Quem é Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF e aliado de Bolsonaro, preso pela PF


Policial aposentado é investigado por obstrução de estradas durante segundo turno das eleições de 2022 e improbidade administrativa por ter declarado voto público ao ex-presidente Jair Bolsonaro

Por Natália Santos
Atualização:

Preso nesta quarta-feira, 9, pela Polícia Federal, Silvinei Vasques é um dos principais alvos da Operação Constituição Cidadã, que investiga o suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições de 2022. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) já estava sendo investigado pelo Ministério Público Federal em razão da operação do órgão que obstruiu as estradas do Nordeste durante o turno eleitoral.

Paranaense de 48 anos, Silvinei faz parte do quadro da PRF desde 1995. Nesse período, já foi coordenador-geral de operações e secretário municipal de segurança e defesa social do município de São José (SC), além de ocupar outras posições de gerência, inclusive como superintendente da PRF em Santa Catarina. Antes de se tornar diretor, seu último posto foi como Superintendente da PRF no Rio de Janeiro, entre 2019 e 2021.

Silvinei durante interrogatório na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro em junho de 2023 Foto: Wilton Junior/Estadão
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Em abril de 2021, Silvinei assumiu o posto de diretor-geral da PRF quando o então presidente Bolsonaro deu posse a Anderson Torres no Ministério da Justiça. O policial ficou oito meses na posição e, durante esse tempo, chegou a fazer diversas publicações em sua conta pessoal com fotos com o ex-presidente durante eventos e com legendas em que continham agradecimentos ao governo e ao ex-chefe do Executivo pelos investimentos na instituição.

Silvinei nunca escondeu o apoio ao ex-presidente. Durante as eleições de 2022, o policial usou a conta para defender o voto em Bolsonaro. A publicação em formato de story mostrava uma foto da bandeira do Brasil com o texto: “Vote 22, Bolsonaro presidente”. A postagem foi apagada horas depois. O apoio político público fez com que o ex-diretor-geral da PRF passasse a ser investigado pela Justiça do Rio de Janeiro por improbidade administrativa.

Sob liderança de Vasques, a Polícia Rodoviária Federal realizou 4.591 fiscalizações em todo o Brasil entre os dias 28 e 30 de outubro. No domingo, eleitores denunciaram abordagens irregulares da corporação e a PRF foi acusada pelo PT de atuar para dificultar o voto de eleitores. A justificativa era que seria preciso combater o transporte irregular de eleitores, principalmente no Nordeste, onde o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha mais votos.

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Posteriormente, como mostrou o Estadão, o cenário era outro: a estratégia do órgão foi selada em uma reunião no Palácio da Alvorada com coordenadores da campanha do então presidente Bolsonaro. Desde então, Vasques é investigado sobre essa ocorrência.

Silvinei Vasques: aposentadoria após ser exonerado da PRF

Após ser exonerado do cargo em dezembro de 2022, e já alvo de investigações, Silvinei se aposentou. Ele permanece os “proventos integrais”, com paridade, recebendo o valor bruto de R$ 18 mil, acrescido de vantagens. Vasques ingressou na PRF em 1995 e deixou a corporação com 27 anos de carreira de policial rodoviário federal.

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Primeiro interrogado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Vasques falou por 12 horas e negou que policiais da instituição tenham sido usados para boicotar ou dificultar o deslocamento de eleitores no dia da votação. O policial aposentado também tentou blindar o ex-presidente das acusações de uso da estrutura da PRF no pleito de 2022.

“Eu nunca utilizei do cargo para benefício eleitoral do presidente, se fosse assim nós teríamos que autorizar metade dos servidores públicos daquela época”, afirmou Silvinei em sua defesa. “As fotos que tenho com o presidente Bolsonaro foi porque ele deixou eu tirar e as fotos foram postadas na minha hora de folga”, prosseguiu. “Não seria eu que mudaria o resultado da eleição”, concluiu durante oitiva.

