PT esconde plano final de governo; Lula diz que ‘não precisa fazer promessas’


Campanha petista não prevê apresentação de documento detalhado para os eleitores antes do primeiro turno; TSE recebeu texto preliminar

Por Luiz Vassallo e Beatriz Bulla

A cinco dias da votação em primeiro turno, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não divulgou até o momento um plano detalhado com o programa de governo em eventual volta ao Palácio do Planalto. Também não há previsão de que um documento seja apresentado aos eleitores antes do primeiro turno. Nesta segunda-feira, 26, Lula afirmou que “não precisa fazer promessas”.

Ao não se comprometer com um roteiro claro e minucioso de propostas, o PT age para evitar desgastes com segmentos da sociedade e aliados. A omissão, segundo petistas, tem por objetivo também evitar a resistência de nomes que ainda podem manifestar apoio a Lula na reta final.

Propostas como o 'Desenrola Brasil', de renegociação de dívidas, e o reajuste na tabela do IR não foram especificadas ao TSE Foto: Werther Santana/Estadão
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A campanha do ex-presidente divulgou, em junho, duas diretrizes do plano de governo que vinha sendo elaborado pela coligação de apoio a Lula. Em agosto, um texto genérico de 21 páginas – que não detalha boa parte das promessas que o candidato tem feito nas últimas semanas – foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A campanha sugeria, no entanto, que um texto final detalhado seria apresentado, o que não ocorreu.

O próprio texto protocolado no TSE em agosto foi tratado como um “ponto de partida para um amplo debate nacional”. O esboço continha propostas genéricas: “Nosso horizonte é a criação de um projeto justo, solidário, sustentável, soberano e criativo para um Brasil que seja de todos os brasileiros e brasileiras”, dizia.

É uma estratégia pautada naquilo que o próprio PT já usou para atacar os adversários. E o PT já se serviu dos planos dos adversários para fazer críticas acentuadas a determinadas figuras

Humberto Dantas, cientista político, doutor pela USP e pesquisador da FGV-SP

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Petistas afirmavam que ainda iriam finalizar o plano após receberem propostas por meio de uma plataforma online. Mais de 13 mil sugestões, conforme os integrantes da campanha, foram enviadas. Propostas como o “Desenrola Brasil”, de renegociação de dívidas, e o reajuste na tabela do Imposto de Renda, divulgadas nas últimas semanas, não foram especificadas no programa levado ao TSE.

“Não preciso ficar fazendo promessa porque eu tenho como avalista das políticas que eu vou fazer um legado de oito anos que foram de muito sucesso neste País, para todos os segmentos da sociedade”, disse Lula ao cumprir agenda em São Paulo nesta segunda.

O coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante, disse, por meio de assessoria de imprensa, que foram apresentadas ao TSE “propostas inovadoras e consistentes, realizados eventos temáticos e apresentados textos complementares aprofundando nossas iniciativas”. O argumento é que propostas também estão sendo divulgadas nos atos públicos e em entrevistas do ex-presidente.

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Contradição

“É uma estratégia pautada naquilo que o próprio PT já usou para atacar os adversários. E o PT já se serviu dos planos dos adversários para fazer críticas acentuadas a determinadas figuras”, disse Humberto Dantas, cientista político, doutor pela USP e pesquisador da FGV-SP.

Para o cientista político da Universidade Federal do ABC (UFABC) Vitor Marchetti, o não detalhamento do plano de governo tem relação com a lógica do PT de conseguir novos aliados durante a campanha. “Isso vai fazendo com que o plano fique sempre a reboque dessas alianças formadas”, afirmou, citando a adesão da ex-ministra e candidata a deputada federal Marina Silva (Rede) e do ex-ministro Henrique Meirelles à candidatura de Lula.

