PSDB e PMDB disputam vaga de novo Ministro da Justiça


Partido do presidente alega que tucanos já estão bem contemplados, enquanto estes dizem que pasta já estava negociada no passado

Por Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - Antes mesmo de o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ser oficialmente indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), PSDB e PMDB já iniciaram uma disputa pela vaga que se abriu no Ministério da Justiça. 

Ministério da Justiça Foto: Divulgação

Filiado ao PSDB, Moraes assumiu o ministério em maio do ano passado como uma indicação do partido. Entretanto, a cadeira não deve permanecer com os tucanos. O entendimento da cúpula do PMDB é de que o PSDB já foi suficientemente agradado e que o Ministério da Justiça deve ficar com o partido do presidente da República. 

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Além do Ministério da Justiça, o PSDB também está à frente da Secretaria de Governo, com o recém-nomeado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), do Ministério das Cidades, com Bruno Araújo (PSDB-PE), e do Itamaraty, com o senador José Serra (PSDB-SP).

Para os peemedebistas, a indicação de Moraes para o STF não significa uma "perda de cargo" no Ministério da Justiça, e sim uma "promoção". Dessa forma, eles analisam que seria justo que o PSDB abrisse mão do ministério para deixar que o PMDB preencha a vaga com alguém do próprio partido. 

Os tucanos, por sua vez, não querem perder o Ministério da Justiça. Em conversas reservadas, senadores da cúpula do PSDB defendem que essa cadeira já estava negociada com o PMDB muito antes de Michel Temer assumir interinamente o governo. 

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Publicamente, entretanto, os senadores preferem disfarçar as pressões e defendem que a indicação para o Ministério da Justiça é uma escolha apenas de Michel Temer. Líder do governo no Congresso e aliado próximo de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) minimizou articulações para indicar o novo ministro da Justiça. "Nem o PMDB nem o PSDB fazem indicações para o Ministério da Justiça. Isso cabe tão somente ao presidente Michel Temer", afirmou. 

Sobre a possibilidade de indicação do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi levantada ao longo do dia, Jucá não poupou elogios ao parlamentar, mas tornou a defender que a escolha cabe apenas ao presidente. "Anastasia é excelente senador e gestor. Ele é um coringa, que pode jogar em qualquer posição. Mas essa avaliação cabe ao presidente", disse.

Por ora, Temer não tem dado sinais de que pretende ceder às pressões de PMDB ou PSDB. A tendência é de que considere a escolha para o cargo estritamente pessoal. A definição sobre o nome tampouco deve sair logo - nesse ínterim, a pasta será tocada por José Levi Mello do Amaral Júnior, atual secretário-executivo. / COLABOROU RICARDO BRITO

BRASÍLIA - Antes mesmo de o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ser oficialmente indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), PSDB e PMDB já iniciaram uma disputa pela vaga que se abriu no Ministério da Justiça. 

Ministério da Justiça Foto: Divulgação

Filiado ao PSDB, Moraes assumiu o ministério em maio do ano passado como uma indicação do partido. Entretanto, a cadeira não deve permanecer com os tucanos. O entendimento da cúpula do PMDB é de que o PSDB já foi suficientemente agradado e que o Ministério da Justiça deve ficar com o partido do presidente da República. 

Além do Ministério da Justiça, o PSDB também está à frente da Secretaria de Governo, com o recém-nomeado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), do Ministério das Cidades, com Bruno Araújo (PSDB-PE), e do Itamaraty, com o senador José Serra (PSDB-SP).

Para os peemedebistas, a indicação de Moraes para o STF não significa uma "perda de cargo" no Ministério da Justiça, e sim uma "promoção". Dessa forma, eles analisam que seria justo que o PSDB abrisse mão do ministério para deixar que o PMDB preencha a vaga com alguém do próprio partido. 

Os tucanos, por sua vez, não querem perder o Ministério da Justiça. Em conversas reservadas, senadores da cúpula do PSDB defendem que essa cadeira já estava negociada com o PMDB muito antes de Michel Temer assumir interinamente o governo. 

Publicamente, entretanto, os senadores preferem disfarçar as pressões e defendem que a indicação para o Ministério da Justiça é uma escolha apenas de Michel Temer. Líder do governo no Congresso e aliado próximo de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) minimizou articulações para indicar o novo ministro da Justiça. "Nem o PMDB nem o PSDB fazem indicações para o Ministério da Justiça. Isso cabe tão somente ao presidente Michel Temer", afirmou. 

Sobre a possibilidade de indicação do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi levantada ao longo do dia, Jucá não poupou elogios ao parlamentar, mas tornou a defender que a escolha cabe apenas ao presidente. "Anastasia é excelente senador e gestor. Ele é um coringa, que pode jogar em qualquer posição. Mas essa avaliação cabe ao presidente", disse.

Por ora, Temer não tem dado sinais de que pretende ceder às pressões de PMDB ou PSDB. A tendência é de que considere a escolha para o cargo estritamente pessoal. A definição sobre o nome tampouco deve sair logo - nesse ínterim, a pasta será tocada por José Levi Mello do Amaral Júnior, atual secretário-executivo. / COLABOROU RICARDO BRITO

BRASÍLIA - Antes mesmo de o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ser oficialmente indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), PSDB e PMDB já iniciaram uma disputa pela vaga que se abriu no Ministério da Justiça. 

