Quem ganhou o debate na Band? Veja opinião dos analistas do ‘Estadão’


Colunistas do jornal apontam quais candidatos se saíram melhor no evento que contou com a participação de Lula, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Simone Tebet, Soraya Thronicke e Luiz Felipe d’Avila

Por Redação

O primeiro debate com candidatos à Presidência das eleições 2022 foi exibido na noite deste domingo, 28, na Band. O evento reuniu os seis melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto para o cargo, marcando o encontro entre os antagônicos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líderes da corrida pelo Planalto.

Houve tensão dentro e fora do estúdio onde foi realizado o evento, dada a proximidade entre apoiadores do presidente e do petista. Nos bastidores, irrompeu um bate-boca entre o ex-ministro do governo Bolsonaro Ricardo Salles e o deputado André Janones (Avante), que é cabo eleitoral de Lula. Na frente das câmeras, o destaque foi para o chefe do Executivo desqualificando a jornalista Vera Magalhães, que fez uma pergunta a ele, e sua adversária Simone Tebet (MDB). Além de Lula, Bolsonaro e Tebet, a bancada contou com a participação de Ciro Gomes (PDT), Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila.

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Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet foi quem mais se destacou, seguida pela candidata do União Brasil. Confira a avaliação de Eliane Cantanhêde, Silvio Cascione e Daniel Fernandes.

Lula e Bolsonaro lideram as pesquisas de intenção de voto, mas não foram os que melhor aproveitaram o holofote do debate. Foto: Reprodução/Band TV
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Leia análises de colunistas do Estadão:

Eliane Cantanhêde: Simone Tebet e Soraya Thronicke roubaram a cena

O presidente Jair Bolsonaro apareceu muito no primeiro debate entre presidenciáveis, mas agressivo, descontrolado, inconsequente. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas, não aconteceu, passou praticamente em branco. Quem chegasse de Marte teria a sensação de que a eleição está polarizada entre duas mulheres, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), que atraíram bem os holofotes.

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Incisiva, clara, Tebet usou praticamente todas as suas participações, desde a primeira até a última, para criticar e atacar Bolsonaro e seu governo. E foram ela e Thronicke – ambas senadoras de Mato Grosso do Sul e ativas na CPI da Covid — as que assumiram uma defesa contundente da jornalista e ratificaram duas marcas do presidente, a misoginia e os ataques às mulheres.

Num dos principais momentos, Tebet tascou: “candidato Bolsonaro, por que tanta raiva das mulheres?” E Thronicke cresceu no debate ao provocar “quem é tchutchuca com os homens e tigrão com as mulheres”, avisar que pode virar “uma onça” e dramatizar: “Vou pedir para reforçar minha segurança”. A força dessa manifestação é ainda maior porque ela é a cara e a voz dos bolsonaristas arrependidos.

Leia a coluna.

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Silvio Cascione: Bolsonaro perdeu a mão e Lula falhou

Bolsonaro e Lula fizeram suspense durante toda a semana sobre ir ou não ao debate deste domingo. Talvez tenham se arrependido depois de uma noite ruim. Sorte dos outros candidatos, especialmente Simone Tebet, que tiveram uma ótima chance de aparecer. Quem não tinha nada a perder foi justamente quem aproveitou melhor o debate.

Bolsonaro até começou bem, pressionando Lula sobre corrupção. Era uma bola cantada, mas Lula não bateu de volta com a mesma intensidade. Preferiu enfatizar os feitos de seu governo, e não mencionou acusações contra o atual presidente. Mas Bolsonaro perdeu a mão ao atacar a jornalista Vera Magalhães. Tentou consertar perguntando a Ciro Gomes sobre políticas para mulheres, e tudo que conseguiu foi manter o foco no tema que é seu calcanhar de Aquiles.

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Leia a coluna.