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O cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rodrigo Prando disse que Lula “está jogando no meio de campo” ao evitar divulgar um plano detalhado de governo. “Colocar tudo num papel e registrar o plano implica gerar expectativas nos aliados e frustrações.” Segundo ele, o ex-presidente busca uma “simplificação da realidade” na cabeça do eleitor. “Lula está buscando trazer à tona a lembrança do governo dele para o eleitorado.”

Colocar tudo num papel e registrar o plano implica gerar expectativas nos aliados e frustrações

Rodrigo Prando, cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

O plano de governo petista foi motivo de uma série de reuniões que duraram horas durante a pré-campanha. Os encontros, que tiveram a presença de partidos aliados, foram realizados na Fundação Perseu Abramo, na zona sul de São Paulo.

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Foi na instituição, por exemplo, que Lula, petistas e aliados se reuniram para discutir temas como a proposta de revogação da reforma trabalhista. Em junho, na primeira versão prévia do programa, temas como a revogação da reforma trabalhista e um veto à volta do imposto sindical estavam citados, e chegaram a desagradar inclusive aliados nas centrais sindicais. No final do mesmo mês, o PT divulgou um novo plano de diretrizes, que modificou trechos polêmicos.

À época, petistas insistiam para que o documento não fosse ainda chamado de programa de governo, já que o projeto finalizado sairia de um debate com base na plataforma online.

A cinco dias da votação em primeiro turno, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não divulgou até o momento um plano detalhado com o programa de governo em eventual volta ao Palácio do Planalto. Também não há previsão de que um documento seja apresentado aos eleitores antes do primeiro turno. Nesta segunda-feira, 26, Lula afirmou que “não precisa fazer promessas”.

Ao não se comprometer com um roteiro claro e minucioso de propostas, o PT age para evitar desgastes com segmentos da sociedade e aliados. A omissão, segundo petistas, tem por objetivo também evitar a resistência de nomes que ainda podem manifestar apoio a Lula na reta final.

Propostas como o 'Desenrola Brasil', de renegociação de dívidas, e o reajuste na tabela do IR não foram especificadas ao TSE Foto: Werther Santana/Estadão

A campanha do ex-presidente divulgou, em junho, duas diretrizes do plano de governo que vinha sendo elaborado pela coligação de apoio a Lula. Em agosto, um texto genérico de 21 páginas – que não detalha boa parte das promessas que o candidato tem feito nas últimas semanas – foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A campanha sugeria, no entanto, que um texto final detalhado seria apresentado, o que não ocorreu.

O próprio texto protocolado no TSE em agosto foi tratado como um “ponto de partida para um amplo debate nacional”. O esboço continha propostas genéricas: “Nosso horizonte é a criação de um projeto justo, solidário, sustentável, soberano e criativo para um Brasil que seja de todos os brasileiros e brasileiras”, dizia.

É uma estratégia pautada naquilo que o próprio PT já usou para atacar os adversários. E o PT já se serviu dos planos dos adversários para fazer críticas acentuadas a determinadas figuras

Humberto Dantas, cientista político, doutor pela USP e pesquisador da FGV-SP

Petistas afirmavam que ainda iriam finalizar o plano após receberem propostas por meio de uma plataforma online. Mais de 13 mil sugestões, conforme os integrantes da campanha, foram enviadas. Propostas como o “Desenrola Brasil”, de renegociação de dívidas, e o reajuste na tabela do Imposto de Renda, divulgadas nas últimas semanas, não foram especificadas no programa levado ao TSE.

“Não preciso ficar fazendo promessa porque eu tenho como avalista das políticas que eu vou fazer um legado de oito anos que foram de muito sucesso neste País, para todos os segmentos da sociedade”, disse Lula ao cumprir agenda em São Paulo nesta segunda.

O coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante, disse, por meio de assessoria de imprensa, que foram apresentadas ao TSE “propostas inovadoras e consistentes, realizados eventos temáticos e apresentados textos complementares aprofundando nossas iniciativas”. O argumento é que propostas também estão sendo divulgadas nos atos públicos e em entrevistas do ex-presidente.

