PT e governo relutam em classificar Hamas como terrorista e falham em alinhamento de discurso


Lideranças do partido de Lula não condenam grupo terrorista palestino e hesitação influencia decisões do Itamaraty

Por Natália Santos, Vinícius Valfré e Zeca Ferreira
Atualização:

As reações de lideranças do PT aos atentados terroristas do Hamas contra Israel, com mortes de cidadãos brasileiros, expõem uma tentativa de relativizar os ataques e uma falha no alinhamento de discursos dentro do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A hesitação do PT e do governo em condenar o Hamas é alvo de críticas em círculos políticos e diplomáticos. Simpatizante à causa palestina, a posição histórica do partido para a região é de defesa da política de “dois Estados, duas nações”, nos moldes dos Acordos de Oslo. A cúpula do PT prioriza acusar Israel de promover “uma política de limpeza étnica e apartheid contra palestinos”.

Como mostrou o Estadão, diplomatas e especialistas apontam que a falta de uma posição mais firme do governo brasileiro é resultado da influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e do próprio PT. Na última década, por exemplo, o partido de Lula emitiu diversas notas condenando o que chamou de “ocupação e colonização israelense “ de território palestino. “Muitos palestinos e palestinas são assassinados, feridos e expulsos dos seus lares (...) pela tragédia que espelha o avanço da judaização de Jerusalém, bem como pelo projeto sionista-colonialista”, escreveu Misiara Oliveira, à época na Executiva Nacional do PT, no site oficial da legenda em 2021.

Especialistas apontam que a falta de uma posição mais firme do governo brasileiro é resultado da influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim. FOTO: EVARISTO SÁ/AFP  
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Desde que o Hamas cometeu os atentados, petistas têm optado por priorizar a manifestação de preocupações com “a escalada de violência envolvendo palestinos e israelenses” e a reforçar a defesa da política de “dois Estados, duas nações”. Já a nota oficial do PT, publicada no sábado, 7, nem sequer cita o Hamas nem os atos de terrorismo praticados. As notas de pesar divulgadas pelo Itamaraty sobre as mortes dos brasileiros Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu também não mencionavam o grupo terrorista que as provocou.

Lula, por sua vez, chegou a falar em terrorismo na primeira publicação após o ataque terrorista ao Estado judeu. “Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas”, escreveu o presidente, sem mencionar o autor do ataque. Depois, o Palácio do Planalto mudou o tom e o presidente deixou de usar a expressão “terrorismo” em seus comunicados. A última publicação de Lula sobre o tema, feita na terça-feira, 10, é um apelo em defesa das crianças palestinas e israelenses.

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Segundo diplomatas e especialistas consultados pelo Estadão, as visões ideológicas de Amorim frequentemente entram em conflito com a abordagem técnica do Itamaraty. Um embaixador, que pediu para não ter o nome divulgado, afirma que houve uma mudança no posicionamento do Itamaraty desde o início da crise em Israel. “Tínhamos que ter uma posição mais firme. O Itamaraty decidiu condenar os ataques (na nota de 7 de outubro) e depois eles voltaram atrás, provavelmente sob pressão do PT e de outras agremiações de esquerda”, disse a fonte. “Neste caso tem de condenar e transmitir apoio, apesar do histórico de equidistância. O Hamas sempre desejou impedir o processo de paz.”

“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas”

Presidente Lula

Poucos foram os petistas que relacionaram o Hamas ao terrorismo. É o caso, por exemplo, do líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini. Nas redes sociais, o parlamentar começou o seu posicionamento classificando os ataques do Hamas como terroristas, mas terminou afirmando que o mesmo é feito pelo Estado de Israel. “Considero, sim, atos terroristas esses feitos pelo Hamas. Da mesma forma como considero atos terroristas de Estado o que está sendo feito agora pelo governo de Netanyahu contra a população civil da Faixa de Gaza, porque não é outra atitude se não o terrorismo que corta a água, o gás, a energia elétrica e joga bomba sobre prédios onde habita a população civil”, disse.

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Por outro lado, o ex-ministro José Dirceu (PT) considerou a declaração de Lula, na qual o ataque do Hamas a Israel foi rotulado como terrorista, como contraditória. Em um evento ao vivo em um canal afiliado ao PT, Dirceu não mencionou diretamente o líder petista em sua resposta, mas argumentou que classificar o Hamas como uma organização terrorista parece estar em desacordo com a luta histórica dos judeus e sionistas na Palestina para estabelecer o seu Estado. “Isso não significa que possamos concordar com o alvo de civis, com reféns, até porque há vários brasileiros e brasileiras”, afirmou.

