Quem são os vices dos candidatos à Prefeitura de SP? Veja os perfis


Segundo pesquisa Quaest, 77% dos paulistanos que já escolheram candidato a prefeito não sabem o nome do companheiro de chapa da opção de voto

Por Juliano Galisi

Segundo pesquisa de intenção de votos da Quaest divulgada na segunda-feira, 30, são 77% os eleitores de São Paulo que desconhecem quem é o companheiro de chapa de seu candidato à Prefeitura. Entre as seis candidaturas mais bem colocadas nos levantamentos de intenção de voto, os perfis dos vices são diferentes entre si.

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Enquanto Marta Suplicy (PT) e José Aníbal (PSDB), vices de Guilherme Boulos (PSOL) e de José Luiz Datena (PSDB), respectivamente, possuem uma ampla carreira política pregressa ao pleito, os companheiros de chapa dos demais candidatos nunca exerceram cargos eletivos.

Marta (PT), vice de Boulos (PSOL); Mello Araújo (PL), vice de Nunes (MDB); Zé Aníbal (PSDB), vice de Datena (PSDB); Lúcia França (PSB), vice de Tabata (PSB); e Antônia de Jesus (PRTB), vice de Marçal (PRTB)  Foto: Felipe Rau/Estadão, Daniel Teixeira/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão, Alex Silva/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão

Como mostrou o Estadão, o principal ponto em comum entre as escolhas para os candidatos a vice é a preocupação com segurança pública. Das seis principais campanhas, três contam com representantes de corporações policiais: Ricardo Mello (PL), vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB); Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB), e Priell Neto (Novo), vice de Marina Helena (Novo).

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Ricardo Mello (PL), vice de Ricardo Nunes (MDB)

O vice de Ricardo Nunes é o coronel Ricardo de Mello Araújo, do PL. Mello foi uma indicação de Jair Bolsonaro (PL) para a composição da chapa do prefeito paulistano. Ele é ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), braço da Polícia Militar paulista especializado no combate ao crime organizado.

Coronel Mello (PL) é o vice de Ricardo Nunes Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Em 2020, durante o governo Bolsonaro, Mello foi nomeado pelo então presidente para a direção da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), entreposto de alimentos localizado na capital paulista, mas administrado pelo governo federal.

Marta Suplicy (PT), vice de Guilherme Boulos (PSOL)

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A vice de Guilherme Boulos é a ex-prefeita, ex-ministra de Estado e ex-senadora Marta Suplicy (PT). Segundo levantamento da Quaest, a cada três eleitores do candidato do PSOL, dois sabem quem é a companheira de chapa do deputado federal. Trata-se do maior índice do conhecimento do vice entre os candidatos a prefeito mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto.

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) é a vice de Guilherme Boulos  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ela é formada em Psicologia e, na década de 1980, foi apresentadora de um quadro sobre educação sexual no programa TV Mulher, da Rede Globo.

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Foi casada com o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), ex-senador, de 1964 a 2001. Em 1994, foi eleita deputada federal. Na eleição geral seguinte, em 1998, foi candidata ao governo paulista, terminando em terceiro lugar.

A boa votação na disputa pelo Bandeirantes cacifou Marta para uma campanha pela Prefeitura paulistana, em 2000. Venceu o pleito em segundo turno contra Paulo Maluf (PPB) e foi prefeita da capital paulista entre 2001 e 2004, quando tentou a recondução e perdeu a disputa para José Serra (PSDB). Também foi ministra de Estado, tendo ocupado a pasta de Turismo de 2007 a 2008 e a de Educação entre 2012 e 2014.

Marta se desfiliou do PT em 2015 e, fora da sigla em que passou 34 anos, votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além disso, na eleição de São Paulo em 2020, apoiou Bruno Covas (PSDB) e fez campanha contra Boulos, que antagonizou na ocasião o segundo turno contra o tucano. Marta fez parte do secretariado de Covas e, com a morte do prefeito, em maio de 2021, seguiu na gestão paulistana sob o comando de Ricardo Nunes.

