Quem é Tucker Carlson, a quem Bolsonaro disse temer América do Sul ‘toda vermelha’


Nome do conservadorismo na imprensa americana, apresentador diz que EUA são ‘prejudicados pela imigração, pelo feminismo e por protestos contra o racismo’; a Bolsonaro, disse que o presidente enfrenta ‘bilionários, professores universitários e a CNN’

Por Davi Medeiros e Gustavo Queiroz
Atualização:

O âncora e comentarista da Fox News americana Tucker Carlson ganhou destaque nas redes sociais no Brasil após visita ao presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada nesta quarta-feira, 29, para realizar uma entrevista - a terceira com governistas brasileiros. Nome central do conservadorismo na imprensa dos EUA, Carlson bateu recordes de audiência com seu programa Tucker Carlson Tonight, da Fox News, em que reitera uma postura contra políticas de imigração e pautas chamadas de identitárias.

Na entrevista ao norte-americano, divulgada em trechos traduzidos para o inglês, Bolsonaro falou que “se a esquerda voltar ao poder, (...) toda a América do Sul vai se tornar vermelha”, e citou os governos da Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia.

No programa, Tucker costuma defender que os Estados Unidos foram prejudicados pelo partido Democrata, do atual presidente Joe Biden, e “enfraquecidos” pelos recentes protestos contra o racismo, pelas autoridades de saúde durante a pandemia da covid-19 e por imigrantes.

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O apresentador também alega que cresce no país o que chama de “racismo anti-brancos” e advoga contra as teses científicas sobre mudanças climáticas. Ao longo da pandemia de covid-19, se tornou um dos nomes a questionar a eficácia de vacinas contra a doença.

Um levantamento feito pelo jornal americano The New York Times mostra, por exemplo, que em 600 de 1150 episódios de sua programação o apresentador citou a existência do que chama de “discriminação contra pessoas brancas” nos EUA. Por declarações como essa, críticos o acusam de flertar com a defesa de um “nacionalismo branco” e pediram diversas vezes sua demissão do canal, o que nunca ocorreu. As reações negativas às análises do comentarista são sempre confrontadas com a explosão de audiência angariada por Carlson, que mantém uma base fiel de 3 milhões de espectadores. Os números o colocam no topo da lista de apresentadores mais vistos do país.

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Bolsonaro recebe o jornalista americano Tucker Carlson no Palácio da Alvorada - 29/06/2022 Foto: Reprodução/Twitter

O apresentador também se tornou uma voz contrária às políticas de imigração - chamada por ele de “invasão” - nos Estados Unidos. Carlson alega que existe uma conspiração das elites democratas, que chama de “classe dominante”, para “substituir” eleitores. Ele já defendeu, ainda, que movimentos feministas “atacam a masculinidade” e contribuem para uma diminuição das taxas de nascimento no mundo, além de estarem paralelos a uma diminuição do nível de testosterona dos homens. “Se você destruir os homens, que estão próximos de serem destruídos, como isso ajuda as mulheres?”, perguntou em um episódio.

Graduado em História, Carlson começou sua carreira no jornalismo sempre fazendo contrapontos conservadores em periódicos importantes nos Estados Unidos, como o Policy Review, e também na televisão em canais como CNN e MSNBC.

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Em 2009, foi contratado pela Fox News, onde atuou em diversos programas até novembro de 2016. No mesmo mês em que Donald Trump foi eleito presidente nos Estados Unidos, Carlson emplacou um programa próprio no canal, o Tucker Carlson Tonight.

Na revisão do trabalho de Tucker organizada pelo New York Times, analistas apontam que o apresentador evitou se alinhar automaticamente ao ex-presidente Trump, mas foi abraçado pelo movimento “trumpista”, de apoiadores do republicano. Trump repetidamente compartilhava vídeos e publicações de Tucker, antes de ser banido do Twitter. Nas eleições presidenciais de 2020, o nome do apresentador foi estudado como um possível vice na chapa do republicano.

No ano passado, um documentário de Tucker sobre a invasão do Capitólio nos Estados Unidos motivou jornalistas da Fox News a pedirem demissão da empresa. Eles acusaram a emissora de ecoar teses contra o sistema eleitoral americano e incentivar a violência.

