Além dos ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Leônidas Cristino (Portos), deixam o governo os presidentes e diretores da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Bezerra entrega hoje a carta de demissão. Cristino está a trabalho no exterior. / COLABOROU TÂNIA MONTEIRO

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