Olímpicos e políticos: os atletas que já disputaram e vão disputar eleições


Aproveitando a visibilidade dada pelas Olimpíadas, esportistas se aventuraram na política e outros pretendem se candidatar nas eleições municipais deste ano; veja quem são eles

Por Gabriel de Sousa

BRASÍLIA – A cada quatro anos, os Jogos Olímpicos se tornam uma oportunidade para ampliar a visibilidade de milhares de atletas do Brasil e do mundo. Alguns participantes aproveitam o destaque obtido no esporte para tentar ingressar na política depois da aposentadoria. Nos últimos 30 anos, esse foi o caminho trilhado por pelo menos 15 esportistas, que trocaram gramados, quadras, piscinas e pistas pelas urnas no País.

Romário, Leila Barros, Bebeto e Diego Hypólito já disputaram eleições Foto: @90sfootball via X, @leiladovolei via Facebook, @bebetotetra via Instagram e Márcio Fernandes/Estadão

Enquanto os 276 atletas brasileiros disputam as Olimpíadas de Paris, dois ex-medalhistas de ouro do vôlei brasileiro se preparam para incrementar a lista, com a estreia nas eleições municipais deste ano.

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Em São Paulo, Tandara Caixeta, campeã nos Jogos de Londres, em 2012, é pré-candidata ao cargo de vereador pelo PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para angariar votos, Tandara publicou nas redes sociais uma foto ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher e cabo eleitoral da sigla para as candidaturas femininas.

Em Praia Grande, no litoral paulista, o ex-atleta Rodrigo Santana, conhecido como Rodrigão do Vôlei, vai compor a chapa do deputado federal Alberto Mourão (MDB), que é pré-candidato a prefeito no município. Filiado ao PSD, Rodrigão conquistou o ouro nos Jogos de Atenas, em 2004, e a prata em duas ocasiões: 2008, em Pequim, e 2012, em Londres.

Desde 1994, 15 atletas que ganharam fama em suas modalidades e passaram pela experiência de disputar medalhas nas Olimpíadas se arriscaram na política. A relevância no esporte não garantiu a vitória para todos, com dez eleitos e outros cinco, derrotados. Entre os eleitos, um tentará a reeleição neste ano: o triatleta Paulo Miyasiro (Republicanos), que competiu nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, vai disputar novamente uma vaga na Câmara Municipal de Santos.

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Romário

O senador Romário (PL-RJ), considerado um dos maiores jogadores de futebol da história do País, conquistou com a seleção a medalha de prata nas Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, e o tetra na Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos.

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Nas Olimpíadas de Seul, o “baixinho” tinha 22 anos e foi o artilheiro da modalidade, com sete gols. Mesmo assim, não conseguiu evitar a derrota na final contra a União Soviética, quando os brasileiros perderam por dois a um na prorrogação.

Romário se aposentou dos gramados em 2009 e, no ano seguinte, se elegeu deputado federal pelo Rio com 146.859 votos. Então filiado ao PSB, ele foi o sexto mais votado no Estado. Em 2014 e em 2022, o ex-jogador venceu as eleições para o Senado, recebendo o maior número de votos dos fluminenses. Membro da bancada do PL, tem mandato no Congresso Nacional até 2030.

Romário competiu nas Olimpíadas de 1988, realizadas em Seul, e hoje é senador Foto: @90sfootball via X e Wilton Junior/Estadão
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Bebeto

Companheiro de Romário nas Olimpíadas de 1988 e na Copa de 1994, o ex-atacante Bebeto também seguiu carreira política após amarrar as chuteiras. Entre 2010 e 2018, venceu três eleições para deputado estadual no Rio. Ele amargou a primeira derrota em 2022, quando tentou trocar a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pela Câmara dos Deputados.

O ex-futebolista é filiado ao PSD. Além da Olimpíada de 1988, Bebeto também esteve presente nos Jogos de 1996, em Atlanta. Naquela edição, foi o artilheiro da modalidade com seis gols, ao lado do argentino Hernán Crespo.

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Danrlei de Deus

Licenciado da Câmara, o ex-goleiro Danrlei de Deus (PSD) também participou das Olimpíadas de Atlanta. Desde 2010, o ex-futebolista emplacou quatro vitórias seguidas nas eleições para deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Atualmente, é secretário de Esporte e Lazer do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB).

Roberto Dinamite

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O primeiro atleta olímpico eleito a um cargo político, nos últimos 30 anos, foi o ex-centroavante Roberto Dinamite, que disputou as Olimpíadas de 1972, em Munique (Alemanha), quando o Brasil foi eliminado na primeira fase. Ídolo do Vasco da Gama, Dinamite venceu cinco eleições para a Alerj e foi deputado entre 1994 e 2014, filiado ao PSDB e ao MDB. Em janeiro do ano passado, ele morreu aos 68 anos em decorrência de um câncer no intestino.

Leila Barros

Atualmente, a Câmara e o Senado contam com um medalhista olímpico de vôlei cada. Desde 2019, Leila Barros (PDT-DF) ocupa uma das 81 cadeiras da Casa Alta. Nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, conquistou com a seleção brasileira de vôlei uma medalha de bronze, repetindo o feito nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália, em 2000.

Estreante nas urnas em 2018, foi eleita pelo Distrito Federal com 467.787 votos. Em 2022, tentou se eleger governadora, mas ficou na quinta colocação, com 79.597 votos (4,81% dos votos válidos).

A senadora Leila Barros (PDT-DF) conquistou duas medalhas de bronzes em olimpíadas Foto: @Leiladovolei via Facebook e Luciano Rudy/Agência Senado

Maurício Souza

Na Câmara, o medalhista é o deputado federal Maurício Souza (PL-MG). Membro do núcleo duro de aliados de Bolsonaro, ele foi eleito com 83.396 votos em 2022. Maurício fez parte da equipe masculina de vôlei que conquistou o ouro nas Olimpíadas do Rio, em 2016.

Bernard Rajzman

Em 1994, Bernard Rajzman, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, foi eleito deputado estadual do Rio pelo PPR (atual PP), após obter 23.316 votos. Conhecido por criar o saque “jornada nas estrelas” e por integrar o Hall da Fama do Vôlei, o ex-jogador Rajzman tentou se reeleger em 1998, mas não obteve sucesso.

Oscar Schmidt

Segundo maior pontuador da história do basquete e ídolo do esporte no Brasil, o ex-ala Oscar Schmidt quase foi eleito senador por São Paulo. Apadrinhado pelo ex-governador do Estado Paulo Maluf e candidato pelo PPB (atual PP), ele perdeu a disputa contra o ex-senador Eduardo Suplicy (PT).

O ano foi 1998 e a disputa concedia apenas uma vaga para o Senado. Oscar conquistou 5.752.202 votos (36,9% dos votos válidos) enquanto Suplicy teve 6.718.463 votos (43,1% dos votos válidos).