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Em uma de suas últimas apresentações, minimizou a ação de Vladmir Putin na guerra da Ucrânia. “Putin já me chamou de racista, (...) já ameaçou me demitir por discordar dele, (...) manufaturou uma pandemia, come cachorros? Não”, afirmou, ao defender que “o verdadeiro risco” seria a China.

Tucker Carlson em conferência dos conservadores norte-americanos em julho de 2019. Foto: Justin T. Gellerson/The New York Times

Bolsonaro

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Na terça-feira, 28, o jornalista afirmou que o Brasil é “a única grande economia do hemisfério Sul que continua pró-América”. O comentário foi feito enquanto ele entrevistava Filipe Martins, assessor especial da Presidência que já foi acusado de fazer um gesto usado por supremacistas brancos norte-americanos ao participar de reunião no Congresso Nacional.

Na entrevista com Bolsonaro, o presidente afirmou que os Estados Unidos podem se tornar um país isolado no mundo se a esquerda vencer as eleições presidenciais em outubro. Já o apresentador defendeu que Bolsonaro tem como oponentes uma “coalizão de bilionários, professores universitários” e o canal de televisão CNN.

O âncora e comentarista da Fox News americana Tucker Carlson ganhou destaque nas redes sociais no Brasil após visita ao presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada nesta quarta-feira, 29, para realizar uma entrevista - a terceira com governistas brasileiros. Nome central do conservadorismo na imprensa dos EUA, Carlson bateu recordes de audiência com seu programa Tucker Carlson Tonight, da Fox News, em que reitera uma postura contra políticas de imigração e pautas chamadas de identitárias.

Na entrevista ao norte-americano, divulgada em trechos traduzidos para o inglês, Bolsonaro falou que “se a esquerda voltar ao poder, (...) toda a América do Sul vai se tornar vermelha”, e citou os governos da Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia.

No programa, Tucker costuma defender que os Estados Unidos foram prejudicados pelo partido Democrata, do atual presidente Joe Biden, e “enfraquecidos” pelos recentes protestos contra o racismo, pelas autoridades de saúde durante a pandemia da covid-19 e por imigrantes.

O apresentador também alega que cresce no país o que chama de “racismo anti-brancos” e advoga contra as teses científicas sobre mudanças climáticas. Ao longo da pandemia de covid-19, se tornou um dos nomes a questionar a eficácia de vacinas contra a doença.

Um levantamento feito pelo jornal americano The New York Times mostra, por exemplo, que em 600 de 1150 episódios de sua programação o apresentador citou a existência do que chama de “discriminação contra pessoas brancas” nos EUA. Por declarações como essa, críticos o acusam de flertar com a defesa de um “nacionalismo branco” e pediram diversas vezes sua demissão do canal, o que nunca ocorreu. As reações negativas às análises do comentarista são sempre confrontadas com a explosão de audiência angariada por Carlson, que mantém uma base fiel de 3 milhões de espectadores. Os números o colocam no topo da lista de apresentadores mais vistos do país.

Bolsonaro recebe o jornalista americano Tucker Carlson no Palácio da Alvorada - 29/06/2022 Foto: Reprodução/Twitter

O apresentador também se tornou uma voz contrária às políticas de imigração - chamada por ele de “invasão” - nos Estados Unidos. Carlson alega que existe uma conspiração das elites democratas, que chama de “classe dominante”, para “substituir” eleitores. Ele já defendeu, ainda, que movimentos feministas “atacam a masculinidade” e contribuem para uma diminuição das taxas de nascimento no mundo, além de estarem paralelos a uma diminuição do nível de testosterona dos homens. “Se você destruir os homens, que estão próximos de serem destruídos, como isso ajuda as mulheres?”, perguntou em um episódio.

Graduado em História, Carlson começou sua carreira no jornalismo sempre fazendo contrapontos conservadores em periódicos importantes nos Estados Unidos, como o Policy Review, e também na televisão em canais como CNN e MSNBC.

Em 2009, foi contratado pela Fox News, onde atuou em diversos programas até novembro de 2016. No mesmo mês em que Donald Trump foi eleito presidente nos Estados Unidos, Carlson emplacou um programa próprio no canal, o Tucker Carlson Tonight.

