Quem é Oruam e por que virou nome de projeto contra apologia ao crime


Rapper é filho de um dos líderes do Comando Vermelho, Marcinho VP, preso desde 1996

Por Karina Ferreira
Atualização:

Ouvido por 13,3 milhões de usuários do Spotify mensalmente, o rapper Oruam foi notícia nas últimas semanas não pelo sucesso na carreira musical, mas por ter seu nome associado a um projeto de lei que proíbe ao poder público a contratação de shows de artistas que façam apologia ao crime e ao uso de drogas.

A iniciativa que mira o rapper em São Paulo pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) se espalhou pelo Brasil e, segundo a parlamentar ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), propostas similares foram protocoladas em mais de 80 cidades brasileiras, sendo 18 capitais.

Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, de 23 anos, é filho de um dos líderes do Comando Vermelho, o Marcinho VP, preso desde 1996. Os dois nunca conviveram fora da prisão, de onde o líder continua a comandar a facção.

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Rapper Oruam, filho de Marcinho VP Foto: @oruam via Instagram

Em março do ano passado, Oruam se apresentou no festival Lollapalooza, em São Paulo, vestindo uma camiseta com a foto do pai, com a palavra “liberdade”. Com a repercussão do ato, ele usou as redes sociais para afirmar que o pai está pagando pelos erros “e com sobra”, e que o tem como um herói e exemplo.

No último Dia dos Pais, o cantor fez uma homenagem a Marcinho, afirmando que “daria tudo que conquistou” para poder almoçar com ele naquele domingo. “Não posso querer falar do meu amor pelo meu pai que tentam me calar”, disse, no Instagram.

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O artista tem o rosto do pai tatuado na barriga, ao lado do “tio” Elias Maluco, que assumiu a gerência do tráfico no Complexo do Alemão quando Marcinho foi preso. Elias Pereira da Silva foi condenado em 2005 pelo assassinato do jornalista da Globo Tim Lopes, três anos antes, e foi encontrado morto em 2020 na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.

O argumento da vereadora para propor a lei, apelidada por ela de “Lei Anti-Oruam”, é que as músicas do rapper “endeusam criminosos e líderes de facções, usando gírias e expressões para normalizar o crime na nossa cultura”.

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As três canções do cantor mais ouvidas no Spotify levam uma tag que indica que a faixa musical contém conteúdo explícito, e têm letras sobretudo sexuais e de ostentação. Segundo ele próprio se descreve na rede, suas músicas misturam “vivências pessoais, reflexões sobre a vida na periferia e sentimentos universais”. Oruam foi criado na favela Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Oruam comentou sobre o projeto de lei que leva seu nome nesta terça-feira, 11, ao afirmar que “virou pauta política” por ser um filho de traficante e fazer sucesso, e se disse alvo daqueles que “sempre tentaram criminalizar o funk, o rap e o trap”.

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A autora da proposta entrou em embate direto com Oruam após o rapper publicar um vídeo chamando a parlamentar de “bobona”, incitando seus seguidores a perturbarem-na. Amanda, em resposta, registrou um boletim de ocorrência contra o cantor.

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Ouvido por 13,3 milhões de usuários do Spotify mensalmente, o rapper Oruam foi notícia nas últimas semanas não pelo sucesso na carreira musical, mas por ter seu nome associado a um projeto de lei que proíbe ao poder público a contratação de shows de artistas que façam apologia ao crime e ao uso de drogas.

A iniciativa que mira o rapper em São Paulo pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) se espalhou pelo Brasil e, segundo a parlamentar ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), propostas similares foram protocoladas em mais de 80 cidades brasileiras, sendo 18 capitais.

Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, de 23 anos, é filho de um dos líderes do Comando Vermelho, o Marcinho VP, preso desde 1996. Os dois nunca conviveram fora da prisão, de onde o líder continua a comandar a facção.

Rapper Oruam, filho de Marcinho VP Foto: @oruam via Instagram

Em março do ano passado, Oruam se apresentou no festival Lollapalooza, em São Paulo, vestindo uma camiseta com a foto do pai, com a palavra “liberdade”. Com a repercussão do ato, ele usou as redes sociais para afirmar que o pai está pagando pelos erros “e com sobra”, e que o tem como um herói e exemplo.

No último Dia dos Pais, o cantor fez uma homenagem a Marcinho, afirmando que “daria tudo que conquistou” para poder almoçar com ele naquele domingo. “Não posso querer falar do meu amor pelo meu pai que tentam me calar”, disse, no Instagram.

