PSOL de Boulos apoia greve do metrô e se orgulha em ter filiada liderando paralisação


Para a legenda, apoio à paralisação não deve comprometer a pré-campanha de Boulos à Prefeitura de São Paulo

Por Zeca Ferreira

Contrário à proposta de privatização de serviços públicos em São Paulo, o PSOL apoia a greve unificada de metroviários, ferroviários e funcionários da Sabesp que, desde a manhã desta terça-feira, 3, interrompe o funcionamento de quatro linhas do Metrô e cinco linhas da CPTM. Para dirigentes da sigla, o apoio à paralisação não deve comprometer a pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo. Ainda assim, a posição do PSOL sobre a greve foi utilizada por adversários para atacar Boulos nas redes sociais.

Tanto o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), como o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificaram a greve como “ideológica” e a atribuíram ao PSOL, uma vez que a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, é filiada ao partido. Procurado pelo Estadão, o diretor estadual da sigla João Zafalão disse que a legenda não apenas apoia a greve, como também tem orgulho em ter Camila entre os seus filiados. Outros dirigentes do PSOL também manifestaram apoio à paralisação, mostrando união em torno do tema após o episódio de troca de socos em um congresso do partido em Brasília.

Para dirigentes da sigla, o apoio à paralisação não deve comprometer a pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
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Nas redes sociais, os deputados federais do PSOL eleitos por São Paulo também se posicionaram contra as privatizações e a favor da greve. “Os trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp unificaram a luta contra o projeto de privatização do governador Tarcísio, uma cria do inelegível em SP. A privatização só piora os serviços essenciais à população, aumentando o preço e precarizando trabalhadores, escreveu a deputada Sâmia Bomfim, que integra a corrente que faz oposição ao grupo de Boulos dentro do partido.

Enquanto isso, Boulos atribuiu a greve ao que chamou de “intransigência” da gestão Tarcísio de Freitas. “Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, para não prejudicar os usuários. O governo estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo”, escreveu. Além disso, ele rebateu as críticas dos adversários em entrevista ao Estadão. É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral”, disse.

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Os deputados Ivan Valente e Luiza Erundina também foram até as redes sociais e mostraram alinhamento com a posição da Executiva estadual sobre a greve. Os dois parlamentares criticaram a qualidade dos serviços públicos que foram entregues a iniciativa privada e saíram em defesa da paralisação.

Paralisação desta terça é a 4ª de 2023

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A greve desta terça-feira é a quarta paralisação dos metroviários de São Paulo neste ano. Desde a campanha, Tarcísio prometeu privatizar as linhas de trem e metrô que ainda são geridas pela administração pública. São elas: linhas 1 - Azul, 2 - Verde, 3 - Vermelha e 15 - Prata, do metrô e 7 - Rubi, 10 - Turquesa, 11 - Coral, 12 - Safira e 13 - Jade, do trem.

Em janeiro de 2022, duas linhas de trem foram para a iniciativa privada: a 9 - Esmeralda e a 8 - Diamante, que atendem respectivamente as zonas Oeste da região metropolitana e Sul de São Paulo. Desde que passaram a ser geridas pela ViaMobilidade, usuários tem reclamado da demora nos trens e da má-qualidade dos carros. Em março deste ano, um vagão da linha 8 descarrilhou com 50 passageiros dentro por falta de manutenção.

Algumas linhas do metrô já nasceram privatizadas, como a linha 4 - Amarela, que vai do Centro ao Morumbi, e a 5 - Lilás, que liga a zona Sul ao Bairro do Capão Redondo.

Contrário à proposta de privatização de serviços públicos em São Paulo, o PSOL apoia a greve unificada de metroviários, ferroviários e funcionários da Sabesp que, desde a manhã desta terça-feira, 3, interrompe o funcionamento de quatro linhas do Metrô e cinco linhas da CPTM. Para dirigentes da sigla, o apoio à paralisação não deve comprometer a pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo. Ainda assim, a posição do PSOL sobre a greve foi utilizada por adversários para atacar Boulos nas redes sociais.

Tanto o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), como o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificaram a greve como “ideológica” e a atribuíram ao PSOL, uma vez que a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, é filiada ao partido. Procurado pelo Estadão, o diretor estadual da sigla João Zafalão disse que a legenda não apenas apoia a greve, como também tem orgulho em ter Camila entre os seus filiados. Outros dirigentes do PSOL também manifestaram apoio à paralisação, mostrando união em torno do tema após o episódio de troca de socos em um congresso do partido em Brasília.

Para dirigentes da sigla, o apoio à paralisação não deve comprometer a pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Nas redes sociais, os deputados federais do PSOL eleitos por São Paulo também se posicionaram contra as privatizações e a favor da greve. “Os trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp unificaram a luta contra o projeto de privatização do governador Tarcísio, uma cria do inelegível em SP. A privatização só piora os serviços essenciais à população, aumentando o preço e precarizando trabalhadores, escreveu a deputada Sâmia Bomfim, que integra a corrente que faz oposição ao grupo de Boulos dentro do partido.