O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt Foto: Clayton De Souza/Estadão

Conhecido como “Mão Santa”, Oscar não conquistou medalhas nas cinco Olimpíadas que disputou. Em contrapartida, é dele o recorde de mais pontos em uma só partida nos Jogos: 55 pontos contra a Espanha, em Seul.

Pipoka

Companheiro de Oscar em 1998, João José Vianna, mais conhecido como “Pipoka”, tentou se eleger deputado distrital nas últimas eleições, em 2022. Filiado ao PDT, o ex-ala-pivô obteve apenas 1.536 votos e não conquistou uma vaga no Legislativo do Distrito Federal.

Diego Hypólito

Medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio, o ginasta Diego Hypólito tentou ser vereador de São Paulo nas últimas eleições municipais, em 2020, mas não conquistou uma das 55 vagas. Hypólito, que é um dos principais nomes da modalidade no País, concorreu pelo PSB e obteve 3.786 votos.

O ex-ginasta Diego Hypólito Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Mesmo filiado ao PSB, Diego Hypólito se encontrou com Jair Bolsonaro antes do término da campanha eleitoral e recebeu o apoio de Michelle Bolsonaro. Em uma entrevista para a revista Veja em outubro de 2020, o ex-ginasta afirmou que era um candidato contrário às questões ideológicas.

Luiz Lima

Competidor brasileiro nas Olimpíadas de 1996 e 2000, onde não conquistou medalhas, o deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) é outro ex-atleta que está na Câmara dos Deputados. Nadador aposentado, ele está no segundo mandato parlamentar e é aliado de Bolsonaro no Rio.

O deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), ex-nadador olímpico Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Em 2020, Lima tentou ser prefeito do Rio pelo PSL, sigla que se fundiu ao antigo Democratas para formar o União Brasil. No pleito, o ex-nadador ficou em quinto lugar, com 180.336 votos (6,85% dos votos válidos). Nas últimas eleições para a Câmara, em 2022, foi eleito com 69.088 votos.

Rebeca Gusmão

A ex-nadadora Rebeca Gusmão, que disputou as Olimpíadas de Atenas, tentou ser deputada distrital duas vezes, mas não foi eleita. Em 2008, foi banida do esporte, após ser barrada no exame antidoping.

Em 2010, dois anos depois do banimento, ela se candidatou ao Legislativo do Distrito Federal pelo PCdoB, mas teve 437 votos. Em 2022, filiada ao União Brasil, ela obteve 1.378 votos.

A ex-nadadora Rebeca Gusmão participou das Olimpíadas de Atenas Foto: Celso Junior/Estadão

Maurren Maggi

Campeã olímpica no salto em distância em Pequim, Maurren Maggi não obteve o mesmo sucesso na carreira política. Recordista brasileira na modalidade, com uma distância de 7,26 metros alcançada em 1999, ela tentou ser senadora e deputada federal por São Paulo e vereadora da capital paulista. Em duas ocasiões, perdeu nas urnas e em outra, teve a candidatura anulada.

Em 2018, Maurren Maggi estreou na política se candidatando ao Senado pelo PSB. Ela ficou em quinto lugar, com 2.979.856 votos, e não conseguiu uma das duas cadeiras disputadas naquele ano.

A medalhista olímpica Maurren Maggi Foto: @maurrenmaggi via Instagram

Em 2020, deixou o partido e ingressou no Democratas. Naquele ano, disputou uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo, mas obteve 6.228 votos e não conseguiu se eleger.

Dois anos depois, a ex-atleta, pleiteando uma vaga na Câmara dos Deputados, teve a candidatura indeferida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por irregularidades nas contas eleitorais de 2018.

João Derly

Outro participante dos Jogos de Pequim que seguiu na política foi João Derly. Atleta de judô eliminado na segunda rodada da disputa, foi vereador de Porto Alegre entre 2013 e 2014 e deputado federal entre 2015 e 2018.

Quando esteve na Câmara, Derly foi um dos dois deputados da Rede Sustentabilidade, sigla da atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Em 2018, tentou se reeleger ao cargo, mas teve 52.040 votos. Ele foi secretário de Esporte e Lazer do governo de Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, entre 2020 e 2021.

Paulo Miyasiro

Participante do triatlo nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, Paulo Miyasiro atualmente é vice-presidente da Câmara Municipal de Santos. Nos Jogos daquele ano, ele ficou em 34º lugar entre os competidores. Filiado ao Republicanos, Miyasiro conseguiu 3.234 votos nas eleições municipais de 2020. Neste ano, ele tentará a reeleição ao cargo.

BRASÍLIA – A cada quatro anos, os Jogos Olímpicos se tornam uma oportunidade para ampliar a visibilidade de milhares de atletas do Brasil e do mundo. Alguns participantes aproveitam o destaque obtido no esporte para tentar ingressar na política depois da aposentadoria. Nos últimos 30 anos, esse foi o caminho trilhado por pelo menos 15 esportistas, que trocaram gramados, quadras, piscinas e pistas pelas urnas no País.

Romário, Leila Barros, Bebeto e Diego Hypólito já disputaram eleições Foto: @90sfootball via X, @leiladovolei via Facebook, @bebetotetra via Instagram e Márcio Fernandes/Estadão

Enquanto os 276 atletas brasileiros disputam as Olimpíadas de Paris, dois ex-medalhistas de ouro do vôlei brasileiro se preparam para incrementar a lista, com a estreia nas eleições municipais deste ano.

Em São Paulo, Tandara Caixeta, campeã nos Jogos de Londres, em 2012, é pré-candidata ao cargo de vereador pelo PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para angariar votos, Tandara publicou nas redes sociais uma foto ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher e cabo eleitoral da sigla para as candidaturas femininas.

Em Praia Grande, no litoral paulista, o ex-atleta Rodrigo Santana, conhecido como Rodrigão do Vôlei, vai compor a chapa do deputado federal Alberto Mourão (MDB), que é pré-candidato a prefeito no município. Filiado ao PSD, Rodrigão conquistou o ouro nos Jogos de Atenas, em 2004, e a prata em duas ocasiões: 2008, em Pequim, e 2012, em Londres.

Desde 1994, 15 atletas que ganharam fama em suas modalidades e passaram pela experiência de disputar medalhas nas Olimpíadas se arriscaram na política. A relevância no esporte não garantiu a vitória para todos, com dez eleitos e outros cinco, derrotados. Entre os eleitos, um tentará a reeleição neste ano: o triatleta Paulo Miyasiro (Republicanos), que competiu nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, vai disputar novamente uma vaga na Câmara Municipal de Santos.

Romário

O senador Romário (PL-RJ), considerado um dos maiores jogadores de futebol da história do País, conquistou com a seleção a medalha de prata nas Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, e o tetra na Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos.

Nas Olimpíadas de Seul, o “baixinho” tinha 22 anos e foi o artilheiro da modalidade, com sete gols. Mesmo assim, não conseguiu evitar a derrota na final contra a União Soviética, quando os brasileiros perderam por dois a um na prorrogação.