Daniel Fernandes: Debate apresentou pouca proposta e (ainda) muita polarização

Jair Bolsonaro afirmou, antes do debate, que não iria cumprimentar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Ele citou que não apertaria mão de ladrão. O debate começou e do lado de fora do estúdio o deputado federal André Janones, do Avante e um dos cabos eleitorais de Lula mais atuantes nas redes sociais, batia boca com o ex-ministro bolsonarista Ricardo Sales. Do lado de dentro, o primeiro confronto entre candidatos no debate da noite de domingo foi entre Lula e Bolsonaro. Se o eleitor esperava ouvir propostas, recebeu a velha polarização entre o ex-presidente e o atual ocupante do cargo.

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Tebet e Soraya podem ser consideradas as vencedoras do debate da Band. No Monitor de Redes do Estadão, feito em parceria com a Torabit, na manhã desta segunda-feira, Tebet aparecia na frente de Ciro Gomes nas menções nas redes conforme o candidato. A senadora, candidata do MDB, aparecia às 8h com 13.211 menções, próximo do dobro das menções alcançadas pelo candidato do PDT à Presidência. Ele registrava 7.060 menções. Como sempre, Lula e Bolsonaro protagonizavam o volume de menções. Segundo a ferramenta, Lula tinha às 8h 41.707 menções, e Bolsonaro estava muito próximo do adversário petista. Tinha 41.472 menções.

Leia a análise.

O primeiro debate com candidatos à Presidência das eleições 2022 foi exibido na noite deste domingo, 28, na Band. O evento reuniu os seis melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto para o cargo, marcando o encontro entre os antagônicos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líderes da corrida pelo Planalto.

Houve tensão dentro e fora do estúdio onde foi realizado o evento, dada a proximidade entre apoiadores do presidente e do petista. Nos bastidores, irrompeu um bate-boca entre o ex-ministro do governo Bolsonaro Ricardo Salles e o deputado André Janones (Avante), que é cabo eleitoral de Lula. Na frente das câmeras, o destaque foi para o chefe do Executivo desqualificando a jornalista Vera Magalhães, que fez uma pergunta a ele, e sua adversária Simone Tebet (MDB). Além de Lula, Bolsonaro e Tebet, a bancada contou com a participação de Ciro Gomes (PDT), Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila.

Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet foi quem mais se destacou, seguida pela candidata do União Brasil. Confira a avaliação de Eliane Cantanhêde, Silvio Cascione e Daniel Fernandes.

Lula e Bolsonaro lideram as pesquisas de intenção de voto, mas não foram os que melhor aproveitaram o holofote do debate. Foto: Reprodução/Band TV

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Eliane Cantanhêde: Simone Tebet e Soraya Thronicke roubaram a cena

O presidente Jair Bolsonaro apareceu muito no primeiro debate entre presidenciáveis, mas agressivo, descontrolado, inconsequente. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas, não aconteceu, passou praticamente em branco. Quem chegasse de Marte teria a sensação de que a eleição está polarizada entre duas mulheres, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), que atraíram bem os holofotes.

Incisiva, clara, Tebet usou praticamente todas as suas participações, desde a primeira até a última, para criticar e atacar Bolsonaro e seu governo. E foram ela e Thronicke – ambas senadoras de Mato Grosso do Sul e ativas na CPI da Covid — as que assumiram uma defesa contundente da jornalista e ratificaram duas marcas do presidente, a misoginia e os ataques às mulheres.

Num dos principais momentos, Tebet tascou: “candidato Bolsonaro, por que tanta raiva das mulheres?” E Thronicke cresceu no debate ao provocar “quem é tchutchuca com os homens e tigrão com as mulheres”, avisar que pode virar “uma onça” e dramatizar: “Vou pedir para reforçar minha segurança”. A força dessa manifestação é ainda maior porque ela é a cara e a voz dos bolsonaristas arrependidos.

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Silvio Cascione: Bolsonaro perdeu a mão e Lula falhou

Bolsonaro e Lula fizeram suspense durante toda a semana sobre ir ou não ao debate deste domingo. Talvez tenham se arrependido depois de uma noite ruim. Sorte dos outros candidatos, especialmente Simone Tebet, que tiveram uma ótima chance de aparecer. Quem não tinha nada a perder foi justamente quem aproveitou melhor o debate.