Em 2021, dez deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) emitiram uma declaração pública expressando sua oposição à classificação do Hamas como um “grupo terrorista”. Entre os signatários, encontravam-se figuras que hoje fazem parte do governo do presidente Lula, como o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Essa declaração foi feita justamente em resposta à decisão do governo britânico de rotular o Hamas como uma organização terrorista.

Pimenta tenta se defender dizendo que é “desonestidade intelectual” relembrar o documento nos dias de hoje e relacioná-lo com outro período histórico. Segundo ele, a nota foi assinada quando o mundo vivia uma “fase aguda da pandemia”, o que era ainda mais letal para populações que viviam em áreas de conflito no Oriente Médio. De forma geral, sem citar nomes, o ministro repudiou todos os ataques.

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Veja declarações de membros do PT sobre o caso:

Na primeira nota de posicionamento, Lula afirmou estar chocado com os “ataques terroristas” realizados contra civis em Israel. O presidente repudiou o terrorismo e ações violentas, de todas as formas, e defendeu que as negociações para a existência de um estado palestino, que possa viver pacificamente com Israel.

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A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann seguiu a linha de defesa do partido ao afirmar que é solidária a “todas as partes desde a retomada do conflito armado”, sem citar lados específicos.

Padilha enfatizou a narrativa petista de não criminalizar apenas um lado e enfatizou o discurso de repúdio “ao terrorismo em todas as suas formas”. “Reconhecemos a importância de ambos os territórios, e vamos manter esta tradição na política externa”, disse.

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O senador Humberto Costa (PT-PE) prestou solidariedade aos familiares das “vítimas covardemente mortas nesses ataques abomináveis”, sem citar o Hamas.

As reações de lideranças do PT aos atentados terroristas do Hamas contra Israel, com mortes de cidadãos brasileiros, expõem uma tentativa de relativizar os ataques e uma falha no alinhamento de discursos dentro do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A hesitação do PT e do governo em condenar o Hamas é alvo de críticas em círculos políticos e diplomáticos. Simpatizante à causa palestina, a posição histórica do partido para a região é de defesa da política de “dois Estados, duas nações”, nos moldes dos Acordos de Oslo. A cúpula do PT prioriza acusar Israel de promover “uma política de limpeza étnica e apartheid contra palestinos”.

Como mostrou o Estadão, diplomatas e especialistas apontam que a falta de uma posição mais firme do governo brasileiro é resultado da influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e do próprio PT. Na última década, por exemplo, o partido de Lula emitiu diversas notas condenando o que chamou de “ocupação e colonização israelense “ de território palestino. “Muitos palestinos e palestinas são assassinados, feridos e expulsos dos seus lares (...) pela tragédia que espelha o avanço da judaização de Jerusalém, bem como pelo projeto sionista-colonialista”, escreveu Misiara Oliveira, à época na Executiva Nacional do PT, no site oficial da legenda em 2021.

Especialistas apontam que a falta de uma posição mais firme do governo brasileiro é resultado da influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim. FOTO: EVARISTO SÁ/AFP  

Desde que o Hamas cometeu os atentados, petistas têm optado por priorizar a manifestação de preocupações com “a escalada de violência envolvendo palestinos e israelenses” e a reforçar a defesa da política de “dois Estados, duas nações”. Já a nota oficial do PT, publicada no sábado, 7, nem sequer cita o Hamas nem os atos de terrorismo praticados. As notas de pesar divulgadas pelo Itamaraty sobre as mortes dos brasileiros Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu também não mencionavam o grupo terrorista que as provocou.

Lula, por sua vez, chegou a falar em terrorismo na primeira publicação após o ataque terrorista ao Estado judeu. “Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas”, escreveu o presidente, sem mencionar o autor do ataque. Depois, o Palácio do Planalto mudou o tom e o presidente deixou de usar a expressão “terrorismo” em seus comunicados. A última publicação de Lula sobre o tema, feita na terça-feira, 10, é um apelo em defesa das crianças palestinas e israelenses.

Segundo diplomatas e especialistas consultados pelo Estadão, as visões ideológicas de Amorim frequentemente entram em conflito com a abordagem técnica do Itamaraty. Um embaixador, que pediu para não ter o nome divulgado, afirma que houve uma mudança no posicionamento do Itamaraty desde o início da crise em Israel. “Tínhamos que ter uma posição mais firme. O Itamaraty decidiu condenar os ataques (na nota de 7 de outubro) e depois eles voltaram atrás, provavelmente sob pressão do PT e de outras agremiações de esquerda”, disse a fonte. “Neste caso tem de condenar e transmitir apoio, apesar do histórico de equidistância. O Hamas sempre desejou impedir o processo de paz.”