Contradição

“É uma estratégia pautada naquilo que o próprio PT já usou para atacar os adversários. E o PT já se serviu dos planos dos adversários para fazer críticas acentuadas a determinadas figuras”, disse Humberto Dantas, cientista político, doutor pela USP e pesquisador da FGV-SP.

Para o cientista político da Universidade Federal do ABC (UFABC) Vitor Marchetti, o não detalhamento do plano de governo tem relação com a lógica do PT de conseguir novos aliados durante a campanha. “Isso vai fazendo com que o plano fique sempre a reboque dessas alianças formadas”, afirmou, citando a adesão da ex-ministra e candidata a deputada federal Marina Silva (Rede) e do ex-ministro Henrique Meirelles à candidatura de Lula.

O cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rodrigo Prando disse que Lula “está jogando no meio de campo” ao evitar divulgar um plano detalhado de governo. “Colocar tudo num papel e registrar o plano implica gerar expectativas nos aliados e frustrações.” Segundo ele, o ex-presidente busca uma “simplificação da realidade” na cabeça do eleitor. “Lula está buscando trazer à tona a lembrança do governo dele para o eleitorado.”

Colocar tudo num papel e registrar o plano implica gerar expectativas nos aliados e frustrações

Rodrigo Prando, cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

O plano de governo petista foi motivo de uma série de reuniões que duraram horas durante a pré-campanha. Os encontros, que tiveram a presença de partidos aliados, foram realizados na Fundação Perseu Abramo, na zona sul de São Paulo.

Foi na instituição, por exemplo, que Lula, petistas e aliados se reuniram para discutir temas como a proposta de revogação da reforma trabalhista. Em junho, na primeira versão prévia do programa, temas como a revogação da reforma trabalhista e um veto à volta do imposto sindical estavam citados, e chegaram a desagradar inclusive aliados nas centrais sindicais. No final do mesmo mês, o PT divulgou um novo plano de diretrizes, que modificou trechos polêmicos.

À época, petistas insistiam para que o documento não fosse ainda chamado de programa de governo, já que o projeto finalizado sairia de um debate com base na plataforma online.

A cinco dias da votação em primeiro turno, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não divulgou até o momento um plano detalhado com o programa de governo em eventual volta ao Palácio do Planalto. Também não há previsão de que um documento seja apresentado aos eleitores antes do primeiro turno. Nesta segunda-feira, 26, Lula afirmou que “não precisa fazer promessas”.

Ao não se comprometer com um roteiro claro e minucioso de propostas, o PT age para evitar desgastes com segmentos da sociedade e aliados. A omissão, segundo petistas, tem por objetivo também evitar a resistência de nomes que ainda podem manifestar apoio a Lula na reta final.

Propostas como o 'Desenrola Brasil', de renegociação de dívidas, e o reajuste na tabela do IR não foram especificadas ao TSE Foto: Werther Santana/Estadão

A campanha do ex-presidente divulgou, em junho, duas diretrizes do plano de governo que vinha sendo elaborado pela coligação de apoio a Lula. Em agosto, um texto genérico de 21 páginas – que não detalha boa parte das promessas que o candidato tem feito nas últimas semanas – foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A campanha sugeria, no entanto, que um texto final detalhado seria apresentado, o que não ocorreu.

O próprio texto protocolado no TSE em agosto foi tratado como um “ponto de partida para um amplo debate nacional”. O esboço continha propostas genéricas: “Nosso horizonte é a criação de um projeto justo, solidário, sustentável, soberano e criativo para um Brasil que seja de todos os brasileiros e brasileiras”, dizia.

É uma estratégia pautada naquilo que o próprio PT já usou para atacar os adversários. E o PT já se serviu dos planos dos adversários para fazer críticas acentuadas a determinadas figuras

Humberto Dantas, cientista político, doutor pela USP e pesquisador da FGV-SP

Petistas afirmavam que ainda iriam finalizar o plano após receberem propostas por meio de uma plataforma online. Mais de 13 mil sugestões, conforme os integrantes da campanha, foram enviadas. Propostas como o “Desenrola Brasil”, de renegociação de dívidas, e o reajuste na tabela do Imposto de Renda, divulgadas nas últimas semanas, não foram especificadas no programa levado ao TSE.

