PT abre diálogo por alianças com Simone Tebet, Ciro, Soraya e PSDB


Campanha de Lula busca partidos de candidatos derrotados no primeiro turno por apoio no segundo turno; ex-presidente fala em intensificar foco em Minas e no Nordeste

Por Beatriz Bulla e Luiz Vassallo
Atualização:

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) iniciou nesta segunda-feira, 3, as conversas com os candidatos derrotados no primeiro turno para formar alianças na disputa presidencial. Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ela já entrou em contato com o PDT, o União Brasil, o PSDB e o MDB para ampliar o leque de aliados. A intenção do partido é ter respostas nos próximos dois dias, segundo Gleisi.

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Os partidos que compõem a campanha de Lula apostam em três eixos iniciais para ampliar a vantagem sobre Bolsonaro. O mais imediato é a construção do arco de alianças. Na sequência, recomeça a campanha de rua, quando Lula quer diálogo com eleitores que não apoiam o PT para defender que sua candidatura representa a democracia e o bem-estar social, enquanto Bolsonaro representa o descaso com a população e ameaças à democracia. Os petistas também querem detalhar propostas especialmente para a classe média, com a avaliação de que, no primeiro turno, os planos apresentados miraram sobretudo os pobres.

Sobre os próximos passos da campanha, Lula afirmou que é preciso conversar nas próximas três semanas com os eleitores que “parece que não gostam” do PT. “A partir de amanhã é menos conversa entre nós e mais conversa com o eleitor. A gente não precisa conversar com quem a gente já conhece. A gente precisa conversar com quem parece que não gosta da gente”, disse. Lula indicou que visitará Estados do Nordeste e Minas Gerais e aliados afirmam que ele deve também se dedicar ao interior de São Paulo.

O candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala à imprensa no hotel Mercure em São Paulo onde lideranças do PT e da campanha se reúnem no dia seguinte ao primeiro turno das eleições Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 03/10/2022
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Lula afirmou que as alianças não serão feitas por alinhamento ideológico. “Agora a escolha não é ideológica, não, agora vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham significância política”, disse.

O petista, segundo presentes, fez uma crítica à coordenação da campanha de Fernando Haddad, em São Paulo. Segundo pessoas que participaram da reunião, Lula disse que é preciso ajustar as agendas do candidato ao governo paulista, que ficou atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no primeiro turno e agora disputa o segundo turno. A jornalistas, Lula afirmou que está disposto a conversar com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e outros oponentes, pelo apoio a Haddad.

O discurso dos aliados de Lula após a reunião é de que houve antecipação do voto útil do eleitorado de direita tanto para Tarcísio, como para Bolsonaro, o que explicaria, segundo eles, o resultado dos dois melhor do que apontam as pesquisas. Ao deixar a reunião, o deputado federal eleito pelo PSOL Guilherme Boulos disse que é “perfeitamente possível” reverter o resultado de São Paulo para a vitória de Haddad e também de Lula. Boulos também disse que “não é novidade” ter uma força conservadora no Congresso, mas disse que houve também eleição de símbolos importantes da esquerda.

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“Nós não podemos tratar uma vitória política do Lula como uma derrota política. Quem tem motivo para estar angustiado e desesperado não é quem está aqui hoje”, disse Boulos, ao deixar a reunião.

As peças publicitárias do PT, elaboradas pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, devem absorver a nova rota traçada e englobar acenos à classe média. Para atingir este espectro, a campanha deve reduzir o espaço para lembranças de como eram tempos de maior bonança na era lulista para focar problemas do país que atingem este segmento e que devem mudar em 2023.

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Sobre as alianças, de acordo com fontes presentes na reunião, há casos em que o acerto exige uma composição programática, como o PDT, e outros em que o que está na mesa é a negociação sobre troca de apoio nos Estados – situação do PSDB, por exemplo. Os petistas acreditam que negociar com tucanos apoio à candidatura de Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul, é uma das formas de destravar o endosso oficial do partido.

