A cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) está em franca articulação para conquistar o apoio de setores do PSDB à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O movimento se dá apesar da aproximação do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), a Tarcísio de Freitas (Republicanos), adversário de Fernando Haddad (PT) na corrida pelo Executivo paulista, e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Dividida, a sigla liberou diretórios para apoiar Lula ou Bolsonaro no segundo turno.
Lula recebeu apoios de tucanos históricos logo no primeiro turno, como Aloysio Nunes e José Carlos Dias, o que deve facilitar as tratativas nacionais. Presidente de honra da legenda, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso emitiu uma nota pública cifrada ao pedir votos em candidatos comprometidos a combater a desigualdade social, o que à época foi interpretado como apoio velado a Lula.
Nas negociações, há dois colégios eleitorais importantes em jogo: Pernambuco e Rio Grande do Sul. Segundo apurou a reportagem, o ex-senador João Lyra, pai da candidata ao governo pernambucano Raquel Lyra (PSDB), pediu a aliados de Lula o telefone do ex-presidente. A conversa deve acontecer ainda hoje.
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A expectativa é que o PT possa sinalizar um pacto de não-agressão com Raquel – sem, portanto, subir no palanque da candidata a governadora Marília Arraes (Solidariedade). Em solo gaúcho, as articulações se dão em torno da candidatura de Eduardo Leite (PSDB), que enfrenta no segundo turno o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL).
Rodrigo Maia. Secretário de Ações Estratégicas do Governo de São Paulo, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB) chegou há pouco no QG da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, na zona oeste de São Paulo, e deve anunciar apoio ao petista no segundo turno.
Maia foi um dos nomes procurados pelo candidato a governador de São Paulo Fernando Haddad (PT) para atrair o apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB). A tentativa foi frustrada. Hoje Garcia declarou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
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O ex-presidente da Câmara foi um dos avalistas da candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro e deve ajudar a costurar o apoio do PSDB à candidatura de Lula no segundo turno, no plano nacional, a despeito do anúncio de Garcia.
Simone Tebet
O PT espera receber nesta quarta-feira, 5, o apoio de Simone Tebet (MDB) à candidatura de Lula no segundo turno contra o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com um coordenador da campanha petista, Simone, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da disputa presidencial, deve viajar a São Paulo para conversar com Lula e formalizar seu apoio.