Na revisão do trabalho de Tucker organizada pelo New York Times, analistas apontam que o apresentador evitou se alinhar automaticamente ao ex-presidente Trump, mas foi abraçado pelo movimento “trumpista”, de apoiadores do republicano. Trump repetidamente compartilhava vídeos e publicações de Tucker, antes de ser banido do Twitter. Nas eleições presidenciais de 2020, o nome do apresentador foi estudado como um possível vice na chapa do republicano.

No ano passado, um documentário de Tucker sobre a invasão do Capitólio nos Estados Unidos motivou jornalistas da Fox News a pedirem demissão da empresa. Eles acusaram a emissora de ecoar teses contra o sistema eleitoral americano e incentivar a violência.

Em uma de suas últimas apresentações, minimizou a ação de Vladmir Putin na guerra da Ucrânia. “Putin já me chamou de racista, (...) já ameaçou me demitir por discordar dele, (...) manufaturou uma pandemia, come cachorros? Não”, afirmou, ao defender que “o verdadeiro risco” seria a China.

Tucker Carlson em conferência dos conservadores norte-americanos em julho de 2019. Foto: Justin T. Gellerson/The New York Times

Bolsonaro

Na terça-feira, 28, o jornalista afirmou que o Brasil é “a única grande economia do hemisfério Sul que continua pró-América”. O comentário foi feito enquanto ele entrevistava Filipe Martins, assessor especial da Presidência que já foi acusado de fazer um gesto usado por supremacistas brancos norte-americanos ao participar de reunião no Congresso Nacional.

Na entrevista com Bolsonaro, o presidente afirmou que os Estados Unidos podem se tornar um país isolado no mundo se a esquerda vencer as eleições presidenciais em outubro. Já o apresentador defendeu que Bolsonaro tem como oponentes uma “coalizão de bilionários, professores universitários” e o canal de televisão CNN.

O âncora e comentarista da Fox News americana Tucker Carlson ganhou destaque nas redes sociais no Brasil após visita ao presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada nesta quarta-feira, 29, para realizar uma entrevista - a terceira com governistas brasileiros. Nome central do conservadorismo na imprensa dos EUA, Carlson bateu recordes de audiência com seu programa Tucker Carlson Tonight, da Fox News, em que reitera uma postura contra políticas de imigração e pautas chamadas de identitárias.

Na entrevista ao norte-americano, divulgada em trechos traduzidos para o inglês, Bolsonaro falou que “se a esquerda voltar ao poder, (...) toda a América do Sul vai se tornar vermelha”, e citou os governos da Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia.

No programa, Tucker costuma defender que os Estados Unidos foram prejudicados pelo partido Democrata, do atual presidente Joe Biden, e “enfraquecidos” pelos recentes protestos contra o racismo, pelas autoridades de saúde durante a pandemia da covid-19 e por imigrantes.

O apresentador também alega que cresce no país o que chama de “racismo anti-brancos” e advoga contra as teses científicas sobre mudanças climáticas. Ao longo da pandemia de covid-19, se tornou um dos nomes a questionar a eficácia de vacinas contra a doença.

Um levantamento feito pelo jornal americano The New York Times mostra, por exemplo, que em 600 de 1150 episódios de sua programação o apresentador citou a existência do que chama de “discriminação contra pessoas brancas” nos EUA. Por declarações como essa, críticos o acusam de flertar com a defesa de um “nacionalismo branco” e pediram diversas vezes sua demissão do canal, o que nunca ocorreu. As reações negativas às análises do comentarista são sempre confrontadas com a explosão de audiência angariada por Carlson, que mantém uma base fiel de 3 milhões de espectadores. Os números o colocam no topo da lista de apresentadores mais vistos do país.

Bolsonaro recebe o jornalista americano Tucker Carlson no Palácio da Alvorada - 29/06/2022 Foto: Reprodução/Twitter

O apresentador também se tornou uma voz contrária às políticas de imigração - chamada por ele de “invasão” - nos Estados Unidos. Carlson alega que existe uma conspiração das elites democratas, que chama de “classe dominante”, para “substituir” eleitores. Ele já defendeu, ainda, que movimentos feministas “atacam a masculinidade” e contribuem para uma diminuição das taxas de nascimento no mundo, além de estarem paralelos a uma diminuição do nível de testosterona dos homens. “Se você destruir os homens, que estão próximos de serem destruídos, como isso ajuda as mulheres?”, perguntou em um episódio.