Em paralelo às conversas partidárias, tocadas por Gleisi, o candidato a vice, Geraldo Alckmin, e a ex-ministra e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede), deverão servir de ponte para a interlocução inicial com os candidatos derrotados. No encontro, Marina sugeriu que poderia procurar Ciro Gomes.

“Já tivemos contato com Carlos Lupi (PDT), já chamamos para uma conversa. Senti muita disposição em conversar. Dissemos a ele que gostaríamos de ter Ciro Gomes na nossa campanha”, disse Gleisi.

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Ela também afirmou já ter conversado com o MDB. “Estamos marcando horário para isso. Queremos muito ter a Simone na campanha, até pelo o que representa”, disse, reforçando que está em diálogo também com o União Brasil e busca o apoio da então candidata à Presidência pelo partido, senadora Soraya Thronicke.

O comando da campanha de Lula fez uma reunião de três horas na tarde desta segunda para discutir os passos para vencer Bolsonaro no segundo turno e avaliar os resultados de ontem, que surpreenderam a esquerda pela força do bolsonarismo. Foi pedido aos presentes que deixassem celulares do lado de fora. /COLABORARAM EDUARDO GAYER E GIORDANNA NEVES

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) iniciou nesta segunda-feira, 3, as conversas com os candidatos derrotados no primeiro turno para formar alianças na disputa presidencial. Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ela já entrou em contato com o PDT, o União Brasil, o PSDB e o MDB para ampliar o leque de aliados. A intenção do partido é ter respostas nos próximos dois dias, segundo Gleisi.

Os partidos que compõem a campanha de Lula apostam em três eixos iniciais para ampliar a vantagem sobre Bolsonaro. O mais imediato é a construção do arco de alianças. Na sequência, recomeça a campanha de rua, quando Lula quer diálogo com eleitores que não apoiam o PT para defender que sua candidatura representa a democracia e o bem-estar social, enquanto Bolsonaro representa o descaso com a população e ameaças à democracia. Os petistas também querem detalhar propostas especialmente para a classe média, com a avaliação de que, no primeiro turno, os planos apresentados miraram sobretudo os pobres.

Sobre os próximos passos da campanha, Lula afirmou que é preciso conversar nas próximas três semanas com os eleitores que “parece que não gostam” do PT. “A partir de amanhã é menos conversa entre nós e mais conversa com o eleitor. A gente não precisa conversar com quem a gente já conhece. A gente precisa conversar com quem parece que não gosta da gente”, disse. Lula indicou que visitará Estados do Nordeste e Minas Gerais e aliados afirmam que ele deve também se dedicar ao interior de São Paulo.

O candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala à imprensa no hotel Mercure em São Paulo onde lideranças do PT e da campanha se reúnem no dia seguinte ao primeiro turno das eleições Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 03/10/2022

Lula afirmou que as alianças não serão feitas por alinhamento ideológico. “Agora a escolha não é ideológica, não, agora vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham significância política”, disse.

O petista, segundo presentes, fez uma crítica à coordenação da campanha de Fernando Haddad, em São Paulo. Segundo pessoas que participaram da reunião, Lula disse que é preciso ajustar as agendas do candidato ao governo paulista, que ficou atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no primeiro turno e agora disputa o segundo turno. A jornalistas, Lula afirmou que está disposto a conversar com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e outros oponentes, pelo apoio a Haddad.

O discurso dos aliados de Lula após a reunião é de que houve antecipação do voto útil do eleitorado de direita tanto para Tarcísio, como para Bolsonaro, o que explicaria, segundo eles, o resultado dos dois melhor do que apontam as pesquisas. Ao deixar a reunião, o deputado federal eleito pelo PSOL Guilherme Boulos disse que é “perfeitamente possível” reverter o resultado de São Paulo para a vitória de Haddad e também de Lula. Boulos também disse que “não é novidade” ter uma força conservadora no Congresso, mas disse que houve também eleição de símbolos importantes da esquerda.

“Nós não podemos tratar uma vitória política do Lula como uma derrota política. Quem tem motivo para estar angustiado e desesperado não é quem está aqui hoje”, disse Boulos, ao deixar a reunião.