Após o depoimento, a senadora e relatora do colegiado, Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que vai incluir em seu relatório final a sugestão do PSOL de propor ao Ministério Público a abertura de uma notícia-crime Silvinei; O partido acusa o policial aposentado de mentir, durante oitiva à comissão, sobre o número de abordagens em Estados do Nordeste na eleição de 2022.

Preso nesta quarta-feira, 9, pela Polícia Federal, Silvinei Vasques é um dos principais alvos da Operação Constituição Cidadã, que investiga o suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições de 2022. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) já estava sendo investigado pelo Ministério Público Federal em razão da operação do órgão que obstruiu as estradas do Nordeste durante o turno eleitoral.

Paranaense de 48 anos, Silvinei faz parte do quadro da PRF desde 1995. Nesse período, já foi coordenador-geral de operações e secretário municipal de segurança e defesa social do município de São José (SC), além de ocupar outras posições de gerência, inclusive como superintendente da PRF em Santa Catarina. Antes de se tornar diretor, seu último posto foi como Superintendente da PRF no Rio de Janeiro, entre 2019 e 2021.

Silvinei durante interrogatório na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro em junho de 2023 Foto: Wilton Junior/Estadão

Em abril de 2021, Silvinei assumiu o posto de diretor-geral da PRF quando o então presidente Bolsonaro deu posse a Anderson Torres no Ministério da Justiça. O policial ficou oito meses na posição e, durante esse tempo, chegou a fazer diversas publicações em sua conta pessoal com fotos com o ex-presidente durante eventos e com legendas em que continham agradecimentos ao governo e ao ex-chefe do Executivo pelos investimentos na instituição.

Silvinei nunca escondeu o apoio ao ex-presidente. Durante as eleições de 2022, o policial usou a conta para defender o voto em Bolsonaro. A publicação em formato de story mostrava uma foto da bandeira do Brasil com o texto: “Vote 22, Bolsonaro presidente”. A postagem foi apagada horas depois. O apoio político público fez com que o ex-diretor-geral da PRF passasse a ser investigado pela Justiça do Rio de Janeiro por improbidade administrativa.

Sob liderança de Vasques, a Polícia Rodoviária Federal realizou 4.591 fiscalizações em todo o Brasil entre os dias 28 e 30 de outubro. No domingo, eleitores denunciaram abordagens irregulares da corporação e a PRF foi acusada pelo PT de atuar para dificultar o voto de eleitores. A justificativa era que seria preciso combater o transporte irregular de eleitores, principalmente no Nordeste, onde o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha mais votos.

Posteriormente, como mostrou o Estadão, o cenário era outro: a estratégia do órgão foi selada em uma reunião no Palácio da Alvorada com coordenadores da campanha do então presidente Bolsonaro. Desde então, Vasques é investigado sobre essa ocorrência.

Silvinei Vasques: aposentadoria após ser exonerado da PRF

Após ser exonerado do cargo em dezembro de 2022, e já alvo de investigações, Silvinei se aposentou. Ele permanece os “proventos integrais”, com paridade, recebendo o valor bruto de R$ 18 mil, acrescido de vantagens. Vasques ingressou na PRF em 1995 e deixou a corporação com 27 anos de carreira de policial rodoviário federal.

Primeiro interrogado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Vasques falou por 12 horas e negou que policiais da instituição tenham sido usados para boicotar ou dificultar o deslocamento de eleitores no dia da votação. O policial aposentado também tentou blindar o ex-presidente das acusações de uso da estrutura da PRF no pleito de 2022.

“Eu nunca utilizei do cargo para benefício eleitoral do presidente, se fosse assim nós teríamos que autorizar metade dos servidores públicos daquela época”, afirmou Silvinei em sua defesa. “As fotos que tenho com o presidente Bolsonaro foi porque ele deixou eu tirar e as fotos foram postadas na minha hora de folga”, prosseguiu. “Não seria eu que mudaria o resultado da eleição”, concluiu durante oitiva.

Após o depoimento, a senadora e relatora do colegiado, Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que vai incluir em seu relatório final a sugestão do PSOL de propor ao Ministério Público a abertura de uma notícia-crime Silvinei; O partido acusa o policial aposentado de mentir, durante oitiva à comissão, sobre o número de abordagens em Estados do Nordeste na eleição de 2022.