Enquanto isso, Boulos atribuiu a greve ao que chamou de “intransigência” da gestão Tarcísio de Freitas. “Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, para não prejudicar os usuários. O governo estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo”, escreveu. Além disso, ele rebateu as críticas dos adversários em entrevista ao Estadão. É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral”, disse.

Os deputados Ivan Valente e Luiza Erundina também foram até as redes sociais e mostraram alinhamento com a posição da Executiva estadual sobre a greve. Os dois parlamentares criticaram a qualidade dos serviços públicos que foram entregues a iniciativa privada e saíram em defesa da paralisação.

Paralisação desta terça é a 4ª de 2023

A greve desta terça-feira é a quarta paralisação dos metroviários de São Paulo neste ano. Desde a campanha, Tarcísio prometeu privatizar as linhas de trem e metrô que ainda são geridas pela administração pública. São elas: linhas 1 - Azul, 2 - Verde, 3 - Vermelha e 15 - Prata, do metrô e 7 - Rubi, 10 - Turquesa, 11 - Coral, 12 - Safira e 13 - Jade, do trem.

Em janeiro de 2022, duas linhas de trem foram para a iniciativa privada: a 9 - Esmeralda e a 8 - Diamante, que atendem respectivamente as zonas Oeste da região metropolitana e Sul de São Paulo. Desde que passaram a ser geridas pela ViaMobilidade, usuários tem reclamado da demora nos trens e da má-qualidade dos carros. Em março deste ano, um vagão da linha 8 descarrilhou com 50 passageiros dentro por falta de manutenção.

Algumas linhas do metrô já nasceram privatizadas, como a linha 4 - Amarela, que vai do Centro ao Morumbi, e a 5 - Lilás, que liga a zona Sul ao Bairro do Capão Redondo.

Contrário à proposta de privatização de serviços públicos em São Paulo, o PSOL apoia a greve unificada de metroviários, ferroviários e funcionários da Sabesp que, desde a manhã desta terça-feira, 3, interrompe o funcionamento de quatro linhas do Metrô e cinco linhas da CPTM. Para dirigentes da sigla, o apoio à paralisação não deve comprometer a pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo. Ainda assim, a posição do PSOL sobre a greve foi utilizada por adversários para atacar Boulos nas redes sociais.

Tanto o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), como o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificaram a greve como “ideológica” e a atribuíram ao PSOL, uma vez que a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, é filiada ao partido. Procurado pelo Estadão, o diretor estadual da sigla João Zafalão disse que a legenda não apenas apoia a greve, como também tem orgulho em ter Camila entre os seus filiados. Outros dirigentes do PSOL também manifestaram apoio à paralisação, mostrando união em torno do tema após o episódio de troca de socos em um congresso do partido em Brasília.

Para dirigentes da sigla, o apoio à paralisação não deve comprometer a pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo. Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Nas redes sociais, os deputados federais do PSOL eleitos por São Paulo também se posicionaram contra as privatizações e a favor da greve. “Os trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp unificaram a luta contra o projeto de privatização do governador Tarcísio, uma cria do inelegível em SP. A privatização só piora os serviços essenciais à população, aumentando o preço e precarizando trabalhadores, escreveu a deputada Sâmia Bomfim, que integra a corrente que faz oposição ao grupo de Boulos dentro do partido.

Enquanto isso, Boulos atribuiu a greve ao que chamou de “intransigência” da gestão Tarcísio de Freitas. “Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, para não prejudicar os usuários. O governo estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo”, escreveu. Além disso, ele rebateu as críticas dos adversários em entrevista ao Estadão. É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral”, disse.

Os deputados Ivan Valente e Luiza Erundina também foram até as redes sociais e mostraram alinhamento com a posição da Executiva estadual sobre a greve. Os dois parlamentares criticaram a qualidade dos serviços públicos que foram entregues a iniciativa privada e saíram em defesa da paralisação.

Paralisação desta terça é a 4ª de 2023

A greve desta terça-feira é a quarta paralisação dos metroviários de São Paulo neste ano. Desde a campanha, Tarcísio prometeu privatizar as linhas de trem e metrô que ainda são geridas pela administração pública. São elas: linhas 1 - Azul, 2 - Verde, 3 - Vermelha e 15 - Prata, do metrô e 7 - Rubi, 10 - Turquesa, 11 - Coral, 12 - Safira e 13 - Jade, do trem.

Em janeiro de 2022, duas linhas de trem foram para a iniciativa privada: a 9 - Esmeralda e a 8 - Diamante, que atendem respectivamente as zonas Oeste da região metropolitana e Sul de São Paulo. Desde que passaram a ser geridas pela ViaMobilidade, usuários tem reclamado da demora nos trens e da má-qualidade dos carros. Em março deste ano, um vagão da linha 8 descarrilhou com 50 passageiros dentro por falta de manutenção.

Algumas linhas do metrô já nasceram privatizadas, como a linha 4 - Amarela, que vai do Centro ao Morumbi, e a 5 - Lilás, que liga a zona Sul ao Bairro do Capão Redondo.

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