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A ex-prefeita retornou ao PT no início do ano, em um acordo mediado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ela compusesse a chapa de Boulos. À época, Boulos já era tido como um dos principais adversários nas urnas de Nunes na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB)

Antônia de Jesus (PRTB), cabo da Polícia Militar, é a vice de Pablo Marçal. Ela tem 45 anos, é natural de Ubatã, na Bahia, e se mudou para São Paulo em 1996.

A cabo da PM Antônia de Jesus é vice na chapa de Pablo Marçal Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Antônia reside em Pirituba, zona norte da cidade, há 22 anos. Ela foi anunciada como vice do ex-coach com um “chá revelação” durante a convenção partidária do PRTB, em 4 de agosto.

A cabo é mãe de dois filhos e teve um momento de destaque na carreira policial em 2017, quando atendeu a uma ocorrência em que um bebê de dois meses de idade estava prestes a ser jogado pela mãe dele em um córrego.

Lúcia França (PSB), vice de Tabata Amaral (PSB)

A professora Lúcia França (PSB), de 62 anos, é a vice de Tabata Amaral. Ela é esposa do ministro do Empreendedorismo, Márcio França. Foi a primeira-dama de São Paulo entre abril e dezembro de 2018, período em que França governou o Estado.

Lúcia França é vice de Tabata Amaral Foto: Funap via Flickr

Em 2022, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se candidatou ao Palácio dos Bandeirantes, Lúcia era a companheira de chapa do petista. A dupla foi derrotada no segundo turno por Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Além de professora, Lúcia é ativista pela educação e diretora de um colégio particular em Praia Grande, no litoral paulista.

Além de Lúcia, Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), era cotada para ser vice de Tabata. Antes, especulava-se que o posto podia ser ocupado José Luiz Datena, hoje candidato a prefeito pelo PSDB.

A possibilidade de uma chapa “Tabatena” era admitida tanto pela deputada federal quanto pelo jornalista, que se filiou ao PSB em dezembro de 2023. Datena deixou o partido rumo ao PSDB em abril de 2024, mantendo a possibilidade de compor a chapa de Tabata em uma coligação entre pessebistas e tucanos. Contudo, em junho, o PSDB anunciou sua pré-candidatura à Prefeitura, minando as possibilidades do acordo.

Sobre o episódio, Tabata já afirmou que, no Congresso Nacional, aprendeu que “traições são comuns”. “As pessoas dão a palavra e a palavra é jogada ao vento”, disse a candidata do PSB em sabatina ao podcast O Assunto.

José Aníbal (PSDB), vice de Datena (PSDB)

O ex-senador e ex-deputado federal José Aníbal, quadro histórico do PSDB, é o vice de José Luiz Datena. Nas passagens pela Câmara, assumiu a liderança da bancada tucana em quatro ocasiões. Além disso, assumiu secretarias estaduais nos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

José Aníbal é vice na chapa de Datena Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Durante o primeiro semestre deste ano, o PSDB se fragmentou entre defensores do apoio a Nunes ou a Tabata ou ainda ao lançamento de uma candidatura própria do partido ao Executivo paulistano. A briga interna levou à debandada de toda a bancada de vereadores do partido, além da desfiliação de adeptos de Tabata rumo à campanha da candidata do PSB.

Aníbal é presidente do diretório paulistano do PSDB e, durante o imbróglio sobre os rumos do partido na eleição municipal, foi o principal fiador da candidatura de Datena à Prefeitura.

Priell Neto (Novo), vice de Marina Helena (Novo)

O vice de Marina Helena é Reynaldo Priell Neto (Novo), coronel da Polícia Militar. Priell Neto é bacharel em Direito e doutor em Ciências Policiais. De 2015 a 2017, comandou a Assessoria Policial Militar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Coronel Priell é vice de Marina Helena Foto: Felipe Rau/Estadão

Durante a gestão de Bruno Covas, exerceu os cargos de chefe de gabinete e secretário-adjunto na pasta municipal de Segurança Pública.