O artista tem o rosto do pai tatuado na barriga, ao lado do “tio” Elias Maluco, que assumiu a gerência do tráfico no Complexo do Alemão quando Marcinho foi preso. Elias Pereira da Silva foi condenado em 2005 pelo assassinato do jornalista da Globo Tim Lopes, três anos antes, e foi encontrado morto em 2020 na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.

O argumento da vereadora para propor a lei, apelidada por ela de “Lei Anti-Oruam”, é que as músicas do rapper “endeusam criminosos e líderes de facções, usando gírias e expressões para normalizar o crime na nossa cultura”.

As três canções do cantor mais ouvidas no Spotify levam uma tag que indica que a faixa musical contém conteúdo explícito, e têm letras sobretudo sexuais e de ostentação. Segundo ele próprio se descreve na rede, suas músicas misturam “vivências pessoais, reflexões sobre a vida na periferia e sentimentos universais”. Oruam foi criado na favela Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Oruam comentou sobre o projeto de lei que leva seu nome nesta terça-feira, 11, ao afirmar que “virou pauta política” por ser um filho de traficante e fazer sucesso, e se disse alvo daqueles que “sempre tentaram criminalizar o funk, o rap e o trap”.

A autora da proposta entrou em embate direto com Oruam após o rapper publicar um vídeo chamando a parlamentar de “bobona”, incitando seus seguidores a perturbarem-na. Amanda, em resposta, registrou um boletim de ocorrência contra o cantor.

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Ouvido por 13,3 milhões de usuários do Spotify mensalmente, o rapper Oruam foi notícia nas últimas semanas não pelo sucesso na carreira musical, mas por ter seu nome associado a um projeto de lei que proíbe ao poder público a contratação de shows de artistas que façam apologia ao crime e ao uso de drogas.

A iniciativa que mira o rapper em São Paulo pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) se espalhou pelo Brasil e, segundo a parlamentar ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), propostas similares foram protocoladas em mais de 80 cidades brasileiras, sendo 18 capitais.

Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, de 23 anos, é filho de um dos líderes do Comando Vermelho, o Marcinho VP, preso desde 1996. Os dois nunca conviveram fora da prisão, de onde o líder continua a comandar a facção.

Rapper Oruam, filho de Marcinho VP Foto: @oruam via Instagram

Em março do ano passado, Oruam se apresentou no festival Lollapalooza, em São Paulo, vestindo uma camiseta com a foto do pai, com a palavra “liberdade”. Com a repercussão do ato, ele usou as redes sociais para afirmar que o pai está pagando pelos erros “e com sobra”, e que o tem como um herói e exemplo.

No último Dia dos Pais, o cantor fez uma homenagem a Marcinho, afirmando que “daria tudo que conquistou” para poder almoçar com ele naquele domingo. “Não posso querer falar do meu amor pelo meu pai que tentam me calar”, disse, no Instagram.

O artista tem o rosto do pai tatuado na barriga, ao lado do “tio” Elias Maluco, que assumiu a gerência do tráfico no Complexo do Alemão quando Marcinho foi preso. Elias Pereira da Silva foi condenado em 2005 pelo assassinato do jornalista da Globo Tim Lopes, três anos antes, e foi encontrado morto em 2020 na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.

O argumento da vereadora para propor a lei, apelidada por ela de “Lei Anti-Oruam”, é que as músicas do rapper “endeusam criminosos e líderes de facções, usando gírias e expressões para normalizar o crime na nossa cultura”.

As três canções do cantor mais ouvidas no Spotify levam uma tag que indica que a faixa musical contém conteúdo explícito, e têm letras sobretudo sexuais e de ostentação. Segundo ele próprio se descreve na rede, suas músicas misturam “vivências pessoais, reflexões sobre a vida na periferia e sentimentos universais”. Oruam foi criado na favela Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Oruam comentou sobre o projeto de lei que leva seu nome nesta terça-feira, 11, ao afirmar que “virou pauta política” por ser um filho de traficante e fazer sucesso, e se disse alvo daqueles que “sempre tentaram criminalizar o funk, o rap e o trap”.

A autora da proposta entrou em embate direto com Oruam após o rapper publicar um vídeo chamando a parlamentar de “bobona”, incitando seus seguidores a perturbarem-na. Amanda, em resposta, registrou um boletim de ocorrência contra o cantor.

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