Romário se aposentou dos gramados em 2009 e, no ano seguinte, se elegeu deputado federal pelo Rio com 146.859 votos. Então filiado ao PSB, ele foi o sexto mais votado no Estado. Em 2014 e em 2022, o ex-jogador venceu as eleições para o Senado, recebendo o maior número de votos dos fluminenses. Membro da bancada do PL, tem mandato no Congresso Nacional até 2030.

Romário competiu nas Olimpíadas de 1988, realizadas em Seul, e hoje é senador Foto: @90sfootball via X e Wilton Junior/Estadão

Bebeto

Companheiro de Romário nas Olimpíadas de 1988 e na Copa de 1994, o ex-atacante Bebeto também seguiu carreira política após amarrar as chuteiras. Entre 2010 e 2018, venceu três eleições para deputado estadual no Rio. Ele amargou a primeira derrota em 2022, quando tentou trocar a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pela Câmara dos Deputados.

O ex-futebolista é filiado ao PSD. Além da Olimpíada de 1988, Bebeto também esteve presente nos Jogos de 1996, em Atlanta. Naquela edição, foi o artilheiro da modalidade com seis gols, ao lado do argentino Hernán Crespo.

Danrlei de Deus

Licenciado da Câmara, o ex-goleiro Danrlei de Deus (PSD) também participou das Olimpíadas de Atlanta. Desde 2010, o ex-futebolista emplacou quatro vitórias seguidas nas eleições para deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Atualmente, é secretário de Esporte e Lazer do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB).

Roberto Dinamite

O primeiro atleta olímpico eleito a um cargo político, nos últimos 30 anos, foi o ex-centroavante Roberto Dinamite, que disputou as Olimpíadas de 1972, em Munique (Alemanha), quando o Brasil foi eliminado na primeira fase. Ídolo do Vasco da Gama, Dinamite venceu cinco eleições para a Alerj e foi deputado entre 1994 e 2014, filiado ao PSDB e ao MDB. Em janeiro do ano passado, ele morreu aos 68 anos em decorrência de um câncer no intestino.

Leila Barros

Atualmente, a Câmara e o Senado contam com um medalhista olímpico de vôlei cada. Desde 2019, Leila Barros (PDT-DF) ocupa uma das 81 cadeiras da Casa Alta. Nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, conquistou com a seleção brasileira de vôlei uma medalha de bronze, repetindo o feito nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália, em 2000.

Estreante nas urnas em 2018, foi eleita pelo Distrito Federal com 467.787 votos. Em 2022, tentou se eleger governadora, mas ficou na quinta colocação, com 79.597 votos (4,81% dos votos válidos).

A senadora Leila Barros (PDT-DF) conquistou duas medalhas de bronzes em olimpíadas Foto: @Leiladovolei via Facebook e Luciano Rudy/Agência Senado

Maurício Souza

Na Câmara, o medalhista é o deputado federal Maurício Souza (PL-MG). Membro do núcleo duro de aliados de Bolsonaro, ele foi eleito com 83.396 votos em 2022. Maurício fez parte da equipe masculina de vôlei que conquistou o ouro nas Olimpíadas do Rio, em 2016.

Bernard Rajzman

Em 1994, Bernard Rajzman, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, foi eleito deputado estadual do Rio pelo PPR (atual PP), após obter 23.316 votos. Conhecido por criar o saque “jornada nas estrelas” e por integrar o Hall da Fama do Vôlei, o ex-jogador Rajzman tentou se reeleger em 1998, mas não obteve sucesso.

Oscar Schmidt

Segundo maior pontuador da história do basquete e ídolo do esporte no Brasil, o ex-ala Oscar Schmidt quase foi eleito senador por São Paulo. Apadrinhado pelo ex-governador do Estado Paulo Maluf e candidato pelo PPB (atual PP), ele perdeu a disputa contra o ex-senador Eduardo Suplicy (PT).

O ano foi 1998 e a disputa concedia apenas uma vaga para o Senado. Oscar conquistou 5.752.202 votos (36,9% dos votos válidos) enquanto Suplicy teve 6.718.463 votos (43,1% dos votos válidos).

O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt Foto: Clayton De Souza/Estadão

Conhecido como “Mão Santa”, Oscar não conquistou medalhas nas cinco Olimpíadas que disputou. Em contrapartida, é dele o recorde de mais pontos em uma só partida nos Jogos: 55 pontos contra a Espanha, em Seul.

Pipoka

Companheiro de Oscar em 1998, João José Vianna, mais conhecido como “Pipoka”, tentou se eleger deputado distrital nas últimas eleições, em 2022. Filiado ao PDT, o ex-ala-pivô obteve apenas 1.536 votos e não conquistou uma vaga no Legislativo do Distrito Federal.

Diego Hypólito

Medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio, o ginasta Diego Hypólito tentou ser vereador de São Paulo nas últimas eleições municipais, em 2020, mas não conquistou uma das 55 vagas. Hypólito, que é um dos principais nomes da modalidade no País, concorreu pelo PSB e obteve 3.786 votos.

O ex-ginasta Diego Hypólito Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Mesmo filiado ao PSB, Diego Hypólito se encontrou com Jair Bolsonaro antes do término da campanha eleitoral e recebeu o apoio de Michelle Bolsonaro. Em uma entrevista para a revista Veja em outubro de 2020, o ex-ginasta afirmou que era um candidato contrário às questões ideológicas.

Luiz Lima

Competidor brasileiro nas Olimpíadas de 1996 e 2000, onde não conquistou medalhas, o deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) é outro ex-atleta que está na Câmara dos Deputados. Nadador aposentado, ele está no segundo mandato parlamentar e é aliado de Bolsonaro no Rio.

O deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), ex-nadador olímpico Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Em 2020, Lima tentou ser prefeito do Rio pelo PSL, sigla que se fundiu ao antigo Democratas para formar o União Brasil. No pleito, o ex-nadador ficou em quinto lugar, com 180.336 votos (6,85% dos votos válidos). Nas últimas eleições para a Câmara, em 2022, foi eleito com 69.088 votos.

Rebeca Gusmão

A ex-nadadora Rebeca Gusmão, que disputou as Olimpíadas de Atenas, tentou ser deputada distrital duas vezes, mas não foi eleita. Em 2008, foi banida do esporte, após ser barrada no exame antidoping.

Em 2010, dois anos depois do banimento, ela se candidatou ao Legislativo do Distrito Federal pelo PCdoB, mas teve 437 votos. Em 2022, filiada ao União Brasil, ela obteve 1.378 votos.

A ex-nadadora Rebeca Gusmão participou das Olimpíadas de Atenas Foto: Celso Junior/Estadão

Maurren Maggi

Campeã olímpica no salto em distância em Pequim, Maurren Maggi não obteve o mesmo sucesso na carreira política. Recordista brasileira na modalidade, com uma distância de 7,26 metros alcançada em 1999, ela tentou ser senadora e deputada federal por São Paulo e vereadora da capital paulista. Em duas ocasiões, perdeu nas urnas e em outra, teve a candidatura anulada.