As peças publicitárias do PT, elaboradas pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, devem absorver a nova rota traçada e englobar acenos à classe média. Para atingir este espectro, a campanha deve reduzir o espaço para lembranças de como eram tempos de maior bonança na era lulista para focar problemas do país que atingem este segmento e que devem mudar em 2023.

Sobre as alianças, de acordo com fontes presentes na reunião, há casos em que o acerto exige uma composição programática, como o PDT, e outros em que o que está na mesa é a negociação sobre troca de apoio nos Estados – situação do PSDB, por exemplo. Os petistas acreditam que negociar com tucanos apoio à candidatura de Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul, é uma das formas de destravar o endosso oficial do partido.

Em paralelo às conversas partidárias, tocadas por Gleisi, o candidato a vice, Geraldo Alckmin, e a ex-ministra e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede), deverão servir de ponte para a interlocução inicial com os candidatos derrotados. No encontro, Marina sugeriu que poderia procurar Ciro Gomes.

“Já tivemos contato com Carlos Lupi (PDT), já chamamos para uma conversa. Senti muita disposição em conversar. Dissemos a ele que gostaríamos de ter Ciro Gomes na nossa campanha”, disse Gleisi.

Ela também afirmou já ter conversado com o MDB. “Estamos marcando horário para isso. Queremos muito ter a Simone na campanha, até pelo o que representa”, disse, reforçando que está em diálogo também com o União Brasil e busca o apoio da então candidata à Presidência pelo partido, senadora Soraya Thronicke.

O comando da campanha de Lula fez uma reunião de três horas na tarde desta segunda para discutir os passos para vencer Bolsonaro no segundo turno e avaliar os resultados de ontem, que surpreenderam a esquerda pela força do bolsonarismo. Foi pedido aos presentes que deixassem celulares do lado de fora. /COLABORARAM EDUARDO GAYER E GIORDANNA NEVES

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) iniciou nesta segunda-feira, 3, as conversas com os candidatos derrotados no primeiro turno para formar alianças na disputa presidencial. Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ela já entrou em contato com o PDT, o União Brasil, o PSDB e o MDB para ampliar o leque de aliados. A intenção do partido é ter respostas nos próximos dois dias, segundo Gleisi.

Os partidos que compõem a campanha de Lula apostam em três eixos iniciais para ampliar a vantagem sobre Bolsonaro. O mais imediato é a construção do arco de alianças. Na sequência, recomeça a campanha de rua, quando Lula quer diálogo com eleitores que não apoiam o PT para defender que sua candidatura representa a democracia e o bem-estar social, enquanto Bolsonaro representa o descaso com a população e ameaças à democracia. Os petistas também querem detalhar propostas especialmente para a classe média, com a avaliação de que, no primeiro turno, os planos apresentados miraram sobretudo os pobres.

Sobre os próximos passos da campanha, Lula afirmou que é preciso conversar nas próximas três semanas com os eleitores que “parece que não gostam” do PT. “A partir de amanhã é menos conversa entre nós e mais conversa com o eleitor. A gente não precisa conversar com quem a gente já conhece. A gente precisa conversar com quem parece que não gosta da gente”, disse. Lula indicou que visitará Estados do Nordeste e Minas Gerais e aliados afirmam que ele deve também se dedicar ao interior de São Paulo.

O candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala à imprensa no hotel Mercure em São Paulo onde lideranças do PT e da campanha se reúnem no dia seguinte ao primeiro turno das eleições Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 03/10/2022

Lula afirmou que as alianças não serão feitas por alinhamento ideológico. “Agora a escolha não é ideológica, não, agora vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham significância política”, disse.

O petista, segundo presentes, fez uma crítica à coordenação da campanha de Fernando Haddad, em São Paulo. Segundo pessoas que participaram da reunião, Lula disse que é preciso ajustar as agendas do candidato ao governo paulista, que ficou atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no primeiro turno e agora disputa o segundo turno. A jornalistas, Lula afirmou que está disposto a conversar com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e outros oponentes, pelo apoio a Haddad.