“Não preciso ficar fazendo promessa porque eu tenho como avalista das políticas que eu vou fazer um legado de oito anos que foram de muito sucesso neste País, para todos os segmentos da sociedade”, disse Lula ao cumprir agenda em São Paulo nesta segunda.

O coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante, disse, por meio de assessoria de imprensa, que foram apresentadas ao TSE “propostas inovadoras e consistentes, realizados eventos temáticos e apresentados textos complementares aprofundando nossas iniciativas”. O argumento é que propostas também estão sendo divulgadas nos atos públicos e em entrevistas do ex-presidente.

Contradição

“É uma estratégia pautada naquilo que o próprio PT já usou para atacar os adversários. E o PT já se serviu dos planos dos adversários para fazer críticas acentuadas a determinadas figuras”, disse Humberto Dantas, cientista político, doutor pela USP e pesquisador da FGV-SP.

Para o cientista político da Universidade Federal do ABC (UFABC) Vitor Marchetti, o não detalhamento do plano de governo tem relação com a lógica do PT de conseguir novos aliados durante a campanha. “Isso vai fazendo com que o plano fique sempre a reboque dessas alianças formadas”, afirmou, citando a adesão da ex-ministra e candidata a deputada federal Marina Silva (Rede) e do ex-ministro Henrique Meirelles à candidatura de Lula.

O cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rodrigo Prando disse que Lula “está jogando no meio de campo” ao evitar divulgar um plano detalhado de governo. “Colocar tudo num papel e registrar o plano implica gerar expectativas nos aliados e frustrações.” Segundo ele, o ex-presidente busca uma “simplificação da realidade” na cabeça do eleitor. “Lula está buscando trazer à tona a lembrança do governo dele para o eleitorado.”

Colocar tudo num papel e registrar o plano implica gerar expectativas nos aliados e frustrações

Rodrigo Prando, cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

O plano de governo petista foi motivo de uma série de reuniões que duraram horas durante a pré-campanha. Os encontros, que tiveram a presença de partidos aliados, foram realizados na Fundação Perseu Abramo, na zona sul de São Paulo.

Foi na instituição, por exemplo, que Lula, petistas e aliados se reuniram para discutir temas como a proposta de revogação da reforma trabalhista. Em junho, na primeira versão prévia do programa, temas como a revogação da reforma trabalhista e um veto à volta do imposto sindical estavam citados, e chegaram a desagradar inclusive aliados nas centrais sindicais. No final do mesmo mês, o PT divulgou um novo plano de diretrizes, que modificou trechos polêmicos.

À época, petistas insistiam para que o documento não fosse ainda chamado de programa de governo, já que o projeto finalizado sairia de um debate com base na plataforma online.

A cinco dias da votação em primeiro turno, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não divulgou até o momento um plano detalhado com o programa de governo em eventual volta ao Palácio do Planalto. Também não há previsão de que um documento seja apresentado aos eleitores antes do primeiro turno. Nesta segunda-feira, 26, Lula afirmou que “não precisa fazer promessas”.

Ao não se comprometer com um roteiro claro e minucioso de propostas, o PT age para evitar desgastes com segmentos da sociedade e aliados. A omissão, segundo petistas, tem por objetivo também evitar a resistência de nomes que ainda podem manifestar apoio a Lula na reta final.

Propostas como o 'Desenrola Brasil', de renegociação de dívidas, e o reajuste na tabela do IR não foram especificadas ao TSE Foto: Werther Santana/Estadão

A campanha do ex-presidente divulgou, em junho, duas diretrizes do plano de governo que vinha sendo elaborado pela coligação de apoio a Lula. Em agosto, um texto genérico de 21 páginas – que não detalha boa parte das promessas que o candidato tem feito nas últimas semanas – foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A campanha sugeria, no entanto, que um texto final detalhado seria apresentado, o que não ocorreu.