No primeiro semestre deste ano, um dos nomes cotados para compor a chapa de Marina Helena era o da ex-deputada estadual Janaina Paschoal, que elogiou publicamente a pré-candidata do Novo. Segundo Janaina, a aliança, de fato, esteve em pauta, mas não foi adiante.

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Segundo pesquisa de intenção de votos da Quaest divulgada na segunda-feira, 30, são 77% os eleitores de São Paulo que desconhecem quem é o companheiro de chapa de seu candidato à Prefeitura. Entre as seis candidaturas mais bem colocadas nos levantamentos de intenção de voto, os perfis dos vices são diferentes entre si.

Enquanto Marta Suplicy (PT) e José Aníbal (PSDB), vices de Guilherme Boulos (PSOL) e de José Luiz Datena (PSDB), respectivamente, possuem uma ampla carreira política pregressa ao pleito, os companheiros de chapa dos demais candidatos nunca exerceram cargos eletivos.

Marta (PT), vice de Boulos (PSOL); Mello Araújo (PL), vice de Nunes (MDB); Zé Aníbal (PSDB), vice de Datena (PSDB); Lúcia França (PSB), vice de Tabata (PSB); e Antônia de Jesus (PRTB), vice de Marçal (PRTB)  Foto: Felipe Rau/Estadão, Daniel Teixeira/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão, Alex Silva/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão

Como mostrou o Estadão, o principal ponto em comum entre as escolhas para os candidatos a vice é a preocupação com segurança pública. Das seis principais campanhas, três contam com representantes de corporações policiais: Ricardo Mello (PL), vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB); Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB), e Priell Neto (Novo), vice de Marina Helena (Novo).

Ricardo Mello (PL), vice de Ricardo Nunes (MDB)

O vice de Ricardo Nunes é o coronel Ricardo de Mello Araújo, do PL. Mello foi uma indicação de Jair Bolsonaro (PL) para a composição da chapa do prefeito paulistano. Ele é ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), braço da Polícia Militar paulista especializado no combate ao crime organizado.

Coronel Mello (PL) é o vice de Ricardo Nunes Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em 2020, durante o governo Bolsonaro, Mello foi nomeado pelo então presidente para a direção da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), entreposto de alimentos localizado na capital paulista, mas administrado pelo governo federal.

Marta Suplicy (PT), vice de Guilherme Boulos (PSOL)

A vice de Guilherme Boulos é a ex-prefeita, ex-ministra de Estado e ex-senadora Marta Suplicy (PT). Segundo levantamento da Quaest, a cada três eleitores do candidato do PSOL, dois sabem quem é a companheira de chapa do deputado federal. Trata-se do maior índice do conhecimento do vice entre os candidatos a prefeito mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto.

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) é a vice de Guilherme Boulos  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ela é formada em Psicologia e, na década de 1980, foi apresentadora de um quadro sobre educação sexual no programa TV Mulher, da Rede Globo.

Foi casada com o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), ex-senador, de 1964 a 2001. Em 1994, foi eleita deputada federal. Na eleição geral seguinte, em 1998, foi candidata ao governo paulista, terminando em terceiro lugar.

A boa votação na disputa pelo Bandeirantes cacifou Marta para uma campanha pela Prefeitura paulistana, em 2000. Venceu o pleito em segundo turno contra Paulo Maluf (PPB) e foi prefeita da capital paulista entre 2001 e 2004, quando tentou a recondução e perdeu a disputa para José Serra (PSDB). Também foi ministra de Estado, tendo ocupado a pasta de Turismo de 2007 a 2008 e a de Educação entre 2012 e 2014.

Marta se desfiliou do PT em 2015 e, fora da sigla em que passou 34 anos, votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além disso, na eleição de São Paulo em 2020, apoiou Bruno Covas (PSDB) e fez campanha contra Boulos, que antagonizou na ocasião o segundo turno contra o tucano. Marta fez parte do secretariado de Covas e, com a morte do prefeito, em maio de 2021, seguiu na gestão paulistana sob o comando de Ricardo Nunes.

