PT faz seminário para aproximar evangélicos e mostrar que partido atua ‘à luz da bíblia’


Evento é tentativa petista para conquistar eleitorado refratário ao partido e que votou em peso em Jair Bolsonaro na última eleição; lideranças protestantes petistas como o ministro Jorge Messias e a deputada Benedita da Silva estão confirmadas

Por Guilherme Caetano

BRASÍLIA - Na tentativa de se aproximar dos evangélicos, o PT está organizando um evento para conquistar esse eleitorado a tempo da disputa municipal. O partido convidou seus candidatos no pleito de outubro para um seminário, marcado para a noite desta quarta-feira, 07, em que vai orientá-los a comunicar os feitos dos governos do PT “à luz da Bíblia” e ajudar a rebater ataques contra a esquerda.

Organizado pelo núcleo evangélico e pelo setorial inter-religioso do PT, coordenado por Gutierres Barbosa, o evento virtual vai oferecer uma estratégia de comunicação aos 2,1 mil candidatos evangélicos que o PT vai lançar para as prefeituras e câmaras municipais do País. Lideranças protestantes petistas como o ministro Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) estão confirmadas.

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A ideia do PT é dialogar com o segmento evangélico, ao mesmo tempo em que alinha com seus candidatos um padrão de defesa do partido diante de eventuais questionamentos que venham de dentro dos templos. Em algumas denominações, como a Igreja Universal, de Edir Macedo, pastores pregam que é “impossível ser cristão e de esquerda” — e os dirigentes petistas querem ensinar seus quadros a rebater as acusações.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou aproximação com evangélicos na reta final das eleições 2022 Foto: EFE/André Coelho

“Nós estamos preparando uma cartilha de diálogo para mostrar que o PT defende o Estado laico, mas também defende a liberdade de culto de cada um. Vamos dar um enfoque sobre o nosso programa à luz da Bíblia, para entender que vários fundamentos do PT têm a ver com conceitos cristãos, com coisas que Jesus defendeu”, afirma Barbosa, referindo-se à defesa de pautas sociais como o combate à fome e à desigualdade.

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O seminário deve dar holofote a candidaturas evangélicas espalhadas pelo Brasil, como Vaninha Caetano, a Irmã Vaninha, candidata a prefeita de Caravelas (BA), pastor Zé Barbosa, candidato a vereador em Campina Grande (PB), e pastor Wellington do Pinheiro, que tentará uma vaga na Câmara Municipal de Maceió, a capital mais bolsonarista do Nordeste.

Entre as orientações, os organizadores pretendem destacar aos participantes que os governos petistas aprovaram medidas benéficas aos evangélicos. Alguns dos exemplos citados serão a Lei da Liberdade Religiosa e a instituição de datas como o Dia Nacional do Evangélico, o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho e o Dia Nacional da Marcha para Jesus, por exemplo.

Essa última comemoração, que tem levado milhares de pessoas às ruas em cidades como São Paulo, virou reduto bolsonarista nos últimos anos. Políticos diversos têm marcado presença na marcha para fazer acenos ao segmento evangélico. Aplaudido no evento deste ano, Jair Bolsonaro costumava se gabar, desde 2019, de ser o primeiro presidente a comparecer à Marcha para Jesus.

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A iniciativa é uma tentativa de reduzir o estrago na imagem da esquerda perante o eleitorado protestante, principalmente durante o governo Bolsonaro. O seminário, no entanto, contará com cenas que se tornaram comuns durante eventos bolsonaristas e a influência evangélica nesses espaços. No convite de divulgação do seminário petista, por exemplo, consta que haverá “oração, louvores e testemunhos”.

Um levantamento interno do setorial inter-religioso do PT mostra que 16% dos filiados ao partido são evangélicos, e outros 60%, católicos. E, dos mais de 15 mil candidatos lançados neste ano para os cargos municipais, 2.138 se identificam como protestantes. Sob o entendimento de que “evangélico conversa com evangélico”, a legenda aposta nesse grupo para ajudar na reaproximação com o segmento.