Bolsonaro até começou bem, pressionando Lula sobre corrupção. Era uma bola cantada, mas Lula não bateu de volta com a mesma intensidade. Preferiu enfatizar os feitos de seu governo, e não mencionou acusações contra o atual presidente. Mas Bolsonaro perdeu a mão ao atacar a jornalista Vera Magalhães. Tentou consertar perguntando a Ciro Gomes sobre políticas para mulheres, e tudo que conseguiu foi manter o foco no tema que é seu calcanhar de Aquiles.

Leia a coluna.

Daniel Fernandes: Debate apresentou pouca proposta e (ainda) muita polarização

Jair Bolsonaro afirmou, antes do debate, que não iria cumprimentar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Ele citou que não apertaria mão de ladrão. O debate começou e do lado de fora do estúdio o deputado federal André Janones, do Avante e um dos cabos eleitorais de Lula mais atuantes nas redes sociais, batia boca com o ex-ministro bolsonarista Ricardo Sales. Do lado de dentro, o primeiro confronto entre candidatos no debate da noite de domingo foi entre Lula e Bolsonaro. Se o eleitor esperava ouvir propostas, recebeu a velha polarização entre o ex-presidente e o atual ocupante do cargo.

Tebet e Soraya podem ser consideradas as vencedoras do debate da Band. No Monitor de Redes do Estadão, feito em parceria com a Torabit, na manhã desta segunda-feira, Tebet aparecia na frente de Ciro Gomes nas menções nas redes conforme o candidato. A senadora, candidata do MDB, aparecia às 8h com 13.211 menções, próximo do dobro das menções alcançadas pelo candidato do PDT à Presidência. Ele registrava 7.060 menções. Como sempre, Lula e Bolsonaro protagonizavam o volume de menções. Segundo a ferramenta, Lula tinha às 8h 41.707 menções, e Bolsonaro estava muito próximo do adversário petista. Tinha 41.472 menções.

Leia a análise.

O primeiro debate com candidatos à Presidência das eleições 2022 foi exibido na noite deste domingo, 28, na Band. O evento reuniu os seis melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto para o cargo, marcando o encontro entre os antagônicos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líderes da corrida pelo Planalto.

Houve tensão dentro e fora do estúdio onde foi realizado o evento, dada a proximidade entre apoiadores do presidente e do petista. Nos bastidores, irrompeu um bate-boca entre o ex-ministro do governo Bolsonaro Ricardo Salles e o deputado André Janones (Avante), que é cabo eleitoral de Lula. Na frente das câmeras, o destaque foi para o chefe do Executivo desqualificando a jornalista Vera Magalhães, que fez uma pergunta a ele, e sua adversária Simone Tebet (MDB). Além de Lula, Bolsonaro e Tebet, a bancada contou com a participação de Ciro Gomes (PDT), Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila.

Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet foi quem mais se destacou, seguida pela candidata do União Brasil. Confira a avaliação de Eliane Cantanhêde, Silvio Cascione e Daniel Fernandes.

Lula e Bolsonaro lideram as pesquisas de intenção de voto, mas não foram os que melhor aproveitaram o holofote do debate. Foto: Reprodução/Band TV

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Eliane Cantanhêde: Simone Tebet e Soraya Thronicke roubaram a cena

O presidente Jair Bolsonaro apareceu muito no primeiro debate entre presidenciáveis, mas agressivo, descontrolado, inconsequente. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas, não aconteceu, passou praticamente em branco. Quem chegasse de Marte teria a sensação de que a eleição está polarizada entre duas mulheres, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), que atraíram bem os holofotes.

Incisiva, clara, Tebet usou praticamente todas as suas participações, desde a primeira até a última, para criticar e atacar Bolsonaro e seu governo. E foram ela e Thronicke – ambas senadoras de Mato Grosso do Sul e ativas na CPI da Covid — as que assumiram uma defesa contundente da jornalista e ratificaram duas marcas do presidente, a misoginia e os ataques às mulheres.