A ex-prefeita retornou ao PT no início do ano, em um acordo mediado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ela compusesse a chapa de Boulos. À época, Boulos já era tido como um dos principais adversários nas urnas de Nunes na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB)

Antônia de Jesus (PRTB), cabo da Polícia Militar, é a vice de Pablo Marçal. Ela tem 45 anos, é natural de Ubatã, na Bahia, e se mudou para São Paulo em 1996.

A cabo da PM Antônia de Jesus é vice na chapa de Pablo Marçal Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Antônia reside em Pirituba, zona norte da cidade, há 22 anos. Ela foi anunciada como vice do ex-coach com um “chá revelação” durante a convenção partidária do PRTB, em 4 de agosto.

A cabo é mãe de dois filhos e teve um momento de destaque na carreira policial em 2017, quando atendeu a uma ocorrência em que um bebê de dois meses de idade estava prestes a ser jogado pela mãe dele em um córrego.

Lúcia França (PSB), vice de Tabata Amaral (PSB)

A professora Lúcia França (PSB), de 62 anos, é a vice de Tabata Amaral. Ela é esposa do ministro do Empreendedorismo, Márcio França. Foi a primeira-dama de São Paulo entre abril e dezembro de 2018, período em que França governou o Estado.

Lúcia França é vice de Tabata Amaral Foto: Funap via Flickr

Em 2022, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se candidatou ao Palácio dos Bandeirantes, Lúcia era a companheira de chapa do petista. A dupla foi derrotada no segundo turno por Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Além de professora, Lúcia é ativista pela educação e diretora de um colégio particular em Praia Grande, no litoral paulista.

Além de Lúcia, Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), era cotada para ser vice de Tabata. Antes, especulava-se que o posto podia ser ocupado José Luiz Datena, hoje candidato a prefeito pelo PSDB.

A possibilidade de uma chapa “Tabatena” era admitida tanto pela deputada federal quanto pelo jornalista, que se filiou ao PSB em dezembro de 2023. Datena deixou o partido rumo ao PSDB em abril de 2024, mantendo a possibilidade de compor a chapa de Tabata em uma coligação entre pessebistas e tucanos. Contudo, em junho, o PSDB anunciou sua pré-candidatura à Prefeitura, minando as possibilidades do acordo.

Sobre o episódio, Tabata já afirmou que, no Congresso Nacional, aprendeu que “traições são comuns”. “As pessoas dão a palavra e a palavra é jogada ao vento”, disse a candidata do PSB em sabatina ao podcast O Assunto.

José Aníbal (PSDB), vice de Datena (PSDB)

O ex-senador e ex-deputado federal José Aníbal, quadro histórico do PSDB, é o vice de José Luiz Datena. Nas passagens pela Câmara, assumiu a liderança da bancada tucana em quatro ocasiões. Além disso, assumiu secretarias estaduais nos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

José Aníbal é vice na chapa de Datena Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Durante o primeiro semestre deste ano, o PSDB se fragmentou entre defensores do apoio a Nunes ou a Tabata ou ainda ao lançamento de uma candidatura própria do partido ao Executivo paulistano. A briga interna levou à debandada de toda a bancada de vereadores do partido, além da desfiliação de adeptos de Tabata rumo à campanha da candidata do PSB.

Aníbal é presidente do diretório paulistano do PSDB e, durante o imbróglio sobre os rumos do partido na eleição municipal, foi o principal fiador da candidatura de Datena à Prefeitura.

Priell Neto (Novo), vice de Marina Helena (Novo)

O vice de Marina Helena é Reynaldo Priell Neto (Novo), coronel da Polícia Militar. Priell Neto é bacharel em Direito e doutor em Ciências Policiais. De 2015 a 2017, comandou a Assessoria Policial Militar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Coronel Priell é vice de Marina Helena Foto: Felipe Rau/Estadão

Durante a gestão de Bruno Covas, exerceu os cargos de chefe de gabinete e secretário-adjunto na pasta municipal de Segurança Pública.

No primeiro semestre deste ano, um dos nomes cotados para compor a chapa de Marina Helena era o da ex-deputada estadual Janaina Paschoal, que elogiou publicamente a pré-candidata do Novo. Segundo Janaina, a aliança, de fato, esteve em pauta, mas não foi adiante.