Ministério da Justiça Foto: Divulgação

Filiado ao PSDB, Moraes assumiu o ministério em maio do ano passado como uma indicação do partido. Entretanto, a cadeira não deve permanecer com os tucanos. O entendimento da cúpula do PMDB é de que o PSDB já foi suficientemente agradado e que o Ministério da Justiça deve ficar com o partido do presidente da República. 

Além do Ministério da Justiça, o PSDB também está à frente da Secretaria de Governo, com o recém-nomeado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), do Ministério das Cidades, com Bruno Araújo (PSDB-PE), e do Itamaraty, com o senador José Serra (PSDB-SP).

Para os peemedebistas, a indicação de Moraes para o STF não significa uma "perda de cargo" no Ministério da Justiça, e sim uma "promoção". Dessa forma, eles analisam que seria justo que o PSDB abrisse mão do ministério para deixar que o PMDB preencha a vaga com alguém do próprio partido. 

Os tucanos, por sua vez, não querem perder o Ministério da Justiça. Em conversas reservadas, senadores da cúpula do PSDB defendem que essa cadeira já estava negociada com o PMDB muito antes de Michel Temer assumir interinamente o governo. 

Publicamente, entretanto, os senadores preferem disfarçar as pressões e defendem que a indicação para o Ministério da Justiça é uma escolha apenas de Michel Temer. Líder do governo no Congresso e aliado próximo de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) minimizou articulações para indicar o novo ministro da Justiça. "Nem o PMDB nem o PSDB fazem indicações para o Ministério da Justiça. Isso cabe tão somente ao presidente Michel Temer", afirmou. 

Sobre a possibilidade de indicação do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi levantada ao longo do dia, Jucá não poupou elogios ao parlamentar, mas tornou a defender que a escolha cabe apenas ao presidente. "Anastasia é excelente senador e gestor. Ele é um coringa, que pode jogar em qualquer posição. Mas essa avaliação cabe ao presidente", disse.

Por ora, Temer não tem dado sinais de que pretende ceder às pressões de PMDB ou PSDB. A tendência é de que considere a escolha para o cargo estritamente pessoal. A definição sobre o nome tampouco deve sair logo - nesse ínterim, a pasta será tocada por José Levi Mello do Amaral Júnior, atual secretário-executivo. / COLABOROU RICARDO BRITO

BRASÍLIA - Antes mesmo de o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ser oficialmente indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), PSDB e PMDB já iniciaram uma disputa pela vaga que se abriu no Ministério da Justiça. 

Ministério da Justiça Foto: Divulgação

Filiado ao PSDB, Moraes assumiu o ministério em maio do ano passado como uma indicação do partido. Entretanto, a cadeira não deve permanecer com os tucanos. O entendimento da cúpula do PMDB é de que o PSDB já foi suficientemente agradado e que o Ministério da Justiça deve ficar com o partido do presidente da República. 

Além do Ministério da Justiça, o PSDB também está à frente da Secretaria de Governo, com o recém-nomeado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), do Ministério das Cidades, com Bruno Araújo (PSDB-PE), e do Itamaraty, com o senador José Serra (PSDB-SP).

Para os peemedebistas, a indicação de Moraes para o STF não significa uma "perda de cargo" no Ministério da Justiça, e sim uma "promoção". Dessa forma, eles analisam que seria justo que o PSDB abrisse mão do ministério para deixar que o PMDB preencha a vaga com alguém do próprio partido. 

Os tucanos, por sua vez, não querem perder o Ministério da Justiça. Em conversas reservadas, senadores da cúpula do PSDB defendem que essa cadeira já estava negociada com o PMDB muito antes de Michel Temer assumir interinamente o governo. 

Publicamente, entretanto, os senadores preferem disfarçar as pressões e defendem que a indicação para o Ministério da Justiça é uma escolha apenas de Michel Temer. Líder do governo no Congresso e aliado próximo de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) minimizou articulações para indicar o novo ministro da Justiça. "Nem o PMDB nem o PSDB fazem indicações para o Ministério da Justiça. Isso cabe tão somente ao presidente Michel Temer", afirmou. 

Sobre a possibilidade de indicação do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi levantada ao longo do dia, Jucá não poupou elogios ao parlamentar, mas tornou a defender que a escolha cabe apenas ao presidente. "Anastasia é excelente senador e gestor. Ele é um coringa, que pode jogar em qualquer posição. Mas essa avaliação cabe ao presidente", disse.

Por ora, Temer não tem dado sinais de que pretende ceder às pressões de PMDB ou PSDB. A tendência é de que considere a escolha para o cargo estritamente pessoal. A definição sobre o nome tampouco deve sair logo - nesse ínterim, a pasta será tocada por José Levi Mello do Amaral Júnior, atual secretário-executivo. / COLABOROU RICARDO BRITO

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