Quem é Ricardo Cappelli, o cotado para posto de Dino que bloqueia quem o critica nas redes


Braço direito de Dino tem sido criticado nas redes sociais por militantes de esquerda após defender a PM da Bahia, polícia mais letal do País

Por Zeca Ferreira
Atualização:

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia, que possui a maior taxa de letalidade do País, seguida pela PM do Rio. O braço direito do ministro Flávio Dino, porém, não lidou bem com os comentários, bloqueando os seus críticos no X (ex-Twitter).

reference

Diante de uma possível indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Cappelli está em campanha aberta para se viabilizar como o novo Ministério da Justiça. Também estão no páreo para comandar a pasta, o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, este último próximo ao PT, que tem criticado a atuação de Dino na área da segurança pública. A escolha passa pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que governou a Bahia nos últimos oito anos - período em que a criminalidade no Estado explodiu.

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O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia. FOTO: CARL DE SOUZA/AFP Foto: Carl de Souza/AFP

As críticas a Cappelli ganharam forma após uma entrevista do número dois da Justiça à emissora de televisão CNN Brasil. “Não vejo uma desestruturação da Segurança Pública na Bahia. É grave? É. Tem confronto. Tem? Agora, a polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas. Porém, a letalidade deve ser investigada e combatida”, afirmou ao canal de TV.

A polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas

Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública

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Após a declaração, o professor Thiago Amparo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), criticou a posição de Cappelli por meio de uma publicação no X. “Na Bahia, apenas em setembro, foram 52 mortos pela polícia”, escreveu o pesquisador, que foi bloqueado por Cappelli na sequência. Além de Amparo, outros formadores de opinião também foram bloqueados, incluindo jornalistas. O episódio movimentou as redes sociais neste domingo, 2.

A postura de Cappelli frente às críticas não foi bem recebida pela esquerda, que voltou a criticá-lo por conta dos bloqueios. O secretário-executivo foi comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também bloqueava os seus críticos nas redes.

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Com a repercussão negativa, Cappelli foi até o X, primeiro, para se defender. “Críticas e sugestões são sempre bem-vindas, principalmente as críticas. Mas xingamentos e agressões, não. Derrotamos o ódio nas eleições, a prática da agressão é deles, não do campo democrático”, escreveu.

Como as críticas não cessaram, Ricardo Cappelli desbloqueou Thiago Amparo e também a jornalista Cecília Olliveira e marcou os dois em publicações. “Caro @thiamparo, não te conhecia, como tenho certeza que não me conhece. O debate pode ser duro, mas sempre respeitoso. Ser chamado de racista, de incentivar o genocídio pelas polícias para alguém que arriscou a própria vida pela democracia dói demais. Muito. Mas Vamos em frente”, disse para Amparo, em mensagem semelhante à que enviou a Cecília.

Também neste domingo, ele fez um novo post compartilhando a sua leitura de domingo: a biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escrita por Fernando Morais (Companhia da Letras).

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Quem é Ricardo Cappelli?

Jornalista de formação, Ricardo Cappelli foi nomeado interventor do Distrito Federal na área de segurança pública após os ataques de 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes. Nesse posto ele nomeou o coronel Klepter Rosa como comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal. Em agosto, o oficial da PM foi preso pela Polícia Federal por suposta omissão durante os ataques à sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

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Cappelli também assumiu interinamente o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após a queda do general Gonçalves Dias.

Atual número dois da Justiça, Cappelli é homem de confiança de Flávio Dino e foi secretário de Estado no Maranhão. No último mandato de Dino como governador, Capelli respondia pela Comunicação do governo estadual. No primeiro, chefiou o gabinete de representação do Maranhão em Brasília.

O jornalista presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi filiado ao PCdoB até 2015, quando se desfiliou. Ricardo Capelli é pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No governo Dilma Rousseff, Capelli trabalhou como secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social.

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Antes, também exerceu cargos de diretoria no ministério do Esporte, em governos do PT. Trabalhou em cargos de confiança no governo do Rio e foi secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, em Nova Iguaçu (RJ).

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia, que possui a maior taxa de letalidade do País, seguida pela PM do Rio. O braço direito do ministro Flávio Dino, porém, não lidou bem com os comentários, bloqueando os seus críticos no X (ex-Twitter).

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Diante de uma possível indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Cappelli está em campanha aberta para se viabilizar como o novo Ministério da Justiça. Também estão no páreo para comandar a pasta, o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, este último próximo ao PT, que tem criticado a atuação de Dino na área da segurança pública. A escolha passa pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que governou a Bahia nos últimos oito anos - período em que a criminalidade no Estado explodiu.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia. FOTO: CARL DE SOUZA/AFP Foto: Carl de Souza/AFP

As críticas a Cappelli ganharam forma após uma entrevista do número dois da Justiça à emissora de televisão CNN Brasil. “Não vejo uma desestruturação da Segurança Pública na Bahia. É grave? É. Tem confronto. Tem? Agora, a polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas. Porém, a letalidade deve ser investigada e combatida”, afirmou ao canal de TV.

A polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas

Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Após a declaração, o professor Thiago Amparo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), criticou a posição de Cappelli por meio de uma publicação no X. “Na Bahia, apenas em setembro, foram 52 mortos pela polícia”, escreveu o pesquisador, que foi bloqueado por Cappelli na sequência. Além de Amparo, outros formadores de opinião também foram bloqueados, incluindo jornalistas. O episódio movimentou as redes sociais neste domingo, 2.

A postura de Cappelli frente às críticas não foi bem recebida pela esquerda, que voltou a criticá-lo por conta dos bloqueios. O secretário-executivo foi comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também bloqueava os seus críticos nas redes.

Com a repercussão negativa, Cappelli foi até o X, primeiro, para se defender. “Críticas e sugestões são sempre bem-vindas, principalmente as críticas. Mas xingamentos e agressões, não. Derrotamos o ódio nas eleições, a prática da agressão é deles, não do campo democrático”, escreveu.

Como as críticas não cessaram, Ricardo Cappelli desbloqueou Thiago Amparo e também a jornalista Cecília Olliveira e marcou os dois em publicações. “Caro @thiamparo, não te conhecia, como tenho certeza que não me conhece. O debate pode ser duro, mas sempre respeitoso. Ser chamado de racista, de incentivar o genocídio pelas polícias para alguém que arriscou a própria vida pela democracia dói demais. Muito. Mas Vamos em frente”, disse para Amparo, em mensagem semelhante à que enviou a Cecília.

Também neste domingo, ele fez um novo post compartilhando a sua leitura de domingo: a biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escrita por Fernando Morais (Companhia da Letras).

Quem é Ricardo Cappelli?

Jornalista de formação, Ricardo Cappelli foi nomeado interventor do Distrito Federal na área de segurança pública após os ataques de 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes. Nesse posto ele nomeou o coronel Klepter Rosa como comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal. Em agosto, o oficial da PM foi preso pela Polícia Federal por suposta omissão durante os ataques à sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

Cappelli também assumiu interinamente o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após a queda do general Gonçalves Dias.

Atual número dois da Justiça, Cappelli é homem de confiança de Flávio Dino e foi secretário de Estado no Maranhão. No último mandato de Dino como governador, Capelli respondia pela Comunicação do governo estadual. No primeiro, chefiou o gabinete de representação do Maranhão em Brasília.

O jornalista presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi filiado ao PCdoB até 2015, quando se desfiliou. Ricardo Capelli é pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No governo Dilma Rousseff, Capelli trabalhou como secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social.

Antes, também exerceu cargos de diretoria no ministério do Esporte, em governos do PT. Trabalhou em cargos de confiança no governo do Rio e foi secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, em Nova Iguaçu (RJ).

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia, que possui a maior taxa de letalidade do País, seguida pela PM do Rio. O braço direito do ministro Flávio Dino, porém, não lidou bem com os comentários, bloqueando os seus críticos no X (ex-Twitter).

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Diante de uma possível indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Cappelli está em campanha aberta para se viabilizar como o novo Ministério da Justiça. Também estão no páreo para comandar a pasta, o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, este último próximo ao PT, que tem criticado a atuação de Dino na área da segurança pública. A escolha passa pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que governou a Bahia nos últimos oito anos - período em que a criminalidade no Estado explodiu.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia. FOTO: CARL DE SOUZA/AFP Foto: Carl de Souza/AFP

As críticas a Cappelli ganharam forma após uma entrevista do número dois da Justiça à emissora de televisão CNN Brasil. “Não vejo uma desestruturação da Segurança Pública na Bahia. É grave? É. Tem confronto. Tem? Agora, a polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas. Porém, a letalidade deve ser investigada e combatida”, afirmou ao canal de TV.

A polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas

Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Após a declaração, o professor Thiago Amparo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), criticou a posição de Cappelli por meio de uma publicação no X. “Na Bahia, apenas em setembro, foram 52 mortos pela polícia”, escreveu o pesquisador, que foi bloqueado por Cappelli na sequência. Além de Amparo, outros formadores de opinião também foram bloqueados, incluindo jornalistas. O episódio movimentou as redes sociais neste domingo, 2.

A postura de Cappelli frente às críticas não foi bem recebida pela esquerda, que voltou a criticá-lo por conta dos bloqueios. O secretário-executivo foi comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também bloqueava os seus críticos nas redes.