Num dos principais momentos, Tebet tascou: “candidato Bolsonaro, por que tanta raiva das mulheres?” E Thronicke cresceu no debate ao provocar “quem é tchutchuca com os homens e tigrão com as mulheres”, avisar que pode virar “uma onça” e dramatizar: “Vou pedir para reforçar minha segurança”. A força dessa manifestação é ainda maior porque ela é a cara e a voz dos bolsonaristas arrependidos.

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Silvio Cascione: Bolsonaro perdeu a mão e Lula falhou

Bolsonaro e Lula fizeram suspense durante toda a semana sobre ir ou não ao debate deste domingo. Talvez tenham se arrependido depois de uma noite ruim. Sorte dos outros candidatos, especialmente Simone Tebet, que tiveram uma ótima chance de aparecer. Quem não tinha nada a perder foi justamente quem aproveitou melhor o debate.

Bolsonaro até começou bem, pressionando Lula sobre corrupção. Era uma bola cantada, mas Lula não bateu de volta com a mesma intensidade. Preferiu enfatizar os feitos de seu governo, e não mencionou acusações contra o atual presidente. Mas Bolsonaro perdeu a mão ao atacar a jornalista Vera Magalhães. Tentou consertar perguntando a Ciro Gomes sobre políticas para mulheres, e tudo que conseguiu foi manter o foco no tema que é seu calcanhar de Aquiles.

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Daniel Fernandes: Debate apresentou pouca proposta e (ainda) muita polarização

Jair Bolsonaro afirmou, antes do debate, que não iria cumprimentar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Ele citou que não apertaria mão de ladrão. O debate começou e do lado de fora do estúdio o deputado federal André Janones, do Avante e um dos cabos eleitorais de Lula mais atuantes nas redes sociais, batia boca com o ex-ministro bolsonarista Ricardo Sales. Do lado de dentro, o primeiro confronto entre candidatos no debate da noite de domingo foi entre Lula e Bolsonaro. Se o eleitor esperava ouvir propostas, recebeu a velha polarização entre o ex-presidente e o atual ocupante do cargo.

Tebet e Soraya podem ser consideradas as vencedoras do debate da Band. No Monitor de Redes do Estadão, feito em parceria com a Torabit, na manhã desta segunda-feira, Tebet aparecia na frente de Ciro Gomes nas menções nas redes conforme o candidato. A senadora, candidata do MDB, aparecia às 8h com 13.211 menções, próximo do dobro das menções alcançadas pelo candidato do PDT à Presidência. Ele registrava 7.060 menções. Como sempre, Lula e Bolsonaro protagonizavam o volume de menções. Segundo a ferramenta, Lula tinha às 8h 41.707 menções, e Bolsonaro estava muito próximo do adversário petista. Tinha 41.472 menções.

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O primeiro debate com candidatos à Presidência das eleições 2022 foi exibido na noite deste domingo, 28, na Band. O evento reuniu os seis melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto para o cargo, marcando o encontro entre os antagônicos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líderes da corrida pelo Planalto.

Houve tensão dentro e fora do estúdio onde foi realizado o evento, dada a proximidade entre apoiadores do presidente e do petista. Nos bastidores, irrompeu um bate-boca entre o ex-ministro do governo Bolsonaro Ricardo Salles e o deputado André Janones (Avante), que é cabo eleitoral de Lula. Na frente das câmeras, o destaque foi para o chefe do Executivo desqualificando a jornalista Vera Magalhães, que fez uma pergunta a ele, e sua adversária Simone Tebet (MDB). Além de Lula, Bolsonaro e Tebet, a bancada contou com a participação de Ciro Gomes (PDT), Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila.

Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet foi quem mais se destacou, seguida pela candidata do União Brasil. Confira a avaliação de Eliane Cantanhêde, Silvio Cascione e Daniel Fernandes.

Lula e Bolsonaro lideram as pesquisas de intenção de voto, mas não foram os que melhor aproveitaram o holofote do debate. Foto: Reprodução/Band TV

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Eliane Cantanhêde: Simone Tebet e Soraya Thronicke roubaram a cena

O presidente Jair Bolsonaro apareceu muito no primeiro debate entre presidenciáveis, mas agressivo, descontrolado, inconsequente. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas, não aconteceu, passou praticamente em branco. Quem chegasse de Marte teria a sensação de que a eleição está polarizada entre duas mulheres, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), que atraíram bem os holofotes.