O discurso dos aliados de Lula após a reunião é de que houve antecipação do voto útil do eleitorado de direita tanto para Tarcísio, como para Bolsonaro, o que explicaria, segundo eles, o resultado dos dois melhor do que apontam as pesquisas. Ao deixar a reunião, o deputado federal eleito pelo PSOL Guilherme Boulos disse que é “perfeitamente possível” reverter o resultado de São Paulo para a vitória de Haddad e também de Lula. Boulos também disse que “não é novidade” ter uma força conservadora no Congresso, mas disse que houve também eleição de símbolos importantes da esquerda.

“Nós não podemos tratar uma vitória política do Lula como uma derrota política. Quem tem motivo para estar angustiado e desesperado não é quem está aqui hoje”, disse Boulos, ao deixar a reunião.

As peças publicitárias do PT, elaboradas pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, devem absorver a nova rota traçada e englobar acenos à classe média. Para atingir este espectro, a campanha deve reduzir o espaço para lembranças de como eram tempos de maior bonança na era lulista para focar problemas do país que atingem este segmento e que devem mudar em 2023.

Sobre as alianças, de acordo com fontes presentes na reunião, há casos em que o acerto exige uma composição programática, como o PDT, e outros em que o que está na mesa é a negociação sobre troca de apoio nos Estados – situação do PSDB, por exemplo. Os petistas acreditam que negociar com tucanos apoio à candidatura de Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul, é uma das formas de destravar o endosso oficial do partido.

Em paralelo às conversas partidárias, tocadas por Gleisi, o candidato a vice, Geraldo Alckmin, e a ex-ministra e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede), deverão servir de ponte para a interlocução inicial com os candidatos derrotados. No encontro, Marina sugeriu que poderia procurar Ciro Gomes.

“Já tivemos contato com Carlos Lupi (PDT), já chamamos para uma conversa. Senti muita disposição em conversar. Dissemos a ele que gostaríamos de ter Ciro Gomes na nossa campanha”, disse Gleisi.

Ela também afirmou já ter conversado com o MDB. “Estamos marcando horário para isso. Queremos muito ter a Simone na campanha, até pelo o que representa”, disse, reforçando que está em diálogo também com o União Brasil e busca o apoio da então candidata à Presidência pelo partido, senadora Soraya Thronicke.

O comando da campanha de Lula fez uma reunião de três horas na tarde desta segunda para discutir os passos para vencer Bolsonaro no segundo turno e avaliar os resultados de ontem, que surpreenderam a esquerda pela força do bolsonarismo. Foi pedido aos presentes que deixassem celulares do lado de fora. /COLABORARAM EDUARDO GAYER E GIORDANNA NEVES

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) iniciou nesta segunda-feira, 3, as conversas com os candidatos derrotados no primeiro turno para formar alianças na disputa presidencial. Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ela já entrou em contato com o PDT, o União Brasil, o PSDB e o MDB para ampliar o leque de aliados. A intenção do partido é ter respostas nos próximos dois dias, segundo Gleisi.

Os partidos que compõem a campanha de Lula apostam em três eixos iniciais para ampliar a vantagem sobre Bolsonaro. O mais imediato é a construção do arco de alianças. Na sequência, recomeça a campanha de rua, quando Lula quer diálogo com eleitores que não apoiam o PT para defender que sua candidatura representa a democracia e o bem-estar social, enquanto Bolsonaro representa o descaso com a população e ameaças à democracia. Os petistas também querem detalhar propostas especialmente para a classe média, com a avaliação de que, no primeiro turno, os planos apresentados miraram sobretudo os pobres.

Sobre os próximos passos da campanha, Lula afirmou que é preciso conversar nas próximas três semanas com os eleitores que “parece que não gostam” do PT. “A partir de amanhã é menos conversa entre nós e mais conversa com o eleitor. A gente não precisa conversar com quem a gente já conhece. A gente precisa conversar com quem parece que não gosta da gente”, disse. Lula indicou que visitará Estados do Nordeste e Minas Gerais e aliados afirmam que ele deve também se dedicar ao interior de São Paulo.

O candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala à imprensa no hotel Mercure em São Paulo onde lideranças do PT e da campanha se reúnem no dia seguinte ao primeiro turno das eleições Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 03/10/2022

Lula afirmou que as alianças não serão feitas por alinhamento ideológico. “Agora a escolha não é ideológica, não, agora vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham significância política”, disse.

O petista, segundo presentes, fez uma crítica à coordenação da campanha de Fernando Haddad, em São Paulo. Segundo pessoas que participaram da reunião, Lula disse que é preciso ajustar as agendas do candidato ao governo paulista, que ficou atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no primeiro turno e agora disputa o segundo turno. A jornalistas, Lula afirmou que está disposto a conversar com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e outros oponentes, pelo apoio a Haddad.

O discurso dos aliados de Lula após a reunião é de que houve antecipação do voto útil do eleitorado de direita tanto para Tarcísio, como para Bolsonaro, o que explicaria, segundo eles, o resultado dos dois melhor do que apontam as pesquisas. Ao deixar a reunião, o deputado federal eleito pelo PSOL Guilherme Boulos disse que é “perfeitamente possível” reverter o resultado de São Paulo para a vitória de Haddad e também de Lula. Boulos também disse que “não é novidade” ter uma força conservadora no Congresso, mas disse que houve também eleição de símbolos importantes da esquerda.

“Nós não podemos tratar uma vitória política do Lula como uma derrota política. Quem tem motivo para estar angustiado e desesperado não é quem está aqui hoje”, disse Boulos, ao deixar a reunião.

As peças publicitárias do PT, elaboradas pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, devem absorver a nova rota traçada e englobar acenos à classe média. Para atingir este espectro, a campanha deve reduzir o espaço para lembranças de como eram tempos de maior bonança na era lulista para focar problemas do país que atingem este segmento e que devem mudar em 2023.

Sobre as alianças, de acordo com fontes presentes na reunião, há casos em que o acerto exige uma composição programática, como o PDT, e outros em que o que está na mesa é a negociação sobre troca de apoio nos Estados – situação do PSDB, por exemplo. Os petistas acreditam que negociar com tucanos apoio à candidatura de Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul, é uma das formas de destravar o endosso oficial do partido.

Em paralelo às conversas partidárias, tocadas por Gleisi, o candidato a vice, Geraldo Alckmin, e a ex-ministra e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede), deverão servir de ponte para a interlocução inicial com os candidatos derrotados. No encontro, Marina sugeriu que poderia procurar Ciro Gomes.

“Já tivemos contato com Carlos Lupi (PDT), já chamamos para uma conversa. Senti muita disposição em conversar. Dissemos a ele que gostaríamos de ter Ciro Gomes na nossa campanha”, disse Gleisi.

Ela também afirmou já ter conversado com o MDB. “Estamos marcando horário para isso. Queremos muito ter a Simone na campanha, até pelo o que representa”, disse, reforçando que está em diálogo também com o União Brasil e busca o apoio da então candidata à Presidência pelo partido, senadora Soraya Thronicke.

O comando da campanha de Lula fez uma reunião de três horas na tarde desta segunda para discutir os passos para vencer Bolsonaro no segundo turno e avaliar os resultados de ontem, que surpreenderam a esquerda pela força do bolsonarismo. Foi pedido aos presentes que deixassem celulares do lado de fora. /COLABORARAM EDUARDO GAYER E GIORDANNA NEVES

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) iniciou nesta segunda-feira, 3, as conversas com os candidatos derrotados no primeiro turno para formar alianças na disputa presidencial. Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ela já entrou em contato com o PDT, o União Brasil, o PSDB e o MDB para ampliar o leque de aliados. A intenção do partido é ter respostas nos próximos dois dias, segundo Gleisi.

Os partidos que compõem a campanha de Lula apostam em três eixos iniciais para ampliar a vantagem sobre Bolsonaro. O mais imediato é a construção do arco de alianças. Na sequência, recomeça a campanha de rua, quando Lula quer diálogo com eleitores que não apoiam o PT para defender que sua candidatura representa a democracia e o bem-estar social, enquanto Bolsonaro representa o descaso com a população e ameaças à democracia. Os petistas também querem detalhar propostas especialmente para a classe média, com a avaliação de que, no primeiro turno, os planos apresentados miraram sobretudo os pobres.