“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas”

Presidente Lula

Poucos foram os petistas que relacionaram o Hamas ao terrorismo. É o caso, por exemplo, do líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini. Nas redes sociais, o parlamentar começou o seu posicionamento classificando os ataques do Hamas como terroristas, mas terminou afirmando que o mesmo é feito pelo Estado de Israel. “Considero, sim, atos terroristas esses feitos pelo Hamas. Da mesma forma como considero atos terroristas de Estado o que está sendo feito agora pelo governo de Netanyahu contra a população civil da Faixa de Gaza, porque não é outra atitude se não o terrorismo que corta a água, o gás, a energia elétrica e joga bomba sobre prédios onde habita a população civil”, disse.

Por outro lado, o ex-ministro José Dirceu (PT) considerou a declaração de Lula, na qual o ataque do Hamas a Israel foi rotulado como terrorista, como contraditória. Em um evento ao vivo em um canal afiliado ao PT, Dirceu não mencionou diretamente o líder petista em sua resposta, mas argumentou que classificar o Hamas como uma organização terrorista parece estar em desacordo com a luta histórica dos judeus e sionistas na Palestina para estabelecer o seu Estado. “Isso não significa que possamos concordar com o alvo de civis, com reféns, até porque há vários brasileiros e brasileiras”, afirmou.

Em 2021, dez deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) emitiram uma declaração pública expressando sua oposição à classificação do Hamas como um “grupo terrorista”. Entre os signatários, encontravam-se figuras que hoje fazem parte do governo do presidente Lula, como o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Essa declaração foi feita justamente em resposta à decisão do governo britânico de rotular o Hamas como uma organização terrorista.

Pimenta tenta se defender dizendo que é “desonestidade intelectual” relembrar o documento nos dias de hoje e relacioná-lo com outro período histórico. Segundo ele, a nota foi assinada quando o mundo vivia uma “fase aguda da pandemia”, o que era ainda mais letal para populações que viviam em áreas de conflito no Oriente Médio. De forma geral, sem citar nomes, o ministro repudiou todos os ataques.

Veja declarações de membros do PT sobre o caso:

Na primeira nota de posicionamento, Lula afirmou estar chocado com os “ataques terroristas” realizados contra civis em Israel. O presidente repudiou o terrorismo e ações violentas, de todas as formas, e defendeu que as negociações para a existência de um estado palestino, que possa viver pacificamente com Israel.

A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann seguiu a linha de defesa do partido ao afirmar que é solidária a “todas as partes desde a retomada do conflito armado”, sem citar lados específicos.

Padilha enfatizou a narrativa petista de não criminalizar apenas um lado e enfatizou o discurso de repúdio “ao terrorismo em todas as suas formas”. “Reconhecemos a importância de ambos os territórios, e vamos manter esta tradição na política externa”, disse.

O senador Humberto Costa (PT-PE) prestou solidariedade aos familiares das “vítimas covardemente mortas nesses ataques abomináveis”, sem citar o Hamas.

As reações de lideranças do PT aos atentados terroristas do Hamas contra Israel, com mortes de cidadãos brasileiros, expõem uma tentativa de relativizar os ataques e uma falha no alinhamento de discursos dentro do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A hesitação do PT e do governo em condenar o Hamas é alvo de críticas em círculos políticos e diplomáticos. Simpatizante à causa palestina, a posição histórica do partido para a região é de defesa da política de “dois Estados, duas nações”, nos moldes dos Acordos de Oslo. A cúpula do PT prioriza acusar Israel de promover “uma política de limpeza étnica e apartheid contra palestinos”.

Como mostrou o Estadão, diplomatas e especialistas apontam que a falta de uma posição mais firme do governo brasileiro é resultado da influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e do próprio PT. Na última década, por exemplo, o partido de Lula emitiu diversas notas condenando o que chamou de “ocupação e colonização israelense “ de território palestino. “Muitos palestinos e palestinas são assassinados, feridos e expulsos dos seus lares (...) pela tragédia que espelha o avanço da judaização de Jerusalém, bem como pelo projeto sionista-colonialista”, escreveu Misiara Oliveira, à época na Executiva Nacional do PT, no site oficial da legenda em 2021.