Graduado em História, Carlson começou sua carreira no jornalismo sempre fazendo contrapontos conservadores em periódicos importantes nos Estados Unidos, como o Policy Review, e também na televisão em canais como CNN e MSNBC.

Em 2009, foi contratado pela Fox News, onde atuou em diversos programas até novembro de 2016. No mesmo mês em que Donald Trump foi eleito presidente nos Estados Unidos, Carlson emplacou um programa próprio no canal, o Tucker Carlson Tonight.

Na revisão do trabalho de Tucker organizada pelo New York Times, analistas apontam que o apresentador evitou se alinhar automaticamente ao ex-presidente Trump, mas foi abraçado pelo movimento “trumpista”, de apoiadores do republicano. Trump repetidamente compartilhava vídeos e publicações de Tucker, antes de ser banido do Twitter. Nas eleições presidenciais de 2020, o nome do apresentador foi estudado como um possível vice na chapa do republicano.

No ano passado, um documentário de Tucker sobre a invasão do Capitólio nos Estados Unidos motivou jornalistas da Fox News a pedirem demissão da empresa. Eles acusaram a emissora de ecoar teses contra o sistema eleitoral americano e incentivar a violência.

Em uma de suas últimas apresentações, minimizou a ação de Vladmir Putin na guerra da Ucrânia. “Putin já me chamou de racista, (...) já ameaçou me demitir por discordar dele, (...) manufaturou uma pandemia, come cachorros? Não”, afirmou, ao defender que “o verdadeiro risco” seria a China.

Tucker Carlson em conferência dos conservadores norte-americanos em julho de 2019. Foto: Justin T. Gellerson/The New York Times

Bolsonaro

Na terça-feira, 28, o jornalista afirmou que o Brasil é “a única grande economia do hemisfério Sul que continua pró-América”. O comentário foi feito enquanto ele entrevistava Filipe Martins, assessor especial da Presidência que já foi acusado de fazer um gesto usado por supremacistas brancos norte-americanos ao participar de reunião no Congresso Nacional.

Na entrevista com Bolsonaro, o presidente afirmou que os Estados Unidos podem se tornar um país isolado no mundo se a esquerda vencer as eleições presidenciais em outubro. Já o apresentador defendeu que Bolsonaro tem como oponentes uma “coalizão de bilionários, professores universitários” e o canal de televisão CNN.

O âncora e comentarista da Fox News americana Tucker Carlson ganhou destaque nas redes sociais no Brasil após visita ao presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada nesta quarta-feira, 29, para realizar uma entrevista - a terceira com governistas brasileiros. Nome central do conservadorismo na imprensa dos EUA, Carlson bateu recordes de audiência com seu programa Tucker Carlson Tonight, da Fox News, em que reitera uma postura contra políticas de imigração e pautas chamadas de identitárias.

Na entrevista ao norte-americano, divulgada em trechos traduzidos para o inglês, Bolsonaro falou que “se a esquerda voltar ao poder, (...) toda a América do Sul vai se tornar vermelha”, e citou os governos da Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia.

No programa, Tucker costuma defender que os Estados Unidos foram prejudicados pelo partido Democrata, do atual presidente Joe Biden, e “enfraquecidos” pelos recentes protestos contra o racismo, pelas autoridades de saúde durante a pandemia da covid-19 e por imigrantes.

O apresentador também alega que cresce no país o que chama de “racismo anti-brancos” e advoga contra as teses científicas sobre mudanças climáticas. Ao longo da pandemia de covid-19, se tornou um dos nomes a questionar a eficácia de vacinas contra a doença.