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Segundo pesquisa de intenção de votos da Quaest divulgada na segunda-feira, 30, são 77% os eleitores de São Paulo que desconhecem quem é o companheiro de chapa de seu candidato à Prefeitura. Entre as seis candidaturas mais bem colocadas nos levantamentos de intenção de voto, os perfis dos vices são diferentes entre si.

Enquanto Marta Suplicy (PT) e José Aníbal (PSDB), vices de Guilherme Boulos (PSOL) e de José Luiz Datena (PSDB), respectivamente, possuem uma ampla carreira política pregressa ao pleito, os companheiros de chapa dos demais candidatos nunca exerceram cargos eletivos.

Marta (PT), vice de Boulos (PSOL); Mello Araújo (PL), vice de Nunes (MDB); Zé Aníbal (PSDB), vice de Datena (PSDB); Lúcia França (PSB), vice de Tabata (PSB); e Antônia de Jesus (PRTB), vice de Marçal (PRTB)  Foto: Felipe Rau/Estadão, Daniel Teixeira/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão, Alex Silva/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão

Como mostrou o Estadão, o principal ponto em comum entre as escolhas para os candidatos a vice é a preocupação com segurança pública. Das seis principais campanhas, três contam com representantes de corporações policiais: Ricardo Mello (PL), vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB); Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB), e Priell Neto (Novo), vice de Marina Helena (Novo).

Ricardo Mello (PL), vice de Ricardo Nunes (MDB)

O vice de Ricardo Nunes é o coronel Ricardo de Mello Araújo, do PL. Mello foi uma indicação de Jair Bolsonaro (PL) para a composição da chapa do prefeito paulistano. Ele é ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), braço da Polícia Militar paulista especializado no combate ao crime organizado.

Coronel Mello (PL) é o vice de Ricardo Nunes Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em 2020, durante o governo Bolsonaro, Mello foi nomeado pelo então presidente para a direção da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), entreposto de alimentos localizado na capital paulista, mas administrado pelo governo federal.

Marta Suplicy (PT), vice de Guilherme Boulos (PSOL)

A vice de Guilherme Boulos é a ex-prefeita, ex-ministra de Estado e ex-senadora Marta Suplicy (PT). Segundo levantamento da Quaest, a cada três eleitores do candidato do PSOL, dois sabem quem é a companheira de chapa do deputado federal. Trata-se do maior índice do conhecimento do vice entre os candidatos a prefeito mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto.

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) é a vice de Guilherme Boulos  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ela é formada em Psicologia e, na década de 1980, foi apresentadora de um quadro sobre educação sexual no programa TV Mulher, da Rede Globo.

Foi casada com o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), ex-senador, de 1964 a 2001. Em 1994, foi eleita deputada federal. Na eleição geral seguinte, em 1998, foi candidata ao governo paulista, terminando em terceiro lugar.

A boa votação na disputa pelo Bandeirantes cacifou Marta para uma campanha pela Prefeitura paulistana, em 2000. Venceu o pleito em segundo turno contra Paulo Maluf (PPB) e foi prefeita da capital paulista entre 2001 e 2004, quando tentou a recondução e perdeu a disputa para José Serra (PSDB). Também foi ministra de Estado, tendo ocupado a pasta de Turismo de 2007 a 2008 e a de Educação entre 2012 e 2014.

Marta se desfiliou do PT em 2015 e, fora da sigla em que passou 34 anos, votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além disso, na eleição de São Paulo em 2020, apoiou Bruno Covas (PSDB) e fez campanha contra Boulos, que antagonizou na ocasião o segundo turno contra o tucano. Marta fez parte do secretariado de Covas e, com a morte do prefeito, em maio de 2021, seguiu na gestão paulistana sob o comando de Ricardo Nunes.