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Mas pesquisas têm apontado dificuldade do governo federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante evangélicos, que têm maior identificação com Bolsonaro. Um levantamento do Datafolha mostrou, em junho, que enquanto 36% dos brasileiros avaliavam o governo Lula como ótimo ou bom e 31% o consideravam ruim e péssimo, o cenário era contrastante se considerados apenas os respondentes evangélicos.

Nesse caso, caía para 22% a proporção de quem considerava o governo ótimo ou bom, e subia para 44% os que o avaliavam como ruim ou péssimo. Entre católicos, identificou-se o inverso: 45% aprovavam o terceiro mandato do petista, e 25% o reprovavam.

Cresce dentro do PT a cada eleição a preocupação em converter votos do refratário eleitorado evangélico, e com frequência os esforços são apontados por religiosos como insuficientes ou inócuos. Durante a campanha presidencial de 2022, uma dessas reprimendas foi dada pelo pastor, teólogo e militante de esquerda Walter Pinheiro nas redes sociais. “Um recado para toda a esquerda brasileira. Vocês vão chamar nós, os líderes evangélicos, para conversar de verdade ou vão continuar usando só a figura do Henrique Vieira como um totem? Vocês não vão vencer o BOLSONARISMO sem nós”, escreveu no X (antigo Twitter).

BRASÍLIA - Na tentativa de se aproximar dos evangélicos, o PT está organizando um evento para conquistar esse eleitorado a tempo da disputa municipal. O partido convidou seus candidatos no pleito de outubro para um seminário, marcado para a noite desta quarta-feira, 07, em que vai orientá-los a comunicar os feitos dos governos do PT “à luz da Bíblia” e ajudar a rebater ataques contra a esquerda.

Organizado pelo núcleo evangélico e pelo setorial inter-religioso do PT, coordenado por Gutierres Barbosa, o evento virtual vai oferecer uma estratégia de comunicação aos 2,1 mil candidatos evangélicos que o PT vai lançar para as prefeituras e câmaras municipais do País. Lideranças protestantes petistas como o ministro Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) estão confirmadas.

A ideia do PT é dialogar com o segmento evangélico, ao mesmo tempo em que alinha com seus candidatos um padrão de defesa do partido diante de eventuais questionamentos que venham de dentro dos templos. Em algumas denominações, como a Igreja Universal, de Edir Macedo, pastores pregam que é “impossível ser cristão e de esquerda” — e os dirigentes petistas querem ensinar seus quadros a rebater as acusações.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou aproximação com evangélicos na reta final das eleições 2022 Foto: EFE/André Coelho

“Nós estamos preparando uma cartilha de diálogo para mostrar que o PT defende o Estado laico, mas também defende a liberdade de culto de cada um. Vamos dar um enfoque sobre o nosso programa à luz da Bíblia, para entender que vários fundamentos do PT têm a ver com conceitos cristãos, com coisas que Jesus defendeu”, afirma Barbosa, referindo-se à defesa de pautas sociais como o combate à fome e à desigualdade.

O seminário deve dar holofote a candidaturas evangélicas espalhadas pelo Brasil, como Vaninha Caetano, a Irmã Vaninha, candidata a prefeita de Caravelas (BA), pastor Zé Barbosa, candidato a vereador em Campina Grande (PB), e pastor Wellington do Pinheiro, que tentará uma vaga na Câmara Municipal de Maceió, a capital mais bolsonarista do Nordeste.

Entre as orientações, os organizadores pretendem destacar aos participantes que os governos petistas aprovaram medidas benéficas aos evangélicos. Alguns dos exemplos citados serão a Lei da Liberdade Religiosa e a instituição de datas como o Dia Nacional do Evangélico, o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho e o Dia Nacional da Marcha para Jesus, por exemplo.

Essa última comemoração, que tem levado milhares de pessoas às ruas em cidades como São Paulo, virou reduto bolsonarista nos últimos anos. Políticos diversos têm marcado presença na marcha para fazer acenos ao segmento evangélico. Aplaudido no evento deste ano, Jair Bolsonaro costumava se gabar, desde 2019, de ser o primeiro presidente a comparecer à Marcha para Jesus.