Em 2018, Maurren Maggi estreou na política se candidatando ao Senado pelo PSB. Ela ficou em quinto lugar, com 2.979.856 votos, e não conseguiu uma das duas cadeiras disputadas naquele ano.

A medalhista olímpica Maurren Maggi Foto: @maurrenmaggi via Instagram

Em 2020, deixou o partido e ingressou no Democratas. Naquele ano, disputou uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo, mas obteve 6.228 votos e não conseguiu se eleger.

Dois anos depois, a ex-atleta, pleiteando uma vaga na Câmara dos Deputados, teve a candidatura indeferida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por irregularidades nas contas eleitorais de 2018.

João Derly

Outro participante dos Jogos de Pequim que seguiu na política foi João Derly. Atleta de judô eliminado na segunda rodada da disputa, foi vereador de Porto Alegre entre 2013 e 2014 e deputado federal entre 2015 e 2018.

Quando esteve na Câmara, Derly foi um dos dois deputados da Rede Sustentabilidade, sigla da atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Em 2018, tentou se reeleger ao cargo, mas teve 52.040 votos. Ele foi secretário de Esporte e Lazer do governo de Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, entre 2020 e 2021.

Paulo Miyasiro

Participante do triatlo nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, Paulo Miyasiro atualmente é vice-presidente da Câmara Municipal de Santos. Nos Jogos daquele ano, ele ficou em 34º lugar entre os competidores. Filiado ao Republicanos, Miyasiro conseguiu 3.234 votos nas eleições municipais de 2020. Neste ano, ele tentará a reeleição ao cargo.

BRASÍLIA – A cada quatro anos, os Jogos Olímpicos se tornam uma oportunidade para ampliar a visibilidade de milhares de atletas do Brasil e do mundo. Alguns participantes aproveitam o destaque obtido no esporte para tentar ingressar na política depois da aposentadoria. Nos últimos 30 anos, esse foi o caminho trilhado por pelo menos 15 esportistas, que trocaram gramados, quadras, piscinas e pistas pelas urnas no País.

Romário, Leila Barros, Bebeto e Diego Hypólito já disputaram eleições Foto: @90sfootball via X, @leiladovolei via Facebook, @bebetotetra via Instagram e Márcio Fernandes/Estadão

Enquanto os 276 atletas brasileiros disputam as Olimpíadas de Paris, dois ex-medalhistas de ouro do vôlei brasileiro se preparam para incrementar a lista, com a estreia nas eleições municipais deste ano.

Em São Paulo, Tandara Caixeta, campeã nos Jogos de Londres, em 2012, é pré-candidata ao cargo de vereador pelo PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para angariar votos, Tandara publicou nas redes sociais uma foto ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher e cabo eleitoral da sigla para as candidaturas femininas.

Em Praia Grande, no litoral paulista, o ex-atleta Rodrigo Santana, conhecido como Rodrigão do Vôlei, vai compor a chapa do deputado federal Alberto Mourão (MDB), que é pré-candidato a prefeito no município. Filiado ao PSD, Rodrigão conquistou o ouro nos Jogos de Atenas, em 2004, e a prata em duas ocasiões: 2008, em Pequim, e 2012, em Londres.

Desde 1994, 15 atletas que ganharam fama em suas modalidades e passaram pela experiência de disputar medalhas nas Olimpíadas se arriscaram na política. A relevância no esporte não garantiu a vitória para todos, com dez eleitos e outros cinco, derrotados. Entre os eleitos, um tentará a reeleição neste ano: o triatleta Paulo Miyasiro (Republicanos), que competiu nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, vai disputar novamente uma vaga na Câmara Municipal de Santos.

Romário

O senador Romário (PL-RJ), considerado um dos maiores jogadores de futebol da história do País, conquistou com a seleção a medalha de prata nas Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, e o tetra na Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos.

Nas Olimpíadas de Seul, o “baixinho” tinha 22 anos e foi o artilheiro da modalidade, com sete gols. Mesmo assim, não conseguiu evitar a derrota na final contra a União Soviética, quando os brasileiros perderam por dois a um na prorrogação.

Romário se aposentou dos gramados em 2009 e, no ano seguinte, se elegeu deputado federal pelo Rio com 146.859 votos. Então filiado ao PSB, ele foi o sexto mais votado no Estado. Em 2014 e em 2022, o ex-jogador venceu as eleições para o Senado, recebendo o maior número de votos dos fluminenses. Membro da bancada do PL, tem mandato no Congresso Nacional até 2030.

Romário competiu nas Olimpíadas de 1988, realizadas em Seul, e hoje é senador Foto: @90sfootball via X e Wilton Junior/Estadão

Bebeto

Companheiro de Romário nas Olimpíadas de 1988 e na Copa de 1994, o ex-atacante Bebeto também seguiu carreira política após amarrar as chuteiras. Entre 2010 e 2018, venceu três eleições para deputado estadual no Rio. Ele amargou a primeira derrota em 2022, quando tentou trocar a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pela Câmara dos Deputados.

O ex-futebolista é filiado ao PSD. Além da Olimpíada de 1988, Bebeto também esteve presente nos Jogos de 1996, em Atlanta. Naquela edição, foi o artilheiro da modalidade com seis gols, ao lado do argentino Hernán Crespo.

Danrlei de Deus

Licenciado da Câmara, o ex-goleiro Danrlei de Deus (PSD) também participou das Olimpíadas de Atlanta. Desde 2010, o ex-futebolista emplacou quatro vitórias seguidas nas eleições para deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Atualmente, é secretário de Esporte e Lazer do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB).

Roberto Dinamite

O primeiro atleta olímpico eleito a um cargo político, nos últimos 30 anos, foi o ex-centroavante Roberto Dinamite, que disputou as Olimpíadas de 1972, em Munique (Alemanha), quando o Brasil foi eliminado na primeira fase. Ídolo do Vasco da Gama, Dinamite venceu cinco eleições para a Alerj e foi deputado entre 1994 e 2014, filiado ao PSDB e ao MDB. Em janeiro do ano passado, ele morreu aos 68 anos em decorrência de um câncer no intestino.

Leila Barros

Atualmente, a Câmara e o Senado contam com um medalhista olímpico de vôlei cada. Desde 2019, Leila Barros (PDT-DF) ocupa uma das 81 cadeiras da Casa Alta. Nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, conquistou com a seleção brasileira de vôlei uma medalha de bronze, repetindo o feito nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália, em 2000.

Estreante nas urnas em 2018, foi eleita pelo Distrito Federal com 467.787 votos. Em 2022, tentou se eleger governadora, mas ficou na quinta colocação, com 79.597 votos (4,81% dos votos válidos).

A senadora Leila Barros (PDT-DF) conquistou duas medalhas de bronzes em olimpíadas Foto: @Leiladovolei via Facebook e Luciano Rudy/Agência Senado

Maurício Souza

Na Câmara, o medalhista é o deputado federal Maurício Souza (PL-MG). Membro do núcleo duro de aliados de Bolsonaro, ele foi eleito com 83.396 votos em 2022. Maurício fez parte da equipe masculina de vôlei que conquistou o ouro nas Olimpíadas do Rio, em 2016.