A ex-prefeita retornou ao PT no início do ano, em um acordo mediado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ela compusesse a chapa de Boulos. À época, Boulos já era tido como um dos principais adversários nas urnas de Nunes na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB)

Antônia de Jesus (PRTB), cabo da Polícia Militar, é a vice de Pablo Marçal. Ela tem 45 anos, é natural de Ubatã, na Bahia, e se mudou para São Paulo em 1996.

A cabo da PM Antônia de Jesus é vice na chapa de Pablo Marçal Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Antônia reside em Pirituba, zona norte da cidade, há 22 anos. Ela foi anunciada como vice do ex-coach com um “chá revelação” durante a convenção partidária do PRTB, em 4 de agosto.

A cabo é mãe de dois filhos e teve um momento de destaque na carreira policial em 2017, quando atendeu a uma ocorrência em que um bebê de dois meses de idade estava prestes a ser jogado pela mãe dele em um córrego.

Lúcia França (PSB), vice de Tabata Amaral (PSB)

A professora Lúcia França (PSB), de 62 anos, é a vice de Tabata Amaral. Ela é esposa do ministro do Empreendedorismo, Márcio França. Foi a primeira-dama de São Paulo entre abril e dezembro de 2018, período em que França governou o Estado.

Lúcia França é vice de Tabata Amaral Foto: Funap via Flickr

Em 2022, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se candidatou ao Palácio dos Bandeirantes, Lúcia era a companheira de chapa do petista. A dupla foi derrotada no segundo turno por Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Além de professora, Lúcia é ativista pela educação e diretora de um colégio particular em Praia Grande, no litoral paulista.

Além de Lúcia, Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), era cotada para ser vice de Tabata. Antes, especulava-se que o posto podia ser ocupado José Luiz Datena, hoje candidato a prefeito pelo PSDB.

A possibilidade de uma chapa “Tabatena” era admitida tanto pela deputada federal quanto pelo jornalista, que se filiou ao PSB em dezembro de 2023. Datena deixou o partido rumo ao PSDB em abril de 2024, mantendo a possibilidade de compor a chapa de Tabata em uma coligação entre pessebistas e tucanos. Contudo, em junho, o PSDB anunciou sua pré-candidatura à Prefeitura, minando as possibilidades do acordo.

Sobre o episódio, Tabata já afirmou que, no Congresso Nacional, aprendeu que “traições são comuns”. “As pessoas dão a palavra e a palavra é jogada ao vento”, disse a candidata do PSB em sabatina ao podcast O Assunto.

José Aníbal (PSDB), vice de Datena (PSDB)

O ex-senador e ex-deputado federal José Aníbal, quadro histórico do PSDB, é o vice de José Luiz Datena. Nas passagens pela Câmara, assumiu a liderança da bancada tucana em quatro ocasiões. Além disso, assumiu secretarias estaduais nos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

José Aníbal é vice na chapa de Datena Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Durante o primeiro semestre deste ano, o PSDB se fragmentou entre defensores do apoio a Nunes ou a Tabata ou ainda ao lançamento de uma candidatura própria do partido ao Executivo paulistano. A briga interna levou à debandada de toda a bancada de vereadores do partido, além da desfiliação de adeptos de Tabata rumo à campanha da candidata do PSB.

Aníbal é presidente do diretório paulistano do PSDB e, durante o imbróglio sobre os rumos do partido na eleição municipal, foi o principal fiador da candidatura de Datena à Prefeitura.

Priell Neto (Novo), vice de Marina Helena (Novo)

O vice de Marina Helena é Reynaldo Priell Neto (Novo), coronel da Polícia Militar. Priell Neto é bacharel em Direito e doutor em Ciências Policiais. De 2015 a 2017, comandou a Assessoria Policial Militar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Coronel Priell é vice de Marina Helena Foto: Felipe Rau/Estadão

Durante a gestão de Bruno Covas, exerceu os cargos de chefe de gabinete e secretário-adjunto na pasta municipal de Segurança Pública.

No primeiro semestre deste ano, um dos nomes cotados para compor a chapa de Marina Helena era o da ex-deputada estadual Janaina Paschoal, que elogiou publicamente a pré-candidata do Novo. Segundo Janaina, a aliança, de fato, esteve em pauta, mas não foi adiante.