A iniciativa é uma tentativa de reduzir o estrago na imagem da esquerda perante o eleitorado protestante, principalmente durante o governo Bolsonaro. O seminário, no entanto, contará com cenas que se tornaram comuns durante eventos bolsonaristas e a influência evangélica nesses espaços. No convite de divulgação do seminário petista, por exemplo, consta que haverá “oração, louvores e testemunhos”.

Um levantamento interno do setorial inter-religioso do PT mostra que 16% dos filiados ao partido são evangélicos, e outros 60%, católicos. E, dos mais de 15 mil candidatos lançados neste ano para os cargos municipais, 2.138 se identificam como protestantes. Sob o entendimento de que “evangélico conversa com evangélico”, a legenda aposta nesse grupo para ajudar na reaproximação com o segmento.

Mas pesquisas têm apontado dificuldade do governo federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante evangélicos, que têm maior identificação com Bolsonaro. Um levantamento do Datafolha mostrou, em junho, que enquanto 36% dos brasileiros avaliavam o governo Lula como ótimo ou bom e 31% o consideravam ruim e péssimo, o cenário era contrastante se considerados apenas os respondentes evangélicos.

Nesse caso, caía para 22% a proporção de quem considerava o governo ótimo ou bom, e subia para 44% os que o avaliavam como ruim ou péssimo. Entre católicos, identificou-se o inverso: 45% aprovavam o terceiro mandato do petista, e 25% o reprovavam.

Cresce dentro do PT a cada eleição a preocupação em converter votos do refratário eleitorado evangélico, e com frequência os esforços são apontados por religiosos como insuficientes ou inócuos. Durante a campanha presidencial de 2022, uma dessas reprimendas foi dada pelo pastor, teólogo e militante de esquerda Walter Pinheiro nas redes sociais. “Um recado para toda a esquerda brasileira. Vocês vão chamar nós, os líderes evangélicos, para conversar de verdade ou vão continuar usando só a figura do Henrique Vieira como um totem? Vocês não vão vencer o BOLSONARISMO sem nós”, escreveu no X (antigo Twitter).

BRASÍLIA - Na tentativa de se aproximar dos evangélicos, o PT está organizando um evento para conquistar esse eleitorado a tempo da disputa municipal. O partido convidou seus candidatos no pleito de outubro para um seminário, marcado para a noite desta quarta-feira, 07, em que vai orientá-los a comunicar os feitos dos governos do PT “à luz da Bíblia” e ajudar a rebater ataques contra a esquerda.

Organizado pelo núcleo evangélico e pelo setorial inter-religioso do PT, coordenado por Gutierres Barbosa, o evento virtual vai oferecer uma estratégia de comunicação aos 2,1 mil candidatos evangélicos que o PT vai lançar para as prefeituras e câmaras municipais do País. Lideranças protestantes petistas como o ministro Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) estão confirmadas.

A ideia do PT é dialogar com o segmento evangélico, ao mesmo tempo em que alinha com seus candidatos um padrão de defesa do partido diante de eventuais questionamentos que venham de dentro dos templos. Em algumas denominações, como a Igreja Universal, de Edir Macedo, pastores pregam que é “impossível ser cristão e de esquerda” — e os dirigentes petistas querem ensinar seus quadros a rebater as acusações.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou aproximação com evangélicos na reta final das eleições 2022 Foto: EFE/André Coelho

“Nós estamos preparando uma cartilha de diálogo para mostrar que o PT defende o Estado laico, mas também defende a liberdade de culto de cada um. Vamos dar um enfoque sobre o nosso programa à luz da Bíblia, para entender que vários fundamentos do PT têm a ver com conceitos cristãos, com coisas que Jesus defendeu”, afirma Barbosa, referindo-se à defesa de pautas sociais como o combate à fome e à desigualdade.