Bernard Rajzman

Em 1994, Bernard Rajzman, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, foi eleito deputado estadual do Rio pelo PPR (atual PP), após obter 23.316 votos. Conhecido por criar o saque “jornada nas estrelas” e por integrar o Hall da Fama do Vôlei, o ex-jogador Rajzman tentou se reeleger em 1998, mas não obteve sucesso.

Oscar Schmidt

Segundo maior pontuador da história do basquete e ídolo do esporte no Brasil, o ex-ala Oscar Schmidt quase foi eleito senador por São Paulo. Apadrinhado pelo ex-governador do Estado Paulo Maluf e candidato pelo PPB (atual PP), ele perdeu a disputa contra o ex-senador Eduardo Suplicy (PT).

O ano foi 1998 e a disputa concedia apenas uma vaga para o Senado. Oscar conquistou 5.752.202 votos (36,9% dos votos válidos) enquanto Suplicy teve 6.718.463 votos (43,1% dos votos válidos).

O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt Foto: Clayton De Souza/Estadão

Conhecido como “Mão Santa”, Oscar não conquistou medalhas nas cinco Olimpíadas que disputou. Em contrapartida, é dele o recorde de mais pontos em uma só partida nos Jogos: 55 pontos contra a Espanha, em Seul.

Pipoka

Companheiro de Oscar em 1998, João José Vianna, mais conhecido como “Pipoka”, tentou se eleger deputado distrital nas últimas eleições, em 2022. Filiado ao PDT, o ex-ala-pivô obteve apenas 1.536 votos e não conquistou uma vaga no Legislativo do Distrito Federal.

Diego Hypólito

Medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio, o ginasta Diego Hypólito tentou ser vereador de São Paulo nas últimas eleições municipais, em 2020, mas não conquistou uma das 55 vagas. Hypólito, que é um dos principais nomes da modalidade no País, concorreu pelo PSB e obteve 3.786 votos.

O ex-ginasta Diego Hypólito Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Mesmo filiado ao PSB, Diego Hypólito se encontrou com Jair Bolsonaro antes do término da campanha eleitoral e recebeu o apoio de Michelle Bolsonaro. Em uma entrevista para a revista Veja em outubro de 2020, o ex-ginasta afirmou que era um candidato contrário às questões ideológicas.

Luiz Lima

Competidor brasileiro nas Olimpíadas de 1996 e 2000, onde não conquistou medalhas, o deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) é outro ex-atleta que está na Câmara dos Deputados. Nadador aposentado, ele está no segundo mandato parlamentar e é aliado de Bolsonaro no Rio.

O deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), ex-nadador olímpico Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Em 2020, Lima tentou ser prefeito do Rio pelo PSL, sigla que se fundiu ao antigo Democratas para formar o União Brasil. No pleito, o ex-nadador ficou em quinto lugar, com 180.336 votos (6,85% dos votos válidos). Nas últimas eleições para a Câmara, em 2022, foi eleito com 69.088 votos.

Rebeca Gusmão

A ex-nadadora Rebeca Gusmão, que disputou as Olimpíadas de Atenas, tentou ser deputada distrital duas vezes, mas não foi eleita. Em 2008, foi banida do esporte, após ser barrada no exame antidoping.

Em 2010, dois anos depois do banimento, ela se candidatou ao Legislativo do Distrito Federal pelo PCdoB, mas teve 437 votos. Em 2022, filiada ao União Brasil, ela obteve 1.378 votos.

A ex-nadadora Rebeca Gusmão participou das Olimpíadas de Atenas Foto: Celso Junior/Estadão

Maurren Maggi

Campeã olímpica no salto em distância em Pequim, Maurren Maggi não obteve o mesmo sucesso na carreira política. Recordista brasileira na modalidade, com uma distância de 7,26 metros alcançada em 1999, ela tentou ser senadora e deputada federal por São Paulo e vereadora da capital paulista. Em duas ocasiões, perdeu nas urnas e em outra, teve a candidatura anulada.

Em 2018, Maurren Maggi estreou na política se candidatando ao Senado pelo PSB. Ela ficou em quinto lugar, com 2.979.856 votos, e não conseguiu uma das duas cadeiras disputadas naquele ano.

A medalhista olímpica Maurren Maggi Foto: @maurrenmaggi via Instagram

Em 2020, deixou o partido e ingressou no Democratas. Naquele ano, disputou uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo, mas obteve 6.228 votos e não conseguiu se eleger.

Dois anos depois, a ex-atleta, pleiteando uma vaga na Câmara dos Deputados, teve a candidatura indeferida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por irregularidades nas contas eleitorais de 2018.

João Derly

Outro participante dos Jogos de Pequim que seguiu na política foi João Derly. Atleta de judô eliminado na segunda rodada da disputa, foi vereador de Porto Alegre entre 2013 e 2014 e deputado federal entre 2015 e 2018.

Quando esteve na Câmara, Derly foi um dos dois deputados da Rede Sustentabilidade, sigla da atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Em 2018, tentou se reeleger ao cargo, mas teve 52.040 votos. Ele foi secretário de Esporte e Lazer do governo de Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, entre 2020 e 2021.

Paulo Miyasiro

Participante do triatlo nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, Paulo Miyasiro atualmente é vice-presidente da Câmara Municipal de Santos. Nos Jogos daquele ano, ele ficou em 34º lugar entre os competidores. Filiado ao Republicanos, Miyasiro conseguiu 3.234 votos nas eleições municipais de 2020. Neste ano, ele tentará a reeleição ao cargo.

BRASÍLIA – A cada quatro anos, os Jogos Olímpicos se tornam uma oportunidade para ampliar a visibilidade de milhares de atletas do Brasil e do mundo. Alguns participantes aproveitam o destaque obtido no esporte para tentar ingressar na política depois da aposentadoria. Nos últimos 30 anos, esse foi o caminho trilhado por pelo menos 15 esportistas, que trocaram gramados, quadras, piscinas e pistas pelas urnas no País.

Romário, Leila Barros, Bebeto e Diego Hypólito já disputaram eleições Foto: @90sfootball via X, @leiladovolei via Facebook, @bebetotetra via Instagram e Márcio Fernandes/Estadão

Enquanto os 276 atletas brasileiros disputam as Olimpíadas de Paris, dois ex-medalhistas de ouro do vôlei brasileiro se preparam para incrementar a lista, com a estreia nas eleições municipais deste ano.

Em São Paulo, Tandara Caixeta, campeã nos Jogos de Londres, em 2012, é pré-candidata ao cargo de vereador pelo PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para angariar votos, Tandara publicou nas redes sociais uma foto ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher e cabo eleitoral da sigla para as candidaturas femininas.