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Segundo pesquisa de intenção de votos da Quaest divulgada na segunda-feira, 30, são 77% os eleitores de São Paulo que desconhecem quem é o companheiro de chapa de seu candidato à Prefeitura. Entre as seis candidaturas mais bem colocadas nos levantamentos de intenção de voto, os perfis dos vices são diferentes entre si.

Enquanto Marta Suplicy (PT) e José Aníbal (PSDB), vices de Guilherme Boulos (PSOL) e de José Luiz Datena (PSDB), respectivamente, possuem uma ampla carreira política pregressa ao pleito, os companheiros de chapa dos demais candidatos nunca exerceram cargos eletivos.

Marta (PT), vice de Boulos (PSOL); Mello Araújo (PL), vice de Nunes (MDB); Zé Aníbal (PSDB), vice de Datena (PSDB); Lúcia França (PSB), vice de Tabata (PSB); e Antônia de Jesus (PRTB), vice de Marçal (PRTB)  Foto: Felipe Rau/Estadão, Daniel Teixeira/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão, Alex Silva/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão

Como mostrou o Estadão, o principal ponto em comum entre as escolhas para os candidatos a vice é a preocupação com segurança pública. Das seis principais campanhas, três contam com representantes de corporações policiais: Ricardo Mello (PL), vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB); Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB), e Priell Neto (Novo), vice de Marina Helena (Novo).

Ricardo Mello (PL), vice de Ricardo Nunes (MDB)

O vice de Ricardo Nunes é o coronel Ricardo de Mello Araújo, do PL. Mello foi uma indicação de Jair Bolsonaro (PL) para a composição da chapa do prefeito paulistano. Ele é ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), braço da Polícia Militar paulista especializado no combate ao crime organizado.

Coronel Mello (PL) é o vice de Ricardo Nunes Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em 2020, durante o governo Bolsonaro, Mello foi nomeado pelo então presidente para a direção da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), entreposto de alimentos localizado na capital paulista, mas administrado pelo governo federal.

Marta Suplicy (PT), vice de Guilherme Boulos (PSOL)

A vice de Guilherme Boulos é a ex-prefeita, ex-ministra de Estado e ex-senadora Marta Suplicy (PT). Segundo levantamento da Quaest, a cada três eleitores do candidato do PSOL, dois sabem quem é a companheira de chapa do deputado federal. Trata-se do maior índice do conhecimento do vice entre os candidatos a prefeito mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto.

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) é a vice de Guilherme Boulos  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ela é formada em Psicologia e, na década de 1980, foi apresentadora de um quadro sobre educação sexual no programa TV Mulher, da Rede Globo.

Foi casada com o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), ex-senador, de 1964 a 2001. Em 1994, foi eleita deputada federal. Na eleição geral seguinte, em 1998, foi candidata ao governo paulista, terminando em terceiro lugar.

A boa votação na disputa pelo Bandeirantes cacifou Marta para uma campanha pela Prefeitura paulistana, em 2000. Venceu o pleito em segundo turno contra Paulo Maluf (PPB) e foi prefeita da capital paulista entre 2001 e 2004, quando tentou a recondução e perdeu a disputa para José Serra (PSDB). Também foi ministra de Estado, tendo ocupado a pasta de Turismo de 2007 a 2008 e a de Educação entre 2012 e 2014.

Marta se desfiliou do PT em 2015 e, fora da sigla em que passou 34 anos, votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além disso, na eleição de São Paulo em 2020, apoiou Bruno Covas (PSDB) e fez campanha contra Boulos, que antagonizou na ocasião o segundo turno contra o tucano. Marta fez parte do secretariado de Covas e, com a morte do prefeito, em maio de 2021, seguiu na gestão paulistana sob o comando de Ricardo Nunes.

A ex-prefeita retornou ao PT no início do ano, em um acordo mediado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ela compusesse a chapa de Boulos. À época, Boulos já era tido como um dos principais adversários nas urnas de Nunes na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB)

Antônia de Jesus (PRTB), cabo da Polícia Militar, é a vice de Pablo Marçal. Ela tem 45 anos, é natural de Ubatã, na Bahia, e se mudou para São Paulo em 1996.