Um levantamento feito pelo jornal americano The New York Times mostra, por exemplo, que em 600 de 1150 episódios de sua programação o apresentador citou a existência do que chama de “discriminação contra pessoas brancas” nos EUA. Por declarações como essa, críticos o acusam de flertar com a defesa de um “nacionalismo branco” e pediram diversas vezes sua demissão do canal, o que nunca ocorreu. As reações negativas às análises do comentarista são sempre confrontadas com a explosão de audiência angariada por Carlson, que mantém uma base fiel de 3 milhões de espectadores. Os números o colocam no topo da lista de apresentadores mais vistos do país.

Bolsonaro recebe o jornalista americano Tucker Carlson no Palácio da Alvorada - 29/06/2022 Foto: Reprodução/Twitter

O apresentador também se tornou uma voz contrária às políticas de imigração - chamada por ele de “invasão” - nos Estados Unidos. Carlson alega que existe uma conspiração das elites democratas, que chama de “classe dominante”, para “substituir” eleitores. Ele já defendeu, ainda, que movimentos feministas “atacam a masculinidade” e contribuem para uma diminuição das taxas de nascimento no mundo, além de estarem paralelos a uma diminuição do nível de testosterona dos homens. “Se você destruir os homens, que estão próximos de serem destruídos, como isso ajuda as mulheres?”, perguntou em um episódio.

Graduado em História, Carlson começou sua carreira no jornalismo sempre fazendo contrapontos conservadores em periódicos importantes nos Estados Unidos, como o Policy Review, e também na televisão em canais como CNN e MSNBC.

Em 2009, foi contratado pela Fox News, onde atuou em diversos programas até novembro de 2016. No mesmo mês em que Donald Trump foi eleito presidente nos Estados Unidos, Carlson emplacou um programa próprio no canal, o Tucker Carlson Tonight.

Na revisão do trabalho de Tucker organizada pelo New York Times, analistas apontam que o apresentador evitou se alinhar automaticamente ao ex-presidente Trump, mas foi abraçado pelo movimento “trumpista”, de apoiadores do republicano. Trump repetidamente compartilhava vídeos e publicações de Tucker, antes de ser banido do Twitter. Nas eleições presidenciais de 2020, o nome do apresentador foi estudado como um possível vice na chapa do republicano.

No ano passado, um documentário de Tucker sobre a invasão do Capitólio nos Estados Unidos motivou jornalistas da Fox News a pedirem demissão da empresa. Eles acusaram a emissora de ecoar teses contra o sistema eleitoral americano e incentivar a violência.

Em uma de suas últimas apresentações, minimizou a ação de Vladmir Putin na guerra da Ucrânia. “Putin já me chamou de racista, (...) já ameaçou me demitir por discordar dele, (...) manufaturou uma pandemia, come cachorros? Não”, afirmou, ao defender que “o verdadeiro risco” seria a China.

Tucker Carlson em conferência dos conservadores norte-americanos em julho de 2019. Foto: Justin T. Gellerson/The New York Times

Bolsonaro

Na terça-feira, 28, o jornalista afirmou que o Brasil é “a única grande economia do hemisfério Sul que continua pró-América”. O comentário foi feito enquanto ele entrevistava Filipe Martins, assessor especial da Presidência que já foi acusado de fazer um gesto usado por supremacistas brancos norte-americanos ao participar de reunião no Congresso Nacional.

Na entrevista com Bolsonaro, o presidente afirmou que os Estados Unidos podem se tornar um país isolado no mundo se a esquerda vencer as eleições presidenciais em outubro. Já o apresentador defendeu que Bolsonaro tem como oponentes uma “coalizão de bilionários, professores universitários” e o canal de televisão CNN.

O âncora e comentarista da Fox News americana Tucker Carlson ganhou destaque nas redes sociais no Brasil após visita ao presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada nesta quarta-feira, 29, para realizar uma entrevista - a terceira com governistas brasileiros. Nome central do conservadorismo na imprensa dos EUA, Carlson bateu recordes de audiência com seu programa Tucker Carlson Tonight, da Fox News, em que reitera uma postura contra políticas de imigração e pautas chamadas de identitárias.

Na entrevista ao norte-americano, divulgada em trechos traduzidos para o inglês, Bolsonaro falou que “se a esquerda voltar ao poder, (...) toda a América do Sul vai se tornar vermelha”, e citou os governos da Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia.