Em Praia Grande, no litoral paulista, o ex-atleta Rodrigo Santana, conhecido como Rodrigão do Vôlei, vai compor a chapa do deputado federal Alberto Mourão (MDB), que é pré-candidato a prefeito no município. Filiado ao PSD, Rodrigão conquistou o ouro nos Jogos de Atenas, em 2004, e a prata em duas ocasiões: 2008, em Pequim, e 2012, em Londres.

Desde 1994, 15 atletas que ganharam fama em suas modalidades e passaram pela experiência de disputar medalhas nas Olimpíadas se arriscaram na política. A relevância no esporte não garantiu a vitória para todos, com dez eleitos e outros cinco, derrotados. Entre os eleitos, um tentará a reeleição neste ano: o triatleta Paulo Miyasiro (Republicanos), que competiu nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, vai disputar novamente uma vaga na Câmara Municipal de Santos.

Romário

O senador Romário (PL-RJ), considerado um dos maiores jogadores de futebol da história do País, conquistou com a seleção a medalha de prata nas Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, e o tetra na Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos.

Nas Olimpíadas de Seul, o “baixinho” tinha 22 anos e foi o artilheiro da modalidade, com sete gols. Mesmo assim, não conseguiu evitar a derrota na final contra a União Soviética, quando os brasileiros perderam por dois a um na prorrogação.

Romário se aposentou dos gramados em 2009 e, no ano seguinte, se elegeu deputado federal pelo Rio com 146.859 votos. Então filiado ao PSB, ele foi o sexto mais votado no Estado. Em 2014 e em 2022, o ex-jogador venceu as eleições para o Senado, recebendo o maior número de votos dos fluminenses. Membro da bancada do PL, tem mandato no Congresso Nacional até 2030.

Romário competiu nas Olimpíadas de 1988, realizadas em Seul, e hoje é senador Foto: @90sfootball via X e Wilton Junior/Estadão

Bebeto

Companheiro de Romário nas Olimpíadas de 1988 e na Copa de 1994, o ex-atacante Bebeto também seguiu carreira política após amarrar as chuteiras. Entre 2010 e 2018, venceu três eleições para deputado estadual no Rio. Ele amargou a primeira derrota em 2022, quando tentou trocar a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pela Câmara dos Deputados.

O ex-futebolista é filiado ao PSD. Além da Olimpíada de 1988, Bebeto também esteve presente nos Jogos de 1996, em Atlanta. Naquela edição, foi o artilheiro da modalidade com seis gols, ao lado do argentino Hernán Crespo.

Danrlei de Deus

Licenciado da Câmara, o ex-goleiro Danrlei de Deus (PSD) também participou das Olimpíadas de Atlanta. Desde 2010, o ex-futebolista emplacou quatro vitórias seguidas nas eleições para deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Atualmente, é secretário de Esporte e Lazer do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB).

Roberto Dinamite

O primeiro atleta olímpico eleito a um cargo político, nos últimos 30 anos, foi o ex-centroavante Roberto Dinamite, que disputou as Olimpíadas de 1972, em Munique (Alemanha), quando o Brasil foi eliminado na primeira fase. Ídolo do Vasco da Gama, Dinamite venceu cinco eleições para a Alerj e foi deputado entre 1994 e 2014, filiado ao PSDB e ao MDB. Em janeiro do ano passado, ele morreu aos 68 anos em decorrência de um câncer no intestino.

Leila Barros

Atualmente, a Câmara e o Senado contam com um medalhista olímpico de vôlei cada. Desde 2019, Leila Barros (PDT-DF) ocupa uma das 81 cadeiras da Casa Alta. Nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, conquistou com a seleção brasileira de vôlei uma medalha de bronze, repetindo o feito nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália, em 2000.

Estreante nas urnas em 2018, foi eleita pelo Distrito Federal com 467.787 votos. Em 2022, tentou se eleger governadora, mas ficou na quinta colocação, com 79.597 votos (4,81% dos votos válidos).

A senadora Leila Barros (PDT-DF) conquistou duas medalhas de bronzes em olimpíadas Foto: @Leiladovolei via Facebook e Luciano Rudy/Agência Senado

Maurício Souza

Na Câmara, o medalhista é o deputado federal Maurício Souza (PL-MG). Membro do núcleo duro de aliados de Bolsonaro, ele foi eleito com 83.396 votos em 2022. Maurício fez parte da equipe masculina de vôlei que conquistou o ouro nas Olimpíadas do Rio, em 2016.

Bernard Rajzman

Em 1994, Bernard Rajzman, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, foi eleito deputado estadual do Rio pelo PPR (atual PP), após obter 23.316 votos. Conhecido por criar o saque “jornada nas estrelas” e por integrar o Hall da Fama do Vôlei, o ex-jogador Rajzman tentou se reeleger em 1998, mas não obteve sucesso.

Oscar Schmidt

Segundo maior pontuador da história do basquete e ídolo do esporte no Brasil, o ex-ala Oscar Schmidt quase foi eleito senador por São Paulo. Apadrinhado pelo ex-governador do Estado Paulo Maluf e candidato pelo PPB (atual PP), ele perdeu a disputa contra o ex-senador Eduardo Suplicy (PT).

O ano foi 1998 e a disputa concedia apenas uma vaga para o Senado. Oscar conquistou 5.752.202 votos (36,9% dos votos válidos) enquanto Suplicy teve 6.718.463 votos (43,1% dos votos válidos).

O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt Foto: Clayton De Souza/Estadão

Conhecido como “Mão Santa”, Oscar não conquistou medalhas nas cinco Olimpíadas que disputou. Em contrapartida, é dele o recorde de mais pontos em uma só partida nos Jogos: 55 pontos contra a Espanha, em Seul.

Pipoka

Companheiro de Oscar em 1998, João José Vianna, mais conhecido como “Pipoka”, tentou se eleger deputado distrital nas últimas eleições, em 2022. Filiado ao PDT, o ex-ala-pivô obteve apenas 1.536 votos e não conquistou uma vaga no Legislativo do Distrito Federal.

Diego Hypólito

Medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio, o ginasta Diego Hypólito tentou ser vereador de São Paulo nas últimas eleições municipais, em 2020, mas não conquistou uma das 55 vagas. Hypólito, que é um dos principais nomes da modalidade no País, concorreu pelo PSB e obteve 3.786 votos.

O ex-ginasta Diego Hypólito Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Mesmo filiado ao PSB, Diego Hypólito se encontrou com Jair Bolsonaro antes do término da campanha eleitoral e recebeu o apoio de Michelle Bolsonaro. Em uma entrevista para a revista Veja em outubro de 2020, o ex-ginasta afirmou que era um candidato contrário às questões ideológicas.

Luiz Lima

Competidor brasileiro nas Olimpíadas de 1996 e 2000, onde não conquistou medalhas, o deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) é outro ex-atleta que está na Câmara dos Deputados. Nadador aposentado, ele está no segundo mandato parlamentar e é aliado de Bolsonaro no Rio.

O deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), ex-nadador olímpico Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Em 2020, Lima tentou ser prefeito do Rio pelo PSL, sigla que se fundiu ao antigo Democratas para formar o União Brasil. No pleito, o ex-nadador ficou em quinto lugar, com 180.336 votos (6,85% dos votos válidos). Nas últimas eleições para a Câmara, em 2022, foi eleito com 69.088 votos.

Rebeca Gusmão

A ex-nadadora Rebeca Gusmão, que disputou as Olimpíadas de Atenas, tentou ser deputada distrital duas vezes, mas não foi eleita. Em 2008, foi banida do esporte, após ser barrada no exame antidoping.

Em 2010, dois anos depois do banimento, ela se candidatou ao Legislativo do Distrito Federal pelo PCdoB, mas teve 437 votos. Em 2022, filiada ao União Brasil, ela obteve 1.378 votos.

A ex-nadadora Rebeca Gusmão participou das Olimpíadas de Atenas Foto: Celso Junior/Estadão

Maurren Maggi

Campeã olímpica no salto em distância em Pequim, Maurren Maggi não obteve o mesmo sucesso na carreira política. Recordista brasileira na modalidade, com uma distância de 7,26 metros alcançada em 1999, ela tentou ser senadora e deputada federal por São Paulo e vereadora da capital paulista. Em duas ocasiões, perdeu nas urnas e em outra, teve a candidatura anulada.

Em 2018, Maurren Maggi estreou na política se candidatando ao Senado pelo PSB. Ela ficou em quinto lugar, com 2.979.856 votos, e não conseguiu uma das duas cadeiras disputadas naquele ano.

A medalhista olímpica Maurren Maggi Foto: @maurrenmaggi via Instagram

Em 2020, deixou o partido e ingressou no Democratas. Naquele ano, disputou uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo, mas obteve 6.228 votos e não conseguiu se eleger.

Dois anos depois, a ex-atleta, pleiteando uma vaga na Câmara dos Deputados, teve a candidatura indeferida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por irregularidades nas contas eleitorais de 2018.

João Derly

Outro participante dos Jogos de Pequim que seguiu na política foi João Derly. Atleta de judô eliminado na segunda rodada da disputa, foi vereador de Porto Alegre entre 2013 e 2014 e deputado federal entre 2015 e 2018.

Quando esteve na Câmara, Derly foi um dos dois deputados da Rede Sustentabilidade, sigla da atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Em 2018, tentou se reeleger ao cargo, mas teve 52.040 votos. Ele foi secretário de Esporte e Lazer do governo de Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, entre 2020 e 2021.

Paulo Miyasiro

Participante do triatlo nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, Paulo Miyasiro atualmente é vice-presidente da Câmara Municipal de Santos. Nos Jogos daquele ano, ele ficou em 34º lugar entre os competidores. Filiado ao Republicanos, Miyasiro conseguiu 3.234 votos nas eleições municipais de 2020. Neste ano, ele tentará a reeleição ao cargo.

BRASÍLIA – A cada quatro anos, os Jogos Olímpicos se tornam uma oportunidade para ampliar a visibilidade de milhares de atletas do Brasil e do mundo. Alguns participantes aproveitam o destaque obtido no esporte para tentar ingressar na política depois da aposentadoria. Nos últimos 30 anos, esse foi o caminho trilhado por pelo menos 15 esportistas, que trocaram gramados, quadras, piscinas e pistas pelas urnas no País.

Romário, Leila Barros, Bebeto e Diego Hypólito já disputaram eleições Foto: @90sfootball via X, @leiladovolei via Facebook, @bebetotetra via Instagram e Márcio Fernandes/Estadão

Enquanto os 276 atletas brasileiros disputam as Olimpíadas de Paris, dois ex-medalhistas de ouro do vôlei brasileiro se preparam para incrementar a lista, com a estreia nas eleições municipais deste ano.

Em São Paulo, Tandara Caixeta, campeã nos Jogos de Londres, em 2012, é pré-candidata ao cargo de vereador pelo PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para angariar votos, Tandara publicou nas redes sociais uma foto ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher e cabo eleitoral da sigla para as candidaturas femininas.

Em Praia Grande, no litoral paulista, o ex-atleta Rodrigo Santana, conhecido como Rodrigão do Vôlei, vai compor a chapa do deputado federal Alberto Mourão (MDB), que é pré-candidato a prefeito no município. Filiado ao PSD, Rodrigão conquistou o ouro nos Jogos de Atenas, em 2004, e a prata em duas ocasiões: 2008, em Pequim, e 2012, em Londres.

Desde 1994, 15 atletas que ganharam fama em suas modalidades e passaram pela experiência de disputar medalhas nas Olimpíadas se arriscaram na política. A relevância no esporte não garantiu a vitória para todos, com dez eleitos e outros cinco, derrotados. Entre os eleitos, um tentará a reeleição neste ano: o triatleta Paulo Miyasiro (Republicanos), que competiu nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, vai disputar novamente uma vaga na Câmara Municipal de Santos.

Romário

O senador Romário (PL-RJ), considerado um dos maiores jogadores de futebol da história do País, conquistou com a seleção a medalha de prata nas Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, e o tetra na Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos.

Nas Olimpíadas de Seul, o “baixinho” tinha 22 anos e foi o artilheiro da modalidade, com sete gols. Mesmo assim, não conseguiu evitar a derrota na final contra a União Soviética, quando os brasileiros perderam por dois a um na prorrogação.

Romário se aposentou dos gramados em 2009 e, no ano seguinte, se elegeu deputado federal pelo Rio com 146.859 votos. Então filiado ao PSB, ele foi o sexto mais votado no Estado. Em 2014 e em 2022, o ex-jogador venceu as eleições para o Senado, recebendo o maior número de votos dos fluminenses. Membro da bancada do PL, tem mandato no Congresso Nacional até 2030.

Romário competiu nas Olimpíadas de 1988, realizadas em Seul, e hoje é senador Foto: @90sfootball via X e Wilton Junior/Estadão

Bebeto

Companheiro de Romário nas Olimpíadas de 1988 e na Copa de 1994, o ex-atacante Bebeto também seguiu carreira política após amarrar as chuteiras. Entre 2010 e 2018, venceu três eleições para deputado estadual no Rio. Ele amargou a primeira derrota em 2022, quando tentou trocar a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pela Câmara dos Deputados.

O ex-futebolista é filiado ao PSD. Além da Olimpíada de 1988, Bebeto também esteve presente nos Jogos de 1996, em Atlanta. Naquela edição, foi o artilheiro da modalidade com seis gols, ao lado do argentino Hernán Crespo.

Danrlei de Deus

Licenciado da Câmara, o ex-goleiro Danrlei de Deus (PSD) também participou das Olimpíadas de Atlanta. Desde 2010, o ex-futebolista emplacou quatro vitórias seguidas nas eleições para deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Atualmente, é secretário de Esporte e Lazer do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB).