O seminário deve dar holofote a candidaturas evangélicas espalhadas pelo Brasil, como Vaninha Caetano, a Irmã Vaninha, candidata a prefeita de Caravelas (BA), pastor Zé Barbosa, candidato a vereador em Campina Grande (PB), e pastor Wellington do Pinheiro, que tentará uma vaga na Câmara Municipal de Maceió, a capital mais bolsonarista do Nordeste.

Entre as orientações, os organizadores pretendem destacar aos participantes que os governos petistas aprovaram medidas benéficas aos evangélicos. Alguns dos exemplos citados serão a Lei da Liberdade Religiosa e a instituição de datas como o Dia Nacional do Evangélico, o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho e o Dia Nacional da Marcha para Jesus, por exemplo.

Essa última comemoração, que tem levado milhares de pessoas às ruas em cidades como São Paulo, virou reduto bolsonarista nos últimos anos. Políticos diversos têm marcado presença na marcha para fazer acenos ao segmento evangélico. Aplaudido no evento deste ano, Jair Bolsonaro costumava se gabar, desde 2019, de ser o primeiro presidente a comparecer à Marcha para Jesus.

A iniciativa é uma tentativa de reduzir o estrago na imagem da esquerda perante o eleitorado protestante, principalmente durante o governo Bolsonaro. O seminário, no entanto, contará com cenas que se tornaram comuns durante eventos bolsonaristas e a influência evangélica nesses espaços. No convite de divulgação do seminário petista, por exemplo, consta que haverá “oração, louvores e testemunhos”.

Um levantamento interno do setorial inter-religioso do PT mostra que 16% dos filiados ao partido são evangélicos, e outros 60%, católicos. E, dos mais de 15 mil candidatos lançados neste ano para os cargos municipais, 2.138 se identificam como protestantes. Sob o entendimento de que “evangélico conversa com evangélico”, a legenda aposta nesse grupo para ajudar na reaproximação com o segmento.

Mas pesquisas têm apontado dificuldade do governo federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante evangélicos, que têm maior identificação com Bolsonaro. Um levantamento do Datafolha mostrou, em junho, que enquanto 36% dos brasileiros avaliavam o governo Lula como ótimo ou bom e 31% o consideravam ruim e péssimo, o cenário era contrastante se considerados apenas os respondentes evangélicos.

Nesse caso, caía para 22% a proporção de quem considerava o governo ótimo ou bom, e subia para 44% os que o avaliavam como ruim ou péssimo. Entre católicos, identificou-se o inverso: 45% aprovavam o terceiro mandato do petista, e 25% o reprovavam.

Cresce dentro do PT a cada eleição a preocupação em converter votos do refratário eleitorado evangélico, e com frequência os esforços são apontados por religiosos como insuficientes ou inócuos. Durante a campanha presidencial de 2022, uma dessas reprimendas foi dada pelo pastor, teólogo e militante de esquerda Walter Pinheiro nas redes sociais. “Um recado para toda a esquerda brasileira. Vocês vão chamar nós, os líderes evangélicos, para conversar de verdade ou vão continuar usando só a figura do Henrique Vieira como um totem? Vocês não vão vencer o BOLSONARISMO sem nós”, escreveu no X (antigo Twitter).

BRASÍLIA - Na tentativa de se aproximar dos evangélicos, o PT está organizando um evento para conquistar esse eleitorado a tempo da disputa municipal. O partido convidou seus candidatos no pleito de outubro para um seminário, marcado para a noite desta quarta-feira, 07, em que vai orientá-los a comunicar os feitos dos governos do PT “à luz da Bíblia” e ajudar a rebater ataques contra a esquerda.

Organizado pelo núcleo evangélico e pelo setorial inter-religioso do PT, coordenado por Gutierres Barbosa, o evento virtual vai oferecer uma estratégia de comunicação aos 2,1 mil candidatos evangélicos que o PT vai lançar para as prefeituras e câmaras municipais do País. Lideranças protestantes petistas como o ministro Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) estão confirmadas.