Preso nesta quarta-feira, 9, pela Polícia Federal, Silvinei Vasques é um dos principais alvos da Operação Constituição Cidadã, que investiga o suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições de 2022. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) já estava sendo investigado pelo Ministério Público Federal em razão da operação do órgão que obstruiu as estradas do Nordeste durante o turno eleitoral.

Paranaense de 48 anos, Silvinei faz parte do quadro da PRF desde 1995. Nesse período, já foi coordenador-geral de operações e secretário municipal de segurança e defesa social do município de São José (SC), além de ocupar outras posições de gerência, inclusive como superintendente da PRF em Santa Catarina. Antes de se tornar diretor, seu último posto foi como Superintendente da PRF no Rio de Janeiro, entre 2019 e 2021.

Silvinei durante interrogatório na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro em junho de 2023 Foto: Wilton Junior/Estadão

Em abril de 2021, Silvinei assumiu o posto de diretor-geral da PRF quando o então presidente Bolsonaro deu posse a Anderson Torres no Ministério da Justiça. O policial ficou oito meses na posição e, durante esse tempo, chegou a fazer diversas publicações em sua conta pessoal com fotos com o ex-presidente durante eventos e com legendas em que continham agradecimentos ao governo e ao ex-chefe do Executivo pelos investimentos na instituição.

Silvinei nunca escondeu o apoio ao ex-presidente. Durante as eleições de 2022, o policial usou a conta para defender o voto em Bolsonaro. A publicação em formato de story mostrava uma foto da bandeira do Brasil com o texto: “Vote 22, Bolsonaro presidente”. A postagem foi apagada horas depois. O apoio político público fez com que o ex-diretor-geral da PRF passasse a ser investigado pela Justiça do Rio de Janeiro por improbidade administrativa.

Sob liderança de Vasques, a Polícia Rodoviária Federal realizou 4.591 fiscalizações em todo o Brasil entre os dias 28 e 30 de outubro. No domingo, eleitores denunciaram abordagens irregulares da corporação e a PRF foi acusada pelo PT de atuar para dificultar o voto de eleitores. A justificativa era que seria preciso combater o transporte irregular de eleitores, principalmente no Nordeste, onde o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha mais votos.

Posteriormente, como mostrou o Estadão, o cenário era outro: a estratégia do órgão foi selada em uma reunião no Palácio da Alvorada com coordenadores da campanha do então presidente Bolsonaro. Desde então, Vasques é investigado sobre essa ocorrência.

Silvinei Vasques: aposentadoria após ser exonerado da PRF

Após ser exonerado do cargo em dezembro de 2022, e já alvo de investigações, Silvinei se aposentou. Ele permanece os “proventos integrais”, com paridade, recebendo o valor bruto de R$ 18 mil, acrescido de vantagens. Vasques ingressou na PRF em 1995 e deixou a corporação com 27 anos de carreira de policial rodoviário federal.

Primeiro interrogado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Vasques falou por 12 horas e negou que policiais da instituição tenham sido usados para boicotar ou dificultar o deslocamento de eleitores no dia da votação. O policial aposentado também tentou blindar o ex-presidente das acusações de uso da estrutura da PRF no pleito de 2022.

“Eu nunca utilizei do cargo para benefício eleitoral do presidente, se fosse assim nós teríamos que autorizar metade dos servidores públicos daquela época”, afirmou Silvinei em sua defesa. “As fotos que tenho com o presidente Bolsonaro foi porque ele deixou eu tirar e as fotos foram postadas na minha hora de folga”, prosseguiu. “Não seria eu que mudaria o resultado da eleição”, concluiu durante oitiva.

Após o depoimento, a senadora e relatora do colegiado, Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que vai incluir em seu relatório final a sugestão do PSOL de propor ao Ministério Público a abertura de uma notícia-crime Silvinei; O partido acusa o policial aposentado de mentir, durante oitiva à comissão, sobre o número de abordagens em Estados do Nordeste na eleição de 2022.

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