Incisiva, clara, Tebet usou praticamente todas as suas participações, desde a primeira até a última, para criticar e atacar Bolsonaro e seu governo. E foram ela e Thronicke – ambas senadoras de Mato Grosso do Sul e ativas na CPI da Covid — as que assumiram uma defesa contundente da jornalista e ratificaram duas marcas do presidente, a misoginia e os ataques às mulheres.

Num dos principais momentos, Tebet tascou: “candidato Bolsonaro, por que tanta raiva das mulheres?” E Thronicke cresceu no debate ao provocar “quem é tchutchuca com os homens e tigrão com as mulheres”, avisar que pode virar “uma onça” e dramatizar: “Vou pedir para reforçar minha segurança”. A força dessa manifestação é ainda maior porque ela é a cara e a voz dos bolsonaristas arrependidos.

Leia a coluna.

Silvio Cascione: Bolsonaro perdeu a mão e Lula falhou

Bolsonaro e Lula fizeram suspense durante toda a semana sobre ir ou não ao debate deste domingo. Talvez tenham se arrependido depois de uma noite ruim. Sorte dos outros candidatos, especialmente Simone Tebet, que tiveram uma ótima chance de aparecer. Quem não tinha nada a perder foi justamente quem aproveitou melhor o debate.

Bolsonaro até começou bem, pressionando Lula sobre corrupção. Era uma bola cantada, mas Lula não bateu de volta com a mesma intensidade. Preferiu enfatizar os feitos de seu governo, e não mencionou acusações contra o atual presidente. Mas Bolsonaro perdeu a mão ao atacar a jornalista Vera Magalhães. Tentou consertar perguntando a Ciro Gomes sobre políticas para mulheres, e tudo que conseguiu foi manter o foco no tema que é seu calcanhar de Aquiles.

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Daniel Fernandes: Debate apresentou pouca proposta e (ainda) muita polarização

Jair Bolsonaro afirmou, antes do debate, que não iria cumprimentar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Ele citou que não apertaria mão de ladrão. O debate começou e do lado de fora do estúdio o deputado federal André Janones, do Avante e um dos cabos eleitorais de Lula mais atuantes nas redes sociais, batia boca com o ex-ministro bolsonarista Ricardo Sales. Do lado de dentro, o primeiro confronto entre candidatos no debate da noite de domingo foi entre Lula e Bolsonaro. Se o eleitor esperava ouvir propostas, recebeu a velha polarização entre o ex-presidente e o atual ocupante do cargo.

Tebet e Soraya podem ser consideradas as vencedoras do debate da Band. No Monitor de Redes do Estadão, feito em parceria com a Torabit, na manhã desta segunda-feira, Tebet aparecia na frente de Ciro Gomes nas menções nas redes conforme o candidato. A senadora, candidata do MDB, aparecia às 8h com 13.211 menções, próximo do dobro das menções alcançadas pelo candidato do PDT à Presidência. Ele registrava 7.060 menções. Como sempre, Lula e Bolsonaro protagonizavam o volume de menções. Segundo a ferramenta, Lula tinha às 8h 41.707 menções, e Bolsonaro estava muito próximo do adversário petista. Tinha 41.472 menções.

Leia a análise.

O primeiro debate com candidatos à Presidência das eleições 2022 foi exibido na noite deste domingo, 28, na Band. O evento reuniu os seis melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto para o cargo, marcando o encontro entre os antagônicos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líderes da corrida pelo Planalto.

Houve tensão dentro e fora do estúdio onde foi realizado o evento, dada a proximidade entre apoiadores do presidente e do petista. Nos bastidores, irrompeu um bate-boca entre o ex-ministro do governo Bolsonaro Ricardo Salles e o deputado André Janones (Avante), que é cabo eleitoral de Lula. Na frente das câmeras, o destaque foi para o chefe do Executivo desqualificando a jornalista Vera Magalhães, que fez uma pergunta a ele, e sua adversária Simone Tebet (MDB). Além de Lula, Bolsonaro e Tebet, a bancada contou com a participação de Ciro Gomes (PDT), Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila.