Sobre os próximos passos da campanha, Lula afirmou que é preciso conversar nas próximas três semanas com os eleitores que “parece que não gostam” do PT. “A partir de amanhã é menos conversa entre nós e mais conversa com o eleitor. A gente não precisa conversar com quem a gente já conhece. A gente precisa conversar com quem parece que não gosta da gente”, disse. Lula indicou que visitará Estados do Nordeste e Minas Gerais e aliados afirmam que ele deve também se dedicar ao interior de São Paulo.

O candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala à imprensa no hotel Mercure em São Paulo onde lideranças do PT e da campanha se reúnem no dia seguinte ao primeiro turno das eleições Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 03/10/2022

Lula afirmou que as alianças não serão feitas por alinhamento ideológico. “Agora a escolha não é ideológica, não, agora vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham significância política”, disse.

O petista, segundo presentes, fez uma crítica à coordenação da campanha de Fernando Haddad, em São Paulo. Segundo pessoas que participaram da reunião, Lula disse que é preciso ajustar as agendas do candidato ao governo paulista, que ficou atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no primeiro turno e agora disputa o segundo turno. A jornalistas, Lula afirmou que está disposto a conversar com o governador Rodrigo Garcia (PSDB) e outros oponentes, pelo apoio a Haddad.

O discurso dos aliados de Lula após a reunião é de que houve antecipação do voto útil do eleitorado de direita tanto para Tarcísio, como para Bolsonaro, o que explicaria, segundo eles, o resultado dos dois melhor do que apontam as pesquisas. Ao deixar a reunião, o deputado federal eleito pelo PSOL Guilherme Boulos disse que é “perfeitamente possível” reverter o resultado de São Paulo para a vitória de Haddad e também de Lula. Boulos também disse que “não é novidade” ter uma força conservadora no Congresso, mas disse que houve também eleição de símbolos importantes da esquerda.

“Nós não podemos tratar uma vitória política do Lula como uma derrota política. Quem tem motivo para estar angustiado e desesperado não é quem está aqui hoje”, disse Boulos, ao deixar a reunião.

As peças publicitárias do PT, elaboradas pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, devem absorver a nova rota traçada e englobar acenos à classe média. Para atingir este espectro, a campanha deve reduzir o espaço para lembranças de como eram tempos de maior bonança na era lulista para focar problemas do país que atingem este segmento e que devem mudar em 2023.

Sobre as alianças, de acordo com fontes presentes na reunião, há casos em que o acerto exige uma composição programática, como o PDT, e outros em que o que está na mesa é a negociação sobre troca de apoio nos Estados – situação do PSDB, por exemplo. Os petistas acreditam que negociar com tucanos apoio à candidatura de Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul, é uma das formas de destravar o endosso oficial do partido.

Em paralelo às conversas partidárias, tocadas por Gleisi, o candidato a vice, Geraldo Alckmin, e a ex-ministra e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede), deverão servir de ponte para a interlocução inicial com os candidatos derrotados. No encontro, Marina sugeriu que poderia procurar Ciro Gomes.

“Já tivemos contato com Carlos Lupi (PDT), já chamamos para uma conversa. Senti muita disposição em conversar. Dissemos a ele que gostaríamos de ter Ciro Gomes na nossa campanha”, disse Gleisi.

Ela também afirmou já ter conversado com o MDB. “Estamos marcando horário para isso. Queremos muito ter a Simone na campanha, até pelo o que representa”, disse, reforçando que está em diálogo também com o União Brasil e busca o apoio da então candidata à Presidência pelo partido, senadora Soraya Thronicke.

O comando da campanha de Lula fez uma reunião de três horas na tarde desta segunda para discutir os passos para vencer Bolsonaro no segundo turno e avaliar os resultados de ontem, que surpreenderam a esquerda pela força do bolsonarismo. Foi pedido aos presentes que deixassem celulares do lado de fora. /COLABORARAM EDUARDO GAYER E GIORDANNA NEVES

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