Especialistas apontam que a falta de uma posição mais firme do governo brasileiro é resultado da influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim. FOTO: EVARISTO SÁ/AFP  

Desde que o Hamas cometeu os atentados, petistas têm optado por priorizar a manifestação de preocupações com “a escalada de violência envolvendo palestinos e israelenses” e a reforçar a defesa da política de “dois Estados, duas nações”. Já a nota oficial do PT, publicada no sábado, 7, nem sequer cita o Hamas nem os atos de terrorismo praticados. As notas de pesar divulgadas pelo Itamaraty sobre as mortes dos brasileiros Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu também não mencionavam o grupo terrorista que as provocou.

Lula, por sua vez, chegou a falar em terrorismo na primeira publicação após o ataque terrorista ao Estado judeu. “Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas”, escreveu o presidente, sem mencionar o autor do ataque. Depois, o Palácio do Planalto mudou o tom e o presidente deixou de usar a expressão “terrorismo” em seus comunicados. A última publicação de Lula sobre o tema, feita na terça-feira, 10, é um apelo em defesa das crianças palestinas e israelenses.

Segundo diplomatas e especialistas consultados pelo Estadão, as visões ideológicas de Amorim frequentemente entram em conflito com a abordagem técnica do Itamaraty. Um embaixador, que pediu para não ter o nome divulgado, afirma que houve uma mudança no posicionamento do Itamaraty desde o início da crise em Israel. “Tínhamos que ter uma posição mais firme. O Itamaraty decidiu condenar os ataques (na nota de 7 de outubro) e depois eles voltaram atrás, provavelmente sob pressão do PT e de outras agremiações de esquerda”, disse a fonte. “Neste caso tem de condenar e transmitir apoio, apesar do histórico de equidistância. O Hamas sempre desejou impedir o processo de paz.”

“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas”

Presidente Lula

Poucos foram os petistas que relacionaram o Hamas ao terrorismo. É o caso, por exemplo, do líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini. Nas redes sociais, o parlamentar começou o seu posicionamento classificando os ataques do Hamas como terroristas, mas terminou afirmando que o mesmo é feito pelo Estado de Israel. “Considero, sim, atos terroristas esses feitos pelo Hamas. Da mesma forma como considero atos terroristas de Estado o que está sendo feito agora pelo governo de Netanyahu contra a população civil da Faixa de Gaza, porque não é outra atitude se não o terrorismo que corta a água, o gás, a energia elétrica e joga bomba sobre prédios onde habita a população civil”, disse.

Por outro lado, o ex-ministro José Dirceu (PT) considerou a declaração de Lula, na qual o ataque do Hamas a Israel foi rotulado como terrorista, como contraditória. Em um evento ao vivo em um canal afiliado ao PT, Dirceu não mencionou diretamente o líder petista em sua resposta, mas argumentou que classificar o Hamas como uma organização terrorista parece estar em desacordo com a luta histórica dos judeus e sionistas na Palestina para estabelecer o seu Estado. “Isso não significa que possamos concordar com o alvo de civis, com reféns, até porque há vários brasileiros e brasileiras”, afirmou.

Em 2021, dez deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) emitiram uma declaração pública expressando sua oposição à classificação do Hamas como um “grupo terrorista”. Entre os signatários, encontravam-se figuras que hoje fazem parte do governo do presidente Lula, como o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Essa declaração foi feita justamente em resposta à decisão do governo britânico de rotular o Hamas como uma organização terrorista.

Pimenta tenta se defender dizendo que é “desonestidade intelectual” relembrar o documento nos dias de hoje e relacioná-lo com outro período histórico. Segundo ele, a nota foi assinada quando o mundo vivia uma “fase aguda da pandemia”, o que era ainda mais letal para populações que viviam em áreas de conflito no Oriente Médio. De forma geral, sem citar nomes, o ministro repudiou todos os ataques.

Veja declarações de membros do PT sobre o caso:

Na primeira nota de posicionamento, Lula afirmou estar chocado com os “ataques terroristas” realizados contra civis em Israel. O presidente repudiou o terrorismo e ações violentas, de todas as formas, e defendeu que as negociações para a existência de um estado palestino, que possa viver pacificamente com Israel.

A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann seguiu a linha de defesa do partido ao afirmar que é solidária a “todas as partes desde a retomada do conflito armado”, sem citar lados específicos.

Padilha enfatizou a narrativa petista de não criminalizar apenas um lado e enfatizou o discurso de repúdio “ao terrorismo em todas as suas formas”. “Reconhecemos a importância de ambos os territórios, e vamos manter esta tradição na política externa”, disse.

O senador Humberto Costa (PT-PE) prestou solidariedade aos familiares das “vítimas covardemente mortas nesses ataques abomináveis”, sem citar o Hamas.

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