Roberto Dinamite

O primeiro atleta olímpico eleito a um cargo político, nos últimos 30 anos, foi o ex-centroavante Roberto Dinamite, que disputou as Olimpíadas de 1972, em Munique (Alemanha), quando o Brasil foi eliminado na primeira fase. Ídolo do Vasco da Gama, Dinamite venceu cinco eleições para a Alerj e foi deputado entre 1994 e 2014, filiado ao PSDB e ao MDB. Em janeiro do ano passado, ele morreu aos 68 anos em decorrência de um câncer no intestino.

Leila Barros

Atualmente, a Câmara e o Senado contam com um medalhista olímpico de vôlei cada. Desde 2019, Leila Barros (PDT-DF) ocupa uma das 81 cadeiras da Casa Alta. Nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, conquistou com a seleção brasileira de vôlei uma medalha de bronze, repetindo o feito nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália, em 2000.

Estreante nas urnas em 2018, foi eleita pelo Distrito Federal com 467.787 votos. Em 2022, tentou se eleger governadora, mas ficou na quinta colocação, com 79.597 votos (4,81% dos votos válidos).

A senadora Leila Barros (PDT-DF) conquistou duas medalhas de bronzes em olimpíadas Foto: @Leiladovolei via Facebook e Luciano Rudy/Agência Senado

Maurício Souza

Na Câmara, o medalhista é o deputado federal Maurício Souza (PL-MG). Membro do núcleo duro de aliados de Bolsonaro, ele foi eleito com 83.396 votos em 2022. Maurício fez parte da equipe masculina de vôlei que conquistou o ouro nas Olimpíadas do Rio, em 2016.

Bernard Rajzman

Em 1994, Bernard Rajzman, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, foi eleito deputado estadual do Rio pelo PPR (atual PP), após obter 23.316 votos. Conhecido por criar o saque “jornada nas estrelas” e por integrar o Hall da Fama do Vôlei, o ex-jogador Rajzman tentou se reeleger em 1998, mas não obteve sucesso.

Oscar Schmidt

Segundo maior pontuador da história do basquete e ídolo do esporte no Brasil, o ex-ala Oscar Schmidt quase foi eleito senador por São Paulo. Apadrinhado pelo ex-governador do Estado Paulo Maluf e candidato pelo PPB (atual PP), ele perdeu a disputa contra o ex-senador Eduardo Suplicy (PT).

O ano foi 1998 e a disputa concedia apenas uma vaga para o Senado. Oscar conquistou 5.752.202 votos (36,9% dos votos válidos) enquanto Suplicy teve 6.718.463 votos (43,1% dos votos válidos).

O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt Foto: Clayton De Souza/Estadão

Conhecido como “Mão Santa”, Oscar não conquistou medalhas nas cinco Olimpíadas que disputou. Em contrapartida, é dele o recorde de mais pontos em uma só partida nos Jogos: 55 pontos contra a Espanha, em Seul.

Pipoka

Companheiro de Oscar em 1998, João José Vianna, mais conhecido como “Pipoka”, tentou se eleger deputado distrital nas últimas eleições, em 2022. Filiado ao PDT, o ex-ala-pivô obteve apenas 1.536 votos e não conquistou uma vaga no Legislativo do Distrito Federal.

Diego Hypólito

Medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio, o ginasta Diego Hypólito tentou ser vereador de São Paulo nas últimas eleições municipais, em 2020, mas não conquistou uma das 55 vagas. Hypólito, que é um dos principais nomes da modalidade no País, concorreu pelo PSB e obteve 3.786 votos.

O ex-ginasta Diego Hypólito Foto: Márcio Fernandes/Estadão

Mesmo filiado ao PSB, Diego Hypólito se encontrou com Jair Bolsonaro antes do término da campanha eleitoral e recebeu o apoio de Michelle Bolsonaro. Em uma entrevista para a revista Veja em outubro de 2020, o ex-ginasta afirmou que era um candidato contrário às questões ideológicas.

Luiz Lima

Competidor brasileiro nas Olimpíadas de 1996 e 2000, onde não conquistou medalhas, o deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) é outro ex-atleta que está na Câmara dos Deputados. Nadador aposentado, ele está no segundo mandato parlamentar e é aliado de Bolsonaro no Rio.

O deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), ex-nadador olímpico Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Em 2020, Lima tentou ser prefeito do Rio pelo PSL, sigla que se fundiu ao antigo Democratas para formar o União Brasil. No pleito, o ex-nadador ficou em quinto lugar, com 180.336 votos (6,85% dos votos válidos). Nas últimas eleições para a Câmara, em 2022, foi eleito com 69.088 votos.

Rebeca Gusmão

A ex-nadadora Rebeca Gusmão, que disputou as Olimpíadas de Atenas, tentou ser deputada distrital duas vezes, mas não foi eleita. Em 2008, foi banida do esporte, após ser barrada no exame antidoping.

Em 2010, dois anos depois do banimento, ela se candidatou ao Legislativo do Distrito Federal pelo PCdoB, mas teve 437 votos. Em 2022, filiada ao União Brasil, ela obteve 1.378 votos.

A ex-nadadora Rebeca Gusmão participou das Olimpíadas de Atenas Foto: Celso Junior/Estadão

Maurren Maggi

Campeã olímpica no salto em distância em Pequim, Maurren Maggi não obteve o mesmo sucesso na carreira política. Recordista brasileira na modalidade, com uma distância de 7,26 metros alcançada em 1999, ela tentou ser senadora e deputada federal por São Paulo e vereadora da capital paulista. Em duas ocasiões, perdeu nas urnas e em outra, teve a candidatura anulada.

Em 2018, Maurren Maggi estreou na política se candidatando ao Senado pelo PSB. Ela ficou em quinto lugar, com 2.979.856 votos, e não conseguiu uma das duas cadeiras disputadas naquele ano.

A medalhista olímpica Maurren Maggi Foto: @maurrenmaggi via Instagram

Em 2020, deixou o partido e ingressou no Democratas. Naquele ano, disputou uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo, mas obteve 6.228 votos e não conseguiu se eleger.

Dois anos depois, a ex-atleta, pleiteando uma vaga na Câmara dos Deputados, teve a candidatura indeferida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por irregularidades nas contas eleitorais de 2018.

João Derly

Outro participante dos Jogos de Pequim que seguiu na política foi João Derly. Atleta de judô eliminado na segunda rodada da disputa, foi vereador de Porto Alegre entre 2013 e 2014 e deputado federal entre 2015 e 2018.

Quando esteve na Câmara, Derly foi um dos dois deputados da Rede Sustentabilidade, sigla da atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Em 2018, tentou se reeleger ao cargo, mas teve 52.040 votos. Ele foi secretário de Esporte e Lazer do governo de Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, entre 2020 e 2021.

Paulo Miyasiro

Participante do triatlo nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, Paulo Miyasiro atualmente é vice-presidente da Câmara Municipal de Santos. Nos Jogos daquele ano, ele ficou em 34º lugar entre os competidores. Filiado ao Republicanos, Miyasiro conseguiu 3.234 votos nas eleições municipais de 2020. Neste ano, ele tentará a reeleição ao cargo.

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