Para colunistas e jornalistas do Estadão que acompanharam a transmissão e analisaram a atuação dos concorrentes, Simone Tebet foi quem mais se destacou, seguida pela candidata do União Brasil. Confira a avaliação de Eliane Cantanhêde, Silvio Cascione e Daniel Fernandes.

Lula e Bolsonaro lideram as pesquisas de intenção de voto, mas não foram os que melhor aproveitaram o holofote do debate. Foto: Reprodução/Band TV

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Eliane Cantanhêde: Simone Tebet e Soraya Thronicke roubaram a cena

O presidente Jair Bolsonaro apareceu muito no primeiro debate entre presidenciáveis, mas agressivo, descontrolado, inconsequente. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas, não aconteceu, passou praticamente em branco. Quem chegasse de Marte teria a sensação de que a eleição está polarizada entre duas mulheres, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), que atraíram bem os holofotes.

Incisiva, clara, Tebet usou praticamente todas as suas participações, desde a primeira até a última, para criticar e atacar Bolsonaro e seu governo. E foram ela e Thronicke – ambas senadoras de Mato Grosso do Sul e ativas na CPI da Covid — as que assumiram uma defesa contundente da jornalista e ratificaram duas marcas do presidente, a misoginia e os ataques às mulheres.

Num dos principais momentos, Tebet tascou: “candidato Bolsonaro, por que tanta raiva das mulheres?” E Thronicke cresceu no debate ao provocar “quem é tchutchuca com os homens e tigrão com as mulheres”, avisar que pode virar “uma onça” e dramatizar: “Vou pedir para reforçar minha segurança”. A força dessa manifestação é ainda maior porque ela é a cara e a voz dos bolsonaristas arrependidos.

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Bolsonaro e Lula fizeram suspense durante toda a semana sobre ir ou não ao debate deste domingo. Talvez tenham se arrependido depois de uma noite ruim. Sorte dos outros candidatos, especialmente Simone Tebet, que tiveram uma ótima chance de aparecer. Quem não tinha nada a perder foi justamente quem aproveitou melhor o debate.

Bolsonaro até começou bem, pressionando Lula sobre corrupção. Era uma bola cantada, mas Lula não bateu de volta com a mesma intensidade. Preferiu enfatizar os feitos de seu governo, e não mencionou acusações contra o atual presidente. Mas Bolsonaro perdeu a mão ao atacar a jornalista Vera Magalhães. Tentou consertar perguntando a Ciro Gomes sobre políticas para mulheres, e tudo que conseguiu foi manter o foco no tema que é seu calcanhar de Aquiles.

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Daniel Fernandes: Debate apresentou pouca proposta e (ainda) muita polarização

Jair Bolsonaro afirmou, antes do debate, que não iria cumprimentar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Ele citou que não apertaria mão de ladrão. O debate começou e do lado de fora do estúdio o deputado federal André Janones, do Avante e um dos cabos eleitorais de Lula mais atuantes nas redes sociais, batia boca com o ex-ministro bolsonarista Ricardo Sales. Do lado de dentro, o primeiro confronto entre candidatos no debate da noite de domingo foi entre Lula e Bolsonaro. Se o eleitor esperava ouvir propostas, recebeu a velha polarização entre o ex-presidente e o atual ocupante do cargo.

Tebet e Soraya podem ser consideradas as vencedoras do debate da Band. No Monitor de Redes do Estadão, feito em parceria com a Torabit, na manhã desta segunda-feira, Tebet aparecia na frente de Ciro Gomes nas menções nas redes conforme o candidato. A senadora, candidata do MDB, aparecia às 8h com 13.211 menções, próximo do dobro das menções alcançadas pelo candidato do PDT à Presidência. Ele registrava 7.060 menções. Como sempre, Lula e Bolsonaro protagonizavam o volume de menções. Segundo a ferramenta, Lula tinha às 8h 41.707 menções, e Bolsonaro estava muito próximo do adversário petista. Tinha 41.472 menções.

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