No programa, Tucker costuma defender que os Estados Unidos foram prejudicados pelo partido Democrata, do atual presidente Joe Biden, e “enfraquecidos” pelos recentes protestos contra o racismo, pelas autoridades de saúde durante a pandemia da covid-19 e por imigrantes.

O apresentador também alega que cresce no país o que chama de “racismo anti-brancos” e advoga contra as teses científicas sobre mudanças climáticas. Ao longo da pandemia de covid-19, se tornou um dos nomes a questionar a eficácia de vacinas contra a doença.

Um levantamento feito pelo jornal americano The New York Times mostra, por exemplo, que em 600 de 1150 episódios de sua programação o apresentador citou a existência do que chama de “discriminação contra pessoas brancas” nos EUA. Por declarações como essa, críticos o acusam de flertar com a defesa de um “nacionalismo branco” e pediram diversas vezes sua demissão do canal, o que nunca ocorreu. As reações negativas às análises do comentarista são sempre confrontadas com a explosão de audiência angariada por Carlson, que mantém uma base fiel de 3 milhões de espectadores. Os números o colocam no topo da lista de apresentadores mais vistos do país.

Bolsonaro recebe o jornalista americano Tucker Carlson no Palácio da Alvorada - 29/06/2022 Foto: Reprodução/Twitter

O apresentador também se tornou uma voz contrária às políticas de imigração - chamada por ele de “invasão” - nos Estados Unidos. Carlson alega que existe uma conspiração das elites democratas, que chama de “classe dominante”, para “substituir” eleitores. Ele já defendeu, ainda, que movimentos feministas “atacam a masculinidade” e contribuem para uma diminuição das taxas de nascimento no mundo, além de estarem paralelos a uma diminuição do nível de testosterona dos homens. “Se você destruir os homens, que estão próximos de serem destruídos, como isso ajuda as mulheres?”, perguntou em um episódio.

Graduado em História, Carlson começou sua carreira no jornalismo sempre fazendo contrapontos conservadores em periódicos importantes nos Estados Unidos, como o Policy Review, e também na televisão em canais como CNN e MSNBC.

Em 2009, foi contratado pela Fox News, onde atuou em diversos programas até novembro de 2016. No mesmo mês em que Donald Trump foi eleito presidente nos Estados Unidos, Carlson emplacou um programa próprio no canal, o Tucker Carlson Tonight.

Na revisão do trabalho de Tucker organizada pelo New York Times, analistas apontam que o apresentador evitou se alinhar automaticamente ao ex-presidente Trump, mas foi abraçado pelo movimento “trumpista”, de apoiadores do republicano. Trump repetidamente compartilhava vídeos e publicações de Tucker, antes de ser banido do Twitter. Nas eleições presidenciais de 2020, o nome do apresentador foi estudado como um possível vice na chapa do republicano.

No ano passado, um documentário de Tucker sobre a invasão do Capitólio nos Estados Unidos motivou jornalistas da Fox News a pedirem demissão da empresa. Eles acusaram a emissora de ecoar teses contra o sistema eleitoral americano e incentivar a violência.

Em uma de suas últimas apresentações, minimizou a ação de Vladmir Putin na guerra da Ucrânia. “Putin já me chamou de racista, (...) já ameaçou me demitir por discordar dele, (...) manufaturou uma pandemia, come cachorros? Não”, afirmou, ao defender que “o verdadeiro risco” seria a China.

Tucker Carlson em conferência dos conservadores norte-americanos em julho de 2019. Foto: Justin T. Gellerson/The New York Times

Bolsonaro

Na terça-feira, 28, o jornalista afirmou que o Brasil é “a única grande economia do hemisfério Sul que continua pró-América”. O comentário foi feito enquanto ele entrevistava Filipe Martins, assessor especial da Presidência que já foi acusado de fazer um gesto usado por supremacistas brancos norte-americanos ao participar de reunião no Congresso Nacional.

Na entrevista com Bolsonaro, o presidente afirmou que os Estados Unidos podem se tornar um país isolado no mundo se a esquerda vencer as eleições presidenciais em outubro. Já o apresentador defendeu que Bolsonaro tem como oponentes uma “coalizão de bilionários, professores universitários” e o canal de televisão CNN.

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