A ideia do PT é dialogar com o segmento evangélico, ao mesmo tempo em que alinha com seus candidatos um padrão de defesa do partido diante de eventuais questionamentos que venham de dentro dos templos. Em algumas denominações, como a Igreja Universal, de Edir Macedo, pastores pregam que é “impossível ser cristão e de esquerda” — e os dirigentes petistas querem ensinar seus quadros a rebater as acusações.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou aproximação com evangélicos na reta final das eleições 2022 Foto: EFE/André Coelho

“Nós estamos preparando uma cartilha de diálogo para mostrar que o PT defende o Estado laico, mas também defende a liberdade de culto de cada um. Vamos dar um enfoque sobre o nosso programa à luz da Bíblia, para entender que vários fundamentos do PT têm a ver com conceitos cristãos, com coisas que Jesus defendeu”, afirma Barbosa, referindo-se à defesa de pautas sociais como o combate à fome e à desigualdade.

O seminário deve dar holofote a candidaturas evangélicas espalhadas pelo Brasil, como Vaninha Caetano, a Irmã Vaninha, candidata a prefeita de Caravelas (BA), pastor Zé Barbosa, candidato a vereador em Campina Grande (PB), e pastor Wellington do Pinheiro, que tentará uma vaga na Câmara Municipal de Maceió, a capital mais bolsonarista do Nordeste.

Entre as orientações, os organizadores pretendem destacar aos participantes que os governos petistas aprovaram medidas benéficas aos evangélicos. Alguns dos exemplos citados serão a Lei da Liberdade Religiosa e a instituição de datas como o Dia Nacional do Evangélico, o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho e o Dia Nacional da Marcha para Jesus, por exemplo.

Essa última comemoração, que tem levado milhares de pessoas às ruas em cidades como São Paulo, virou reduto bolsonarista nos últimos anos. Políticos diversos têm marcado presença na marcha para fazer acenos ao segmento evangélico. Aplaudido no evento deste ano, Jair Bolsonaro costumava se gabar, desde 2019, de ser o primeiro presidente a comparecer à Marcha para Jesus.

A iniciativa é uma tentativa de reduzir o estrago na imagem da esquerda perante o eleitorado protestante, principalmente durante o governo Bolsonaro. O seminário, no entanto, contará com cenas que se tornaram comuns durante eventos bolsonaristas e a influência evangélica nesses espaços. No convite de divulgação do seminário petista, por exemplo, consta que haverá “oração, louvores e testemunhos”.

Um levantamento interno do setorial inter-religioso do PT mostra que 16% dos filiados ao partido são evangélicos, e outros 60%, católicos. E, dos mais de 15 mil candidatos lançados neste ano para os cargos municipais, 2.138 se identificam como protestantes. Sob o entendimento de que “evangélico conversa com evangélico”, a legenda aposta nesse grupo para ajudar na reaproximação com o segmento.

Mas pesquisas têm apontado dificuldade do governo federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perante evangélicos, que têm maior identificação com Bolsonaro. Um levantamento do Datafolha mostrou, em junho, que enquanto 36% dos brasileiros avaliavam o governo Lula como ótimo ou bom e 31% o consideravam ruim e péssimo, o cenário era contrastante se considerados apenas os respondentes evangélicos.

Nesse caso, caía para 22% a proporção de quem considerava o governo ótimo ou bom, e subia para 44% os que o avaliavam como ruim ou péssimo. Entre católicos, identificou-se o inverso: 45% aprovavam o terceiro mandato do petista, e 25% o reprovavam.

Cresce dentro do PT a cada eleição a preocupação em converter votos do refratário eleitorado evangélico, e com frequência os esforços são apontados por religiosos como insuficientes ou inócuos. Durante a campanha presidencial de 2022, uma dessas reprimendas foi dada pelo pastor, teólogo e militante de esquerda Walter Pinheiro nas redes sociais. “Um recado para toda a esquerda brasileira. Vocês vão chamar nós, os líderes evangélicos, para conversar de verdade ou vão continuar usando só a figura do Henrique Vieira como um totem? Vocês não vão vencer o BOLSONARISMO sem nós”, escreveu no X (antigo Twitter).

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