O próprio texto protocolado no TSE em agosto foi tratado como um “ponto de partida para um amplo debate nacional”. O esboço continha propostas genéricas: “Nosso horizonte é a criação de um projeto justo, solidário, sustentável, soberano e criativo para um Brasil que seja de todos os brasileiros e brasileiras”, dizia.

É uma estratégia pautada naquilo que o próprio PT já usou para atacar os adversários. E o PT já se serviu dos planos dos adversários para fazer críticas acentuadas a determinadas figuras

Humberto Dantas, cientista político, doutor pela USP e pesquisador da FGV-SP

Petistas afirmavam que ainda iriam finalizar o plano após receberem propostas por meio de uma plataforma online. Mais de 13 mil sugestões, conforme os integrantes da campanha, foram enviadas. Propostas como o “Desenrola Brasil”, de renegociação de dívidas, e o reajuste na tabela do Imposto de Renda, divulgadas nas últimas semanas, não foram especificadas no programa levado ao TSE.

“Não preciso ficar fazendo promessa porque eu tenho como avalista das políticas que eu vou fazer um legado de oito anos que foram de muito sucesso neste País, para todos os segmentos da sociedade”, disse Lula ao cumprir agenda em São Paulo nesta segunda.

O coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante, disse, por meio de assessoria de imprensa, que foram apresentadas ao TSE “propostas inovadoras e consistentes, realizados eventos temáticos e apresentados textos complementares aprofundando nossas iniciativas”. O argumento é que propostas também estão sendo divulgadas nos atos públicos e em entrevistas do ex-presidente.

Contradição

“É uma estratégia pautada naquilo que o próprio PT já usou para atacar os adversários. E o PT já se serviu dos planos dos adversários para fazer críticas acentuadas a determinadas figuras”, disse Humberto Dantas, cientista político, doutor pela USP e pesquisador da FGV-SP.

Para o cientista político da Universidade Federal do ABC (UFABC) Vitor Marchetti, o não detalhamento do plano de governo tem relação com a lógica do PT de conseguir novos aliados durante a campanha. “Isso vai fazendo com que o plano fique sempre a reboque dessas alianças formadas”, afirmou, citando a adesão da ex-ministra e candidata a deputada federal Marina Silva (Rede) e do ex-ministro Henrique Meirelles à candidatura de Lula.

O cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rodrigo Prando disse que Lula “está jogando no meio de campo” ao evitar divulgar um plano detalhado de governo. “Colocar tudo num papel e registrar o plano implica gerar expectativas nos aliados e frustrações.” Segundo ele, o ex-presidente busca uma “simplificação da realidade” na cabeça do eleitor. “Lula está buscando trazer à tona a lembrança do governo dele para o eleitorado.”

Colocar tudo num papel e registrar o plano implica gerar expectativas nos aliados e frustrações

Rodrigo Prando, cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

O plano de governo petista foi motivo de uma série de reuniões que duraram horas durante a pré-campanha. Os encontros, que tiveram a presença de partidos aliados, foram realizados na Fundação Perseu Abramo, na zona sul de São Paulo.

Foi na instituição, por exemplo, que Lula, petistas e aliados se reuniram para discutir temas como a proposta de revogação da reforma trabalhista. Em junho, na primeira versão prévia do programa, temas como a revogação da reforma trabalhista e um veto à volta do imposto sindical estavam citados, e chegaram a desagradar inclusive aliados nas centrais sindicais. No final do mesmo mês, o PT divulgou um novo plano de diretrizes, que modificou trechos polêmicos.

À época, petistas insistiam para que o documento não fosse ainda chamado de programa de governo, já que o projeto finalizado sairia de um debate com base na plataforma online.

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