Em convenção realizada no centro de São Paulo, o PT oficializou a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na corrida pelo Palácio do Planalto. Sem a presença de ambos, que cumprem agenda em Pernambuco, a legenda classificou o rito como “protocolar”.
Na manhã desta quinta-feira, 21, foi realizada também a convenção da federação composta por PT, PCdoB e PV. As três legendas formalizaram uma federação partidária e caminharão juntos na campanha de 2022 e nos próximos quatro anos.
No encontro foi aprovada a coligação composta por sete partidos em apoio ao petista para registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As siglas são PT, PCdoB, PV, PSB, Rede, PSOL e Solidariedade.
Chapa Lula/Alckmin
Na quarta-feira, 20, o PT aprovou a indicação de Alckmin para vice na chapa petista durante o “XVI Encontro Nacional “Marcelo Arruda”, em homenagem ao dirigente petista de Foz do Iguaçu que foi assassinado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). O PT também aprovou uma resolução sobre o momento atual do Brasil em tom crítico ao presidente.
“O processo eleitoral de 2022 apresenta-se decisivo para a superação da gravíssima crise social, política e econômica em que o Brasil foi mergulhado pela ação das forças contrárias ao projeto de transformação democrática e socialmente inclusiva do país, inaugurado pela primeira eleição do presidente Lula, em outubro de 2002″, diz o texto.
O documento também ataca o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e classifica o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como “golpe”. O movimento acontece no momento em que o PT tenta atrair o partido de Temer para a base de aliança de Lula já no primeiro turno. O MDB lançou a pré-candidatura da senadora Simone Tebet na disputa ao Planalto.
“O projeto de país com crescimento, distribuição de renda, políticas de bem-estar social, plenas liberdades democráticas e soberania foi interrompido por meio do golpe do impeachment da presidenta Dilma, em 2016, que levou ao poder um projeto neoliberal e fez o Brasil retroceder em conquistas sociais, políticas públicas e investimentos do estado para o crescimento e geração de empregos e renda”, afirma o texto.