Com a repercussão negativa, Cappelli foi até o X, primeiro, para se defender. “Críticas e sugestões são sempre bem-vindas, principalmente as críticas. Mas xingamentos e agressões, não. Derrotamos o ódio nas eleições, a prática da agressão é deles, não do campo democrático”, escreveu.

Como as críticas não cessaram, Ricardo Cappelli desbloqueou Thiago Amparo e também a jornalista Cecília Olliveira e marcou os dois em publicações. “Caro @thiamparo, não te conhecia, como tenho certeza que não me conhece. O debate pode ser duro, mas sempre respeitoso. Ser chamado de racista, de incentivar o genocídio pelas polícias para alguém que arriscou a própria vida pela democracia dói demais. Muito. Mas Vamos em frente”, disse para Amparo, em mensagem semelhante à que enviou a Cecília.

Também neste domingo, ele fez um novo post compartilhando a sua leitura de domingo: a biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escrita por Fernando Morais (Companhia da Letras).

Quem é Ricardo Cappelli?

Jornalista de formação, Ricardo Cappelli foi nomeado interventor do Distrito Federal na área de segurança pública após os ataques de 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes. Nesse posto ele nomeou o coronel Klepter Rosa como comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal. Em agosto, o oficial da PM foi preso pela Polícia Federal por suposta omissão durante os ataques à sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

Cappelli também assumiu interinamente o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após a queda do general Gonçalves Dias.

Atual número dois da Justiça, Cappelli é homem de confiança de Flávio Dino e foi secretário de Estado no Maranhão. No último mandato de Dino como governador, Capelli respondia pela Comunicação do governo estadual. No primeiro, chefiou o gabinete de representação do Maranhão em Brasília.

O jornalista presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi filiado ao PCdoB até 2015, quando se desfiliou. Ricardo Capelli é pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No governo Dilma Rousseff, Capelli trabalhou como secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social.

Antes, também exerceu cargos de diretoria no ministério do Esporte, em governos do PT. Trabalhou em cargos de confiança no governo do Rio e foi secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, em Nova Iguaçu (RJ).

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia, que possui a maior taxa de letalidade do País, seguida pela PM do Rio. O braço direito do ministro Flávio Dino, porém, não lidou bem com os comentários, bloqueando os seus críticos no X (ex-Twitter).

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Diante de uma possível indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Cappelli está em campanha aberta para se viabilizar como o novo Ministério da Justiça. Também estão no páreo para comandar a pasta, o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, este último próximo ao PT, que tem criticado a atuação de Dino na área da segurança pública. A escolha passa pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que governou a Bahia nos últimos oito anos - período em que a criminalidade no Estado explodiu.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia. FOTO: CARL DE SOUZA/AFP Foto: Carl de Souza/AFP

As críticas a Cappelli ganharam forma após uma entrevista do número dois da Justiça à emissora de televisão CNN Brasil. “Não vejo uma desestruturação da Segurança Pública na Bahia. É grave? É. Tem confronto. Tem? Agora, a polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas. Porém, a letalidade deve ser investigada e combatida”, afirmou ao canal de TV.

A polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas

Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Após a declaração, o professor Thiago Amparo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), criticou a posição de Cappelli por meio de uma publicação no X. “Na Bahia, apenas em setembro, foram 52 mortos pela polícia”, escreveu o pesquisador, que foi bloqueado por Cappelli na sequência. Além de Amparo, outros formadores de opinião também foram bloqueados, incluindo jornalistas. O episódio movimentou as redes sociais neste domingo, 2.

A postura de Cappelli frente às críticas não foi bem recebida pela esquerda, que voltou a criticá-lo por conta dos bloqueios. O secretário-executivo foi comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também bloqueava os seus críticos nas redes.

Com a repercussão negativa, Cappelli foi até o X, primeiro, para se defender. “Críticas e sugestões são sempre bem-vindas, principalmente as críticas. Mas xingamentos e agressões, não. Derrotamos o ódio nas eleições, a prática da agressão é deles, não do campo democrático”, escreveu.

Como as críticas não cessaram, Ricardo Cappelli desbloqueou Thiago Amparo e também a jornalista Cecília Olliveira e marcou os dois em publicações. “Caro @thiamparo, não te conhecia, como tenho certeza que não me conhece. O debate pode ser duro, mas sempre respeitoso. Ser chamado de racista, de incentivar o genocídio pelas polícias para alguém que arriscou a própria vida pela democracia dói demais. Muito. Mas Vamos em frente”, disse para Amparo, em mensagem semelhante à que enviou a Cecília.

Também neste domingo, ele fez um novo post compartilhando a sua leitura de domingo: a biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escrita por Fernando Morais (Companhia da Letras).

Quem é Ricardo Cappelli?