A cabo da PM Antônia de Jesus é vice na chapa de Pablo Marçal Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Antônia reside em Pirituba, zona norte da cidade, há 22 anos. Ela foi anunciada como vice do ex-coach com um “chá revelação” durante a convenção partidária do PRTB, em 4 de agosto.

A cabo é mãe de dois filhos e teve um momento de destaque na carreira policial em 2017, quando atendeu a uma ocorrência em que um bebê de dois meses de idade estava prestes a ser jogado pela mãe dele em um córrego.

Lúcia França (PSB), vice de Tabata Amaral (PSB)

A professora Lúcia França (PSB), de 62 anos, é a vice de Tabata Amaral. Ela é esposa do ministro do Empreendedorismo, Márcio França. Foi a primeira-dama de São Paulo entre abril e dezembro de 2018, período em que França governou o Estado.

Lúcia França é vice de Tabata Amaral Foto: Funap via Flickr

Em 2022, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se candidatou ao Palácio dos Bandeirantes, Lúcia era a companheira de chapa do petista. A dupla foi derrotada no segundo turno por Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Além de professora, Lúcia é ativista pela educação e diretora de um colégio particular em Praia Grande, no litoral paulista.

Além de Lúcia, Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), era cotada para ser vice de Tabata. Antes, especulava-se que o posto podia ser ocupado José Luiz Datena, hoje candidato a prefeito pelo PSDB.

A possibilidade de uma chapa “Tabatena” era admitida tanto pela deputada federal quanto pelo jornalista, que se filiou ao PSB em dezembro de 2023. Datena deixou o partido rumo ao PSDB em abril de 2024, mantendo a possibilidade de compor a chapa de Tabata em uma coligação entre pessebistas e tucanos. Contudo, em junho, o PSDB anunciou sua pré-candidatura à Prefeitura, minando as possibilidades do acordo.

Sobre o episódio, Tabata já afirmou que, no Congresso Nacional, aprendeu que “traições são comuns”. “As pessoas dão a palavra e a palavra é jogada ao vento”, disse a candidata do PSB em sabatina ao podcast O Assunto.

José Aníbal (PSDB), vice de Datena (PSDB)

O ex-senador e ex-deputado federal José Aníbal, quadro histórico do PSDB, é o vice de José Luiz Datena. Nas passagens pela Câmara, assumiu a liderança da bancada tucana em quatro ocasiões. Além disso, assumiu secretarias estaduais nos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

José Aníbal é vice na chapa de Datena Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Durante o primeiro semestre deste ano, o PSDB se fragmentou entre defensores do apoio a Nunes ou a Tabata ou ainda ao lançamento de uma candidatura própria do partido ao Executivo paulistano. A briga interna levou à debandada de toda a bancada de vereadores do partido, além da desfiliação de adeptos de Tabata rumo à campanha da candidata do PSB.

Aníbal é presidente do diretório paulistano do PSDB e, durante o imbróglio sobre os rumos do partido na eleição municipal, foi o principal fiador da candidatura de Datena à Prefeitura.

Priell Neto (Novo), vice de Marina Helena (Novo)

O vice de Marina Helena é Reynaldo Priell Neto (Novo), coronel da Polícia Militar. Priell Neto é bacharel em Direito e doutor em Ciências Policiais. De 2015 a 2017, comandou a Assessoria Policial Militar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Coronel Priell é vice de Marina Helena Foto: Felipe Rau/Estadão

Durante a gestão de Bruno Covas, exerceu os cargos de chefe de gabinete e secretário-adjunto na pasta municipal de Segurança Pública.

No primeiro semestre deste ano, um dos nomes cotados para compor a chapa de Marina Helena era o da ex-deputada estadual Janaina Paschoal, que elogiou publicamente a pré-candidata do Novo. Segundo Janaina, a aliança, de fato, esteve em pauta, mas não foi adiante.

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