Jornalista de formação, Ricardo Cappelli foi nomeado interventor do Distrito Federal na área de segurança pública após os ataques de 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes. Nesse posto ele nomeou o coronel Klepter Rosa como comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal. Em agosto, o oficial da PM foi preso pela Polícia Federal por suposta omissão durante os ataques à sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

Cappelli também assumiu interinamente o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após a queda do general Gonçalves Dias.

Atual número dois da Justiça, Cappelli é homem de confiança de Flávio Dino e foi secretário de Estado no Maranhão. No último mandato de Dino como governador, Capelli respondia pela Comunicação do governo estadual. No primeiro, chefiou o gabinete de representação do Maranhão em Brasília.

O jornalista presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi filiado ao PCdoB até 2015, quando se desfiliou. Ricardo Capelli é pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No governo Dilma Rousseff, Capelli trabalhou como secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social.

Antes, também exerceu cargos de diretoria no ministério do Esporte, em governos do PT. Trabalhou em cargos de confiança no governo do Rio e foi secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, em Nova Iguaçu (RJ).

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia, que possui a maior taxa de letalidade do País, seguida pela PM do Rio. O braço direito do ministro Flávio Dino, porém, não lidou bem com os comentários, bloqueando os seus críticos no X (ex-Twitter).

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Diante de uma possível indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Cappelli está em campanha aberta para se viabilizar como o novo Ministério da Justiça. Também estão no páreo para comandar a pasta, o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, este último próximo ao PT, que tem criticado a atuação de Dino na área da segurança pública. A escolha passa pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que governou a Bahia nos últimos oito anos - período em que a criminalidade no Estado explodiu.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido criticado nas redes sociais por militantes e intelectuais de esquerda após defender a Polícia Militar da Bahia. FOTO: CARL DE SOUZA/AFP Foto: Carl de Souza/AFP

As críticas a Cappelli ganharam forma após uma entrevista do número dois da Justiça à emissora de televisão CNN Brasil. “Não vejo uma desestruturação da Segurança Pública na Bahia. É grave? É. Tem confronto. Tem? Agora, a polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas. Porém, a letalidade deve ser investigada e combatida”, afirmou ao canal de TV.

A polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas

Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Após a declaração, o professor Thiago Amparo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), criticou a posição de Cappelli por meio de uma publicação no X. “Na Bahia, apenas em setembro, foram 52 mortos pela polícia”, escreveu o pesquisador, que foi bloqueado por Cappelli na sequência. Além de Amparo, outros formadores de opinião também foram bloqueados, incluindo jornalistas. O episódio movimentou as redes sociais neste domingo, 2.

A postura de Cappelli frente às críticas não foi bem recebida pela esquerda, que voltou a criticá-lo por conta dos bloqueios. O secretário-executivo foi comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também bloqueava os seus críticos nas redes.

Com a repercussão negativa, Cappelli foi até o X, primeiro, para se defender. “Críticas e sugestões são sempre bem-vindas, principalmente as críticas. Mas xingamentos e agressões, não. Derrotamos o ódio nas eleições, a prática da agressão é deles, não do campo democrático”, escreveu.

Como as críticas não cessaram, Ricardo Cappelli desbloqueou Thiago Amparo e também a jornalista Cecília Olliveira e marcou os dois em publicações. “Caro @thiamparo, não te conhecia, como tenho certeza que não me conhece. O debate pode ser duro, mas sempre respeitoso. Ser chamado de racista, de incentivar o genocídio pelas polícias para alguém que arriscou a própria vida pela democracia dói demais. Muito. Mas Vamos em frente”, disse para Amparo, em mensagem semelhante à que enviou a Cecília.

Também neste domingo, ele fez um novo post compartilhando a sua leitura de domingo: a biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escrita por Fernando Morais (Companhia da Letras).

Quem é Ricardo Cappelli?

Jornalista de formação, Ricardo Cappelli foi nomeado interventor do Distrito Federal na área de segurança pública após os ataques de 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes. Nesse posto ele nomeou o coronel Klepter Rosa como comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal. Em agosto, o oficial da PM foi preso pela Polícia Federal por suposta omissão durante os ataques à sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

Cappelli também assumiu interinamente o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após a queda do general Gonçalves Dias.

Atual número dois da Justiça, Cappelli é homem de confiança de Flávio Dino e foi secretário de Estado no Maranhão. No último mandato de Dino como governador, Capelli respondia pela Comunicação do governo estadual. No primeiro, chefiou o gabinete de representação do Maranhão em Brasília.

O jornalista presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi filiado ao PCdoB até 2015, quando se desfiliou. Ricardo Capelli é pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No governo Dilma Rousseff, Capelli trabalhou como secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social.

Antes, também exerceu cargos de diretoria no ministério do Esporte, em governos do PT. Trabalhou em cargos de confiança no governo do Rio e foi secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, em Nova Iguaçu (RJ).

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